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Graças a sensores potentes e inteligência artificial, smartphones mais novos corrigem sozinhos luz, foco e movimento. Até quem não entende nada de fotografia consegue tirar boas fotos.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Henrique Martin, g1
Postado em 07 de Julho de 2.025 às 07h00m
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Selfie com a câmera principal de um celular dobrável — Foto: Henrique Martin/g1
Errar o foco ou o ajuste de luz ao fotografar com o celular? Isso é raro. Até aquela foto noturna, com pouca iluminação, sai nítida.
Para fazer uma foto borrada, precisa se esforçar bastante (ou não limpar a lente) em smartphones intermediários e topo de linha.
🧞 Agradeça ao trabalho quase mágico que ocorre graças à interação entre os sensores da câmera, o processador do celular e um pouco de inteligência artificial. Tudo isso acontece tão rápido que o fotógrafo nem percebe.
Ver fotos mais antigas, feitas em celulares dos primórdios da integração entre câmera e telefone, impressiona pela baixa qualidade. As imagens saíam borradas com facilidade, mesmo durante o dia.
À noite, então, era ainda mais difícil. Veja esta foto feita com um Nokia N95, um grande exemplo de câmera "boa" em 2007, com 5 megapixels de resolução.
Cena noturna capturada em 2007 com um celular Nokia N95 — Foto: Henrique Martin/arquivo pessoal
O grande salto de qualidade nos celulares modernos, sejam aparelhos com sistema Android ou iOS, ocorreu principalmente nos últimos cinco ou seis anos.
Veja a seguir uma foto feita em 2023 com um Galaxy S10+ (um aparelho lançado em 2019 com 12 megapixels) também à noite.
Cena noturna capturada em 2022 com um celular Galaxy S10+ — Foto: Henrique Martin/arquivo pessoal
Uma foto como a mostrada acima foi possível por conta das múltiplas exposições para capturar mais luz, cor e detalhes.
Tudo isso é resultado das inovações dos fabricantes de smartphones. O Guia de Compras explica quatro delas a seguir:
Integração da câmera e do celular
A fotografia computacional, também chamada de otimização de cena, é o que ajuda a tornar as fotos muito boas, principalmente nos celulares mais caros.
Lembra dos filtros de beleza que faziam parte de muitos celulares Android há alguns anos? É quase a mesma coisa, só que melhorada.
Ah, sim, nos últimos dois anos, os fabricantes passaram a chamar essas funcionalidades de “inteligência artificial”. Mas elas já estavam lá antes.
Dentro do celular, ocorre uma rápida interação entre o sensor da câmera e o processador do telefone, que aprimora as imagens em aspectos como contraste, nitidez, cores e brilho, por exemplo.
Se as condições de luz estiverem boas, como na imagem abaixo, fica tudo perfeito.
Em dias iluminados, as fotos de celulares modernos ficam com uma grande nitidez — Foto: Henrique Martin/g1
O resultado final é o que o fabricante do smartphone entende como ideal, e nem sempre corresponde fielmente à realidade.
Por isso, uma foto feita ao mesmo tempo com um iPhone, um Motorola ou um Samsung vai sair diferente – cada marca tem seu ajuste próprio.
Dá para ver a otimização de cena funcionando na prática: basta fotografar e clicar para ver a imagem na galeria em seguida.
Muitas vezes, a foto aparece escura e, em uma fração de segundo, fica mais clara e nítida. O celular processou os dados nesse curto espaço de tempo.
Esses ajustes automáticos controlam ainda:
- O contraste da imagem, combinando múltiplas fotos em uma, no recurso HDR (alto alcance dinâmico).
- O ruído na imagem final. Ruído é como se fosse uma “sujeira digital”, que aparece como granulação, mudanças de cores ou pontos na foto.
- A iluminação na foto, permitindo capturar ótimas cenas à noite, com pouca luz.
- O foco no objeto fotografado, seguindo automaticamente o que ou quem está na frente da câmera.
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Em imagens com HDR, o celular tira várias fotos com múltiplas exposições e combina em uma imagem final — Foto: Sony/Divulgação
Um teste do Guia de Compras em 2022 com três celulares topo de linha mostrou na prática o conceito da fotografia computacional.
A foto foi feita em frente a uma janela de hotel com um iPhone 14 Pro.
O sensor da câmera e o processador entenderam que o foco principal era a pessoa no centro da imagem, removendo ao máximo a sujeira no vidro e fazendo uma limpeza no entorno.
Os demais aparelhos não "entenderam" isso.
Modo retrato
O lançamento do iPhone 7 Plus, em 2016, trouxe uma câmera dupla na traseira do celular.
O aparelho não foi o primeiro da história com duas lentes na traseira, mas ajudou a popularizar um conceito que era possível encontrar somente em câmeras profissionais: as fotos com o fundo desfocado.
