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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Faturamento com máquinas e equipamentos sobe 15,2% em 2025, mas alta de importações preocupa

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Com bom desempenho no mercado interno, receita líquida atingiu R$ 67,5 bilhões no primeiro trimestre do ano, segundo a Abimaq. Exportações acumulam baixa de 5,8%.
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Por Rodolfo Tiengo, g1 Ribeirão Preto e Franca

Postado em 30 de Abril de 2.025 às 16h10m

$.#  Postagem  Nº     1.006  #.$

Em Ribeirão Preto, SP, a Agrishow 2025 recebe lançamentos em máquinas e implementos para o campo — Foto: Érico Andrade/g1
Em Ribeirão Preto, SP, a Agrishow 2025 recebe lançamentos em máquinas e implementos para o campo — Foto: Érico Andrade/g1

As indústrias de máquinas e equipamentos faturaram R$ 67,5 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com uma alta de 15,2% com relação ao ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) na Agrishow, feira de tecnologia agrícola que acontece em Ribeirão Preto (SP).

Em alta de 24%, somente o setor de máquinas e equipamentos agrícolas responde por R$ 15 bilhões no faturamento no mesmo período, o que corresponde a quase 25% das receitas líquidas totais. Máquinas para bens de consumo, como para alimentos e bebidas, e máquinas para logística e construção civil, a chamada "linha amarela", também se destacam.

"Outro segmento que tem investido bastante é o de infraestrutura, boa parte ligada a municípios e governos", afirma Cristina Zanella, diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq.

Apesar do bom desempenho no mercado interno, analistas ponderam que parte do crescimento se deve a uma base de comparação reduzida, já que o setor teve três anos seguidos de queda. Além disso, alertam para um aumento no volume de importações de tecnologias de outros países e para um cenário desafiador no segundo semestre devido a questões macroeconômicas.

A Abimaq representa em torno de 9 mil empresas de todo o país ligadas à indústria de transformação, que movimenta cerca de 10% do PIB nacional, e que representa desde setores como irrigação, armazenagem e máquinas agrícolas a automação industrial, equipamentos navais, indústria do plástico, têxtil, de cimento, mineração, fundição, construção civil, entre outros.

Em 2025, o setor emprega mais de 23 mil pessoas, 1,6% a mais do que no ano passado, e tem um nível de capacidade instalada em alta, com uma média de 9,3 semanas para atendimento da carteira de pedidos das empresas.

Indústria de máquinas agrícolas da região de Ribeirão Preto (SP) — Foto: Thiago Aureliano/EPTV
Indústria de máquinas agrícolas da região de Ribeirão Preto (SP) — Foto: Thiago Aureliano/EPTV

Mercado interno em alta, exportações em baixa

De toda a receita líquida atingida, R$ 51,6 bilhões foram de vendas destinadas ao mercado interno, com uma alta de 18% que, para a entidade, reflete bons desempenhos de setores como logística, construção civil e agricultura, mas ainda com uma retomada frágil nos investimentos.

Por outro lado, as exportações somaram US$ 2,7 bilhões (R$ 15,3 bilhões), em baixa de 5,8%, sobretudo por conta da retração na faixa de 30% para Estados Unidos, México, Canadá e Singapura, embora tenha havido mais negociações com América do Sul (12,9%), com destaque para Argentina, e Europa (16,4%).

Além disso, houve baixas em setores como máquinas para logística e construção civil (-26%), máquinas para petróleo e energia renovável (-7,9%) e máquinas para indústria de transformação (-11,8%).

Fabricantes de máquinas para bens de consumo, componentes e máquinas agrícolas, por sua vez, ajudaram a compensar essas baixas, com elevações no faturamento entre 2,5% e 17,2%.

"As exportações continuam como nosso ponto negativo, vamos dizer assim, acumulando uma queda de 5,8% este ano, mas a nossa expectativa é de uma melhora nesses valores ao longo do ano e que encerre ao redor de valores próximos do que a gente tinha no ano passado", disse a diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq. 
Consumo aparente e aumento das importações

Em março, dos R$ 24 bilhões de receita líquida, R$ 18 bilhões foram por conta do faturamento obtido como mercado interno. Montante que ajudou a impulsionar quase R$ 34 bilhões de consumo aparente, que também considera o volume de importações, e que fechou com alta de 16,8%.

