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quarta-feira, 9 de abril de 2025

Dólar desaba e fecha a R$ 5,84 após recuo de Trump em seu ‘tarifaço’; Ibovespa dispara mais de 3%

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A moeda norte-americana recuou 2,54%, cotada a R$ 5,8452. Já o principal índice da bolsa brasileira avançou 3,12%, aos 127.796 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 09 de A bril de 2.025 às 11h00m

$.#  Postagem  Nº     0.997  #.$

Dólar — Foto: Karolina Kaboompics/Pexels
Dólar — Foto: Karolina Kaboompics/Pexels

O dólar disparou durante a manhã, mas passou a cair e fechou em forte queda nesta quarta-feira (9), cotado a R$ 5,84. A mudança brusca de direção ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuar do tarifaço contra mais de 180 países.

O republicano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. A exceção será a China, que retaliou as tarifas aplicadas pelos EUA, e agora terá taxas de importação de 125%.

Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 6,0961. Na mínima, bateu R$ 5,8292. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, também inverteu o sinal ao longo do dia e fechou em alta de mais de 3%. (veja os detalhes mais abaixo)

  • 🔎 Houve alívio nos mercados porque, com as tarifas nas alturas, especialistas dizem que a inflação pode acelerar com força nas maiores economia do mundo e gerar uma forte redução no comércio internacional e no consumo da população — o que pode impactar o mundo todo e levar a um período de recessão econômica.

Antes do anúncio, o mercado reagia mal à guerra global de tarifas iniciada pelos EUA e intensificada com as retaliações chinesas.

Nesta manhã, o Ministério das Finanças da China anunciou que imporá tarifas de 84% sobre os produtos americanos — uma alta de 50 pontos percentuais sobre os 34% que já haviam sido impostos na semana passada.

Essa elevação das tarifas pela China foi mais uma resposta aos EUA, que havia elevado a tarifa em resposta à primeira retaliação chinesa. (entenda mais detalhes abaixo)

Nesta quarta-feira, a União Europeia também aprovou uma retaliação aos EUA. O bloco de 27 países anunciou que vai aplicar tarifas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15).

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

O dólar fechou em queda de 2,54%, cotado a R$ 5,8452. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,17% na semana;
  • ganho de 2,44% no mês; e
  • perda de 5,41% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 1,47%, cotada a R$ 5,9973.

📈Ibovespa

O Ibovespa subiu 3,12%, aos 127.796 pontos. Na máxima do dia, chegou aos 128.649 pontos. Na mínima, bateu os 122.887 pontos.

Na véspera, o índice teve baixa de 1,32%, aos 123.932 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

  • queda de 2,61% na semana;
  • recuo de 4,86% no mês; e
  • ganho de 3,03% no ano.
O que está mexendo com os mercados?

O humor do mercado mudou completamente depois que o presidente dos EUA anunciou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas, e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.

Segundo Trump, as taxas contra os chineses aumentarão para 125%, devido às retaliações anunciadas por Pequim nesta semana.

"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump.

Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço detalhado na quarta-feira da semana passada, que resultou na escalada da guerra comercial global.

Mais cedo, o clima estava azedo depois do anúncio da nova tarifa de 84% cobrada pela China sobre os produtos americanos, que aconteceu no mesmo dia em que entraria em vigor uma tarifa de 104% contra o país asiático.

Em duelo com os EUA desde o anúncio das tarifas recíprocas, a China disse que estava preparada para "revidar até o fim" contra o plano de Trump de reduzir as importações.

Nesta quarta (9), a União Europeia também aprovou o seu primeiro pacote de retaliação contra as tarifas, apesar de reforçar que está disposta a negociar. O bloco de 27 países decidiu aplicar taxas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15), em etapas.

Inicialmente, a ação da UE é uma resposta específica às tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio aplicadas pelos EUA no mês passado. O bloco ainda está avaliando como responder às tarifas sobre automóveis e outras questões mais amplas.

