Investimento deve acelerar o crescimento do C6 Bank e marca a entrada do banco americano no varejo bancário brasileiro. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 Postado em 29 de junho de 2021 às 11h00m
.*Post. N. =0.294*.
Fachada do C6 Bank — Foto: Divulgação
O JPMorgan Chase
anunciou, nesta segunda-feira (28), a compra de uma participação de 40%
no banco digital C6 Bank. O acordo marca a entrada do banco americano
no varejo bancário brasileiro.
O valor da aquisição e o valor de mercado da C6 Bank não foram revelados.
Fundado em 2019 por ex-sócios do BTG Pactual, o C6 Bank tem mais de 7
milhões de clientes na sua plataforma digital e oferece produtos como
conta multimoeda, cartões de débito e crédito, programa de fidelidade,
plataforma de investimento e crédito para pessoas físicas e jurídicas.
“Admiramos a estratégia e a gestão do C6 Bank. Com uma plataforma
impressionante de produtos e serviços, eles estão bem posicionados para
manter a trajetória de crescimento e construir uma grande franquia.
Vamos apoiar a aceleração do crescimento do banco em sua ambição de se
tornar um líder em serviços financeiros no Brasil”, diz Sanoke
Viswanathan, CEO de varejo internacional do JPMorgan Chase.
“Essa parceria estratégica nos permite ganhar ainda mais escala no
nosso negócio e continuar oferecendo aos consumidores brasileiros os
melhores produtos financeiros”, afirma Marcelo Kalim, CEO e cofundador
do C6 Bank.
O JPMorgan Chase está no Brasil há quase 60 anos. O segmento de varejo,
com a marca Chase, oferece produtos bancários para consumidores nos
Estados Unidos e tem mais de 55 milhões de clientes ativos digitalmente.
O real fechou cotado a R$ 4,96 na quarta-feira (23/06), valor próximo do que havia sido registrado em junho de 2020. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por BBC 24/06/2021 11h06 Atualizado há 4 horas Postado em 24 de junho de 2021 às 15h10m
.*Post. N. =0.293*.
A cotação do dólar oscila neste mês de junho abaixo dos R$ 5 – uma marca que não era atingida há praticamente um ano. A moeda americana fechou cotada a R$ 4,96 na quarta-feira(23/6), valor próximo do que havia sido registrado em junho de 2020.
Apesar disso, o real ainda segue muito desvalorizado, por exemplo, em relação à sua posição ante o dólar em outubro de 2018,
quando o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, e a moeda americana
valia menos de R$ 3,70. Ou até mesmo em 2 de janeiro de 2020, antes de a
pandemia de coronavírus atingir o Brasil, quando o dólar valia R$ 4,01.
Ao longo da pandemia, o dólar chegou a bater patamares bastante altos
por duas vezes – acima dos R$ 5,80: no auge da primeira onda de
coronavírus, em maio de 2020, e mais recentemente em março.
A alta da moeda americana frente ao real beneficia exportadores
brasileiros, mas também causa prejuízos à economia. A taxa de câmbio é
apontada como um dos fatores que farão o Brasil ultrapassar a meta de
inflação do Banco Central (BC) neste ano.
Com o dólar mais caro, insumos importados ficam também mais caros para o
consumidor brasileiro, provocando um aumento no custo de vida.
Economista explica a relação entre o preço do dólar e do combustível
Mas o que está por trás da recente valorização do real — que se fortaleceu frente ao dólar cerca de 15% em apenas três meses?
1) Dólar enfraquecido por mudança nos juros americanos
No curto prazo, em especial nesta semana, o dólar se enfraqueceu
levemente não só diante do real, mas também em comparação com diversas
outras moedas.
A principal preocupação do mercado é a taxa de juros americanas —
estabelecida pelo banco central americano (o Federal Reserve) — e que
costuma tomar decisões baseadas no comportamento da economia dos EUA.
A economia mundial vive tempos de mudança nas políticas monetárias —
com os países aos poucos deixando para trás a crise econômica provocada
pela pandemia de coronavírus e apostando na recuperação e reaquecimento.