A elevação, no entanto, também preocupa, porque também subiu o quanto se gastou com tecnologias estrangeiras, sobretudo a China.

No primeiro trimestre, as importações avançaram 30% em faturamento e ocupam quase a metade do consumo de máquinas do país - subiram de 45% em 2024 para 48% em 2025.

Segundo os especialistas, isso evidencia uma dificuldade das indústrias brasileiras em concorrer com outras nações diante de desafios como taxa de juros elevada, problemas de infraestrutura, elevação de custos no transporte e sistema tributário.

A queda de 7,4% nos preços dessas máquinas, por conta da desvalorização do real, também é um dos fatores apontados.

Agrishow aposta em máquinas com mais tecnologia para melhorar a produtividade no campo

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PIB dos EUA tem queda de 0,3% nos primeiros meses do mandato de Trump

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Presidente diz que resultado 'não tem nada a ver' com seu tarifaço. Ele acaba de completar 100 dias no cargo, em meio a crescente desaprovação dos americanos em relação à sua gestão da economia.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 30 de Abril de 2.025 às 10h55m

$.#  Postagem  Nº     1.005  #.$

Trump anuncia tarifas recíprocas — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Trump anuncia tarifas recíprocas — Foto: REUTERS/Carlos Barria

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve queda de 0,3% em taxa anualizada no primeiro trimestre, após aumentar 2,4% nos últimos três meses de 2024, de acordo com dados preliminares do Departamento do Comércio dos EUA.

🔎A taxa anualizada mostra como a economia cresceria em um ano se o ritmo atual for mantido. Essa medida é usada para facilitar a comparação com o crescimento de outros períodos.

O resultado contraria as primeiras expectativas dos analistas, que previam uma alta de 0,3% para o período, e foi puxado por uma grande quantidade de bens importados por empresas que queriam evitar custos mais altos da política de tarifas anunciada pelo presidente dos EUA.

A pesquisa, porém, foi concluída antes da divulgação do Censo do Departamento de Comércio dos EUA, na terça-feira (29). O documento apontou um déficit comercial (ou seja, importações maiores do que exportações) em março, à medida que as empresas intensificaram os esforços para comprar mercadorias do exterior antes que as tarifas de Trump passem a valer.

Trump, que acaba de completar 100 dias no cargo, tem visto crescer a desaprovação dos norte-americanos sobre sua gestão à frente da maior economia no mundo. Trump venceu as eleições em novembro passado devido à angústia dos eleitores, especialmente sobre a inflação.

Como mostrou a Reuters, a confiança do consumidor está próxima dos níveis mais baixos em cinco anos e o sentimento empresarial despencou. As companhias aéreas citam incerteza devido às tarifas, e economistas alertam que elas aumentarão os custos para empresas e famílias.

Donald Trump completa 100 dias de governo nos EUA

Tarifaço mostra resultados ruins

Apesar de Trump ver as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita das contas públicas norte-americanas, compensar os cortes de impostos prometidos durante sua campanha e reviver a economia dos EUA, que está em declínio há muito tempo, os indicadores não trazem perspectivas tão otimistas.

Nesta quarta-feira, Trump afirmou que a contração da economia americana "não tem nada a ver" com as suas tarifas sobre importações e que os índices vão prosperar quando elas entrarem em vigor.

"Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro. As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes. Nosso país prosperará, mas precisamos nos livrar do 'excesso' de Biden", escreveu Trump nas redes sociais.

"Isso levará um tempo, não tem NADA A VER COM TARIFAS, apenas que ele nos deixou com números ruins, mas quando o boom começar, será como nenhum outro. SEJAM PACIENTES!!!", completou.

Publicação de Donald Trump em seu perfil no Truth Social nesta quarta-feira (30). — Foto: Reprodução/ Truth Social
Publicação de Donald Trump em seu perfil no Truth Social nesta quarta-feira (30). — Foto: Reprodução/ Truth Social

O presidente americano vem anunciando uma série de tarifas desde que chegou ao cargo. Primeiro, foram taxas a países e produtos específicos. No início do mês, vieram as chamadas "tarifas recíprocas", que atingiram, de forma abrangente, mais de 180 países.

A repercussão foi ruim desde o início, em especial depois que a disputa escalou contra os chineses.

