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domingo, 27 de fevereiro de 2022

PIX e fim do auxílio emergencial tiram de circulação R$ 45 bilhões em cédulas e moedas, indica BC

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No ano passado, foi registrada pelo Banco Central a primeira queda no chamado 'meio circulante' desde o início do plano Real, em 1994.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 27 de fevereiro de 2022 às 08h00m

Post. N. =  0.435

Com o fim do auxílio emergencial e o início do PIX, o chamado "meio circulante" brasileiro — que engloba cédulas em circulação — encolheu cerca de R$ 44,8 bilhões desde o fim de 2020, segundo dados do Banco Central.

No fechamento do ano retrasado, R$ 370,4 bilhões em cédulas e moedas circulavam pela economia brasileira, valor que caiu para R$ 339 bilhões no fim de 2021. O recuo registrado no último ano, o primeiro desde o plano Real (1994), foi de R$ 31,4 bilhões.

Além disso, mais R$ 13,3 bilhões foram retirados de circulação na parcial deste ano. Em 22 de fevereiro, última posição divulgada pelo BC, o meio circulante havia recuado para R$ 325,6 bilhões.

CÉDULAS E MOEDAS NA ECONOMIA
em R$ bilhões (fim de período)
151,1151,1162,7162,7187,4187,4204204220,8220,8225,4225,4232,1232,1250,3250,3264,9264,9280,6280,6370,4370,4339339325,6325,620102011201220132014201520162017201820192020202122/FEV/20220100200300400
Fonte: Banco Central

Segundo o BC, a busca dos bancos por recursos, motivados pela demanda da população e do comércio, é o que determina a variação do dinheiro em circulação.

"A fabricação de cédulas e moedas visa atender à variação da demanda, mas também à substituição de cédulas desgastadas e à manutenção de estoques adequados", segundo o banco.

Auxílio emergencial

O Banco Central observou que em 2020, em parte devido a efeitos causados pela crise sanitária da Covid-19, o meio circulante apresentou "crescimento atípico, bastante superior ao crescimento anual médio observado nos últimos anos antes deste período".

Naquele ano, o governo pagou mais de R$ 290 bilhões em auxílio emergencial, parte desse valor em espécie, para combater os efeitos da pandemia. O valor do benefício era de R$ 600. Entre abril e dezembro de 2020, o crescimento do meio circulante foi de R$ 110,905 bilhões.

Em 2021, com queda no valor do auxílio emergencial (benefícios de R$ 150 a R$ 375) e todos recursos sendo transferidos por meio de conta poupança digital da Caixa aos beneficiários, a demanda por papel-moeda começou a cair.

Início do PIX

Além disso, também entrou em funcionamento, em novembro de 2020, o PIX — sistema de transferência em tempo real, disponibilizado pelo BC —, que aumentou o volume de pagamentos eletrônicos e diminuiu a necessidade de recursos em espécie para pagamentos à vista.

"O surgimento de novos meios de pagamento sempre apresenta impactos sobre os hábitos de uso dos meios de pagamento anteriormente existentes, sendo necessário algum tempo para que a evolução desses impactos possa ser claramente mapeada", avaliou o BC.

Desde o início do novo sistema de pagamentos, porém, foram registrados três vazamento de dados dos clientes. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, admitiu que esses vazamentos vão acontecer "com alguma frequência", mas que as ocorrências registradas até o momento "não são sensíveis".

PIX completa um ano e ganha novas medidas de segurança
PIX completa um ano e ganha novas medidas de segurança

Recursos em circulação

Em 18 de fevereiro deste ano, dos R$ 325,7 bilhões em recursos em circulação no país, R$ 318,158 bilhões referem-se a cédulas e R$ 7,6 bilhões a moedas.

Os últimos números do BC mostram que, das 450 milhões cédulas de R$ 200 impressas em 2020, 93,9 milhões (o equivalente a cerca de 21%) estavam em circulação até 18 de fevereiro, segundo dados do Banco Central.

O montante das cédulas que não está nas mãos da população fica em poder do governo. O Banco Central explicou que libera as cédulas de R$ 200 para circulação de acordo com a demanda das instituições financeiras.

