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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Petrobras tem lucro líquido de R$ 36,6 bilhões em 2024, queda de 70% em relação a 2023

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Segundo a petroleira, o recuo ocorreu por um efeito contábil, devido à variação cambial das dívidas entre a companhia e suas subsidiárias no exterior.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 26 de Fevereiro de 2.025 às 09h40m

$.#  Postagem  Nº     0.974  #.$

Fachada do prédio da Petrobras, no Centro do Rio — Foto: Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo
Fachada do prédio da Petrobras, no Centro do Rio — Foto: Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 36,6 bilhões em 2024, queda de 70,6% em relação a 2023, informou a estatal nesta quarta-feira (26). Segundo a petroleira, o recuo ocorreu "por eventos exclusivos, em maior parte sem efeito no caixa da companhia".

O resultado da Petrobras em 2024 foi impactado principalmente por um item de natureza contábil: a variação cambial em dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior", disse o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo.

Tratam-se de operações financeiras entre empresas do mesmo grupo. Essas operações geram efeitos opostos que, ao final, se equilibram economicamente, explicou o executivo.

"A variação cambial nestas transações entra no resultado líquido da holding [controladora] no Brasil e [isso] impactou negativamente o lucro de 2024. Ao mesmo tempo, houve impacto positivo direto no patrimônio, acrescentou Melgarejo.

A queda de 70% no lucro da Petrobras vem após a estatal ter registrado, em 2023, o segundo maior lucro líquido de sua história, de R$ 124,6 bilhões.

Já no quarto trimestre de 2024, a empresa contabilizou um prejuízo líquido R$ 17 bilhões, ante lucro líquido de R$ 31 bilhões no mesmo período do ano anterior.

"Outro fator que afetou o resultado anual foi a adesão da Petrobras, em junho de 2024, ao edital de contencioso tributário", informou, em nota, a companhia.

O Conselho de Administração da empresa aprovou, no dia 17 de junho, a adesão a um acordo com o governo para encerrar uma disputa tributária envolvendo a empresa e a União. À época, a estatal previa um impacto de R$ 11 bilhões no lucro do segundo trimestre.

A disputa se referia a alguns tributos que, segundo a União, não foram pagos como deveriam ter sido entre os anos de 2008 e 2013: Cide e PIS/ Cofins.

O total do contencioso era de R$ 44 bilhões, mas a Petrobras obteve um desconto de 65% para aderir ao acordo e pagar a dívida — valor que ficou em R$ 19 bilhões.

"A decisão foi positiva e possibilitou o encerramento de relevantes disputas judiciais envolvendo afretamentos de embarcações ou plataformas e seus respectivos contratos de prestação de serviços, sem impacto relevante no caixa da companhia", disse a petroleira nesta quarta-feira, ao divulgar os resultados.

Reportagem em atualização.

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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Boletim Focus: economistas do mercado elevam estimativa de inflação para 2025 e 2026

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Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira. Analistas também mantiveram em 2,01% projeção de crescimento do Produto Interno Bruto neste ano.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
24/02/2025 08h29 
Postado em 24 de Fevereiro de 2.025 às 10h45m

$.#  Postagem  Nº     0.973  #.$

Os analistas do mercado financeiro elevaram, mais uma vez, as expectativas de inflação para este ano e para 2026.

As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras na última semana, constam do relatório "Focus" divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC).

➡️Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 5,60% para 5,65% na décima nona alta seguida. Com isso, segue acima e cada vez mais distante do teto da meta.

EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO DO MERCADO PARA 2025
EM % AO ANO


Fonte: BANCO CENTRAL

➡️Para 2026, a expectativa subiu de 4,35% para 4,40%. Foi o nono aumento consecutivo no indicador.

➡️Para 2027, a expectativa ficou estável em 4%.

➡️Para 2028, a expectativa recuou de 3,80% para 3,79%

  • Pelo sistema de metas, o BC tem de calibrar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo existente.
  • Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
  • Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação calculada em 12 meses até meados de 2026.
  • Desde janeiro, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e com o intervalo de tolerância.
  • Se a inflação ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
  • Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.

Com o estouro da meta de inflação de 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta ao ministro Haddad no início de janeiro – creditando o resultado a fatores como a forte atividade econômica, a queda do real e os extremos climáticos.

🔎Porque isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.





Julia Duailib comenta o protecionismo do Brasil e o impacto das tarifas na inflação

Taxa de juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram estável a projeção para a taxa básica de juros neste ano.

No fim de janeiro, o BC elevou os juros pela quarta vez seguida, para 13,25% ao ano. E também indicou que deve elevar novamente a taxa em março.

  • Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado para o juro básico da economia permaneceu em 15% ao ano.
  • Para o fim de 2026, o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano.
  • Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado continuou em 10,50% ao ano.
Produto Interno Bruto

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, a projeção do mercado ficou estável em 2,01%.

➡️O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2026, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro permaneceu em 1,70%.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2025 caiu de R$ 6 para R$ 5,99. Para o fim de 2026, a estimativa permaneceu também em R$ 6.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2025, a projeção subiu de US$ 76 bilhões para US$ 76,7 bilhões de superávit. Para 2026, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 78,3 bilhões para US$ 78,6 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa de ingresso permaneceu em US$ 75 bilhões.

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sábado, 22 de fevereiro de 2025

'Tarifaço' de Trump pode aumentar vinda de produtos chineses para o Brasil e impactar indústria; entenda

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Especialistas afirmam que um primeiro efeito seria a redução de preços para os consumidores. Mas, sem uma regulamentação adequada, a indústria nacional poderia ser prejudicada.
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Por Isabela Bolzani, g1

Postado em 22 de Fevereiro de 2.025 às 11h25m

$.#  Postagem  Nº     0.972  #.$

Imagem de arquivo, de 2019, mostra os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping. — Foto: Kevin Lamarque/Reuters/Foto de arquivo
Imagem de arquivo, de 2019, mostra os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping. — Foto: Kevin Lamarque/Reuters/Foto de arquivo

As ameaças de Donald Trump de impor tarifas a produtos importados tem deixado a indústria brasileira preocupada. Não apenas pela taxação em si, mas também porque essas medidas alteram a dinâmica do comércio global.

Um exemplo é a possível guerra comercial entre EUA e China, que voltou a ganhar força desde que Trump indicou que pretende impor um tarifaço sob a justificativa de proteger a indústria americana.

Em janeiro, o presidente americano anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses. Em resposta, a China também anunciou taxas mais altas para produtos americanos.

Segundo especialistas e representantes da indústria consultados pelo g1, o crescente atrito entre as duas potências pode abrir espaço para que o gigante asiático intensifique sua relação comercial com outros países — o Brasil, por exemplo.

O movimento nem seria novidade. Segundo Marcos Jank, professor sênior e coordenador do centro Agro Global do Insper, a China já se preparava para uma segunda guerra comercial com os EUA e agora adota uma visão mais estratégica, cautelosa e seletiva sobre o comércio mundial.

Nos últimos anos, a China diversificou bastante suas exportações, já sendo bem menos dependente dos EUA do que era em 2017. E ela tem buscado também uma maior aproximação dos emergentes, afirma.

Caso o movimento se concretize, a presença de produtos chineses no mundo deve crescer bastante. Em 2024, por exemplo, a China respondeu por 24,2% das importações brasileiras. Aumentando demais esse número, a economia e a indústria nacional precisarão reagir.

União Europeia, Índia e China reagem às tarifas recíprocas de Trump

Impactos para a indústria

Por um lado e em um prazo mais curto, a indicação de especialistas é que a maior presença da China no Brasil pode diminuir os custos para os consumidores. Isso porque a chegada de produtos chineses mais baratos obriga a indústria brasileira a baixar os preços para manter a competitividade no mercado.

O que acontece na prática é que a China já vem praticando preços muito abaixo dos preços de mercado em diversos segmentos. Vemos um dumping de produtos chineses no Brasil, mas isso tem prejudicado a produção local, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe.

Nesse sentido, apesar dos produtos mais baratos para os consumidores em um primeiro momento, representantes da indústria sinalizam que os efeitos na economia e nas cadeias produtivas podem ser mais negativos no país no médio e longo prazo.

Esses efeitos negativos viriam principalmente entre os setores de maior investimento por parte da China, como:

  • indústria de máquinas e equipamentos;
  • indústria têxtil e de confecção; e
  • indústria automobilística.

Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira da indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, o movimento já começa a ter efeitos no faturamento e no crescimento da indústria brasileira.

No setor de máquinas e equipamentos, por exemplo, o executivo explica que houve uma queda de mais de 8% do faturamento em 2024, enquanto o volume de importações cresceu 10% no mesmo período. E entre os importados, houve ainda um aumento de 33% dos produtos chineses vindos para o país.

Esses já são os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. E, nesse caso, o aumento das importações não são um bom sinal para a produtividade porque o consumo do setor também caiu, explica Velloso, indicando que esse quadro também indica uma piora das vendas de produtos brasileiros.

