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O principal índice do mercado de ações brasileiro caiu 1,85%, a 107.152 pontos.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1
Postado em 22 de fevereiro de 2023 às 15h05m
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Ibovespa — Foto: Freepik
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta quarta-feira de cinzas (22), ainda com agenda esvaziada por conta do Carnaval do Brasil, mas repercutindo tensões geopolíticas depois de novas ameaças nucleares da Rússia e com os investidores analisando a última ata do Federal Reserve (Fed).
Ao final da sessão, o índice recuou 1,85%, aos 107.152 pontos. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o índice teve queda de 0,70%, aos 109.176 pontos. Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular perdas de 5,54% no mês e de 2,35% no ano.
Investidores acompanharam nesta quarta-feira a publicação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, em busca de novas pistas sobre a trajetória dos juros.
A maioria dos dirigentes do Fed concordou, em seu último encontro, em diminuir o ritmo de aumentos na taxa básica de juros para 0,25 ponto percentual. Eles também concordaram, no entanto, que os riscos de uma inflação elevada continuam sendo um "fator-chave" que molda a política monetária e justifica incrementos contínuos na taxa de referência até que as pressões de preços sejam controladas.
"Quase todos os participantes concordaram que era apropriado elevar a faixa-alvo da taxa básica em 0,25 ponto percentual", informou o documento divulgado hoje pelo Fed, reforçando que muitos deles disseram que isso permitiria ao Fed "determinar melhor a extensão" de movimentos futuros.
Mas "os participantes amplamente destacaram que os riscos ascendentes para as perspectivas de inflação continuaram a ser um fator-chave para moldar as perspectivas de política monetária" e que os juros precisariam subir e permanecer elevados "até que a inflação esteja claramente encaminhada para (a meta de) 2%".
Apenas "alguns" participantes foram totalmente a favor de um ajuste maior de 0,50 ponto percentual na reunião, ou disseram que "poderiam tê-lo apoiado".
A ata mostrou que as autoridades do Fed ainda estão sintonizadas com o risco de que podem ter de fazer mais para manter a inflação em queda. Esse posicionamento, mais agressivo, pode aparecer com mais precisão quando as autoridades emitirem novas projeções econômicas e sobre a taxa de juros, em uma reunião que acontece dentro de quatro semanas.
"Os participantes concordaram que o Comitê (Federal de Mercado Aberto; Fomc, na sigla em inglês) fez progressos significativos ao longo do ano passado em direção a uma postura suficientemente restritiva da política monetária", disse a ata, descrevendo uma economia que continuou a crescer em meio a um mercado de trabalho apertado.
"Mesmo assim, os participantes concordaram que, embora houvesse sinais de que o efeito cumulativo do aperto da política monetária do Comitê havia começado a moderar as pressões de preços, a inflação permaneceu bem acima da meta de longo prazo do Comitê de 2% e o mercado de trabalho continuou muito apertado."
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso prejudica os ativos de risco, como o mercado de ações. Mas dados recentes da economia americana mostram resultados fortes, que poderia fazer o Fed rever o ritmo de alta.
"A prévia do índice de gerentes de compras (PMI) nos Estados Unidos registrou 50,2 pontos, nível mais alto em oito meses, retornando ao patamar expansionista e sugerindo uma resiliência econômica nos EUA. Foi registrada uma retomada do setor de serviços, enquanto a manufatura ainda mostrou uma recuperação mais tímida. Como resultado, o Federal Reserve pode precisar ser mais duro nos próximos aumentos de juros para controlar a variação de preços no país", diz relatório da XP.
Na Europa, dados divulgados na terça-feira mostraram que as atividades econômicas de França e Alemanha retornaram para um território de crescimento, e apoiou a visão de que os juros em ambas as economias permanecerão mais altos por mais tempo.
Nesta quarta-feira, dados mostraram que a taxa de inflação da Alemanha não exibiu sinais de redução no início do ano, já que as pressões sobre os preços de energia e alimentos permaneceram altas devido à guerra na Ucrânia.
Ainda assim, as ações europeias tiveram um salto até agora este ano em relação aos seus pares dos EUA, em meio a melhores condições climáticas e com a expectativa de que a economia da zona do euro evite por pouco uma recessão e tenha impulso da reabertura da China.
Os mercados de ações asiáticos seguiram o pregão de ontem em Wall Street para o vermelho, uma vez que a força surpreendente em pesquisas globais de serviços alimentou temores de que os bancos centrais terão que aumentar ainda mais os juros.
Para adicionar tensão ao mercado, o presidente russo Vladimir Putin suspendeu na terça-feira (21) a participação do país no último tratado de controle de armas nucleares feito com os Estados Unidos. Ela também alertou que os russos colocaram novas armas estratégicas à disposição para combate.
Os dois países ainda têm vastos arsenais de armas nucleares remanescentes da Guerra Fria, cujos números são atualmente limitados pelo New START, acordo assinado pelos dois países em 2010 e que deveria valer até 2026.
Putin anunciou a medida durante seu discurso anual para a elite russa, no qual prometeu continuar com a operação militar da Rússia na Ucrânia e acusou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos EUA, de inflamar o conflito na crença equivocada de que poderia derrotar Moscou em um confronto global.
No Brasil, o relatório "Focus" foi divulgado e mostra que economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,79% para 5,89%. Foi a décima alta consecutiva do indicador. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado elevou sua previsão de 0,76% para 0,80%.
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