Recentemente, Trump passou a ser pressionado para rever a política de taxas. Na terça-feira, ele assinou uma ordem para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo, oferecendo um conjunto de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças.

A mudança foi anunciada no mesmo dia em que Trump viajou para Michigan, berço da indústria automotiva dos EUA, e poucos dias antes da entrada em vigor de uma nova rodada de tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas.

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terça-feira, 29 de abril de 2025

Dólar tem 8ª queda seguida e fecha a R$ 5,63, com possível alívio nas tarifas dos EUA; Ibovespa sobe

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A moeda norte-americana recuou 0,31%, cotada a R$ 5,6305. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 0,06%, aos 135.093 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 29 de Abril de 2.025 às 11h00m

$.#  Postagem  Nº     1.004  #.$

Notas de dólar. — Foto: Luisa Gonzalez/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Luisa Gonzalez/ Reuters

O dólar engatou a 8ª queda consecutiva nesta terça-feira (29) e fechou cotado a R$ 5,63, menor valor desde o salto da moeda após o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhado em 2 de abril.

No dia seguinte à medida, o dólar encerrou a R$ 5,62. A partir de então, disparou, até alcançar os R$ 5,99 em 8 de abril. Já nos últimos dias, sinais de um possível alívio nas tarifas têm colaborado com o recuo moeda. (veja no gráfico abaixo)

Ao longo da sessão desta terça-feira, investidores analisaram os sinais de progresso nos acordos tarifários entre os EUA e seus parceiros comerciais. Diversos indicadores econômicos também foram observados.

Na véspera, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que entre 15 e 18 países já estão em negociações com os EUA, e que o país deve assinar o primeiro acordo entre essa semana e a próxima.

Apesar de a afirmativa ter recebido contestação de outros líderes do mundo, a leitura de que o governo Trump tem utilizado um tom mais brando para abordar a política tarifária do republicano tem trazido alívio aos mercados.

Agora, investidores aguardam sinalizações mais concretas sobre as negociações comerciais, principalmente no que diz respeito à China.

Nas últimas semanas, o republicano mais de uma vez se disse disposto a fazer um acordo comercial com a China, indicando que está em contato com o presidente chinês, Xi Jinping, para discutir a troca de tarifas entre os dois países.

E, apesar de a China ter negado que esteja conversando com o presidente norte-americano, notícias de que o país asiático teria suspendido as tarifas em alguns produtos norte-americanos importados, reacenderam as esperanças de um alívio nas tensões.

Na agenda de indicadores, o mercado segue monitorando uma série de dados econômicos norte-americanos, em busca de sinais sobre os impactos do tarifaço de Trump na economia dos EUA.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

O dólar caiu 0,31%, aos R$ 5,6305. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6203. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • recuo de 0,99% na semana;
  • queda de 1,32% no mês; e
  • perda de 8,89% no ano.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,68%, cotado a R$ 5,6480.

📈Ibovespa

O Ibovespa avançou 0,06%, aos 135.093 pontos.

Com o resultado, o índice acumulou:

  • alta de 0,26% na semana;
  • avanço de 3,71% no mês; e
  • ganho de 12,31% no ano.

Na véspera, o índice fechou em alta de 0,21%, aos 135.016 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Os sinais de progresso nos acordos tarifários entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais continuam a direcionar as negociações cambiais e nas bolsas de valores pelo mundo.

Na véspera, o secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o governo Trump irá anunciar nesta terça-feira (29) medidas para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo.

Além disso, Bessent, o secretário do Tesouro, disse que ao menos 15 negociações estão em andamento, indicando que o primeiro acordo deve ser assinado pelos EUA até a próxima semana.

A sinalização foi bem recebida pelo mercado, que agora aguarda indicações mais concretas sobre qual será o resultado dessas negociações e o quanto ela poderá ou não afetar a economia dos Estados Unidos.

Além disso, os desdobramentos da guerra comercial do país com a China também seguem no radar. Os agentes econômicos esperam uma resolução entre EUA e China, mas um eventual acordo permanece incerto, principalmente devido às falas contraditórias dos dois países sobre a possibilidade de negociação.

Nas últimas semanas, os governos dos EUA e da China têm dado sinalizações controversas ao mercado: enquanto Trump garante que tem conversado com Jinping para tratar sobre as tarifas, o líder chinês nega as tratativas.

