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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Dólar opera em baixa e Ibovespa sobe, de olho em dados sobre a economia dos EUA

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Ontem, a moeda norte-americana recuou 0,16%, cotada a R$ 5,0399. Já a bolsa de valores brasileira avançou 1,23%, aos 115.731 pontos.
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Por g1

Postado em 29 de setembro de 2023 às 10h10m

            Post. N. =  0.709           

Dólar opera em baixa — Foto: Pixabay
Dólar opera em baixa — Foto: Pixabay

O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (29), último pregão do terceiro trimestre de 2023, com investidores repercutindo números de inflação nos Estados Unidos e os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que apresentaram um resultado menor que o esperado pelo mercado.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, opera em alta, em um dia positivo e as ações de diversos setores subindo de forma generalizada.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 11h52, a moeda norte-americana caía 0,52%, cotada a R$ 5,0139. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou com baixa de 0,16%, cotada a R$ 4,9983. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

  • altas de 2,18% na semana e de 1,82% no mês;
  • queda de 4,51% no ano.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,76%, aos 116.611 pontos.

Na quinta-feira, o índice subiu 1,23%, aos 115.731 pontos, recuperando parte das perdas dos últimos dias. Com o resultado, o índice passou a acumular:

  • quedas de 0,24% na semana e de 0,01% no mês;
  • alta de 5,46% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A economia nos Estados Unidos segue o centro das atenções dos investidores nesta sexta-feira, último pregão do terceiro trimestre. Hoje, o dado mais importante da agenda é o Núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que é um dos indicadores de inflação do país e o preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para tomar suas decisões.

Em agosto, o PCE teve alta de 0,1% em relação ao mês anterior, levemente abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam um avanço de 0,2%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,5%, dentro das projeções e com uma alta marginal ante julho, quando o acumulado era de 3,4%.

Uma inflação mais estabilizada e abaixo das estimativas deixam o mercado mais otimista, porque pode ser um sinal de que a política monetária mais restritiva do Fed, com juros altos, está dando certo e conseguindo controlar o avanço dos preços.

Essa notícia vem de encontro ao resultado do PIB americano divulgado na véspera, que decepcionou o mercado. No segundo trimestre, o indicador de crescimento econômico do país foi confirmado em uma alta anualizada de 2,1%, segundo o Departamento do Comércio norte-americano. Especialistas projetavam um aumento de 2,4% no período na base anual.

Segundo especialistas, essa notícia mais negativa na verdade caiu bem para os investidores, porque uma aceleração mais devagar na maior economia do mundo pode levar o Fed a segurar os juros em patamares elevados por menos tempo. Hoje, as taxas nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No Brasil, a agenda do dia conta com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que mostrou que a taxa de desemprego caiu para 7,8% no trimestre terminado em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A desocupação ainda afeta 8,4 milhões de trabalhadores, mas esse é o menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015.

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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Tesouro Direto: número de investidores ativos tem maior aumento mensal da história em agosto

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Segundo o Tesouro Nacional, as vendas de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somaram US$ 3,66 bilhões em agosto deste ano. 
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 26 de setembro de 2023 às 11h20m

            Post. N. =  0.708           

O número de investidores ativos do Tesouro Direto, ou seja, aqueles que têm saldo em aplicações do programa, subiu 80.923 em agosto deste ano, o maior aumento da história, totalizando 2.373.706 pessoas, informou nesta terça-feira (24) a Secretaria do Tesouro Nacional.

O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet.

"Cabe destacar que, no mês de lançamento do Tesouro Educa+, 10% do total de novos investidores cadastrados está na faixa etária de até 15 anos, comparado com o percentual de 0,5% de investidores nessa mesma faixa etária no total de investidores cadastrados", informou o Tesouro Nacional.

De acordo com a instituição, o número de investidores cadastrados no Tesouro Direto cresceu 468.954 no mês passado, uma alta de 23,3% em relação ao mês anterior - atingindo a marca de 25.475.824 pessoas.

Vendas em agosto

Segundo o Tesouro Nacional, as vendas de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somaram US$ 3,66 bilhões em agosto deste ano.

Ainda segundo dados oficiais, os resgates de títulos públicos somaram R$ 3,05 bilhões no mês passado. Com isso, houve uma emissão líquida, ou seja, a diferença entre o montante retirado de mercado e as emissões, de 608 milhões no período.