A nota de R$ 200 foi lançada no ano passado (vídeo abaixo), em meio à pandemia de Covid-19. É a sétima da família do Real, e a primeira cédula de um novo valor em 18 anos. A mais recente até então, a de R$ 20, tinha sido lançada em 2002.

Banco Central lança nota de R$ 200, com imagem de um lobo-guaráBanco Central lança nota de R$ 200, com imagem de um lobo-guará

Fiscalização

De acordo com o Banco Central, as "movimentações eletrônicas são mais rastreáveis que transações em espécie", o que favorece a fiscalização.

"Por exemplo, o Judiciário pode bloquear mais facilmente recursos mantidos em conta bancária do que apreender dinheiro em espécie", explicou o BC.

No fim de 2020, a Receita Federal confirmou que está acompanhando "de perto" as movimentações financeiras efetuadas pelos brasileiros e pelas empresas por meio do PIX.

"As informações sobre movimentação financeira dos contribuintes permanecem sendo importantes para identificar irregularidades e dar efetividade ao cumprimento das leis tributárias", informou a Receita Federal ao g1, naquela ocasião.

A Receita lembrou que, desde 2015, as instituições financeiras informam ao órgão os valores globais a débito e crédito consolidados mensalmente por conta e por contribuinte.

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Desemprego cai para 11,1% em dezembro, mas renda do trabalho atinge mínima histórica

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Renda média do trabalho encolhe 10,7% em 1 ano, para R$ 2.447 – menor valor da série histórica, iniciada em 2012. Desemprego ainda atinge 12 milhões de brasileiros e número de trabalhadores por conta própria alcança recorde de 25,9 milhões de pessoas.
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Por Darlan Alvarenga, G1

Postado em 24 de fevereiro de 2022 às 10h25m

Post. N. =  0.434

Desemprego cai 11,1% no 4º trimestre; acompanhe a análise de Miriam Leitão
Desemprego cai 11,1% no 4º trimestre; acompanhe a análise de Miriam Leitão

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros, informou nesta quinta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor índice desde o 4º trimestre de 2019, quando também ficou em 11,1%.

Já a taxa média de 2021 foi de 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação frente à de 2020 (13,8%). Mesmo recuando, foi a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

"Embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid ainda não foi recuperado", destacou o IBGE.

Apesar dos indícios de melhora no mercado de trabalho, o rendimento dos trabalhadores encerram 2021 no menor nível da série histórica do IBGE, situação que é agravada pelo número recorde de informais, alta da subocupação e inflação persistente, acima de dois dígitos.

Evolução da taxa de desemprego — Foto: Economia g1
Evolução da taxa de desemprego — Foto: Economia g1

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 11,6%, atingindo 12,4 milhões de pessoas.

É um ano de recuperação para alguns indicadores, mas não é o ano de superação das perdas, até porque a pandemia não acabou, e seus impactos, ainda em curso, afetam diversas atividades econômicas e o rendimento do trabalhador. Há um processo de recuperação, mas ainda estamos distantes dos patamares de antes da pandemia, destacou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O resultado veio um pouco melhor que o esperado. A mediana das previsões em pesquisa do Valor Data era de que a taxa ficaria em 11,2%. O intervalo das projeções era 11,1% a 11,7%.

Evolução do número de desempregados — Foto: Economia g1
Evolução do número de desempregados — Foto: Economia g1

Ocupação cresce, mas renda segue encolhendo

população ocupada cresceu 3% frente aos três meses anteriores, para 95,7 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a alta foi de 9,8% (8,5 milhões a mais de pessoas). Com o crescimento, o nível de ocupação chegou a 55,6%. Na máxima histórica, em 2013, chegou a 58,5%.

Apesar da queda do desemprego, o rendimento real habitual caiu 3,6% frente ao trimestre anterior e 10,7% em relação a igual trimestre de 2020, para R$ 2.447 – o menor rendimento da série histórica do IBGE. A média anual foi de R$ 2.587, queda de 7% para 2020 (ou, menos R$ 195).

Ou seja, há mais pessoas trabalhando no país, mas com rendimentos cada vez menores e abaixo dos registrados antes mesmo da pandemia, em razão do aumento do número de brasileiros na informalidade, que atingiu o número recorde de 38,9 milhões.

