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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Desempenho cai, e pequena indústria aponta carga tributária e taxas de juros como principais problemas, diz CNI

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Recuo foi de 3,1 pontos no último trimestre de 2022. Empresários também relataram falta de confiança em janeiro de 2023, pela primeira vez desde julho de 2020.
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Por André Catto, g1

Postado em 30 de janeiro de 2023 às 13h00m

            Post. N. =  0.583           

Funcionários da indústria do Alto Tietê trabalham com solda — Foto: Miguel Ângelo/Ciesp
Funcionários da indústria do Alto Tietê trabalham com solda — Foto: Miguel Ângelo/Ciesp

As pequenas indústrias brasileiras tiveram queda no índice de desempenho no último trimestre de 2022. É o que mostra o Panorama da Pequena Indústria (PPI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (30).

O recuo foi de 3,1 pontos, a 44,3 pontos – ainda assim, acima da média histórica, de 43,8 pontos. São consideradas de pequeno porte as indústrias com até 50 funcionários.

De acordo com o levantamento, a carga tributária e as taxas de juros foram os principais problemas enfrentados pelos empresários do setor nos últimos três meses do ano passado.

A pesquisa mostra que 37,6% dos empresários da indústria de transformação consideraram a carga tributária a principal dificuldade. Entre os empresários da construção, o problema foi apontado por 24,5%.

Já as taxas de juros elevadas ficaram no topo das reclamações da construção, citadas por 29,3% dos entrevistados. O problema também foi apontado por 21,9% na indústria da transformação.

Acesso ao crédito

O Índice de Situação Financeira, divulgado no PPI, teve leve queda nos últimos três meses de 2022, de 0,7 ponto, e fechou o ano a 43 pontos. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o aumento foi de 1 ponto.

O levantamento também destaca as queixas em relação ao acesso ao crédito. Empresários dos três setores (construção, transformação e extrativa) relataram aumento da insatisfação no período.

O cenário do mercado de crédito é desafiador, por conta, principalmente, do elevado nível da taxa de juros. Por isso, é ainda mais importante que as micro e pequenas empresas busquem orientação adequada no momento de busca por financiamento ou empréstimo, diz o gerente de Política Econômica da CNI, Fábio Guerra.

A Selic, taxa básica de juros do país, está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.

Falta de confiança

Os empresários não iniciaram 2023 animados. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as pequenas indústrias recuou para 48,8 pontos em janeiro de 2023, após queda de 1,9 ponto na comparação com dezembro.

É a primeira vez desde julho de 2020 que o empresário de pequeno porte relata falta de confiança.

"Quando o valor do indicador se situa abaixo da linha divisória de 50 pontos, há mudança do estado de confiança para falta de confiança. Essa falta de confiança contribui para um comportamento mais cauteloso por parte dos empresários ao realizar investimentos e contratações", diz o relatório.
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sábado, 28 de janeiro de 2023

Confiança do comércio recua e atinge pior nível desde abril de 2022, diz CNC

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Movimento reflete cenário de inflação e juros elevados e deve se traduzir em uma redução dos investimentos e das contratações.
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Por g1

Postado em 28 de janeiro de 2023 às 09h35

            Post. N. =  0.582           

Segundo CNC, comerciantes já começam a reavaliar investimentos em contratação e reposição dos estoques. — Foto: Christyam de Lima/Divulgação
Segundo CNC, comerciantes já começam a reavaliar investimentos em contratação e reposição dos estoques. — Foto: Christyam de Lima/Divulgação

O cenário de inflação elevada e juros altos continua a deteriorar a confiança dos empresários. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 119,0 pontos em janeiro – a segunda baixa consecutiva e o menor nível desde abril de 2022.

O número ainda representa uma queda de 3,6% em relação a dezembro e de 1,7% em comparação ao mesmo mês de 2022. Os dados ainda apontam para uma desaceleração mensal de todos os indicadores, com destaque para a redução mensal de 6,4% no índice de expectativas para o curto prazo.