A questão para a economia global é que o aumento de tarifas traz as seguintes consequências:

  • ➡️ As tensões crescentes entre os países elevam as incertezas globais com o futuro da economia.
  • ➡️ Mais tarifas tornam os produtos que chegam aos países mais caros, o que contribui para um aumento da inflação.
  • ➡️ Com os preços altos, o mercado teme que aconteça uma redução nos níveis de consumo da população, além de uma queda no comércio internacional.
  • ➡️ Esse cenário nas maiores economias do mundo eleva os temores por um período de recessão global.
Impacto nas bolsas

  • ➡️ Na Ásia, as bolsas de valores fecharam majoritariamente em baixa, com exceção da China e Hong Kong, que subiram antes do anúncio da nova retaliação chinesa.
  • ➡️ Na Europa, a expectativa de desaceleração econômica provocou, mais uma vez, uma queda generalizada nas bolsas de valores. Por lá, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as ações das principais empresas europeias, fechou em queda de 3,31%.
  • ➡️ Nos Estados Unidos, houve tempo para reagir ao anúncio de Trump. Wall Street opera com fortes altas.

As commodities ligadas ao aquecimento da atividade econômica, como petróleo e minério de ferro — que são muito demandadas quando a produção no país é grande — também sofriam no início do dia, e registravam os seus menores patamares em anos.

O barril de petróleo chegou ao entorno dos US$ 60. Durante o pregão, caiu abaixo desse patamar. Segundo levantamento da XP, esse é o menor nível da commodity em quatro anos, desde meados da pandemia de Covid-19, quando o mundo passou por uma forte desaceleração econômica.

"Além disso, o preço do minério de ferro cedeu para US$ 90 por tonelada, patamar bem abaixo dos US$ 110 que operava antes dos anúncios das tarifas", destaca o relatório da XP.
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segunda-feira, 7 de abril de 2025

Reação ao tarifaço mostra que a China está ‘pronta’ para a guerra comercial; entenda

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Para o diretor-executivo do Brasil no FMI, medidas abrem uma possibilidade comercial imensa para a China. A revista britânica “The Economist” defende ainda que medidas criam oportunidades para redesenhar o mapa geopolítico da Ásia.
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Por Yoanna Stavracas, GloboNews

Postado em 07 de Abril de 2.025 às 19h30m

$.#  Postagem  Nº     0.996  #.$

EUA x China: quem pode se sair melhor? — Foto: GloboNews
EUA x China: quem pode se sair melhor? — Foto: GloboNews

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez questão de desencadear insegurança nos mercados globais após uma enxurrada de tarifas comerciais impostas a mais de 180 países.

Enquanto os líderes mundiais analisam respostas ao republicano e as bolsas mundiais derretem, a China tenta mostrar ao mundo a confiança no crescimento do país, projetando a imagem de um país estável e pacífico.

Pequim reagiu com força às novas tarifas comerciais impostas pelo republicano, e alertou os EUA que está pronta para lutar em "qualquer tipo" de guerra. Analistas observam que o momento pode ser propício para beneficiar os chineses, se conseguirem se aproveitar da lacuna deixada por Washington.

Para o diretor-executivo do Brasil no FMI, André Roncaglia, as medidas recentes de Trump abrem uma grande oportunidade para a China avançar no comércio exterior, e consolidar seu poder comercial, econômico e financeiro na Ásia.

Alguns países podem sofrer tremendamente até que consigam entrar no processo de negociação. [...] É como se você estivesse na entrada de um shopping e, agora, os EUA colocaram uma catraca. Então você tem que pagar para entrar para poder se beneficiar daquele comércio, defende.

Segundo Roncaglia, é possível que existam agora duas regiões polares que convidem o resto do mundo a negociar com elas, e algumas áreas devem receber mais atenção de Pequim.

Onde acho que a China tem muito poder de avançar é na área tecnológica. A direção que aponta a gestão Trump é de uma deterioração nas condições da produção de conhecimento científico no país, afirmou.

Roncaglia, no entanto, vê limites para o alcance da China. “Acho mais difícil que ela avance aqui no hemisfério Ocidental, porque o desenho que a administração Trump vem fazendo cria um polo com forte poder de atração, para que os países da região orbitem em torno dele, afirmou.

EUA e China iniciam cabo de guerra após retaliação tarifária

A revista britânica “The Economist também traz uma perspectiva positiva para a China. A capa da publicação desta semana traz o famoso boné MAGA, marca da política de Trump, com a inscrição Make China great again (Faça a China grande de novo, em tradução para o português).

No editorial, a revista descreve como os americanos poderiam acabar fazendo a China grande de novo e chama o momento de uma bela grande oportunidade.

O MAGA está pressionando os líderes da China para corrigir seus piores erros econômicos. Também está criando oportunidades para redesenhar o mapa geopolítico da Ásia em favor da China, escreve.

