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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Quase metade dos profissionais vê automação como ameaça para os empregos, aponta pesquisa

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53% dos brasileiros acreditam que a automação irá modificar significativamente ou tornar seu trabalho obsoleto nos próximos 10 anos.
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Por G1  
08/06/2020 13h49  Atualizado há uma hora
Postado em 08 de junho de 2020 às 14h55m  

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Automação nos escritórios. — Foto: PUCPR
Automação nos escritórios. — Foto: PUCPR

O uso crescente da tecnologia e o impacto da automação sobre o mercado de trabalho são motivo de apreensão para 45% dos profissionais. É o que aponta uma pesquisa global da PwC e que contou com pouco mais de 2 mil entrevistados no Brasil - foram 22 mil pessoas em 11 países.

Segundo o estudo, 53% dos entrevistados acreditam que a automação irá modificar significativamente ou tornar seu trabalho obsoleto nos próximos 10 anos - mesmo percentual identificado em nível global. Entre os profissionais brasileiros com escolaridade até o ensino médio, essa percepção chega a 67%.

Os maiores temores incluem:
  • tecnologia tornar o emprego redundante (50%)
  • incerteza sobre o futuro (43%)
  • medo de não possuir as habilidades exigidas no futuro (26%)
  • preocupação de não ser capaz de aprender as habilidades necessárias (23%)

  • Impactos positivos na rotina de trabalho
Por outro lado, 65% dos brasileiros entrevistados responderam que as novas tecnologias e a automação trarão oportunidades. Sobre os aspectos positivos do avanço tecnológico no trabalho, 46% acreditam que haverá um aumento da produção e 44% disseram que o trabalho será mais interessante.

Mais tempo livre disponível para o lazer foi citado como um dos benefícios trazidos pela tecnologia por 34% dos entrevistados. Para 94% dos consultados, a tecnologia irá melhorar a rotina de trabalho diária, fazendo-os mais eficientes, por exemplo.

Requalificação preocupa
A requalificação está entre as preocupações de 92% dos adultos brasileiros (no mundo, 77% das pessoas se mostraram dispostas a aprender novas habilidades ou passar por uma reciclagem no intuito de melhorar a empregabilidade).

No Brasil, este aprendizado está sendo realizado por conta própria (81%) ou a partir da iniciativa de seus empregadores (20%). Com a chegada das novas tecnologias ao ambiente de trabalho, 97% afirmam aproveitar essa oportunidade para usá-las ou entendê-las melhor.

A preocupação com a requalificação é maior entre as pessoas na faixa de 18 a 34 anos. Dentre os motivos que aumentariam o interesse por um treinamento de habilidades digitais, o principal é o potencial de aumentar os salários (27%), seguido pelo aumento de empregabilidade (24%) e pela possibilidade de incorporar o treinamento ao dia a dia de trabalho, sem comprometer nenhum tempo adicional (18%).

Sobre o tipo de aprendizado, 28% relataram a vontade de se desenvolver, aprender e adaptar-se às novas tecnologias, sejam elas quais forem, além de melhorar seus conhecimentos gerais de negócio. Outros 25% gostariam de ser proficientes em uma tecnologia específica. Em relação à responsabilidade pela requalificação, 50% acreditam que são os próprios indivíduos os responsáveis por avançar neste processo, enquanto 34% atribuem essa responsabilidade às empresas.

Comparações entre países
A China e a Índia são os países onde os profissionais são mais otimistas em relação ao impacto da tecnologia no mercado de trabalho, mas também são os mais propensos a acreditar que seus empregos passarão por mudanças. Eles afirmam estar obtendo mais oportunidades de qualificação: 97% e 95%, respectivamente. Por outro lado, os do Reino Unido e da Austrália dizem ter menos oportunidades e tendem a enxergar o impacto da tecnologia de forma menos positiva.

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