Na pesquisa foram identificadas apenas três mulheres como presidentes de Conselhos de Administração no Brasil, o que representa menos de 4% do total das empresas participantes. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 Postado em 29 de maio de 2021 às 09h00m
.*Post. N. =0.281*.
A presença das mulheres nos Conselhos de Administração das empresas brasileiras cresceu nos últimos anos, passando de 7% em 2014 para 14% em 2020, mas ainda é inferior às práticas internacionais.
Os dados fazem parte do Estudo de Conselhos de Administração 2020,
feito pela Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional, com
base nas informações de 81 empresas que estão entre as mais respeitadas
do país.
Na pesquisa foram identificadas apenas três mulheres como presidentes de Conselhos de Administração no Brasil, o que representa menos de 4% do total das empresas participantes.
Se
a análise for feita com base apenas nos conselheiros independentes, o
percentual de mulheres sobe para 20%, enquanto em 2016 eram apenas 7%.
Aumenta o número de mulheres que ocupam cargos de chefia
Os dados mostram ainda que o setor que possui a maior presença feminina nos conselhos é o de consumo, seguido por varejo e tecnologia.
De acordo com Jorge Maluf, sócio sênior da Korn Ferry, em países europeus, a presença de mulheres nos conselhos chega à marca de 30%, pois o mercado já percebeu o valor da diversidade para os negócios.
"Já
nas empresas brasileiras, ainda é preciso certa pressão para que a
diversidade de gênero esteja presente. Se considerarmos o controle
acionário, as empresas de capital pulverizado são as que possuem mais
mulheres em seus conselhos, o mesmo acontece entre as listadas nos
níveis mais altos de governança da B3. Já quando analisamos considerando
a receita líquida das companhias, é possível notar que empresas que
apresentam melhores práticas de governança tendem a ter mais
diversidade”, explica Jorge Maluf.
A pesquisa também considera a participação feminina nos comitês das
empresas, apontando que 15% dos participantes são mulheres. A maior
parcela de mulheres é percebida nos comitês de sustentabilidade, em que a
porcentagem sobe para 30%. Veja no gráfico abaixo:
Presença de mulheres em comitês — Foto: Divulgação
Considerando apenas a participação no comitê de sustentabilidade, o
estudo mostra que apenas 42% das mulheres recebam algum tipo de
remuneração, enquanto 58% dos homens deste mesmo comitê são remunerados
pela atuação.
Já a renda das famílias recuou 13,1% em abril em relação à março. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 28/05/2021 11h00 Atualizado há 2 horas Postado em 28 de maio de 2021 às 13h00m
.*Post. N. =0.280*.
A inflação voltou a subir nos Estados Unidos
em abril, e alcançou uma alta anual de 3,6%, segundo dados divulgados
nesta sexta-feira (28) pelo Departamento do Comércio do país. Em março, a
alta havia ficado em 2,4%.
Inflação anual nos EUA - abril/21 — Foto: Economia G1
Excluindo alimentos e energia, a inflação ficou em 3,1% no período – em níveis não vistos desde a década de 1990.
O indicador é usado pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA)
como a taxa de inflação oficial do país, para a qual é estabelecida a
meta – atualmente, em 2%.
Já a renda das famílias recuou 13,1%% em abril em relação à março, por
efeito dos planos de estímulo econômico, que aumentaram
significativamente a renda das famílias em março, quando milhões de
americanos receberam cheques de US$ 1.400 por pessoa.
É a maior taxa e o maior contingente de desocupados já registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Número de subutilizados chegou a 33,2 milhões e também atingiu nova máxima. Os chamados 'desalentados', que não são computados no número de desempregados, somaram 6 milhões. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1 27/05/2021 09h00Atualizado há uma hora Postado em 27 de maio de 2021 às 10h15m
.*Post. N. =0.279*.
Desemprego bate recorde no 1º trimestre
O desemprego no Brasil atingiu a taxa recorde de 14,7% no 1º trimestre de 2021, em meio aos desafios impostos pela piora da pandemia no país, segundo divulgou nesta quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). O número de desempregados também bateu um novo recorde, chegando a 14,8, milhões de pessoas.
"É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012", informou o IBGE.
O resultado representa uma alta de 6,3%, ou de mais 880 mil pessoas na fila por uma vaga de trabalho no país, na comparação com 4º trimestre de 2020. Em 1 ano, 1,956 milhão de pessoas entraram nas estatísticas do desemprego.
Apesar dos novos recordes negativos, o resultado veio dentro do esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 14,7% no trimestre encerrado em março.