Para o presidente da confederação, José Roberto Tadros, além dos preços mais altos e do encarecimento do crédito, o movimento ainda reflete uma desaceleração na criação de vagas do mercado de trabalho e a maior cautela do consumidor – que, por sua vez, é intensificada pelo alto nível de endividamento das famílias.

O comércio de bens e serviços, que representa grande parte do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro e gera a maioria dos postos de trabalho formal, sente o desaquecimento das vendas, afirmou o executivo em nota oficial, destacando que esse cenário ainda deve persistir ao longo de 2023.

Ainda de acordo com o indicador, as expectativas para a economia caíram 9,8% em janeiro em relação a dezembro, a 125,7 pontos, enquanto as perspectivas para o comércio reduziram 6,2% na mesma base de comparação, a 139,0 pontos. Ambas as pontuações representam o menor patamar desde abril de 2021.

Os comerciantes vêm apontando, há dois meses, deterioração rápida das expectativas sobre o desempenho da atividade econômica e do comércio no primeiro semestre deste ano, disse a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira.

Segundo a confederação, quase um terço (31,4%) dos varejistas acreditam em uma deterioração na economia (em novembro essa porcentagem era de 12,1%). Já aqueles que acreditam em uma piora nas vendas representam 23,7% dos varejistas (em novembro, o número era de 9,3%).

Redução de investimentos e menos contratações

A economista da CNC ainda destaca que a piora na percepção das condições atuais e das expectativas já começa a refletir no planejamento dos varejistas para este ano, levando comerciantes a reavaliar investimentos na empresa e na recomposição dos estoques.

Segundo o Icec, a intenção de investir no negócio registrou a 5ª queda consecutiva entre dezembro e janeiro (-3,9%), a 109,4 pontos.

O indicador ainda aponta que 42,4% dos comerciantes pretendem reduzir os investimentos – o maior percentual desde junho de 2022. O principal destaque ficou com o segmento de produtos duráveis, que registrou uma queda mensal de 5% em janeiro, a 103,4 pontos.

Os juros permanecerão elevados pelo menos até o terceiro trimestre deste ano, o que deve reverberar negativamente o consumo de bens dependentes do crédito, completa Ferreira.

Ainda de acordo com a confederação, a deterioração da confiança dos empresários também deve ter reflexos nas vagas disponíveis no setor. Segundo o indicador, houve uma redução mensal de 6,7% na intenção de contratar novos funcionários, a 122,9 pontos. Na comparação anual, a queda foi de 10,4%.

Vale lembrar que o número de contratações no comércio já possui uma tendência sazonal de queda em janeiro, já que o mês tradicionalmente é um período de vendas menores. Além disso, Ferreira ainda reforça que a efetivação dos funcionários que tinham contratos temporários até dezembro também influencia uma redução na intenção de criação de novas vagas.

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Dólar fecha em queda de 1,22% e vai a R$ 5,07, menor nível em quase três meses

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Moeda norte-americana acumula recuo de 3,77% no ano; menor fechamento anterior havia sido em 4 de novembro do ano passado, quando chegou a R$ 5,08.
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Por g1

Postado em 26 de janeiro de 2023 às 15h00m

            Post. N. =  0.581           

Dólar — Foto: Pixabay
Dólar — Foto: Pixabay

O dólar terminou esta quarta-feira (25) em queda ante o real. É o menor nível da moeda norte-americana em quase três meses, ao passo em que a entrada de recursos do exterior dão suporte à divisa brasileira.

O dólar fechou em queda de 1,22%, cotado a R$ 5,0807. Veja mais cotações.

Com o resultado, a moeda acumula queda de 3,77% no ano e de 2,46% na semana.


O que está mexendo com os mercados?

Localmente, a entrada de recursos estrangeiros no país segue no radar, uma vez que ajudou o real em pregões recentes, enquanto operadores monitoram a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Uruguai, onde se encontrou com o presidente uruguaio, Lecalle Pou.

