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Nesta segunda-feira (6), moeda norte-americana avançou 0,13%, a R$ 5,6898; investidores monitoram se o BC norte-americano pode antecipar aumento dos juros.--------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++---------
Por g1
Postado em 07 de dezembro de 2021 às 07h10m
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Notas de dólar — Foto: REUTERS/Dado Ruvic
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (6), renovando o maior patamar desde abril, à medida que a possibilidade de aumentos antecipados de juros nos Estados Unidos ofuscava expectativas de investidores em torno da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central desta semana, que se encerra na quarta.
A moeda norte-americana subiu 0,13%, a R$ 5,6898. Veja mais cotações. É o maior patamar de fechamento desde 13 de abril (R$ 5,7161).
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,42%, a R$ 5,6823, acumulando avanço de 1,56% na semana. No mês, acumula alta de 0,85%. No ano, o salto é de 9,69% frente ao real.
Nesta semana, as atenções dos investidores seguem voltadas também para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne nos próximos dias 7 e 8 de dezembro para deliberar sobre a taxa básica de juros. A expectativa é de novo acréscimo de 1,50 ponto percentual (o que levaria a Selic para 9,25% ao ano).
Juros mais altos encareceriam o custo de apostas na alta do dólar contra o real, movimento que tenderia a beneficiar a moeda brasileira.
"A decisão sobre a alta de juros no Brasil já tem sido precificada em 1,5 (ponto percentual). Isso faz o investidor externo olhar de novo para o Brasil e trazer recursos", explicou Lucas Schroeder, diretor de operações da Câmbio Curitiba.
No entanto, disse ele, "a gente acaba tendo que disputar com os Estados Unidos".
Sua fala diz respeito a sinalizações recentes de várias autoridades do Federal Reserve (Fed) de que o banco central norte-americano está preparando o terreno para acelerar o ritmo de redução de seus estímulos e possivelmente antecipar aumentos de juros para 2022, o que poderia limitar o efeito do ciclo de alta da Selic sobre o mercado de câmbio doméstico.
O próprio presidente do Fed, Jerome Powell, disse na semana passada que acredita ser apropriado discutir na próxima reunião do banco central o encerramento total de seu programa de compras de títulos alguns meses mais cedo do que o esperado, em meio a sinais de persistência da inflação alta nos EUA. Isso poderia abrir caminho para alta nos custos dos empréstimos.
"Competir com (aumentos de) juros nos Estados Unidos é difícil, porque investir lá é muito seguro; a maior economia do mundo não dá calote", disse Schroeder.
Projeções do mercado
A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2021 subiu de 10,15% para 10,18%. Foi a trigésima quinta semana seguida de aumento, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central. Para 2022, subiu de 5% para 5,02%. Ou seja, a expectativa é de estouro da meta do governo pelo 2º ano seguido.
Os analistas também baixaram a previsão de crescimento do PIB deste ano, que passou de 4,78% para 4,71%. Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 0,58% para 0,51%.
Para a Selic, a estimativa foi mantida em 9,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Para o fim de 2022, os economistas mantiveram a expectativa para a taxa Selic de em 11,25% ao ano.
Já para o dólar, a projeção subiu de R$ 5,50 para R$ 5,56 para o fim de 2021 e de R$ 5,50 para R$ 5,55 para o fim de 2022.
Por que o dólar sobe? Assista no vídeo abaixo:
Entenda a alta do dólar
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