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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Dólar fecha em queda, com dados de emprego e tarifaço em foco; Ibovespa sobe

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A moeda norte-americana caiu 0,27%, cotada a R$ 5,4834. Já a bolsa recuou 0,18%, aos 136.866 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 30 de Junho de 2.025 às 09h35m

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Não vejo omissão do presidente Lula, diz Haddad
Não vejo omissão do presidente Lula, diz Haddad

O dólar fechou em queda de 0,91% nesta segunda-feira (30), 0,85%, cotado a R$ 5,4335. O Ibovespa, por sua vez, tinha alta de 1,31%, aos 138.654 pontos.

A agenda econômica está cheia nesta semana, com novos dados de atividade esperados tanto no Brasil quanto no exterior.

▶️ Nesta segunda, houve a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que marcou a criação de mais de 148 mil vagas formais em maio, levando a parcial do ano a 1 milhão.

▶️ No exterior, investidores acompanham dados dos Estados Unidos e da Europa, além de seguirem atentos à tramitação do projeto de lei orçamentário do presidente Donald Trump, que avançou no Senado no final de semana.

▶️A proximidade do fim do prazo de suspensão do tarifaço de Donald Trump também continua na mira do mercado, assim como o andamento do projeto orçamentário do republicano no Senado.

▶️ Além disso, o mercado segue atento aos desdobramentos da derrubada do projeto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na semana passada. Como mostrou o g1, a redução da arrecadação e a resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento, e investidores aguardam qual será o posicionamento do governo para a situação.

Em entrevista à GloboNews na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Lula (PT) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o aumento do IOF fere ou não a autonomia entre os poderes.

Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.

💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,75%;
  • Acumulado do mês: -4,10%;
  • Acumulado do ano: -11,27%.
📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: 0,18%;
  • Acumulado do mês: -0,12%
  • Acumulado do ano: +13,79%.
Dados econômicos no foco

O último pregão de junho começa com uma agenda recheada de indicadores previstos para a semana. Nesta segunda-feira (30), uma série de dados de trabalho e atividade ficam no radar.

▶️No Brasil:

Por aqui, o Boletim Focus, relatório que reúne projeções do mercado financeiro sobre os principais índices econômicos, indicou que os economistas reduziram suas estimativas para a inflação brasileira pela quinta semana consecutiva.

Além disso, investidores repercutem os novos dados de emprego do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. Em maio, a economia brasileira gerou 148,99 mil empregos formais, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, que teve geração de 139,55 mil empregos formais.

▶️Nos Estados Unidos:

Já nos EUA, o foco dos mercados estará voltado para a política monetária, com novos dados de atividade e eventuais falas de dirigentes do Fed.

Na semana passada, o índice de preços PCE registrou uma alta de 0,1% em maio, mesma taxa de abril. No acumulado em 12 meses, a inflação medida pelo PCE foi de 2,3%, ante 2,2% em abril. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Comércio norte-americano.

O órgão também indicou que os gastos dos consumidores do país tiveram uma queda inesperada em maio, uma vez que diminuiu o impulso de compra preventiva de bens, como veículos automotores, antes da imposição de tarifas. Nesse caso, o recuo foi de 0,1%, após ganho revisado de 0,2% em abril.

O resultado animou os mercados, uma vez que reforça a perspectiva de que o Fed deve cortar os juros em breve.

Por fim, os desdobramentos do projeto de lei orçamentária no país também ficam no radar. A votação final da proposta, chamada de "One Big Beautiful Bill" ("Um grande e belo projeto", em tradução livre), deve acontecer hoje no Senado norte-americano.

Se aprovado, a ideia é que o projeto retorne à Câmara dos Deputados e, depois, siga para a sanção presidencial.

▶️Na Europa:

Dados econômicos da Europa também são monitorados. Nesta segunda-feira (30), o Banco Central Europeu (BCE) prometeu ajustar sua estratégia geral de juros após ter sido surpreendido por um aumento nos preços nos últimos anos.