A Petrobras informou que o comitê de elegibilidade se reuniu na terça-feira para analisar a indicação de Jean Paul Prates para os cargos de conselheiro de administração e presidente da estatal. Essa é uma das etapas que o executivo precisa percorrer antes de ser confirmado no cargo.

O futuro presidente da Petrobras deve ter uma ação alinhada ao governo, e terá como desafio a paridade dos preços com o mercado internacional, aponta a comentarista Ana Flor - veja vídeo abaixo.

Ana Flor: Futuro presidente da Petrobras deve fazer uma ação alinhada ao governo
Ana Flor: Futuro presidente da Petrobras deve fazer uma ação alinhada ao governo

Na terça-feira, a Petrobras anunciou aumento no preço da gasolina — valor passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, com acréscimo nominal de R$ 0,23 por litro, o que representa alta de 7,46%.

No cenário externo, a inflação global e temores de recessão econômica e suas consequências para a política econômica seguem como prioridade nos mercados internacionais.

Com pressão inflacionária e juros mais altos, a cautela permanece com o risco de recessão nos Estados Unidos, com o mercado aguardando novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que possam indicar o rumo das taxas de juros no país.

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para tais aplicações, em detrimento de ativos de risco como o mercado de ações e moedas do Brasil, o que pode desvalorizar o real frente o dólar.

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PIB dos EUA cresce 2,1% em 2022 e 2,9% no 4º trimestre

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País teve a segunda alta trimestral seguida, após a sequência de duas quedas trimestrais consecutivas; crescimento anual foi menor que o registrado em 2021.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 26 de janeiro de 2023 âs 12h35

            Post. N. =  0.580           

Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022.  — Foto: Andres Kudacki/AP Photo
Homem faz compras em um supermercado de Nova York, em imagem de 27 de julho de 2022. — Foto: Andres Kudacki/AP Photo

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou a uma taxa anualizada de 2,9% no quarto trimestre de 2022, informou o Departamento de Comércio dos EUA, em sua primeira estimativa, nesta quinta-feira (26). No terceiro trimestre, a economia norte-americana havia subido 3,2%.

A estimativa do PIB divulgada nesta quinta é baseada em dados ainda incompletos ou sujeitos a revisão posterior pela agência de estatísticas. A segunda estimativa, baseada em dados mais completos, será divulgada em 23 de fevereiro.

O aumento no quarto trimestre refletiu principalmente avanços nos investimentos, nos gastos do consumidor e do governo - os gastos dos consumidores representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos.

Com isso, o país teve a segunda alta trimestral seguida, após a sequência de duas quedas trimestrais consecutivas, o que havia levantado preocupações de que a economia estaria numa recessão. No segundo trimestre, a economia dos EUA contraiu 0,6%.

Esse pode marcar o último trimestre de crescimento sólido antes dos efeitos defasados do ciclo mais rápido de aperto da política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA) desde os anos 1980. A maioria dos economistas espera uma recessão até o segundo semestre do ano, embora suave em comparação com as recessões anteriores, aponta a Reuters.

Já no ano de 2022, o PIB cresceu 2,1%, ante alta de 5,9% em 2021. Esse avanço refletiu principalmente a alta nos gastos do consumidor, nas exportações e nos investimentos.

No quarto trimestre, o PIB em dólares correntes aumentou 6,5% a uma taxa anual, ou US$ 408,6 bilhões, para o total de US$ 26,13 trilhões. No terceiro trimestre, o PIB aumentou 7,7%, ou US$ 475,4 bilhões.

No ano passado, o PIB em dólares correntes aumentou 9,2%, ou US$ 2,15 trilhões, para o total de US$ 25,46 trilhões, em comparação com o aumento de 10,7%, ou US$ 2,25 trilhões, em 2021.

Desaceleração

Em comparação com o terceiro trimestre, o crescimento menor do PIB no quarto trimestre refletiu principalmente uma desaceleração nas exportações e no investimento fixo não residencial, nos gastos dos governos estaduais e locais e nos gastos do consumidor.