Já a massa de todos os rendimentos do trabalho ficou estável no 4º trimestre, mas caiu 2,4% (menos R$ 5,6 bilhões) na média anual, na comparação com 2020. Ou seja, as famílias brasileiras ainda não recuperaram o seu poder de compra.

Muitas pessoas ao longo dos dois anos perderam suas ocupações e várias delas interromperam a busca por trabalho no início de 2020 por causa da pandemia. Depois houve uma retomada dessa busca, ainda que o panorama econômico estivesse bastante desfavorável, ou seja, não havia uma resposta elevada na geração de ocupação. Em 2021, com o avanço da vacinação e a melhora no cenário, houve crescimento do número de trabalhadores, mas ainda persiste um elevado contingente de pessoas em busca de ocupação, avaliou a coordenadora da pesquisa.

Trabalho por conta própria atinge número recorde — Foto: Economia g1
Trabalho por conta própria atinge número recorde — Foto: Economia g1

Destaques da pesquisa

  • Na média anual, o número de desempregados totalizou 13,9 milhões, contra 13,8 milhões de pessoas em 2020
  • As maiores taxas de desemprego no 4º trimestre foram as do AP (17,5%), BA (17,3%), PE (17,1%) e as menores, de SC (4,3%), MT (5,9%) e MS (6,4%)
  • A taxa de informalidade subiu para 40,7% no 4º trimestre, se aproximando da máxima histórica. Número de brasileiros na informalidade alcançou marca recorde de 38,9 milhões de pessoas.
  • Número de trabalhadores por conta própria saltou 11,1% na média anual e atingiu no 4º trimestre o recorde de 25,9 milhões de brasileiros
  • Os trabalhadores com carteira assinada cresceram 2,6% em 2021, enquanto os que não tinham carteira aumentaram bem mais, 11,1%
  • População subutilizada diminui 1,2% frente a 2020, para 31,3 milhões de pessoas.
  • População desalentada caiu de 5,5 milhões em 2020 (recorde da série) para 5,3 milhões de pessoas em 2021
  • Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas saltou 18,1% na comparação com 2020, atingindo 7,5 milhões na média anual
  • Aumento da ocupação foi puxado pelo comércio e pela construção, que ocuparam 3 milhões de pessoas a mais em 1 ano, no comparativo com o 4º trimestre de 2020
  • Número de trabalhadores domésticos aumentou 6,6% contra 2020, alcançando 5,2 milhões de pessoas
  • A taxa de desemprego foi de 9% para os homens e 13,9% para as mulheres no 4° trimestre; na análise por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (9%) e acima para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).
  • Desemprego é mais alto na faixa etária de 25 a 39 anos (35,2%) e de 18 a 24 anos (30,8%)
Evolução da população ocupada por segmento de atividade — Foto: Economia g1
Evolução da população ocupada por segmento de atividade — Foto: Economia g1

Para 2022, os analistas projetam que a população ocupada continue se recuperando, porém, a um ritmo menor, principalmente devido à elevação dos juros e as incertezas políticas relacionadas à corrida presidencial.

A XP, por exemplo, estima o desemprego atingirá 11% no 2º trimestre e subirá ligeiramente ao longo da segunda metade de 2022. Para a taxa média anual de desemprego, a instituição projeta taxa de 11,6% em 2022 e 10,5% em 2023.

Desemprego faz crescer número de famílias com dificuldades para pagar a conta de luzDesemprego faz crescer número de famílias com dificuldades para pagar a conta de luz

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Bovespa ignora tensões externas e opera em alta

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Na segunda-feira, o principal índice de ações da bolsa fechou em queda de 1,02%, a 111.725 pontos.
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Por g1

Postado em 22 de fevereiro de 2022 às 11h25m

Post. N. =  0.433

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta terça-feira (22), ignorando o dia de abalo nos mercados internacionais diante de temores de escalada das tensões na Ucrânia e perspectiva de duras sanções internacionais contra a Rússia.

Às 16h04, o Ibovespa subia 0,53%, a 112.321 pontos. Veja mais cotações.

Na segunda-feira, a bolsa fechou em queda de 1,02%, a 111.725 pontos. Com o resultado, passou a acumular queda de 0,37% no mês. No ano, o avanço é de 6,59%.