O texto lembra que as exportações ainda representam cerca de 20% do PIB da China, como em 2017, o que prejudicará a economia do país — situação agravada pela tática de Pequim de redirecionar as cadeias de fabricação de empresas para países como o Vietnã, fortemente taxado por Trump.

Mas, apesar da deflação, crise imobiliária e consumo fraco, o editorial defende que a China entra na nova era MAGA mais forte do que no primeiro mandato de Trump.

Xi [Jinping] vem se preparando para o mundo caótico de hoje desde que se tornou líder da China, em 2012. Ele pediu autossuficiência econômica e tecnológica. A China reduziu sua vulnerabilidade aos estrangulamentos americanos, como sanções e controles de exportação.

Um exemplo é o DeepSeek, app de inteligência artificial que supera a performance dos modelos criados pelas gigantes de tecnologia do Vale do Silício, nos EUA. O assistente de IA, desenvolvido por uma startup chinesa, demonstrou a capacidade do país de inovar mesmo diante dos embargos de semicondutores dos EUA.

Xi não tem intenção de preencher o vazio deixado pelo Tio Sam, mas ele tem a chance de expandir a influência da China, especialmente no sul global, afirma o texto.

Capa da revista "The Economist" — Foto: Reprodução
Capa da revista "The Economist" — Foto: Reprodução

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domingo, 6 de abril de 2025

Dólar dispara e fecha a R$ 5,83, após China retaliar 'tarifaço' de Trump; Ibovespa despenca

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Moeda norte-americana avançou 3,68%, na maior alta diária desde novembro de 2022, e fechou a R$ 5,8355. Já o principal índice da bolsa brasileira recuou 2,96%, aos 127.256 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 06 de Abril de 2.025 às 09h30m

$.#  Postagem  Nº     0.995  #.$

Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters

O dólar disparou nesta sexta-feira (4) e fechou a R$ 5,83, conforme o mercado reagia ao anúncio do governo chinês de que vai retaliar o "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O avanço da moeda norte-americana foi de 3,68% frente ao real, na maior alta diária desde 10 de novembro de 2022, quando subiu 4,10%. Ao longo da sessão de hoje, o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,84.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, recuou 2,96%, acompanhando o movimento global. Essa foi a maior queda do índice desde 18 de dezembro de 2024, quando caiu 3,15%.

A Ásia foi o continente mais impactado pelas tarifas anunciadas por Trump na última quarta-feira. A China, segunda maior economia do mundo, recebeu taxas extras de 34%. Agora, somando as tarifas de 20% já anunciadas pelos EUA anteriormente, os produtos asiáticos que chegam ao país devem ser taxados em 54%.

Como resposta, Pequim afirmou que vai impor tarifas também de 34% sobre todos os produtos norte-americanos, além de colocar novos limites para as exportações chinesas de terras raras (minerais importantes e escassos para a produção de chips usados para tecnologia) para os EUA.

O mercado teme que outros países também comecem a retaliar os EUA e a situação vire uma guerra comercial generalizada.

Com as tarifas impostas por Trump, a expectativa é que os preços dos produtos e insumos que chegam aos EUA devem ficar mais caros, encarecendo também a produção de diversas cadeias produtivas de bens e serviços.

Isso pode gerar mais inflação ao consumidor, ao mesmo tempo em que ocorre uma redução no consumo, justamente pelos preços maiores. Por isso, investidores acreditam que os EUA podem viver um período de recessão econômica em breve. Com esse sentimento, na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda e atingiu o seu menor valor no ano: R$ 5,62.

No entanto, com mais países anunciando tarifas, especialistas explicam que o temor é que o aumento forte da inflação e uma desaceleração da atividade econômica se espalhe por todo o mundo.

Com a cautela e a percepção de que várias economias, inclusive as maiores, podem ser afetadas, os investidores voltaram a recorrer ao dólar, considerada uma das moedas mais seguras do mundo. Além disso, as bolsas globais vivem mais um dia de quedas expressivas.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

O dólar subiu 3,68%, cotado a R$ 5,8355. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8450. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 1,32% na semana;
  • ganho de 2,27% no mês; e
  • perda de 5,57% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve queda de 1,23%, cotada a R$ 5,6285. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,5930.

📈Ibovespa

O Ibovespa recuou 2,96%, aos 127.256 pontos. Na mínima do dia, foi a 126.466 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

  • queda de 3,52% na semana;
  • recuo de 2,31% no mês; e
  • ganho de 5,80% no ano.