"Gostaria de reiterar que a China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre a questão das tarifas", disse Guo Jiakun, porta-voz do ministério das relações exteriores. "Se os EUA realmente quiserem resolver o problema por meio de diálogo e negociação, devem parar de ameaçar e chantagear [a China]."

Na véspera, o país asiático chegou a adotar uma postura mais cautelosa ao falar sobre as tarifas, tentando amenizar as preocupações de que as taxas possam inviabilizar os esforços para sustentar a recuperação econômica chinesa.

Já nesta terça-feira, o embaixador de Pequim na Índia, Xu Feihong, afirmou que o país não vai praticar "dumping" (prática de vender produtos a preços mais baixos) com seus produtos em outros países devido à guerra comercial e tarifária com os EUA.

As afirmações vieram em uma tentativa de acalmar os temores de que produtos chineses baratos inundarão outros mercados e prejudicarão a concorrência e a produção de outros países.

Agenda econômica

A agenda econômica, que promete ser bastante movimentada nesta semana, também fica no radar.

Nesta terça-feira (29), um relatório do Censo do Departamento de Comércio indicou que o déficit comercial (ou seja, importações maiores do que exportações) dos EUA atingiu um recorde em março, a US$ 162 bilhões (R$ 914,8 bilhões, um aumento de 9,6%) à medida que as empresas intensificaram os esforços para comprar mercadorias do exterior antes que as tarifas de Trump passem a valer.

O resultado indica que o comércio pode ser um obstáculo para o crescimento do país e fez com que economistas reajustassem suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o último trimestre, passando a indicar um declínio mais acentuado. No 4º trimestre de 2024, a economia norte-americana havia crescido 2,4%.

Ainda nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor registrou uma queda em abril, para o menor nível em quase cinco anos, enquanto o número de vagas de trabalho abertas recuou para o menor patamar desde setembro.

"Uma série de indicadores econômicos apontaram para uma economia mais fraca [nos EUA] na primeira metade de 2025", afirmou o economista-chefe do Comerica Bank, Bill Adams, à Reuters.

O economista reforça que, a menos que algo mude rapidamente para tranquilizar os norte-americanos de que a economia dos EUA ficará bem, a tendência é de uma piora no cenário, impulsionado pela redução do consumo e dos investimentos.

Além disso, dados do Banco Central Europeu (BCE) indicaram que houve um crescimento no volume de empréstimos para empresas da zona do euro em março, indicando que os cortes de juros promovidos pela instituição impulsionaram a atividade antes de os EUA iniciarem uma guerra comercial global.

Outra pesquisa da instituição mostrou que as expectativas de inflação da zona do euro aumentaram, também em reflexo das políticas tarifárias de Trump.

Investidores também aguardam novos dados do relatório de emprego Jolts, dos EUA, além de um indicador de confiança do consumidor.

Por aqui, na véspera, o boletim Focus, relatório que reúne as projeções de diversos indicadores econômicos, apontou que os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação de 2025 pela segunda semana consecutiva, de 5,57% para 5,55%.

Dados de emprego da Pnad, do IBGE, devem ser divulgados amanhã.

Com informações da agência de notícias Reuters.

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terça-feira, 22 de abril de 2025

Dólar opera em baixa, com atrito entre Trump e Fed ainda no radar; Ibovespa sobe

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Na última quinta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,03%, cotada a R$ 5,8042. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 1,04%, aos 129.650 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 22 de Abril de 2.025 às 09h30m

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Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

O dólar opera em baixa nesta terça-feira (22), na volta do pregão brasileiro após um feriado prolongado. Apesar dos mercados estarem fechados, porém, novas falas do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repercutem entre os investidores desde o fim da semana passada e geram maior cautela com os ativos de risco.

Depois de criticar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na quinta-feira (17) e afirmar que, se pedisse, Jerome Powell deixaria o comando da instituição, o entorno de Trump voltou a falar sobre o banqueiro central.

Na sexta (18), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, foi questionado por repórteres se Trump planejava demitir Powell da presidência do Fed e respondeu que o presidente e sua equipe estavam "estudando" as opções.

A legislação americana não permite que Trump demita o presidente do Fed, mas a ameaça repercutiu negativamente nos mercados financeiros globais, que valorizam os bancos centrais independentes.