A nova estratégia quinquenal do BCE segue um período de montanha-russa no qual o banco central passou da preocupação com a deflação durante a pandemia para uma crise de custo de vida exacerbada pela invasão da Rússia na Ucrânia e, mais recentemente, as interrupções causadas pela guerra comercial.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que deve ser divulgado nos próximos dias, também fica no radar.

De olho no IOF

O mercado também segue de olho nas contas públicas do governo, principalmente após o Congresso Nacional ter derrubado o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), na semana passada.

Segundo a equipe econômica, a derrubada dos decretos deve causar uma redução de R$ 10 bilhões na arrecadação neste ano. Especialistas consultados pelo g1 alertam que a decisão deve levar o governo a aplicar novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento 2025.

▶️Diante desse cenário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na última sexta-feira que o presidente Lula acionou a AGU para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o aumento do IOF fere ou não a autonomia entre os poderes.

"Em relação ao decisão do presidente, ele pediu à AGU, perguntou à AGU se o decreto legislativo usurpa uma prerrogativa do Executivo. Se a resposta for positiva, ele deve recorrer (à Justiça)", disse, em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews.

Segundo Haddad, caso a AGU aponte que há usurpação, Lula terá que acionar a Justiça porque "ele jurou cumprir a Constituição Federal" e não pode "abrir mão" de decisões que são do Executivo. O ministro afirma que não vê omissão por parte do presidente Lula na questão do IOF.

Haddad avaliou os impactos da decisão, quais as chances de o governo Lula (PT) acionar a Justiça para analisar o caso e como fica a meta fiscal sem a mudança do IOF nas contas. Ao defender o decreto que elevou a alíquota do IOF para 3,5% em algumas operações de crédito, o ministro rebateu críticas de que a medida teria objetivo arrecadatório.

Segundo o ministro, o percentual anterior era superior a 6% até o fim de 2022 e não foi alvo de questionamentos. "Tem operações de crédito que eram maquiadas para driblar o imposto. Nós fechamos essa brecha", declarou.
Guerra comercial e pressão no Fed

Com a situação no Oriente Médio mais estável, o foco agora se volta para a guerra comercial provocada por Donald Trump. A suspensão de 90 dias do tarifaço está prestes a expirar, e os investidores aguardam possíveis novos acordos por parte dos EUA.

Nesta segunda-feira, o Canadá cancelou seu imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas de tecnologia dos EUA, poucas horas antes do tributo entrar em vigor. A decisão vem como uma tentativa de avançar nas negociações comerciais paralisadas com os norte-americanos.

🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode encarecer os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Isso pode resultar em uma desaceleração da economia dos EUA e até uma recessão global.

Diante desse cenário, as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, continuam no centro das atenções. Na terça-feira, ele reiterou que aguardará novos estudos sobre os possíveis impactos do tarifaço de Trump na inflação dos EUA antes de decidir sobre os rumos da taxa de juros.

"Os aumentos de tarifas neste ano provavelmente elevarão os preços e pesarão sobre a atividade econômica", afirmou Powell durante depoimento perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA. Nesta quarta-feira, ele reiterou o discurso ao Senado norte-americano.

A postura de Powell tem gerado duras críticas do presidente Donald Trump. Na semana passada, ele o chamou de burroeteimoso em publicações nas redes sociais.

*Com informações da agência de notícias Reuters.

Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. — Foto: Tatan Syuflana/ AP
Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. — Foto: Tatan Syuflana/ AP

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domingo, 29 de junho de 2025

Observatório do Chile captura o universo com câmera de 3.200 megapixels; confira novas imagens

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Com 3.200 megapixels, a supercâmera já identificou mais de 2.100 asteroides em 10 horas e promete gerar 1.000 imagens por noite do céu do hemisfério sul.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 29 de Junho de Junho de 2.025 às 08h00m

$.#  Postagem  Nº     1.040  #.$

O aglomerado estelar aberto Messier 21 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
O aglomerado estelar aberto Messier 21 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

O Observatório Vera C. Rubin do Chile, que possui a maior câmera digital do mundo, começou a exibir suas primeiras imagens do cosmos. As imagens podem permitir que os astrônomos descubram como o sistema solar se formou e até mesmo se um asteroide representa uma ameaça para a Terra.