Já o saldo total (estoque) de títulos em mercado nas mãos de pessoas físicas somou R$ 121,6 bilhões em agosto deste ano, contra R$ 120 bilhões em julho.

Em outubro do ano passado, o saldo ultrapassou a marca dos R$ 100 bilhões pela primeira vez.

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domingo, 24 de setembro de 2023

Haddad fala em construir fábrica de baterias elétricas no Brasil

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Ministro da Fazenda visitou a Universidade de São Paulo nesse sábado. Segundo ele, o custo de construção de uma fábrica de células de bateria elétrica no Brasil é de cerca de US$ 2 bilhões, ou seja, quase R$ 10 bilhões.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 24 de setembro de 2023 às 11h35m

            Post. N. =  0.707           

Haddad visita Universidade de São PauloHaddad visita Universidade de São Paulo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (23) que o custo de construção de uma fábrica de células de bateria elétrica no Brasil é de cerca de US$ 2 bilhões, ou seja, quase R$ 10 bilhões -- considerando o fechamento do câmbio desta sexta-feira (22) em R$ 4,93.

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Haddad também disse que, se os setores de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e governamental trabalharem juntos e "apertarem os botões certos", será possível mobilizar recursos da Petrobras, dos fundos, do Ministério da Ciência e Tecnologia em proveito desses projetos. "Porque é o que está na ordem do dia, é urgente, necessário, e é uma oportunidade para o Brasil", acrescentou.

"São esses os valores que estão na mesa para que os países tomem a decisão do que fazer. E à luz do que ouvimos aqui, imaginar que é caro o investimento que vai ser feito aqui, é não ter a dimensão do retorno que vai ter para o Brasil", declarou o ministro durante visita ao "Research Centre for Greenhouse Gas Innovation", da USP.

O ministro da Fazenda avaliou, também, que talvez outros países olhem para isso como custo, mas, em sua visão, o Brasil tem condições de "rapidamente converter esse custo em taxas de retorno consideráveis". "É mais uma vez uma janela que aparece à nossa frente, e tenho certeza que esse governo não vai desperdiçar", concluiu.

Maiores reservas mundiais de lítio estão no Chile e na AustráliaMaiores reservas mundiais de lítio estão no Chile e na Austrália

Baterias elétricas

As baterias elétricas citadas por Haddad podem ser usadas em celulares, dos laptops e veículos elétricos, por exemplo. Reportagem do Jornal Nacional nesta semana mostrou que o insumo fundamental para sua fabricação, o lítio, é um minério presente no Brasil -- que tem 8% das reservas mundiais.

A maior demanda é no setor de baterias, que responde hoje por mais de 90% do mercado mundial de lítio, da demanda mundial de lítio. Agora, o mercado interno sempre foi o foco. Como, por exemplo, a indústria farmacêutica, temos a indústria cerâmica, a indústria de graxas, lubrificantes. Então, o lítio tem muitas aplicações relevantes e a gente sempre atendeu elas todas no Brasil, afirmou Vinícius Alvarenga, presidente da Companhia Brasileira de Lítio, ao Jornal Nacional.

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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Dólar e Ibovespa fecham em leve queda enquanto mercado ainda digere juros local e discurso do Fed

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Nesta sexta, o câmbio estadunidense caiu 0,02%, cotado a R$ 4,9324. O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,12%, aos 116.008 pontos.
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Por g1

Postado em 22 de setembro de 2023 às 11h10m

            Post. N. =  0.706           

Dólar e Ibovespa fecham em leve queda enquanto mercado ainda digere juros local e discurso do Fed
Pixabay

O Ibovespa e o dólar encerraram esta sexta-feira (22) em queda. O índice, assim como a moeda norte-americana, foram impactos pelos tons mais duros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central do Brasil (BC) nos comunicados de política monetária.

Dólar

O câmbio estadunidense caiu 0,02%, cotado a R$ 4,9324. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou com alta de 1,10%, vendido a R$ 4,9336, mas chegou a bater R$ 4,9361 na máxima do dia.

Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:

  • alta de 1,27% na semana;
  • quedas de 0,36% no mês e de 6,55% no ano.
Ibovespa

O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,12%, aos 116.008 pontos.

Na véspera, o índice fechou o dia em forte queda de 2,15%, aos 116.145 pontos.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular:

  • queda de 2,31% na semana;
  • altas de 0,23% no mês e de 5,72% no ano.
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O que mexeu com os mercados?