Ao longo do ano passado, a prioridade dos bancos centrais e governos
era criar estímulos para a economia e manter taxas de juros em patamares
baixos. Com o custo de se tomar empréstimos menores (os juros),
empreendedores nesses países teriam estímulos para investir mais em suas
empresas, e consumidores, incentivos para gastar mais, aquecendo a
economia.
Mas esse aumento na atividade econômica – que começa a ser observado em
alguns países onde a pandemia se enfraqueceu – traz um risco para todo o
sistema: o do aumento da inflação, ou seja, que a maior demanda por
bens e serviços provoque um aumento generalizado de preços.
Inflação demais pode ser um problema para a economia, pois a alta dos
preços reduz o padrão de vida dos consumidores, se não houver um aumento
salarial em linha com a inflação.
Para manter a inflação sob controle, autoridades monetárias encarecem o
custo dos empréstimos através do aumento da taxas de juros. Muitos
acreditam que os EUA vão em breve elevar suas taxas de juros, diante da recuperação da economia americana.
Enquanto havia a expectativa de que juros subiriam mais rapidamente nos
EUA, havia uma grande demanda por dólares americanos – o que fazia a
moeda se fortalecer. Investidores compravam dólares na expectativa de
receber juros maiores no futuro por seus investimentos em dólares.
Mas agora, diante dessa declaração do Federal Reserve, caiu a demanda
por dólares americanos. Investidores acreditam que é melhor esperar para
migrar para os EUA mais tarde – quando os juros de fato subirem.
Com isso, há temporariamente menos demanda por dólares e a moeda americana se desvaloriza.
2) Real valorizado – a ata do Copom
O Brasil já vinha aumentando a sua taxa básica de juros desde março
deste ano. A taxa Selic (o juro básico) subiu de 2% para 4,5%. Na
terça-feira, dia que o real fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez no ano,
o Copom (órgão responsável pela decisão sobre os juros) havia divulgado
sua ata detalhando os motivos da mais recente alta da taxa.
O motivo para essa alta dos juros é tentar conter a inflação
brasileira, que vem se acelerando fortemente e deve fechar acima da meta
estipulada pelo Banco Central.
Nos últimos 12 meses até maio, a inflação brasileira já é maior que 8%.
Uma das preocupações atuais das autoridades monetárias é o aumento de
preços de energia, diante da seca que vive o país, que pode provocar
ainda mais inflação – pressionando ainda mais os juros para cima.
Juros maiores prejudicam o consumo e o empreendimento no Brasil, mas
podem ter um efeito no curto prazo de valorização da moeda nacional. A
alta dos juros brasileiros serve para atrair capital estrangeiro e
aumentar a demanda por reais – com investidores em busca de retornos
maiores para seu capital.
Nesta semana, as duas notícias que afetam expectativas sobre juros – de
aumento mais lento nos EUA e subida mais acelerada no Brasil –
colaboraram para o real se valorizar diante do dólar.
E o futuro?
O dólar deve se manter nesse patamar? Voltará a ficar abaixo de R$ 4
como antes da pandemia? Ou ele está "barato" atualmente – com
perspectiva de piora nos próximos meses?
Acertar
previsões sobre a taxa de câmbio é notoriamente um dos exercícios mais
difíceis a serem feitos por economistas, investidores, políticos e
empresários. Há variáveis demais que determinam o valor de uma
moeda em relação a outra – como taxas de inflação, desemprego e juros, e
expectativas sobre crescimento econômico, entre milhares de outros
fatores em diversos países ao mesmo tempo.
No Brasil, o Banco Central divulga toda semana o Boletim Focus – uma
pesquisa com as previsões feitas por alguns dos principais agentes
econômicos do mercado brasileiro.
No primeiro boletim deste ano, em 8 de janeiro, o Focus previa que o
dólar terminará 2021 cotado a R$ 5. Dois meses depois, quando o real
chegou a sua maior cotação neste ano (R$ 5,87), o Focus já mostrava uma
previsão de que o dólar encerrará o ano cotado a R$ 5,30 — uma alta de
6% em relação à previsão anterior.
