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quinta-feira, 4 de março de 2021

Agronegócio brasileiro alimenta mais de 772 milhões de pessoas no mundo, diz estudo

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Em 2020, a produção de comida no Brasil supriu 212,235 milhões de pessoas no país e outras 560,365 milhões no exterior. Cálculo foi feito considerando a exportação de grãos e da carne bovina convertida em grãos.
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Por G1

Postado em 04 de março de 2021 às 15h15m

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O agronegócio brasileiro forneceu alimento para 772,600 milhões de pessoas em 2020, segundo estudo da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire). — Foto: GettyImages
O agronegócio brasileiro forneceu alimento para 772,600 milhões de pessoas em 2020, segundo estudo da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire). — Foto: GettyImages

O agronegócio brasileiro forneceu alimento para 772,600 milhões de pessoas em 2020, segundo estudo da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire), divulgado nesta quinta-feira (4).

De acordo com a publicação, 212,235 destas pessoas são do Brasil e as outras 560,365 milhões são de outros países.

"A variação da população total alimentada pelo Brasil em 2019, de 809,472 milhões em relação a 2020, deve-se à variação de preços dos produtos nos dois anos considerados. Assim, pode-se afirmar que ao redor de 800 milhões de pessoas são alimentadas pelo Brasil, incluindo a população brasileira, afirmam os autores.

Segundo a pesquisa, nos últimos dez anos, a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões. Os produtos em destaque foram a carne, soja, milho, algodão e produtos florestais.

Com isso, a expectativa é de que a contribuição do país para o abastecimento mundial aumente nos próximos anos.

Calculando

Para quantificar a contribuição do Brasil para a alimentação mundial, o estudo considerou a produção de grãos e oleaginosas por serem alimentos básicos de várias populações no mundo e também considerados básicos para a produção de proteína animal.

Para isso, os pesquisadores realizaram dois cálculos. O primeiro é baseado na produção física de grãos e o segundo agrega a esta produção física o seu respectivo valor monetário, a partir de preços internacionais.

Nas contas, os pesquisadores realizaram a conversão de carne bovina em grãos, se baseando no fato de sua produção acontecer no pasto.

"Convertemos esta exportação para equivalente em grãos e quantificamos quantas pessoas são alimentadas por esta carne. Esta é a segunda alternativa do estudo, explica Elisio Contini, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.

Na primeira alternativa, baseada na produção física, utilizaram-se dados do International Grains Council (IGC), subtraindo-se as importações de grãos feitas pelo Brasil", contam os autores.

"A partir dos dados de produção, estabeleceu-se o percentual da produção brasileira destes grãos em relação à mundial. Com dados da população mundial, foi possível quantificar o número de pessoas que o Brasil pode alimentar, com base na sua participação na produção mundial de grãos e oleaginosas, detalham.

A partir disso, os pesquisadores entenderam que a participação do Brasil na produção mundial de grãos cresceu de 6% em 2011, para 8% em 2020.

No segundo método, os estudiosos multiplicaram os preços internacionais com a produção a cada ano. Fazendo em seguida a proporção em relação ao total, como na estimativa anterior.

Com isso, eles chegaram no dado de 772,600 milhões de pessoas supridas pela produção brasileira em 2020.

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