"O primeiro trimestre de cada ano, como a gente já viu em outros anos, é um período de aumento da desocupação. Ou seja, não é um movimento específico deste ano, mas um comportamento relativamente esperado para este trimestre do ano. Mas, essa sazonalidade pode estar sendo aumentada pelos efeitos de 2020 sobre o mercado de trabalho", avaliou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
Número de desempregados ao final do primeiro trimestre de 2021 é o maior desde 2012 — Foto: Economia/G1
Desalento atinge recorde
A população desalentada (quem desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho) também atingiu patamar recorde, reunindo 6 milhões de pessoas, crescendo 25,1% ante o mesmo período de 2020. O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 5,6%.
Ou seja, a taxa de desemprego só não é ainda maior no país porque muitos brasileiros desistiram de procurar uma ocupação.
Vale destacar que o IBGE considera como desempregado apenas o trabalhador que efetivamente procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.
Somente o setor público e o trabalho familiar registrou aumento no número de ocupados — Foto: Economia/G1
Veja outros destaques da pesquisa:
Em três meses, número de desempregados aumentou em 880 mil pessoas;
População ocupada (85,7 milhões) ficou estável na comparação com o 4º trimestre, mas nível de ocupação recuou para 48,4%, contra 54,5% em igual trimestre do ano anterior. Ou seja, menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas;
Em 1 ano, houve redução de 6,6 milhões de postos de trabalho no país;
Somente a categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu(um acréscimo de 565 mil em 3 meses);
Número de empregados com carteira de trabalho assinada ficou estável frente ao trimestre anterior, mas caiu 10,7% (menos 3,5 milhões de pessoas) em 1 ano;
Número de empregados sem carteira assinada recuou 2,9% em 3 meses (menos 294 mil); Número de empregadores com CNPJ (3,095 milhões) é o menor da série, caindo 13,7% (menos 489 mil pessoas) na comparação anual;
Informalidade ficou estável (39,6%), com 34 milhões de pessoas;
Desemprego entre as mulheres atingiurecorde de 17,9%, enquanto que entre os homens a taxa foi de 12,2%;
Desemprego é mais alto para as pessoas com ensino médio incompleto (24,4%). Para brasileiros com nível superior completo foi de apenas 8,3%;
Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego(31%)foi bem mais alta do que a média nacional (14,7%).
Massa de rendimento real ficou estável em R$ 212,5 bilhões ante o trimestre móvel anterior, mas caiu 6,7% na comparação interanual (menos R$ 15,2 bilhões); já o rendimento médio ficou em R$ 2.544, contra R$ 2.566 no 4º trimestre de 2020.
"Como a gente vinha observando anteriormente, grande parte do avanço da ocupação vinha do crescimento da informalidade, o que não ocorreu neste trimestre. A taxa de informalidade ficou estável na comparação com o 4º trimestre de 2020, o que pode ajudar a explicar a estabilidade da ocupação", destacou a pesquisadora.
Falta trabalho para 33,2 milhões
O contingente de pessoas subutilizadas no país chegou a 33,2 milhões e também atingiu o recorde da série, com aumento de 3,7% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e de 20,2% (mais 5,6 milhões) na comparação anual. Já a taxa de subutilização ficou em 29,7%, contra 28,7% no trimestre anterior. Há 1 ano, estava em 24,4%.
O contingente classificado pelo IBGE como trabalhadores subutilizados reúne, além dos desempregados, os desalentados, aqueles que estão subocupados (trabalham menos de 40 horas semanais), e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
No 1º trimestre, estavam nessa condição:
14,8 milhões de desempregados: pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos 30 dias (no 1º trimestre, eram 13,7 milhões);
7 milhões de subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais;
11,4 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas não trabalham (força de trabalho potencial): grupo que inclui 6 milhões de desalentados(que desistiram de procurar emprego) e outras 5,4 milhões que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
Comércio é setor que mais perdeu vagas
Na análise por grupamento de atividade, o comércio é o que mais perdeu postos de trabalho na comparação com o 1º trimestre de 2020: queda de 9,4%, ou menos 1,6 milhão de pessoas. A única alta foi em Agricultura (4% ou mais 329 mil pessoas). Veja no gráfico abaixo:
Comércio foi o setor com o maior número de fechamento de vagas em 1 ano. — Foto: Economia/G1
Economistas avaliam que uma melhora no mercado de trabalho só deverá ser mais visível a partir o segundo semestre, e condicionada ao avanço da vacinação e uma recuperação mais firme do setor de serviços – o que mais emprega no país e o mais afetados pelas medidas de restrição para conter o avanço do coronavírus.
Para Rodolfo Morgato, economista da XP, a população ocupada só deverá retornar aos níveis pré-pandemia ao final de 2022.
"Esperamos que os indicadores de mercado de trabalho acompanhados pela PNAD exibam sinais de melhoria consistente – embora a um ritmo moderado – ao longo dos próximos meses, partindo da premissa (fundamental) de que o processo de reabertura econômica não sofrerá revezes significativos no curto prazo", avaliou.