Os mercados continuam repercutindo as decisões sobre juros, principalmente do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou em 0,50 ponto percentual a Selic, taxa básica de juros, que foi a 12,75% ao ano. Já nos EUA, o Fed deixou as taxas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano.

As decisões vieram em linha com o que era esperado pelo mercado, mas o tom dos comunicados despertou a atenção dos investidores.

No caso do Brasil, o Copom reafirmou, com mais ênfase, que segue de olho nos rumos da política fiscal e na arrecadação do governo, que vem caindo. Esses fatores podem pesar sobre próximas decisões do comitê.

Já nos Estados Unidos, o Fed não teve unanimidade para manter os juros inalterados e vários dirigentes queriam promover uma nova alta nas taxas. Assim, se a inflação continuar subindo no país, outros aumentos podem vir pela frente.

Os investidores ainda digeriram ao longo do dia dados econômicos internacionais que não afetam diretamente o mercado brasileiro, mas apontam como está o cenário econômico internacional (veja abaixo).

Na zona do euro, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto - que reúne dados do setor industrial e também de serviços - subiu de 46,7 em agosto para 47,1 em setembro, segundo a S&P Global.

O indicador veio acima das expectativas que era de 46,5 pontos. No entanto, mesmo com a melhora, o número continua abaixo dos 50 pontos. Quando o número é menor do que 50, há uma contração da economia - acima desse limite, significa expansão econômica.

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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Taxa Selic: entenda os pontos mais importantes para a decisão de juros do Banco Central

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Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça (19) e na quarta-feira (20) para definir os juros dos próximos 45 dias. Hoje, está na casa dos 13,25% ao ano.
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Por Artur Nicoceli, g1

Postado em 19 de setembro de 2023 às 09h00m

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Sede do Banco Central, em Brasília  — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Sede do Banco Central, em Brasília — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça (19) e quarta-feira (20) para definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião, o Copom baixou a Selic pela primeira vez desde 2020, para 13,25% ao ano.

A cada 45 dias, o comitê analisa os dados econômicos do país e define a direção dos juros do país, com o principal objetivo de que a inflação oficial fique dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) — de 3,25% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

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Essa é a dinâmica geral do sistema de metas de inflação. Entre tudo o que o Banco Central do Brasil analisa a cada reunião, quatro pontos são os principais para definir a taxa Selic:

  • Núcleo da inflação;
  • Índice de difusão;
  • Boletim Focus;
  • Cotação do petróleo.

Nesta matéria, o g1 te explica o que cada ponto significa e como ele pode afetar na decisão da taxa. A expectativa de mercado para o anúncio desta quarta-feira é de um novo corte de 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.

Ata do Copom sinaliza para novos cortes na Selic na ordem de 0,5 pontos
Ata do Copom sinaliza para novos cortes na Selic na ordem de 0,5 pontos

Núcleo da inflação

Na dinâmica do pós-pandemia, a inflação de serviços ficou no radar do Banco Central para direcionar a velocidade de corte na taxa de juros. O índice teve lenta desaceleração, mas aproximou-se do índice geral do IPCA. De acordo com os últimos dados do IBGE e na janela de 12 meses, a cesta de serviços acumula alta de 5,43%, com alta de apenas 0,08% no mês de agosto.

Atualmente, os vilões da inflação são os produtos monitorados. Os itens - cujos preços são definidos pelo setor público ou por contratos - tornaram-se o destaque dos resultados de inflação.

Na janela de 12 meses, essa cesta de produtos acumula alta de 7,69%, acima do índice geral. No mês, houve aceleração de 0,46% em julho para 1,26% em agosto.

Um dos produtos que influenciou os monitorados é a gasolina, principal subitem da inflação em 2023. Mas a dinâmica dos demais combustíveis também está sob análise do BC, já que trazem impactos nos preços da cadeia de logística ou restringem a capacidade de gasto da população (entenda mais abaixo).

Todos os itens acima fazem parte da cesta que contempla o núcleo da inflação, um cálculo feito com três grandes métricas, que captam a tendência dos preços, desconsiderando choques temporários ou sazonais:

  • Núcleo de médias aparadas com suavização o cálculo elimina 40% dos itens que apresentam variações no preço de forma extrema e calcula uma média com o restante dos itens que compõem o IPCA;
  • Núcleo por exclusão o cálculo exclui itens dos grupos de alimentação por domicílio e preços administrados por contrato e monitorados (itens cujo valor não sofre tanta alteração por oferta e demanda);
  • Núcleo por dupla ponderação — o cálculo inclui todos os itens, mas dá um peso menor para os produtos que apresentam maior volatilidade.

