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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Bovespa recua nesta sexta e acumula queda de 6,74% em outubro

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Ibovespa caiu 2,09%, a 103.501 pontos - menor patamar desde 12 de novembro de 2020.
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Por g1

Postado em 29 de outubro de 2021 às 10h25m

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 Imagem ilustrativa sobre a alta do dólar e o mercado de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).  — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem ilustrativa sobre a alta do dólar e o mercado de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda pelo 3º dia seguido nesta sexta-feira (29), com os investidores monitorando o debate sobre os riscos fiscais no país e repercutindo balanços corporativos de empresas como Petrobras e Vale.

O Ibovespa recuou 2,09%, a 103.501 pontos - menor patamar desde 12 de novembro de 2020 (102.507 pontos). Veja mais cotações Com o resultado, a bolsa acumulou queda de 6,74% no mês.

Na semana, o tombo foi de 2,63%. No ano, a perda já é de 13,04%.

Marcos Mendes: ‘Pressão política por gastos azeda todas as expectativas de crescimento econômico’

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Cenário

Na cena doméstica, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e representantes dos estados, aprovou nesta sexta-feira o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual cobrado nas vendas de combustíveis, por 90 dias. O anúncio acontece em meio à forte alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar - fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço do nas refinarias.

Mesmo com o maior aperto monetário promovido pelo Banco Central, a alta adotada para a taxa Selic foi vista por parte dos mercados como insuficiente diante dos persistentes riscos fiscais e inflacionários do Brasil, principalmente diante de ameaças concretas ao teto de gastos em meio à pressão do governo por um Auxílio Brasil de R$ 400 e a surpresas para cima em indicadores recentes de inflação.

Na noite de quarta-feira, o Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia de 6,25% para 7,75% ao ano, o maior patamar em quatro anos.

Na avaliação de economistas ouvidos pelo g1, o combate à inflação ficou mais difícil porque o BC não tem tido companhia nessa briga. O que falta, dizem, é uma sinalização do comprometimento do governo Jair Bolsonaro com a responsabilidade fiscal. Isso porque o controle das contas públicas gera um efeito em cascata: melhora a credibilidade do país, atraindo mais investidores estrangeiros; isso se reflete no câmbio, o que ajuda a manter a inflação sob controle. Veja no vídeo abaixo:

Os impactos do novo aumento da taxa de juros e sua relação com o teto de gastos
Os impactos do novo aumento da taxa de juros e sua relação com o teto de gastos

Uma bateria de resultados corporativos também repercutiu na bolsa paulista, que outra vez acompanhou Wall Street, onde a tônica foram os resultados de empresas como Apple e Amazon pressionando negativamente após seus respectivos balanços.

Ainda assim, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam no azul, tocando máximas históricas no intradia, embalados pelo desempenho da Microsoft. O S&P 500 subiu 0,19% e o Nasdaq avançou 0,33%. No mês, acumularam ganhos de 6,91% e 7,27%, respectivamente.

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