"A independência do banco central é importante para que a instituição não tome decisões com base no populismo, mas sim tentando assegurar uma economia saudável no médio e longo prazo, e não apenas no curto prazo para beneficiar o presidente da vez", explica o analista de investimentos Vitor Miziara.

Luan Aral, especialista em câmbio da Genial Investimentos, comenta que, além da estabilidade da inflação, a autonomia do banco central também é importante para manter a confiança do mercado, principalmente em anos eleitorais.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

Às 14h10, o dólar caía 1,32%, cotado a R$ 5,7278. Veja mais cotações.

Na última quinta-feira (17), a moeda americana teve queda de 1,03%, cotada a R$ 5,8042.

Com o resultado, acumulou:

  • recuo de 1,14% na semana;
  • ganho de 1,73% no mês; e
  • perda de 6,08% no ano.

📈Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,65%, aos 130.487 pontos.

Na quinta, o índice teve alta de 1,04%, aos 129.650 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

  • alta de 1,54% na semana;
  • recuo de 0,47% no mês; e
  • ganho de 7,79% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O mercado financeiro continua operando de olho na relação entre Donald Trump e o presidente do Fed, Jerome Powell.

Na última sexta, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que Trump e sua equipe estão "estudando" a opção de demitir Powell, ao ser questionado por um repórter sobre essa possibilidade.

Trump, porém, não pode demitir diretamente o chefe do Fed. Para isso, um processo teria de ser aberto para comprovar que quem está no comando do BC americano cometeu alguma irregularidade grave durante seu mandato.

Segundo especialistas, a credibilidade do Fed como o banco central mais poderoso do mundo se baseia em grande parte em sua independência histórica para agir sem influência política, e uma tentativa de remover Powell do cargo poderia perturbar ainda mais os mercados, já afetados pelo tarifaço.

"Uma eventual tentativa de reestruturar completamente o comitê de política monetária representaria um risco institucional significativo", disse a XP Investimentos, em relatório.

Na quinta-feira passada, Trump já havia gerado barulho nos mercados após chamar Powell de "atrasado e errado", Trump ainda reclamou do tempo que falta para que o mandato do banqueiro central à frente do Fed seja concluído, dizendo que esse momento "não chega rápido o suficiente".

Os mandatos de presidente e vice do Fed têm duração de quatro anos. Powell deve deixar o cargo somente daqui a um ano, em maio de 2026.

Trump também chegou a afirmar a jornalistas que Powell deixaria o cargo caso fosse solicitado e reiterou que o banqueiro central deveria promover novos cortes de juros no país — o que foi negado por Powell.

As taxas de juros nos EUA estão, atualmente, entre 4,25% e 4,50% ao ano — um patamar alto para os padrões de juros do país — e Trump já criticou essa política monetária em diversas ocasiões, desejando o corte dos juros.

  • 🔎 Isso porque juros altos são uma ferramenta para controlar a inflação, já que encarecem a tomada de crédito pela população e pelas empresas e, assim, impacta os níveis de consumo e investimentos da economia, reduzindo a pressão sobre os preços.
  • ⚠️ No entanto, com menor consumo, a atividade econômica tende a desacelerar, afetando o crescimento da economia do país.

A renovação do mau humor de Trump com Powell ocorreu após o presidente do Fed criticar o tarifaço imposto pelo republicano.

Segundo Powell, a guerra tarifária iniciada pelos EUA pode dificultar o trabalho do BC americano, que toma suas decisões sempre guiado pelo objetivo de controlar a inflação e fortalecer o mercado de trabalho.

As tarifas maiores podem encarecer os custos de produção no país e esses preços tendem a ser repassados para o consumidor, impactando a inflação.

Além do atrito entre Trump e Powell, novos desdobramentos do tarifaço também repercutem.

Nesta terça, o vice-presidente dos EUA. J.D. Vance, disse que o país e a Índia chegaram aos termos finais de referência para um acordo comercial que pode evitar as tarifas recíprocas cobradas pelo governo Trump.

Vance afirmou que o "futuro do século XXI será determinado pela parceria entre EUA e Índia" e que "se a Índia e os EUA não trabalharem juntos, o século 21 será um período sombrio para o mundo".

Embora não tenha dado tantos detalhes, Vance indicou que o acordo pode ser influenciado, sobretudo, por parcerias nas áreas de energia e defesa.

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