O observatório detectou mais de 2.100 asteroides nunca antes vistos somente em 10 horas, concentrando-se em uma pequena área do céu visível. Seus pares terrestres e espaciais descobrem, no total, cerca de 20.000 asteroides por ano.

Localizado na Colina Pachón, na região de Coquimbo, o telescópio de 8,4 metros tem uma câmera de 3.200 megapixels que alimenta um poderoso sistema de processamento de dados.

Os céus mais escuros sobre o árido deserto do Atacama fazem do Chile um dos melhores lugares do mundo para a observação astronômica.

A cada noite, o Rubin fará cerca de 1.000 imagens do céu do hemisfério sul, permitindo que ele cubra todo o céu do sul a cada três ou quatro noites.

A Nebulosa Trífida é vista em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
A Nebulosa Trífida é vista em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

"Isso realmente mudará e desafiará a maneira como as pessoas trabalham com seus dados", disse William O'Mullane, gerente de projeto focado em dados no Vera Rubin.

O'Mullane disse que o observatório permitirá que os astrônomos coletem grandes quantidades de dados rapidamente e façam descobertas inesperadas.

"Em vez [da apresentação] das habituais observações e da redação de um artigo acadêmico. Não, eu lhe darei um milhão de galáxias, um milhão de estrelas ou até mesmo um bilhão, porque nós as temos: 20 bilhões de medições de galáxias", afirmou ele.

O nome do centro é uma homenagem à astrônoma norte-americana Vera C. Rubin, pioneira na descoberta de provas conclusivas da existência de grandes quantidades de material invisível conhecido como matéria escura.

"O número de alertas que o telescópio enviará todas as noites é equivalente às caixas de entrada de 83.000 pessoas. É impossível que alguém dê uma olhada em cada um deles. Teremos que usar ferramentas de inteligência artificial", disse o astrofísico Francisco Foster.

O aglomerado globular NGC 6544 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS.
O aglomerado globular NGC 6544 é visto em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, em Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS.


As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS


Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS
Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

Super telescópio James Webb fotografa, pela primeira vez, um planeta fora do Sistema Solar
Super telescópio James Webb fotografa, pela primeira vez, um planeta fora do Sistema Solar

Motos elétricas: novo crédito para motoboys pode alavancar o mercado no Brasil?

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Lula prometeu um novo programa focado em entregadores. Em 2025, foram emplacadas apenas 4.803 unidades, o equivalente a 0,5% das 849.946 motocicletas zero quilômetro vendidas.
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Por André Fogaça, g1 — São Paulo

Postado em 29 de Junho de 2.025 às 07h00m

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Motos elétricas são vendidas no Brasil, mas número ainda é baixo. — Foto: Arte/g1
Motos elétricas são vendidas no Brasil, mas número ainda é baixo. — Foto: Arte/g1

No último final de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu um programa de crédito voltado à compra de motocicletas elétricas. O foco está no entregador de aplicativo.

"Vou abrir uma linha de crédito para financiar moto elétrica para os entregadores de alimentos neste país", comentou o presidente.

Antes, Lula havia mencionado a criação de uma linha de crédito para os entregadores, mas sem esclarecer se o benefício seria destinado a modelos a combustão, elétricos ou híbridos. O projeto ainda não saiu da promessa.

"Estamos trabalhando com muito afinco um programa de crédito para financiar motocicletas para os entregadores de comida deste país. Temos que cuidar não apenas da questão do crédito, pra ele comprar uma moto, mas também de garantir que ele tenha um lugar pra que possa fazer as necessidades básicas dele," disse Lula no começo de junho.

Um programa para motos elétricas pode acelerar um mercado que anda em marcha lenta, quase parando.