Cenário

Os Estados Unidos e seus aliados europeus sinalizaram estar prontos para anunciar novas sanções contra a Rússia nesta terça-feira, depois que o presidente Vladimir Putin reconheceu duas regiões independentes no leste da Ucrânia e ordenou a ida de tropas para essa área, ampliando os temores do Ocidente sobre uma nova guerra na Europa.

A perspectiva de sanções duras aumentaram os temores de um impacto no fornecimento de bens como petróleo, trigo e níquel.

O preço do petróleo, que subiu mais de 20% este ano devido à demanda crescente, era cotado em alta de mais de 3% nesta terça, com o barril do tipo Brent se aproximando da marca de US$ 100 pela primeira vez desde 2014.

Os investidores buscavam refúgio na segurança de ativos como ouro e dos títulos do governo. O ouro ultrapassou US$ 1.900 e se aproximou de seu nível mais alto no último ano.

Por aqui, o foco segue nas discussões no Congresso em torno de alternativas para a redução do preço dos combustíveis e do novo pacote de concessão de crédito a pequenas e médias empresas e a microempresários que está sendo preparado pelo Ministério da Economia.

O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,50% para 5,56%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda.

Para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a expectativa de 12,25% ao ano para o fim de 2022. O mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento do PIB deste ano em 0,30%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,58 para R$ 5,50. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36 por dólar.

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Dólar opera em queda e chega a R$ 5,07

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Na sexta-feira (18), a moeda norte-americana caiu 0,52%, a R$ 5,14. No acumulado no ano, queda é de 7,80%
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Por g1

Postado em 21 de fevereiro de 2022 às 11h10m

Post. N. =  0.432

Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic
Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (21), estendendo perdas depois de marcar na última sessão seu sexto recuo semanal consecutivo em meio a ambiente doméstico atrativo, enquanto investidores avaliavam as chances de haver uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia para resolver a crise da Ucrânia.

Às 15h29, a moeda norte-americana recuava 0,72%, a R$ 5,1025. Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 5,0759. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,52%, R$ 5,14. Com o resultado, passou a acumular queda de 3,12% no mês e de 7,80% no ano.

Biden e Putin aceitam se encontrar, mas com uma condição: Rússia não invadir a UcrâniaBiden e Putin aceitam se encontrar, mas com uma condição: Rússia não invadir a Ucrânia

Cenário

Os investidores abrem a semana ainda atentos ao risco de invasão da Ucrânia pela Rússia, após Biden ter dito nos últimos dias que os russos devem entrar no vizinho e alvejar a capital Kiev. Apesar de o presidente americano ter afirmado que há razões para acreditar que Putin já decidiu por invadir a Ucrânia, a via diplomática permanece aberta entre o Ocidente e a Rússia — e, nas últimas horas, a perspectiva de um encontro entre Biden e Putin ganhou força.

O governo da França afirmou que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, concordaram "em princípio" em participar de uma cúpula proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir a crise na Ucrânia.

Os mercados não operam nesta segunda-feira nos EUA em razão do feriado do Dia dos Presidentes.

Por aqui, o foco segue nas discussões no Congresso em torno de alternativas para a redução do preço dos combustíveis e do novo pacote de concessão de crédito a pequenas e médias empresas e a microempresários que está sendo preparado pelo Ministério da Economia.

O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,50% para 5,56%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda.

Para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a expectativa de 12,25% ao ano para o fim de 2022. O mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento do PIB deste ano em 0,30%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,58 para R$ 5,50. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36 por dólar.

Participantes do mercado atribuem a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, em razão da trajetória de alta da Selic e com o diferencial de juros em relação a outras economias aumentando a rentabilidade do mercado brasileiro.

Quanto maior também o fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.

Analistas alertam, porém, que a trajetória de queda do dólar frente ao real pode ser transitória, podendo ser desafiada por fatores como aumento dos juros nos EUA e incertezas relacionadas às eleições presidenciais no país e à situação fiscal do país.

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Dólar fecha cotado a R$ 5,12, menor valor em quase 7 meses

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Nesta quarta-feira (16), a moeda norte-americana recuou 1,01%, a R$ 5,1279.
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Por g1

Postado em 16 de fevereiro de 2022 às 17h00m

Post. N. =  0.431

Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic
Notas de dólar — Foto: Reuters/Dado Ruvic

O dólar fechou em queda de 1,01%, cotado a R$ 5,1279, nesta quarta-feira (16),com o mercado repercutindo alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia e continuando a enxergar retornos atrativos na moeda brasileira. A cotação é a mais baixa desde 29 de julho do ano passado (R$ 5,0795).