Na véspera, o índice teve alta de 0,04%, aos 131.141 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

A imposição de tarifas de importação era uma das principais promessas de campanha de Donald Trump.

Desde que assumiu, ele já decretou tarifas sobre grandes parceiros comerciais, como México e Canadá, e impôs taxas sobre produtos específicos, como aço, alumínio, automóveis e produtos agrícolas.

Na quarta-feira (2), Trump finalmente detalhou como funcionarão as tarifas recíprocas. As regiões mais afetadas foram a Ásia e o Oriente Médio, com taxas que ultrapassam 40% em alguns casos. A Europa também foi bastante impactada com tarifas de 20% anunciadas contra a UE.

Especialistas acreditam que esse aumento de preços deve pressionar os custos e reduzir o consumo nos EUA, o que pode provocar uma desaceleração ou até uma recessão na maior economia do mundo.

Com as tarifas recíprocas, aplicadas a mais de 180 países, o grande temor do mercado é de que o "tarifaço" inicie uma guerra comercial generalizada. O cenário de incerteza faz com que os investidores se afastem dos ativos de risco, como os mercados de ações, o que prejudica as bolsas de valores em todo o mundo.

Essa percepção ganha ainda mais força com o recente anúncio da retaliação chinesa. O país deve começar a cobrar tarifas de importação de 34% sobre os produtos americanos em 10 de abril.

O governo chinês também anunciou que vai impor controles sobre a exportação de terras raras para os EUA — um conjunto de matérias-primas que são difíceis de encontrar pelo mundo, mas são a base para a produção de muitos produtos tecnológicos, como chips para celulares, computadores e cartões.

Alguns dos materiais que terão sua exportação controlada pelo governo são samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio. Essas restrições já começam a valer nesta sexta.

"O objetivo da implementação do governo chinês de controles de exportação sobre itens relevantes de acordo com a lei é proteger melhor a segurança e os interesses nacionais e cumprir obrigações internacionais como a não proliferação", disse o Ministério do Comércio em um comunicado.

Os temores de uma guerra comercial se justificam principalmente pela possibilidade de o mundo todo se envolver em um período de forte desaceleração da atividade econômica.

O analista financeiro Vitor Miziara explica que, para além da cautela já gerada pelas tarifas americanas, eventuais retaliações tarifárias aplicadas por outros países podem, primeiro, elevar a inflação em nível global e, depois, reduzir uma forte queda na demanda.

"Com tarifa no mundo inteiro, tudo fica mais caro até que o comércio global pare", pontua. 
As principais bolsas de valores do mundo registram fortes quedas.

  • Na Ásia, os mercados fecharam em baixa, com destaque para recuo de quase 3% no Japão.
  • A Europa registrou quedas que variam de 4% a 6,5% nas principais bolsas.
  • Nos EUA, os principais índices acionários amargaram perdas de quase 6%.

Trump chamou o anúncio das tarifas recíprocas como "Dia da Libertação". O objetivo do presidente é que essas taxas "libertem" os EUA de produtos estrangeiros. A forma para que os outros países evitem as taxas, segundo Trump, é transferindo suas fábricas para os EUA.

Mas as reações foram por outro caminho:

  • A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as tarifas constituem um "duro golpe à economia mundial". Também declarou que o bloco está "preparado para responder".
  • Na Alemanha, o chefe de Governo, Olaf Scholz, considerou que as decisões de Trump são "fundamentalmente erradas" e "constituem um ataque contra uma ordem comercial que criou prosperidade em todo o mundo".
  • Na França, o presidente Emmanuel Macron pediu que as empresas europeias suspendam os investimentos planejados nos EUA.
  • No Reino Unido, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse a empresários do país que as medidas terão "um impacto econômico, tanto a nível nacional como mundial".
  • O ministro japonês do Comércio do Japão, Yoji Muto, disse que "Transmiti que as medidas tarifárias unilaterais adotadas pelos Estados Unidos são extremamente lamentáveis e pedi, novamente, (a Washington) para não aplicá-las ao Japão".

No Brasil, o Senado aprovou na terça-feira um projeto que cria mecanismos e autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros (entenda mais).

🔎 Tarifas maiores tornam os produtos mais caros, e encarecem também os bens e serviços que dependem desses insumos importados. Isso tende a aumentar a inflação e impactar o consumo.

Por isso, há uma percepção de que os EUA podem passar por um período de desaceleração da atividade econômica, ou até uma recessão da economia — o que tem potencial de afetar o mundo todo.

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