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostra desaceleração no ritmo de criação de empregos formais em abril. No ano, foram abertas 957.889 vagas com carteira assinada. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Alexandro Martello, G1 — Brasília 26/05/2021 12h00 Atualizado há 3 horas Postado em 26 de maio de 2021 às 15h00m
.*Post. N. =0.278*.
Caged: Brasil criou 121 mil vagas de empregos com carteira assinada em abril
A economia brasileira gerou 120.935 empregos com carteira assinada em abril,
segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério da Economia.
Essa é a diferença entre as contratações, que somaram 1.381.767 no mês passado, e as demissões, que totalizaram 1.260.832.
Esse foi o menor saldo positivo mensal registrado em 2021. No mesmo mês do ano passado, foram fechadas 963.703 mil vagas, reflexo da pandemia do coronavírus na economia brasileira.
Caged - criação de vagas formais em abril/21 — Foto: Economia G1
A comparação com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.
Segunda onda da Covid
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que o ritmo mais lento de
criação de empregos formais em abril, na comparação com os meses
anteriores, está relacionado com o pico da segunda onda da Covid-19 na
economia.
“O distanciamento social e prudência fizeram com que houvesse retração
[no ritmo de empregos criados em abril] mas, mesmo assim, prossegue
forte o mercado de trabalho em contraste com a primeira onda, quando
perdemos quase 1 milhão de empregos”, declarou.
Ele voltou a defender o processo de vacinação em massa para permitir um retorno seguro ao trabalho.
Parcial do ano
Nos quatro primeiros meses deste ano, ainda de acordo com o Ministério da Economia, foram geradas 957.889 vagas com carteira assinada. Em igual período do ano passado, foram fechados 763.232 empregos com carteira assinada.
Ao final de abril, o Brasil tinha saldo de 40.320.857 empregos com
carteira assinada. Isso representa um aumento na comparação com janeiro
deste ano (39.624.386 empregos) e, também, com abril de 2020, quando o
saldo estava em 38.385.241.
Abertura de vagas por setor da economia
abril de 2021
Fonte: Caged
Programa de manutenção do emprego
De acordo com o Ministério da Economia, o comportamento do emprego
formal, neste ano, ainda sofre influência do Programa Emergencial de
Manutenção do Emprego e da Renda de 2020.
Isso porque os empregadores, para obterem os benefícios do programa,
têm de manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo da
suspensão do contrato, ou redução da jornada.
Emprego em abril, por região
Número de vagas
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia
No mês passado, o governo federal relançou o programa,
nos mesmos moldes da Medida Provisória 936, convertida na Lei
14.020/2020, que vigorou por 8 meses no ano passado e atingiu quase 10
milhões de trabalhadores.
De acordo com o Ministério da Economia, 1.876.216 de trabalhadores
foram beneficiados pelo programa de manutenção do emprego que foi
reaberto neste ano, com impacto pequeno ainda em abril.
Desse total, 798.443 referem-se à suspensão do contrato de trabalho;
547.989 tiveram seu salário reduzido em 70%; 361.649 estão na modalidade
de redução de 50% do salário e outros 214.389 com redução de 25%.
Programas de qualificação
Segundo o ministro Paulo Guedes, o governo vai anunciar o Bônus de
Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ)
para qualificar a mão de obra dos trabalhadores informais e dos jovens.
“Os que não conseguiram ainda, os invisíveis, estamos dando um olhar
especial para esse grupo e lançando o BIP. A ideia básica é que o
governo vai pagar R$ 300 de um lado, e as empresas R$ 300 de outro. As
empresas pagando para darem cursos de qualificação de mão de obra, o
treinamento no mercado de trabalho no próprio emprego”, disse.
De acordo com o ministro, será direcionado para os jovens que precisam
de empregos. “Queremos que sejam contratos de um ano. Temos recursos
para este ano mas, ao invés de lançar um programa de seis meses, estamos
tentando arrumar fonte para o ano que vem para ficar coberto por um
ano”, acrescentou.
Segundo Bruno Bianco, secretário especial de Trabalho e Previdência do
Ministério da Economia, o BIP será pago pelo governo e o BIQ pelas
empresas.
"A composição da renda do trabalhador será composta por BIP mais BIQ,
uma parcela paga direta pelo governo e outra ao empregador. Não há
dinheiro do governo paga ao empregador, é um programa focado no
trabalhador", disse.
Ele não informou qual o impacto nas contas públicas esperado para este
ano, e nem se os valores estarão fora do teto de gastos.
Caged X Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados
nesta quarta-feira, consideram apenas os trabalhadores com carteira
assinada, ou seja, não inclui os informais.
Com isso, também não são comparáveis com os números do desemprego,
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor
privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos
por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da
economia.
