Jornalista, comentarista da GloboNews. Acompanha as notícias de Economia e os bastidores do poder em Brasília
Postado em 17 de julho de 2020 às 14h00m

.* Post. N. = 0.045 *.

Estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da
Economia traça um cenário bastante ruim para empresas brasileiras em
meio à pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o levantamento adiantado ao blog, cerca de 3.500
companhias irão pedir recuperação judicial ou entrar em falência nos
próximos meses.
Os dados mostram que a inadimplência pode crescer 294% em relação a um
cenário sem a pandemia, atingindo 271 mil empresas no Brasil.
Segundo especialistas, a inadimplência por mais de 90 dias é um estágio
que precede a recuperação judicial e "contagia" a cadeia de produção ao
afetar diversas empresas em série.
Como o processo de recuperação judicial tem custo alto, o número
reflete médias e grandes empresas. As micro e pequenas em geral fecham
antes.
Em média, mais de 50% dos processos de falência continuam abertos após
13 anos e a morosidade deprecia o capital das empresas em 51%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (16) que 522 mil empresas fecharam devido à pandemia. Dessas, 99% eram de pequeno porte.

Quatro em cada dez negócios no Brasil fecharam na 1ª quinzena de junho, diz IBGE
O estudo da SPE se baseou no impacto de crises financeiras anteriores,
como a de 2014-2016, apesar de considerar que o impacto da pandemia do
coronavírus na economia brasileira não tem precedentes.
Para tentar diminuir o impacto, a nota indica como medidas a serem tomadas:
- a ampliação do crédito – especialmente a micro e pequenas empresas;
- desonerações,
- a discussão urgente da modernização da lei de falências que já tramita no Congresso;
- medidas que melhorem a mobilidade no mercado de trabalho, ajudando trabalhadores a conseguirem se adaptar a novos empregos, em setores que se mantiveram ou cresceram em meio à crise econômica.
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