Esse cenário também é visto nos outros dois setores, que já estendem a briga por um ambiente com regras claras de competitividade no país há algum tempo. O exemplo mais recente foi a discussão sobre o que ficou chamado de imposto das blusinhas.

A cobrança de um imposto de importação de 20% para compras de até US$ 50 feitas no exterior começou em agosto do ano passado, após mais de um ano de negociações no governo.

A medida era amplamente defendida pelo setor têxtil, que pleiteava uma isonomia tributária e regulatória, em meio ao ganho da força de sites e aplicativos como Shein, Shoppee e AliExpress.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, o aumento de tarifas por parte dos Estados Unidos volta a acender o alerta para o setor de uma possível concorrência desleal.

Estamos sempre trabalhando em conjunto com os órgãos de controle das nossas fronteiras, e não só para importações convencionais, mas também para exportações que vêm pelas plataformas digitais internacionais, para garantir que todos estejam pagando os devidos impostos, assim como nós, diz.
Impacto na taxa de câmbio

Além dos impactos vindos da China, representantes da indústria também destacam os efeitos de um dólar mais forte em meio à imposição de tarifas por parte de Trump.

Essas medidas podem tanto deixar a produção mais cara para as indústrias que importam matérias-primas, como podem acabar encarecendo as taxas de juros no país e também afetar as indústrias que dependem do acesso que os consumidores têm ao crédito – como é o caso da indústria automobilística, por exemplo.

De maneira geral, a leitura de especialistas é que a imposição de tarifas por parte do governo dos Estados Unidos pode acabar encarecendo os produtos no país e pressionar a inflação, forçando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a subir os juros por lá.

Esse cenário tende a fortalecer o dólar frente a outras moedas e, nesse sentido, pode pressionar a inflação brasileira – o que também forçaria o Comitê de Política Monetária (Copom) a ser mais duro na condução dos juros por aqui.

Esse cenário também já é sentido por aqui. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Marcio de Lima Leite, as vendas financiadas do setor chegaram a cair para 30% em 2023 e encerraram o ano passado em 45% do total.

Esse ano temos um grande desafio que é fazer o mercado crescer sabendo que a taxa de juros e o custo de financiamento serão impactados. Além disso, ainda há muita insegurança e falta de previsibilidade nos acordos comerciais. O que acontecerão com os acordos? Serão mantidos, estreitados, alterados ou redirecionados?, disse Leite durante apresentação do resultado consolidado do setor de 2024.
Impacto macroeconômico

Os especialistas e representantes do setor consultados pelo g1 ainda destacam que o possível aumento no volume de produtos chineses do país também pode trazer efeitos macroeconômicos no longo prazo.

A primeira consequência disso tudo é a desindustrialização, porque se há produtos mais baratos vindos da China, eu vou importar. E isso já está acontecendo agora, com várias empresas anunciando grandes números de demissões, afirma Velloso, da Abimaq.

Nesse caso, além da perda de faturamento de diversos setores da economia brasileira, há também o risco de um aumento na taxa de desemprego e de uma redução dos investimentos no país.

Um exemplo desse cenário é o setor de fabricação de geradores eólicos. O segmento, que chegou a ter sete fabricantes no país, hoje tem apenas três.

Nesse sentido, parte das exigências feitas atualmente pelos representantes da indústria brasileira é a construção de uma agenda voltada para aumentar a competitividade brasileira no exterior.

A verdade é que nós não temos que ter apenas uma agenda contra aqueles que usam de mecanismos inadequados, mas também precisamos cuidar da nossa agenda de competitividade, para que também possamos aumentar nossa presença nos mercados internacionais, diz Pimentel, presidente da Abit.

O que esperar para os próximos meses?

Com uma série de medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, a leitura dos executivos consultados pelo g1 é que os próximos meses ainda guardam muita incerteza, principalmente sobre eventuais impactos diretos e indiretos no Brasil.

Há um risco de desaceleração mundial da economia, muita instabilidade e insegurança que podem acabar impactando diretamente o mercado brasileiro, diz Leite, da Anfavea.

Ele destaca, no entanto, que o país também tem grandes oportunidades pela frente, que podem acabar sendo positivas para a indústria.

O Brasil tem uma oportunidade muito grande de estreitar a relação com os principais países, podendo aproveitar esse momento para ter mais competitividade nas nossas exportações. É momento de ter calma, serenidade e entender as mudanças que estão acontecendo, completa o executivo.

