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Ibovespa sobe puxado por petróleo Na última sexta-feira, a moeda americana caiu 1,97%, cotada a R$ 5,4794. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,32%, aos 135.608 pontos.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1
Postado em 26 de agosto de 2024 às 09h30m
Postagem - Nº 0.878
Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (26), ainda com a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos repercutindo, mas com o mercado de olho nos crescentes riscos geopolíticos, em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio neste fim de semana.
Neste domingo (25), Israel e e o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, trocarem os ataques mais pesados desde o início da guerra na Faixa de Gaza. Como a região é a mais importante produtora de petróleo do mundo, a commodity começou a semana com altas expressivas, de quase 3%.
Quando tensões ocorrem em regiões que produzem e exportam o petróleo, os preços sobem pelo temor de que pode faltar produto.
O problema é que essa commodity é a principal fonte de energia do mundo, servindo como matéria-prima para combustíveis da maioria dos meios de transportes. Então, altas no preço por um longo tempo, caso as tensões no Oriente Médio continuem crescendo, podem impactar a inflação, primeiro por conta dos transportes, que ficam mais caros, mas logo se espalhando por toda a cadeia produtiva.
A cautela com a situação só não pesa mais sobre os mercados porque o otimismo com a possível queda nos juros nos Estados Unidos segue repercutindo.
Na sexta-feira (23), o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell , disse que "chegou a hora de ajustar a política (monetária)", o que os investidores interpretam como um sinal claro de que a instituição vai iniciar um corte em suas taxas de juros no próximo mês.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Às 10h40, o dólar subia 0,20%, cotado a R$ 5,4901. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, a moeda americana teve baixa de 1,97%, cotada em R$ 5,4794.
Com o resultado, acumulou:
- alta de 0,21% na semana;
- recuo de 3,09% no mês;
- alta de 12,92% no ano.
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,55%, aos 136.351 pontos.
A Petrobras subia 2,71%.
Na sexta, o índice fechou em alta de 0,32%, aos 135.608 pontos.
Com o resultado, o índice acumulou:
- alta de 1,24% na semana;
- avanço de 6,23% no mês;
- ganhos de 1,06% no ano.
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Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
No domingo, o exército de Israel ordenou bombardeios no sul do Líbano neste domingo (25) após identificar planos para uma ofensiva do grupo extremista Hezbollah contra o país. Como resposta, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou um ataque em larga escala contra Israel, que declarou estado de emergência.
Após as operações militares, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a resposta do país foi "mais um passo para mudar a situação no Norte" de Israel e que "isso não é o fim da história", enquanto o Hezbollah disse que a operação foi "concluída e realizada" com sucesso.
Apesar da troca de ataques intensos, como mostra o blog da Sandra Cohen, os dois lados não mostram interesse em entrar em guerra e calibram suas reações para evitar uma escalada maior do conflito.
Mesmo assim, o mercado opera com cautela, receoso dos desdobramentos do conflito geopolítico.
O viés positivo, por outro lado, segue vindo do Fed, nos Estados Unidos, após o discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole na sexta, afirmando que "chegou a hora" de cortar os juros.
"Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços", disse Powell, que também garantiu que a instituição "não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho".
Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.
Depois de vários adiamentos por conta dos dados mais fortes de inflação e atividade da economia americana, o mercado de trabalho dos EUA começou a mostrar um desaquecimento no início deste mês e os resultados de inflação voltaram a mostrar que os preços estão mais comportados.
Com isso, Powell afirmou na sexta-feira que o atual nível das taxas de juros dá "amplo espaço" para que o Fed responda aos riscos, inclusive os números baixos de emprego. Essa afirmação joga ainda mais luz a uma dúvida que tomou os mercados nas últimas semanas: qual será a magnitude do corte promovido pelo Fed em sua próxima reunião.
Agora que Powell quase confirma que a instituição vai iniciar seu ciclo de afrouxamento dos juros em setembro, o mercado faz novas apostas sobre o tamanho do corte: de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
Sobre isso, Powell disse que "o momento e o ritmo dos cortes das taxas dependerão dos dados, das perspectivas e do equilíbrio de riscos".
Ele também disse que "sua confiança aumentou" em relação à desaceleração da inflação até a meta de 2%. Em julho, a inflação acumulada em 12 meses foi de 3,2%.
"Embora a tarefa não esteja concluída, fizemos um grande progresso", disse o presidente do Fed sobre o controle dos preços.
A preocupação se virou com maior força, então, para o mercado de trabalho. "Os riscos de alta para a inflação diminuíram. E os riscos de queda para o emprego aumentaram", afirmou.
Embora Powell tenha dito que o salto de quase um ponto percentual na taxa de desemprego no último ano se deveu, em grande parte, ao aumento da oferta de mão de obra e à desaceleração das contratações, e não ao aumento das demissões, ele também foi enfático ao dizer que o Fed quer evitar qualquer erosão adicional.
A atual taxa de desemprego de 4,3% está próxima do nível que as autoridades do Fed consideram compatível com uma inflação estável no longo prazo
No fim de julho, o Fed decidiu manter as taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano. Mas a ata, divulgada nesta quarta-feira, mostra que "a grande maioria" dos agentes "destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião".
Os juros no Brasil também ficam no radar dos investidores, em meio às dúvidas sobre a possibilidade de novos aumentos da taxa Selic pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação que voltou a acelerar.
Na semana passada, em um discurso duro, Gabriel Galípolo, tido como o principal nome para substituir Roberto Campos Neto no comando do BC, afirmou que suas falas recentes não colocaram o BC em um "corner" em relação ao que será feito com a Selic em setembro, mas repetiu que a autarquia subirá a taxa básica se necessário.
Nos últimos dias têm ganhado força entre instituições financeiras a avaliação de que, em função de falas recentes de Galípolo, consideradas "hawkish" (duras com a inflação), o BC terá que subir a Selic em pelo menos 25 pontos-base em setembro mesmo em meio à relativa melhora do cenário externo.
"Inflação fora da meta é situação desconfortável, e ter que subir juros é situação cotidiana para quem está no BC", afirmou. Os comentários de Galípolo reforçaram a percepção de que uma alta da Selic está de fato a caminho.
Nesse sentido, os economistas do mercado financeiro -- consultados pelo Boletim Focus, do BC -- elevaram a estimativa de inflação para este ano e para 2025.
Para 2024, a previsão avançou pela sexta semana seguida, passando de 4,22% para 4,25%, cada vez mais próxima do teto da meta de inflação. A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 3,91% para 3,93% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
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