Com a queda recente da cotação da moeda, as previsões voltaram a
apontar para baixo. O mais recente Boletim Focus estima que o dólar vai
terminar 2021 cotado a R$ 5,10. Na semana anterior, os mesmos analistas
previam R$ 5,18.
Um relatório da corretora XP do dia 17 de junho, sobre riscos que
persistem na economia brasileira, sinaliza que a queda atual do dólar
poderia ser apenas de curto prazo – a consultoria projeta que a moeda
termine o ano acima da cotação atual.
"Para o médio prazo os riscos fiscais estruturais – dívida elevada,
juros altos, orçamento engessado – perduram. O país caminha para um
ciclo eleitoral que pode ser volátil. E existe a possibilidade de
mudanças na orientação da política monetária em países desenvolvidos",
diz o relatório assinado por seis economistas da XP.
"Desta
forma, somos cautelosos em projetar a taxa de câmbio muito abaixo dos
patamares atuais. Projetamos R$ 5,10 para o final deste ano e do
próximo. Não descartamos, no entanto, que no curto prazo a taxa de
câmbio possa vir abaixo deste patamar."
Avanço da vacinação, alta das commodities no exterior e recuperação das blue chips fez pontuação do Ibovespa avançar em junho; risco do país ainda pode gerar instabilidade no índice. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Patrícia Basilio, G1 18/06/2021 06h00 Atualizado há 10 horas Postado em 18 de junho de 2021 às 16h00m
.*Post. N. =0.292*.
Bovespa - Painel da bolsa de valores de São Paulo, B3, nesta quarta-feira (11). — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo
A pouco mais de 10 dias do fim, junho já é considerado o mês mais intenso do semestre na bolsa de valores brasileira, a B3.
Neste mês, ela alcançou os 130 mil pontos, bateu novos recordes e
chegou a acumular oito altas consecutivas até o dia 7 — na maior série
de ganhos desde 2018.
Isso, apenas três meses após recuar a 110 mil pontos por conta da
insegurança do mercado com a segunda onda da Covid-19 no país.
"A
evolução da vacinação começa a dar uma perspectiva positiva para o país
e cria uma luz no fim do túnel para a gente", avalia Claudia Yoshinaga,
coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da Escola de
Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Influência de mercados externos
O desempenho de mercados externos, principalmente de Wall Street, reflete diretamente na bolsa brasileira. Isso porque a maior parte do investimento feito no país vem do exterior, explicaram os economistas.
Se algum parceiro comercial do Brasil passa por problemas econômicos, o mercado sofre os efeitos dessa adversidade.
O contrário também acontece – e é o que vem ocorrendo no momento.
Incentivados pelo ritmo de vacinação e pelo pacote trilionário de ajuda
econômica, os mercados dos EUA vivem um momento otimista, que se
reflete por aqui.
Juros do Brasil e dos EUA
As taxas de juros no Brasil e do exterior também tem influência direta
na bolsa brasileira. O efeito é o mesmo: juros baixos tornam menos
atrativos investimentos em renda fixa e títulos públicos, e acabam por
levar mais recursos à bolsa de valores, em busca de retornos maiores.
Segundo Virgínia Prestes, professora de finanças da Fundação Armando
Alvares Penteado (FAAP), como a Selic ainda está baixa, no entanto, não
deve haver uma grande movimentação na bolsa até o final do ano.
"Nos
EUA, a magnitudade é muito maior porque lá é mais seguro para
investimentos. Quando eles aumentam a taxa de juros, há uma migração
muito grande de liquidez para lá", disse a especialista.
Plataforma de exploração de petróleo — Foto: Reprodução/ TV Globo
Valorização das commodities no exterior
De acordo com João Guilherme Penteado, CEO da Apollo Investimentos, as commodities — como petróleo e minério — também registraram um bom desempenho no exterior, impactando positivamente o Ibovespa.
"A influência externa é muito intensa na bolsa brasileira. Há muita liquidez global", analisou Penteado.