Em volume, foram emplacadas 4.803 unidades em 2025. Elas representam apenas 0,5% das 849.946 motocicletas zero quilômetro vendidas entre janeiro e maio deste ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No mesmo período, o mercado de carros totalmente elétricos registrou 24.495 emplacamentos, correspondendo a 3,4% de todas as vendas de automóveis de passeio no Brasil. O número é seis vezes maior que a participação das motos movidas a bateria.

São muitos fatores que explicam essa deficiência do mercado de motos elétricas. Milad Kalume Neto, especialista do setor e consultor automotivo independente, destaca que a ausência de grandes marcas é um deles.

As 15 motos elétricas listadas pela Fenabrave não possuem nenhuma representante das duas principais marcas tradicionais, Honda e Yamaha, que juntas possuem mais de 80% da participação do mercado, diz Kalume Neto.

Carlos Augusto Serra Roma, membro do conselho diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e CEO da Riba Brasil, destaca que a presença de modelos exclusivamente elétricos ainda é insignificante em uma frota de mais de 35 milhões de motos no país.

Umas 10 mil, no máximo, são 100% elétricas, comenta.

Moto elétrica anda menos e é cara

Outros dois fatores ajudam a explicar a baixa adesão: o preço e a autonomia. A Watts W160S é uma moto elétrica equipada com motor de 10.000 watts, correspondendo a 13,5 cavalos de potência em um motor a combustão.

A Honda CG 160, por exemplo, entrega 14,4 cavalos de potência e tem preço inicial de R$ 16.440. Já a Watts W160S parte de R$ 19.311, o que a torna 17,4% mais cara do que sua equivalente à combustão.

Em autonomia, o tanque da CG 160 comporta 14 litros e, segundo o Instituto Mauá, seu consumo médio é de 45,9 km/l, permitindo percorrer até 642,6 quilômetros. Em comparação, a Watts W160S oferece autonomia de até 100 km por carga, desde que a velocidade não ultrapasse os 60 km/h.

Enquanto a moto a combustão precisa ser abastecida uma vez, a versão elétrica teria que ser recarregada mais de seis vezes para percorrer a mesma distância. Além disso, a recarga da Watts W160S pode levar até quatro horas na tomada.

Para a Watts, existem outros problemas que dificultam a adoção maior das motos elétricas. Falta de conhecimento do consumidor e carga tributária estão na lista apontada pela fabricante.

"Ainda existem desafios importantes a serem superados, como os altos custos logísticos e a morosidade operacionais na produção nacional, falta de infraestrutura de recarga da moto em todo país, uma carga tributária desfavorável aos veículos elétricos e a necessidade de ampliar o conhecimento do consumidor sobre essa tecnologia", comentou Rodrigo Gomes, diretor comercial da Watts.

Para driblar os problemas de baixa autonomia e alto custo de aquisição, algumas empresas optaram por não vender as motocicletas, mas sim oferecê-las por meio de aluguel, incluindo um serviço de troca de baterias em estações distribuídas pela cidade.

As baterias desses modelos são menores, com autonomia de aproximadamente 65 km. No entanto, essa capacidade reduzida visa permitir recargas mais rápidas nas estações de troca. Duas marcas se destacam nesse modelo de negócio: Riba e Vammo.

A Riba possui 100 estações distribuídas pela região metropolitana de São Paulo (SP), Belém (PA) e outras cidades menores. Já a Vammo opera cerca de 140 pontos, concentrados em São Paulo (SP) e municípios vizinhos, como Barueri (SP), Guarulhos (SP), Mauá (SP), Ribeirão Pires (SP).

Toda a frota de motos elétricas no Brasil é composta por modelos importados ou montados localmente por meio do sistema CKD. Nesse modelo, todas as peças do veículo chegam prontas do exterior, são montadas no país e, em seguida, comercializadas — seja para venda ou aluguel.

Kalume Neto acredita que a baixa demanda ainda inviabiliza a produção local além da montagem básica, especialmente no caso das baterias.

Observe que todo o mercado de motos elétricas tem uma projeção inferior a 12 mil unidades para o Brasil em 2025. É muito pouco para se pensar em ter produção local, aponta.