Esses movimentos foram parcialmente compensados ​​pelo aumento dos investimentos privados em estoques, pela aceleração dos gastos do governo federal e por uma menor queda nos investimentos fixos residenciais. As importações diminuíram menos no quarto trimestre do que no terceiro trimestre.

No ano, o destaque ficou com o aumento dos gastos do consumidor, trazido pela procura por serviços, principalmente por viagens internacionais, serviços de alimentação e alojamento e cuidados com saúde.

O aumento nos investimentos refletiu principalmente a alta nas indústrias de manufatura, comércio atacadista e varejo. Entre as quedas, destaque para o investimento fixo residencial e gastos do governo federal.

Em meio a esses dados, investidores continuam atentos aos próximos movimentos do Federal Reserve (BC dos EUA) em relação à taxa de juros.

Para Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank, apesar dos números ainda bons, vários outros indicadores de atividade sugerem que a economia está em forte desaceleração.

Para ele, o esfriamento da economia americana reflete o aperto na política monetária que começou a ser implementado pelo Fed no ano passado para conter a inflação.

Salles explica que, num contexto de economia forte e um mercado de trabalho aquecido, os preços dispararam, levando o Fed a elevar as taxas de juros para desacelerar a atividade. A inflação em 12 meses acumula uma alta de 5,5% em novembro, bem acima da meta de 2%.

"Apesar dos sinais da desaceleração da economia, acreditamos que o mercado de trabalho seguirá aquecido nos próximos meses, pressionando a inflação. Por conta desse cenário, o Fed deverá seguir com novos aumentos de juros no curto prazo", diz Salles.

A previsão dele é que a taxa de juros alcance um pico neste ano, ficando no intervalo entre 5% e 5,25%, com provável aumento de 0,25 ponto percentual na reunião de fevereiro. "Não esperamos cortes de juros antes de 2024", diz.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,55% em janeiro

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Indicador acelerou na comparação com dezembro pressionado, principalmente, por saúde e cuidados pessoais e alimentação e bebidas.
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Por Daniel Silveira, g1 — Rio de Janeiro

Postado em 24 de janeiro de 2023 às 11h30m

            Post. N. =  0.579           

Cliente em loja de venda de produtos para beleza e cosméticos; produtos de higiene pessoal foram os que mais pressionaram inflação em janeiro — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica
Cliente em loja de venda de produtos para beleza e cosméticos; produtos de higiene pessoal foram os que mais pressionaram inflação em janeiro — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,55% em janeiroinformou nesta terça-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice acelerou em relação a dezembro, quando ficou em 0,52%, já o indicador acumulado em 12 meses desacelerou de 5,90% para 5,87%.

Em 2022, a prévia da inflação de janeiro ficou em 0,58%.

De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram aumento na média de preços.

As maiores pressões sobre a alta do indicador em janeiro vieram de Saúde e cuidados pessoais e Alimentação e bebidas, com impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.). e 0,12 p.p. respectivamente.

A maior alta , no entanto, partiu do grupo de Comunicação, cujo impacto sobre o índice geral foi de (0,11 p.p.).

Os grupos de Habitação e Transportes, por sua vez, registraram a menor variação.

Veja abaixo a variação dos grupos em janeiro:

  • Habitação: 0,17%
  • Transportes: 0,17%
  • Educação: 0,36%
  • Artigos de residência: 0,38%
  • Vestuário: 0,42%
  • Alimentação e bebidas: 0,55%
  • Despesas pessoais: 0,57%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,10%
  • Comunicação: 2,36%
Higiene pessoal puxa alta de Saúde e cuidados pessoais

De acordo com o IBGE, o grupo Saúde e cuidados pessoais foi um dos que apresentou maior avanço na alta de preços - acelerou de 0,40% em dezembro para 1,10% em janeiro.

A maior pressão partiu do aumento em itens de higiene pessoal, que acelerou de 0,04% para 1,88% no mesmo período. Perfume e produtos para pele tiveram as altas mais expressivas, respectivamente de 4,24% e 3,85%.