Em 12 meses, índice dispara para 7,27%, bem acima do teto da meta do governo para a inflação no ano, que é de 5,25%. Maior pressão no mês veio da alta da energia elétrica (2,31%). --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Darlan Alvarenga, G1 25/05/2021 09h00Atualizado há 04 horas Postado em 25 de 2021 às 13h00m
.*Post. N. =0.277*.
Alta do preço da energia elétrica (2,31%) foi o item que mais pressionou a inflação em maio, segundo IBGE. — Foto: Reprodução
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,44% em maio, 0,16 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,60%), conforme divulgou nesta terça-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da desaceleração, foi o maior resultado para um mês de maio desde 2016 (0,86%), pressionado principalmente pela alta na energia elétrica (2,31%).
No ano, o indicador acumula alta de 3,27%. Em 12 meses, atingiu 7,27%, se mantendo acima do teto da meta do governo para a inflação no ano, que é de 5,25%. Em abril, o indicador acumulado em 12 meses estava em 6,17%.
Prévia da inflação de maio ficou em 0,44% — Foto: Economia/G1
Apesar das preocupações com a inflação em 2021, o resultado de maio veio abaixo do esperado. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,55% para o período.
Veja o resultado do IPCA-15 para cada um dos grupos:
Alimentação e bebidas: 0,48%
Habitação: 0,79%
Artigos de residência: 0,89%
Vestuário: 1,42%
Transportes: -0,23%
Saúde e cuidados pessoais: 1,23%
Despesas pessoais: 0,09%
Educação: 0,08%
Comunicação: 0,03%
Indicador acumulado em 12 meses já supera o teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano — Foto: Economia/G1
Energia, botijão de gás e remédios mais caros
Oito dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta em maio, com destaque para "Saúde e cuidados pessoais" (1,23%), que acelerou em relação a abril (0,44%). Os grupos Habitação (0,79%) e Alimentação e bebidas (0,48%) também tiveram variações superiores às de abril (0,45% e 0,36%, respectivamente).
Entre os itens, a alta da energia elétrica (2,31%) teve o maior impacto individual, respondendo sozinha por 0,10 ponto percentual do IPCA-15. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajustes nas contas de luz em capitais como Fortaleza, Salvador e Recife.
Já o gás de botijão (1,45%) subiu pelo 12º mês consecutivo, embora a alta tenha sido menor que a observada no mês de abril (2,49%).
O grupo "Saúde e cuidados pessoais" foi o que registrou o maior impacto sobre o indicador de maio, muito por conta do reajuste de 10,08%nos medicamentos, no início de abril. Segundo o IBGE, houve aumentos expressivos nos remédios antialérgicos e broncodilatadores (5,16%), dermatológicos (4,63%), anti-infecciosos e antibióticos (4,43%) e hormonais (4,22%).
O único grupo com deflação em maio foi "Transportes"(-0,23%), influenciado pela queda de 28,85% nos preços das passagens aéreas. Já a gasolina teve alta de 0,29%, passando a acumular avanço de 41,55% em 12 meses.
Carnes acumulam alta de 35,68% em 12 meses
No grupo "Alimentação e bebidas", o destaque de alta foi a alimentação no domicílio, que passou de 0,19% em abril para 0,50% em maio. O preço das carnes avançou 1,77%, acumulando aumento de 35,68% nos últimos 12 meses. Já o tomate teve alta de 7,24% no mês, após ter recuado 3,48% em abril.
No lado das quedas, o destaque foi o recuo nos preços das frutas (-6,45%).
Brasília foi a única região a registrar deflação no IPCA-15 para maio — Foto: Economia/G1
Meta de inflação e perspectivas
"A alta reiterada do botijão de gás, a décima segunda consecutiva, e a pressão na alimentação em domicílio que somado a energia elétrica mais cara tiram o sono do consumidor. No entanto, o fato de [o resultado de maio] vir mais baixo que o esperado traz alívio momentâneo aos temores inflacionários", avaliou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.
A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que agora está em 3,50% ao ano.
A projeção do mercado se aproxima cada vez mais do teto da meta de inflação para o ano. Os economistas das instituições financeiras elevaram para 5,24% a estimativa de inflação em 2021, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Parte das estimativas, porém, já aponta para uma taxa ao redor de 6%, em meio a preocupações com a pressão da alta nos preços das matérias-primas e de preços administrados como energia elétrica.
O mercado manteve em 5,50% ao ano a previsão para a Selic no fim do ano, o que pressupõe que haverá novas altas nos próximos meses. Para o fim de 2022, os economistas mantiveram a expectativa para a taxa Selic em 6,50% ao ano.
Para 2022, o mercado financeiro estima uma inflação de 3,67%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
Flávia Oliveira: ‘Projeção da inflação para 2021 sobe pela sétima semana seguida’