Essas medidas se destrincham em vários números que dão uma base ao BC sobre o cenário inflacionário do país, explica André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).

Porém, não existe um padrão consensual na literatura sobre o que constitui um núcleo de inflação ideal, de forma que, normalmente, utilizam-se diversos critérios para avaliá-la. Ou seja, cada analista usa a teoria que acha melhor e faz seus próprios cálculos.

Na prática, o objetivo é sempre acompanhar a alta de preços, mas os cálculos usados podem variar de reunião para reunião.

Vale destacar que os integrantes do Copom também ficam de olho na cotação do real frente ao dólar — que está na casa dos R$ 5,00 — porque quanto mais caro fica para comprar moeda norte-americana, menor deve ser a quantidade de produtos importados e maior deve ser os produtos exportados — o que impacta na inflação.

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Índice de difusão

Outro item importante ao BC é o índice de difusão, um cálculo que mostra a proporção de bens e serviços que tiveram aumento de preços em um determinado período. Por exemplo, se dos aproximadamente 400 itens do IPCA, 200 sofreram aumento nos preços, cerca de 50% dos itens tiveram os preços afetados.

E, segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, se a porcentagem estiver acima dos 50%, mais espalhada está a inflação. Assim, o Copom consegue compreender, diante dos cenários internacionais, se é uma questão de sazonalidade ou se determinada mudança nos preços é algo para se prestar atenção.

A sazonalidade não tão é importante ao Banco Central porque o preço desses produtos pode subir ou descer conforme, por exemplo, o clima de uma região.

Boletim Focus

O terceiro ponto é o boletim Focus, um relatório publicado toda segunda-feira, pelo próprio BC, contendo as expectativas do mercado sobre alguns indicadores econômicos, como a inflação e os juros nos próximos anos.

O levantamento mostra as expectativas dos agentes para dados econômicos, como atividade, inflação, juros, dólar, entre outros. Por ali, é possível vislumbrar sobre a esperança que o mercado deposita no Banco Central para cumprir com as metas.

Se a inflação se distancia [da meta], significa que o BC está com uma política monetária frágil, afirma o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV. E o objetivo de todos os investidores é proteger seu dinheiro da inflação. Assim, eles tendem a tirar dinheiro do país para procurar produtos onde a inflação não corroa seu bolso.

Na prática, a inflação mostra uma insegurança dentro do sistema econômico do país, o que gera um maior risco ao investidor, que procura outros países onde consiga ter maior segurança sobre o retorno financeiro.

No boletim Focus desta segunda-feira (18), os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa do valor da inflação de 4,93% para 4,86%. O valor está em queda desde meados de maio, mas permanece acima do teto da meta definido pelo CMN — de 4,75%.

A inflação ao consumidor segue com uma dinâmica corrente mais benigna, em particular nos componentes referentes a bens industriais e alimentos. Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que possuem maior inércia inflacionária, apresentaram queda, mas mantêm-se acima da meta para a inflação, informou o BC na ata da última reunião, que aconteceu em agosto. 
Petróleo

De acordo com Rodolfo Margato, economista da XP, um quarto ponto que está no radar dos integrantes do Copom é o preço do petróleo. Ele explica que o preço da commodity impacta no preço dos combustíveis e reflete diretamente no IPCA.

Isso porque o encarecimento tanto do álcool, como da gasolina, ou do diesel faz com que as empresas gastem mais para transportar os produtos e, consequentemente, tenham que subir o preço dos produtos.

Segundos os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados na última sexta-feira (15), a gasolina e o álcool caíram para R$ 5,84 e R$ 3,64, respectivamente.

Enquanto o litro do diesel engatou sua sétima alta consecutiva e foi encontrado nos postos, em média, a R$ 6,10 (veja o preço dos combustíveis nos últimos meses abaixo).

Ainda assim, a alta da gasolina foi de 13,02% em 2023, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto. A participação total do combustível no acumulado do ano foi de 0,60 p.p. Em 2023, o IPCA tem alta de 3,23%.

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