Os planos de saúde mantiveram a variação do mês anterior, de 1,21%, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Cebola e leite mais baratos, batata, tomate e arroz mais caros

No grupo de Alimentação e bebidas, o índice desacelerou de 0,69% para 0,55% na passagem de dezembro para janeiro puxado pelo recuo no preço médio, sobretudo, da cebola (-15,21%) e do leite longa vida (-2,04%).

No lado oposto, houve pressão do reajuste nos preços médios da batata-inglesa (15,99%), do tomate (5,96%), do arroz (3,36%) e das frutas (1,74%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,45% para 0,39% no período, enquanto a alimentação no domicílio desacelerou de 0,78% para 0,61%.

Gás e energia mais baratos

Segundo o IBGE, o índice para o grupo Habitação desacelerou, na comparação com dezembro, de 0,40% para 0,17% pressionado, sobretudo, pela queda no preço médio do gás de botijão (-1,32%) e da energia elétrica residencial (-0,16%).

Por outro lado, foi registrado aumento no gás encanado (7,09%), pressionado pelo reajuste de 9% das tarifas no Rio de Janeiro (3,64%) e São Paulo (10,90%).

Outro aumento significativo foi registrado na taxa de água e esgoto (0,75%), decorrente dos reajustes de 14,62% em Belo Horizonte e de 9,51% em Brasília.

Aumento em TV por assinatura, telefonia e internet

O grupo Comunicação foi o que registrou o avanço mais expressivo do indicador, que acelerou de 0,18% para 2,36% em janeiro. A maior pressão sobre essa alta partiu do aumento em tv por assinatura (11,78%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,24%), acesso à internet (2,11%) e aparelho telefônico (1,78%).

Transportes desacelera

Já o índice para o grupo de transportes desacelerou de 0,85% em dezembro para 0,17% em janeiro pressionado, principalmente, pela queda nos preços dos combustíveis (-0,58%).

O IBGE destacou que, à exceção da alta no etanol (0,51%), houve queda nos preços do óleo diesel (-3,08%), da gasolina (-0,59%) e do gás veicular (-0,40%).

O órgão destacou, também, que houve alta do subitem emplacamento e licença (1,61%), que incorporou, pela primeira vez, a fração mensal referente ao IPVA de 2023.

Alta disseminada

Todas as 11 regiões pesquisadas para composição do IPCA-15 tiveram aumento no preço médio dos produtos e serviços analisados. Na maioria, o índice ficou acima do nacional.

As menores variações foram registradas no Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, Goiânia e Brasília - as cinco abaixo do índice nacional.

As demais seis regiões, a variação foi acima da nacional, sendo a maior registrada em Belo Horizonte.

Veja abaixo a variação em cada uma das 11 regiões pesquisadas:

  • Rio de Janeiro (RJ): 0,23%
  • Curitiba (PR): 0,3%
  • Porto Alegre (RS): 0,34%
  • Goiânia (GO): 0,39%
  • Brasília (DF): 0,43%
  • Recife (PE): 0,57%
  • Salvador (BA): 0,6%
  • São Paulo (SP): 0,62%
  • Fortaleza (CE): 0,69%
  • Belém (PA): 0,83%
  • Belo Horizonte (MG): 0,92%
Queda no acumulado em 12 meses

A inflação acumulada em 12 meses registrou ligeira desaceleração na comparação com o registrado em dezembro - caiu de 5,90% para 5,87%.

Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o indicador, Transportes e Habitação registraram deflação no acumulado em 12 meses.

Vestuário, por sua vez, foi o grupo com a maior variação, seguido por alimentação e bebidas e saúde e cuidados pessoais.

Veja abaixo a variação acumulada em 12 meses de cada um dos nove grupos:

  • Transportes: -0,44%
  • Habitação: -0,22%
  • Comunicação: 0,08%
  • Artigos de residência: 7,3%
  • Despesas pessoais: 7,48%
  • Educação: 7,48%
  • Saúde e cuidados pessoais:11,43%
  • Alimentação e bebidas:11,5%
  • Vestuário: 17,16%
Metodologia

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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