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Maiores altas foram observadas em Florianópolis, Salvador e Aracajú. Óleo de Soja e arroz foram os itens com as maiores altas de preços. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++---------
Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro
06/10/2020 12h38 Atualizado há 41 minutos
Postado em 06 de outubro de 2020 às 14h05m
.* Post. N. = 0.104 *.
Base na refeição dos brasileiros, arroz teve aumento de preços em todas
as capitais pesquisadas pelo IBGE — Foto: Reprodução/TV Diário
Um levantamento divulgado nesta terça-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a cesta básica teve alta de preços em todas as 17 capitais pesquisadas pelo órgão. As maiores variações foram observadas em Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Aracaju (SE).
A cesta básica corresponde ao conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês, conforme previsto pelo Decreto-lei 399/38.
Preço da cesta básica tem alta em setembro em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese
Em Florianópolis, a alta foi de 9,8% na passagem de agosto para setembro, enquanto em Salvador foi de 9,7%. A terceira maior alta foi observada em Aracaju, de 7,13%.
As menores variações foram observadas em Campo Grande (1,72%), Natal (0,68%) e Brasília (0,56%).
Florianópolis e Salvador foram as capitais com as maiores altas no preço médio da cesta básica em setembro — Foto: Economia/G1
Segundo a pesquisa do Dieese, Florianópolis tem a cesta básica mais cara entre as capitais pesquisadas (R$ 582,40), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 563,75). Já a mais barata é a de Natal – R$ 422,31.
Em São Paulo, maior centro econômico do país, a cesta custou R$ 563,35 em setembro, com alta de 4,33%. O Dieese destacou que, no ano, o preço do conjunto de alimentos básicos na capital paulista subiu 11,22% e, em 12 meses, 18,89%.
Preço médio da cesta básica teve alta em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em setembro — Foto: Economia/G1
‘Vilões’ da cesta básica
Ainda de acordo com a pesquisa do Dieese, o óleo de soja e o arroz tipo agulhinha foram os itens da cesta básica com as maiores altas. O preço de ambos aumentou em todas as capitais pesquisadas.
As maiores altas no preço do óleo de soja foram observadas em Natal (39,62%), Goiânia (36,18%), Recife (33,97%) e João Pessoa (33,86%). Já as maiores variações no preço do arroz foram registradas em Curitiba (30,62%), Vitória (27,71%) e Goiânia (26,40%).
O baixo estoque de soja e derivados no país explicariam, segundo o Dieese, a alta nos preços, pressionada pela demanda externa e externa.
Já a alta do arroz, segundo o órgão, está relacionada ao “elevado volume de exportação e os baixos estoques mantiveram os preços em alta”. O Dieese destacou que não foram calculados os efeitos da importação do arroz com imposto zero.
Alta do arroz: entenda por que o alimento ficou tão caro
Outros itens da cesta básica que tiveram destaque na alta de preços em setembro foram:
- Carne bovina de primeira – preços aumentaram em 16 das 17 capitais pesquisadas, com taxas que variaram entre 0,66%, em Brasília, e 14,88%, em Florianópolis. A única 4 redução ocorreu em Porto Alegre (-0,49%).
- Banana – preço teve alta em 15 capitais, sendo mais expressiva no Rio de Janeiro (19,01%), Aracaju (18,93%) e Porto Alegre (17,76%).
- Açúcar – preço subiu em 15 capitais, sendo as maiores altas observadas em Salvador (8,19%) e Brasília (8,06%).
- Leite integral – alta nos preços foi registrada em 14 cidades e variou entre 1,10%, em Belém, e 10,99%, em João Pessoa.
- Tomate - aumentou em 14 capitais, com destaque para Salvador (32,12%) e Porto Alegre (29,11%).
- Batata – preço foi pesquisado somente na Região Centro-Sul do país, onde teve o valor médio reduzido em sete das dez capitais pesquisadas.
O Dieese destacou que, considerando o preço da cesta básica mais cara, que foi o de Florianópolis, o conjunto de alimentos básicos representou, em setembro, 51,22% do salário mínimo nacional líquido, ou seja, descontada a contribuição previdenciária de 7,5%. Em agosto, essa proporção era de 48,85%.
Além disso, o órgão apontou que o tempo médio de trabalho necessário para um trabalhador poder comprar uma cesta básica passou de 99 horas e 24 minutos em agosto para 104 horas e 14 minutos em setembro.
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