Para este fim deveríamos ter no mínimo uma produção de 50 mil unidades de uma mesma bateria e ainda sim correríamos riscos pelo baixo volume.

Entre as empresas que atuam nesse segmento, destacam-se Amazon Motors, DVS, Watts e Shineray. Duas que apostaram na fabricação local, Voltz e Origem, acabaram fechando as portas.

Não é difícil escalonar a fabricação das elétricas

Em entrevista ao g1, Shineray e Watts informaram que todas as motocicletas elétricas vendidas por ambas são produzidas no Brasil — a primeira em Suape (PE) e a segunda em Manaus (AM) — seguindo o modelo CKD.

Wendel Lazko, gerente-geral de negócios da Shineray, destaca que atualmente a unidade produz 128 mil motocicletas e que já existem planos em andamento para ampliar essa capacidade.

Vamos quadruplicar a capacidade fabril e esse incremento já estava planejado mesmo antes do anúncio do presidente. O aumento na capacidade envolve não somente os modelos a combustão, mas também os 100% elétricos, comenta Wendel.

O plano de expansão foi anunciado em 2024, com um investimento de R$ 75 milhões, que permitirá aumentar a área da fábrica em Suape de 50 mil para 77 mil metros quadrados.

A Watts também destacou a facilidade para ampliar a produção de motocicletas em Manaus (AM), indicando que pode haver expansão do espaço físico e até a inclusão de um novo turno de trabalho.

"A Watts possui infraestrutura e flexibilidade para expandir rapidamente sua capacidade produtiva. A fábrica em Manaus é modular e pode operar em vários turnos, o que nos permite acompanhar com agilidade o aumento da demanda", comenta Gomes, diretor comercial da Watts.

O prazo estimado para essa ampliação na linha de montagem é de seis meses.

As empresas Vammo e Riba importam o mesmo modelo chinês, que é adaptado com características exclusivas por cada marca.

São mudanças como outras controladoras, outros materiais mais nobres para suportar maior potência do motor, que esquenta mais e você precisa refrigerar. A gente recalibra, como colocando o torque máximo de forma instantânea, ou garantindo mais força assim que a moto detecta certa inclinação, comenta Carlos Augusto Serra Roma, da Riba.

A Riba pretende iniciar a produção nacional em CKD até o fim deste ano. Segundo o executivo, como o setor já monta motocicletas no Brasil ou importa os veículos prontos para venda, será fácil aumentar a produção caso a demanda cresça com a implementação do programa de crédito anunciado por Lula.

Se eu falo que quero passar de uma produção de 200 para 2 mil unidades, o exportador na China produz meus kits CKD em 45 dias. Se tiver a demanda, podemos aumentar ainda mais", diz o executivo.

Serra Roma acrescenta que essa situação não é exclusiva da marca que representa, mas reflete a realidade de todo o setor de motocicletas elétricas. Isso não é um problema, porque há espaço de sobra. Todos conseguirão atender à demanda, afirma.

Riba e Vammo também não estão restritas apenas ao modelo de aluguel de motos elétricas. Não descartamos outras linhas de negócio, como a possibilidade de um programa de rent to own, afirma Billy Blaustein, cofundador e diretor de operações da Vammo.

Nesse modelo, o cliente continua pagando o aluguel, mas tem a opção de adquirir o veículo durante o período de uso.

"Se essa iniciativa do governo decolar mesmo, vou rever meus planos. De abrir lojas para o consumidor final e até fabricar para terceiros", revela Serra Roma, da Riba.

A Watts também se mostrou otimista com a proposta do governo, considerando a iniciativa fundamental para o desenvolvimento do setor.

"Uma linha de crédito específica para profissionais como entregadores e mototaxistas pode ser o impulso necessário para acelerar de forma significativa a adoção das motos elétricas no país", diz Gomes, da Watts.

"Porém, entendo que a linha de crédito deveria se estender a todos os usuários de motocicletas que desejam optar por motos elétricas. Os benefícios com a ampliação a todos seriam ainda mais expressivos e ajudaria a acelerar a eletrificação da frota", complementa.

Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV
Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV

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