A manutenção do tom do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deu mais fôlego a um movimento já em curso de fluxos de capital ao Brasil e que mais cedo já havia deixado o real entre as divisas com melhor performance no dia, mesmo quando pares emergentes perdiam valor.

Com o resultado, a moeda passou a acumular queda de 3,35% no mês e de 8,02% no ano. Veja mais cotações.

Embaixador russo desmente suposta invasão à Ucrânia nesta quarta-feira (16)Embaixador russo desmente suposta invasão à Ucrânia nesta quarta-feira (16)

Cenário

Na cena internacional, o foco de atenção seguiu com as tensões entre Rússia e Ucrânia. Nesta quarta, a Rússia anunciou o fim das manobras militares e a retirada de parte de suas tropas na península da Crimeia, reduzindo os temores de uma guerra na região.

Nos EUA, será divulgada nesta quarta a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Participantes do mercado tem atribuído a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, com o patamar elevado dos juros básicos aumentando a rentabilidade do mercado de renda fixa local.

Quanto mais fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.

Analistas alertam que a trajetória de queda do dólar frente ao real pode ser transitória.

"Essa revalorização do câmbio será desafiada, ao longo deste ano, pela expectativa de moderação nos preços das commodities, pelo aumento do juro básico nas economias centrais e pela perspectiva de que a corrida eleitoral brasileira ainda poderá trazer momentos de nervosismo e volatilidade aos mercados domésticos", alertou a LCA Consultores, em relatório sobre o cenário macroeconômico.

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Moody´s vê gastos do Brasil com juros em maior patamar em 7 anos em 2022

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Agência calcula que esse tipo de despesa fechará o ano entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões, em torno de 7% do PIB, contra R$ 449 bilhões em 2021.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 16 de fevereiro de 2022 às 16h20m

Post. N. =  0.430

A alta da Selic deve elevar as despesas do governo brasileiro com juros ao maior patamar desde 2015 neste ano, apontou a agência de classificação de risco Moody´s, destacando que o movimento representa um risco ao esforço de consolidação fiscal do país.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (16), a Moody´s destacou como outros obstáculos as propostas em tramitação no Congresso para reduzir a tributação de combustíveis e incertezas macroeconômicas no ano eleitoral.

A Moody´s calcula que as despesas com juros fecharão o ano entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões, em torno de 7% do PIB, maior nível em sete anos. Em 2021, essas despesas ficaram em R$ 449 bilhões, o equivalente a 5,2% do PIB, segundo dados do Banco Central.

"A elevada participação no Brasil da dívida atrelada a taxas flutuantes contribui para a suscetibilidade da carga da dívida a aumentos de taxas", disse a Moody´s, destacando que essa parcela está hoje em 39% do total da dívida mobiliária interna, ante 29% em 2016.

Ao comentar as propostas para redução da tributação sobre combustíveis, a Moody´s afirmou que a aprovação de uma medida nesse sentido sem a devida compensação vai prejudicar o ímpeto recente de alta da arrecadação.

"Ao mesmo tempo, as crescentes incertezas em torno da política fiscal e das perspectivas macroeconômicas gerais do Brasil antes das eleições de outubro de 2022 estão prejudicando o ânimo dos investidores, afetando negativamente a confiança do mercado e levando a um aumento dos prêmios de risco", disse a Moody´s, ressaltando que as expectativas de inflação seguem elevadas e as projeções para o crescimento em 2022 e 2023 sofreram revisões expressivas para baixo.

A Moody's atribui ao Brasil classificação de nota de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira em "Ba2", dois níveis abaixo do "rating" mínimo para ser considerado grau de investimento – selo de bom pagador. A agência retirou o grau de investimento do Brasil em 2016.

As agências Fitch e S&P colocam o Brasil em "BB-", também considerado grau especulativo.

Gastos com juros da dívida pública chegam a R$ 448 bi em 2021Gastos com juros da dívida pública chegam a R$ 448 bi em 2021

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