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Dólar opera em queda e vai a R$ 5,68, após Trump sinalizar que novo acordo comercial com a China 'é possível'; Ibovespa oscila

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No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,66%, cotada a R$ 5,7261. Já o principal índice da bolsa de valores encerrou com um recuo de 0,95%, aos 127.309 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 20 de Fevereiro de 2.025 às 10h30m

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Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters

O dólar opera em queda nesta quinta-feira (20), conforme investidores avaliavam a possibilidade de um novo acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Na véspera, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que esse novo acordo com a China "é possível", destacando que o presidente chinês, Xi Jinping, pode visitar os EUA, mas sem dar mais detalhes sobre sua agenda.

As falas voltam a trazer a percepção de que o novo presidente dos EUA está usando as ameaças tarifárias feitas recentemente mais como uma tática de negociação do que como um plano concreto. (entenda mais abaixo)

Na agenda, os mercados repercutem novos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e monitoram a divulgação de balanços corporativos de grandes empresas brasileiras, referentes ao 4º trimestre de 2024.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera com volatilidade.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Dólar

Às 16h05, o dólar caía 0,48%, cotado a R$ 5,6988. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,6864. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,66%, cotada a R$ 5,7261.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,54% na semana;
  • recuo de 1,90% no mês; e
  • perdas de 7,34% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 0,06%, aos 127.232 pontos.

Na véspera, o índice teve baixa de 0,95%, aos 127.309 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,71% na semana;
  • ganho de 0,93% no mês;
  • alta de 5,84% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

As ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltaram a ficar no radar nesta quinta-feira (20).

Mesmo após o republicano afirmar, na véspera, que pretende anunciar mais tarifas "no próximo mês ou antes", as atenções ficaram com a sinalização de Trump de que um novo acordo comercial com a China "é possível".

A fala volta a trazer a percepção de que as várias ameaças tarifárias feitas por Trump desde o início de seu mandato são mais uma tática de negociação do que um plano concreto.

Isso traz certo alívio sobre os eventuais impactos que as tarifas teriam na inflação norte-americana e acaba fazendo o dólar perder fôlego frente a outras moedas globais. O movimento representa uma correção após as altas recentes do dólar ao redor do mundo, que vieram em meio aos temores de uma mudança de acordos geopolíticos.

Vale destacar, no entanto, que as últimas tarifas anunciadas por Trump à China, de 10% sobre os produtos importados do país pelos EUA, continuam a valer — apesar de outras medidas terem sido suspensas ou ainda estarem distantes da data estabelecida para ativação, o que abre espaço para negociações.

Assim sendo, o mercado segue atento a eventuais repercussões dessas novas medidas. Na véspera, por exemplo, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulgou a ata de sua última reunião de política monetária. Na ocasião, o comitê manteve inalterada a taxa básica de juros do país, na faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano.

O documento indicou que as propostas feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump em seus primeiros dias de governo já trouxeram preocupações sobre uma eventual alta da inflação no país, com empresas dizendo ao BC dos EUA que, em geral, esperam aumentar os preços para repassar aos consumidores os custos das tarifas de importação.

"Em particular, os participantes citaram os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política comercial e de imigração, a possibilidade de que os acontecimentos geopolíticos perturbem as cadeias de suprimentos ou gastos das famílias mais fortes do que o esperado", diz a ata.

Os dirigentes do Fed, na ata, ainda destacaram que alguns indicadores de expectativas de inflação, uma das maiores preocupações da instituição, "haviam aumentado recentemente", reforçando a leitura de que o BC norte-americano deve manter os juros elevados por mais tempo.

A inflação anual nos EUA atingiu 3,0% em janeiro, enquanto a meta do Fed é de 2,0%, os preços continuam sendo pressionados por um mercado de trabalho resiliente, com baixa taxa de desemprego, e a economia aquecida — o que gera maior demanda por bens e serviços e gera inflação.

Agenda macroeconômica

Na agenda de indicadores, o destaque fica com os novos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Trabalho do país, o número de solicitações teve uma leve alta de 5 mil na semana passada, para 219 mil pedidos.

O número ficou acima do esperado pelos analistas, de 215 mil solicitações, mas ainda representa um mercado de trabalho sólido nos EUA, o que reforça um juro mais alto por mais tempo por parte do Fed.

No Brasil, uma série de resultados corporativos ficavam no radar. Na véspera, a Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 694 milhões (aproximadamente R$ 4 bilhões). No mesmo período do ano anterior, a empresa havia reportado um lucro de US$ 2,4 bilhões (R$ 13,7 bilhões).

Com base nos resultados, a Vale aprovou US$ 1,984 bilhão (R$ 11,3 bilhões) em dividendos e juros sobre capital próprio, que serão pagos em março de 2025.

*Com informações da agência de notícias Reuters

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