Placa de 'Passo o Ponto' em restaurante na região da Berrini, em São
Paulo. Reportagem do G1 identificou mais de 20 restaurantes fechados na
região. — Foto: Marcelo Brandt/G1
Ibovespa não reflete economia do país
O principal ponto que justifica o rali do Ibovespa em meio à crise
brasileira é o fato do índice não refletir o cenário econômico do país,
apontaram os especialistas.
Segundo Claudia, apesar de os brasileiros perderem o poder de compra por conta da alta inflação e os pedidos de falência crescerem mais de 50%, atingindo principalmente pequenas empresas, a bolsa tem nas grandes companhias (chamadas blue chips) o grande impulso para avançar em pontuação.
"As
grandes empresas sofreram o impacto da pandemia também, mas são
robustas, tomaram empréstimos bancários e conseguiram manter minimamente
suas receitas. Isso não aconteceu com [grande parte] dos pequenos
comércios", comparou a coordenadora da FGV.
É hora de investir?
Virginia, da FAAP, afirma que a bolsa antecipa movimentos: reflete hoje o que o mercado prevê para o próximo trimestre. O momento atual é positivo, afirma.
"A
bolsa está em máxima histórica. Não podemos falar que ela caiu, mesmo
tendo registrado índice negativo. Ela teve apenas lateralização, com
ajustes leves. Os investidores estão de olho em tudo porque ninguém quer
ser o último a apagar a luz", disse.
Penteado, da Apollo, pondera que ainda é muito cedo para se falar em retomada e que ainda há muito risco no país. Ou
seja, a bolsa pode sofrer grandes flutuações nos próximos meses – e o
investidor precisa estar preparado para eventuais perdas.
"Temos
muitos problemas que precisam ser solucionados para entrarmos no eixo
de retomada, como a questão fiscal. Quando o país começar a entrar no
eixo, chegará a eleição, com um risco fiscal enorme", avaliou.
Claudia, da FGV, concorda com os desafios que o Brasil ainda tem de
enfrentar, mas afirma ser possível aproveitar esse movimento com
cautela, principalmente por investidores que são propensos ao risco.
"Existe um otimismo, mas existe também uma preocupação porque é um dinheiro que entra e sai fácil".
Para quem quiser investir, vale sempre a máxima: cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.
Nesta quinta-feira (17), moeda norte-americana recuou 0,72%, cotada a R$ 5,0226. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 17/06/2021 09h01 Atualizado há 3 horas Postado em 17 de junho de 2021 às 12h10m
.*Post. N. =0.291*.
Foto de arquivo mostra notas de dólar em Westminster, Colorado — Foto: Reuters/Rick Wilking
O dólar
opera fechou em queda de 0,72%, cotada a R$ 5,0226, nesta quinta-feira
(17), após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa de juros do Brasil para 4,25% ao ano. Esse é o menor patamar de encerramento desde 10 de junho de 2020.
Com o resultado desta quinta-feira (17), a moeda norte-americana acumula queda de 3,86% no mês e de 3,17% no ano. Veja mais cotações.
VÍDEO: 'É importante a gente perceber essa discussão sobre a inflação no mundo', diz economista
Cenário
Nos EUA, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada pela primeira vez em mais de um mês, segundo divulgou nesta quinta o Departamento do Trabalho.
O mercado financeiro projeta atualmente uma taxa de 5,82% para a
inflação em 2021, acima do teto da meta do governo para o ano, que é de
5,25%. Já a previsão para a Selic no fim de 2021 está em 6,25% ao ano, o
que embute novas altas na taxa de juros nos próximos meses.
Na avaliação da Mira Asset, a Selic pode chegar a um patamar entre 6% a
7% ao final deste ano. "Um ponto que pode ajudar é que com o avanço das
reformas o dólar possa ceder ainda mais, o que pode tirar pressão para o
Banco Central ser muito mais agressivo nos meses do final do ano",
escreveram os analistas em relatório a clientes.
Em Brasília, o Senado adiou para esta quinta-feira (17) a votação da medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras.
Senadores criticam inclusão de 'jabutis' na proposta, entre os quais um
que estende subsídio para termelétricas movidas a carvão. O texto
perderá validade se não for votado até terça (22).