Esse efeito é chamado de “bokeh”.
Até então, era preciso ter uma câmera profissional, daquelas que trocam lentes, para conseguir obter resultados como o mostrado abaixo.
Objeto fotografado com desfoque ao fundo, em imagem feita com câmera profissional — Foto: Henrique Martin/g1
As duas lentes – somadas ao processamento de imagem do celular – conseguem tirar fotos muito interessantes com destaque para o objeto à frente.
Gnomo fotografado em modo retrato, com o fundo desfocado — Foto: Henrique Martin/g1
O mais interessante é que é possível editar a foto depois, caso o usuário queira remover o efeito.
Em celulares como o iPhone 16, é possível editar fotos em modo retrato, ajustando o foco ao fundo — Foto: Henrique Martin/g1
Lentes especializadas
A lente principal do celular foi feita para as fotos cotidianas, com um campo de visão amplo. Ela tem a maior resolução entre as câmeras de um smartphone.
Mas, em algum momento, é preciso ampliar o ângulo de visualização – para fotografar uma paisagem, por exemplo – ou chegar muito perto, utilizando um zoom óptico.
É um trabalho em conjunto (processador, sensor, lentes) para alternar entre diferentes perspectivas.
Os tipos mais comuns de lentes são:
Grande angular: Captura cenas mais amplas, paisagens ou grupos grandes com um campo de visão de até 120° ou mais. É é quase sempre mostrada como 0,5x na câmera do celular.
Em alguns aparelhos, também serve para fotos macro.
Foto com lente grande angular — Foto: Henrique Martin/g1
Macro: É a lente que captura detalhes minúsculos a poucos centímetros do objeto. Saiba como usar.
Detalhe de cabo de carregamento de notebook visto em foto macro — Foto: Henrique Martin/g1
Zoom óptico: Permite fotografar objetos distantes, sem perder qualidade. Modelos mais avançados (e caros) podem ter uma lente periscópio (que usa um espelho móvel) para aproximar até 10x do objeto.
Montagem mostrando o zoom óptico em um celular — Foto: Henrique Martin/g1
Sensores grandes e pixels colados
Na época das câmeras analógicas, o padrão era o filme de 35 mm, a medida da largura do retângulo usado para capturar a imagem.
Nos celulares, o sensor faz o papel do filme e converte a luz em sinais elétricos, que são processados para formar a fotografia digital.
Existe, porém, a limitação de espaço físico no smartphone.
A solução é aumentar o máximo possível o tamanho do sensor, sem interferir muito na estrutura do celular. Quanto maior o sensor, mais luz entra pelas lentes; melhor a qualidade da foto.
Imagem mostra estrutura da câmera de um celular com sensor Sony Lytia ao fundo — Foto: Sony/Divulgação
O que os fabricantes de sensores — como Sony e Samsung — fazem? Tentam inserir o máximo de megapixels em um sensor que fique na faixa desses 13,2 mm (o tamanho equivalente a 1 polegada nos sensores para celular e que não tem a ver com o tamanho real da polegada, de 2,5 cm).
Sensores Samsung Isocell: modelo JN5, de 50 megapixels (à esquerda) ao lado do HP9, de 200 MP — Foto: Samsung/Reprodução
Por exemplo, o iPhone 3GS, lançado em 2009, tinha sensor com cerca de 3,6 mm de largura, ou 1/4 de polegada.
O iPhone 16 Pro, o mais avançado da marca em 2025, tem um sensor de aproximadamente 14 mm de largura (ou 1/1.28")
Quando você vê um celular com múltiplas câmeras, os sensores estão posicionados sob cada lente.
Além do sensor grande, os fabricantes criam estratégias para melhorar a qualidade da foto unindo vários pontos (pixels), em uma técnica chamada “pixel binning”.
Um exemplo é a câmera de 200 megapixels do Galaxy S25 Ultra ou a de 48 MP do iPhone 16.
As fotos geradas por esses aparelhos ficam, geralmente, entre 12 e 12,5 megapixels, dependendo do modo de captura.
O sensor combina vários pixels adjacentes (que podem ser 2, 3 ou 4, dependendo da marca) formando um “pixelzão”.
Dessa forma, cada ponto captura mais informação, resultando em uma imagem melhor e mais leve para compartilhar no WhatsApp e redes sociais.
Veja a seguir uma lista de celulares voltados à fotografia. No início de julho, eles custavam entre R$ 5.000 e R$ 9.000 nas lojas on-line pesquisadas.
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Apple iPhone 16 Pro
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Jovi V50
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Motorola Edge 60 Pro
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Samsung Galaxy S25 Ultra
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Xiaomi Mi 14T
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