A taxa de custódia era cobrada semestralmente, em janeiro e em julho. Agora, só será cobrada em três casos específicos. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Bruna Miato, g1 Postado em 31 de dezembro de 2024 às 08h35m $.# Postagem - Nº 0.944#.$
— Foto: Divulgação
Os títulos públicos do Tesouro Direto passam a ter um novo modelo de cobrança da taxa de custódia pela B3, a bolsa de valores brasileira, a partir desta terça-feira (31).
Taxa de custódia é uma tarifa cobrada por instituições financeiras para
guardar e administrar os ativos de seus clientes. No caso da B3, a taxa
cobrada para fazer a administração dos títulos do Tesouro é de 0,20% ao
ano sobre o valor dos títulos na carteira do cliente.
Antes, a taxa de custódia era cobrada semestralmente, em janeiro e em
julho. Ela é calculado diariamente sobre o valor dos títulos e, nesses
meses, o cliente paga a taxa proporcional ao período.
Agora, a partir de 31 de dezembro de 2024, a taxa de custódia só será cobrada em três casos específicos:
quando ocorrer uma venda antecipadado título (ou seja antes do prazo de vencimento);
quando chegar o prazo de vencimento do título;
quando o título realizar o pagamento de juros ao investidor, casos chamados de "eventos de custódia".
Marilia Fontes fala sobre qual o cenário dos investimentos em renda fixa para 2025
Na prática, a taxa continua sendo calculada diariamente, mas só será
cobrada e paga quando o investidor tiver alguma forma de crédito — ou
seja, receber algum dinheiro proveniente daquele investimento.
"Ainda que o investidor resgate o investimento antes da data programada
para o vencimento, irá pagar o valor da taxa proporcional ao período
investido", explica a B3.
A nova tarifação é válida para todos os títulos do Tesouro Direto
negociados na B3, com exceção do Tesouro Renda+(focado em prover uma
renda extra para a aposentadoria) e do Tesouro Educa+(focado em prover
uma auxílio financeiro para estudantes na faculdade), que têm formatos
de cobranças específicos.
A moeda norte-americana teve alta de 0,38% e fechou aos R$ 6,1773. O principal índice da bolsa opera fechou em alta de 0,26%, aos 121.078 pontos. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Alexandro Martello, g1 — Brasília 26/12/2024 10h18 Atualizado há 3 dias Postado em 30 de dezembro de 2024 às 11h15m $.# Postagem - Nº 0.943#.$
G1 em 1 Minuto: Senado aprova projeto do governo que limita crescimento do salário mínimo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai publicar um decreto presidencial nos próximos dias para corrigir o salário mínimo.
Segundo interlocutores do governo, o valor deve subir dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025.
Se esse valor for confirmado, o aumento será de R$ 106, o equivalente a 7,5%. Haverá aumento real, acima da inflação.
A correção valerá a partir de janeiro, com pagamento em fevereiro. A publicação do decreto deve ocorrer até 31 de dezembro.
O aumento do salário mínimo em 2025 já considera a nova fórmula que foi aprovada como parte do pacote de corte de gastos. Veja detalhes abaixo:
Com
a nova fórmula, a correção do salário mínimo para 2025 vai considerar a
inflação do INPC calculada em 12 meses até novembro (4,84%) e o
crescimento do PIB de dois anos atrás (3,2%). Mas, para limitar o
crescimento das despesas, passa a valer um teto de 2,5%, em vez dos 3,2%
que seriam usados pela regra anterior. Logo, o reajuste ficará menor do
que o previsto antes da aprovação do corte de gastos.
Em
valores: pela nova regra, o salário mínimo deve subir para R$ 1.517. Mas
fontes do governo afirmam que haverá um arredondamento para R$ 1.518.
Se
fosse mantido o critério anterior, sem o teto de 2,5%, o salário mínimo
subiria para R$ 1.528 (considerando o INPC de 4,84% e os 3,2%
referentes à variação do PIB de dois anos antes).
Conclusão: a nova regra causará uma perda de R$ 10 por mês em relação ao que vinha sendo estimado pelo governo.
Reajuste do salário mínimo deve ficar mais baixo do que o previsto
antes por causa do corte de gastos — Foto: Marcello Casal Jr./Agência
Brasil
Despesa menor em 2025
Como o salário mínimo é a referência no Brasil para corrigir também
aposentadorias e benefícios previdenciários, o governo deixará de pagar
cerca R$ 4 bilhões em 2025 com a mudança de regra.
Isso porque, de acordo com cálculos do governo, cada R$ 1 de aumento do
salário mínimo cria uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões.
A nova regra vai implicar em um crescimento menor do salário mínimo também nos anos seguintes.
Com
isso, os aposentados, pensionistas e beneficiados por programas
sociais, como o BPC, que não podem receber menos do que o mínimo, deixarão de receber R$ 110 bilhões até 2030.
Isso equivale a um terço da expectativa total de economia de dinheiro público no período: R$ 327,1 bilhões.
Referência para 59,3 milhões de pessoas
De acordo com uma nota técnica do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada em dezembro do
ano passado e atualizada em janeiro, o salário mínimo serve de
referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil.
Além dos trabalhadores que, por contrato, recebem um salário mínimo ou
múltiplos desse valor, há também as aposentadorias e benefícios
vinculados, como o BPC.
O salário mínimo também gera impactos indiretos na economia, como o
aumento do "salário médio" dos brasileiros e a elevação do poder de
compra do trabalhador.
De acordo com o Dieese, o pacote fiscal proposto pelo governo e
aprovado pelo Congresso traz uma série de impactos significativos tanto
para a economia quanto para a população, com efeitos já no curto prazo.
"Na
economia, a restrição ao aumento real do salário mínimo pode afetar o
consumo, já que a renda das famílias é um dos principais motores
econômicos, como é possível observar no resultado do PIB do 3º semestre
de 2024, por exemplo. Com menos dinheiro disponível, o consumo de bens e
serviços tende a cair, com consequências negativas sobre o crescimento
econômico", avalia o Dieese.
Resultado indica que receitas foram menores que as despesas; rombo tem que ser coberto pelas próprias empresas ou pelo Tesouro. Governo diz que números incluem impacto contábil de investimentos. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Mateus Rodrigues, Thiago Resende, g1 e TV Globo — Brasília 30/12/2024 08h39 Atualizado há 9 minutos Postado em 30 de dezembro de 2024 às 08h50m $.# Postagem - Nº 0.942#.$
As contas das empresas estatais chegaram ao fim de novembro com um déficit acumulado de R$ 6 bilhões em 2024, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (30).
Apenas no mês de novembro, o resultado contábil foi negativo em R$ 1,6 bilhão.
🔎 O termo "déficit"
significa que o gasto somado dessas estatais foi maior que a receita
que elas conseguiram gerar. Essa diferença pode ser coberta pelo caixa
das próprias empresas ou pelo Tesouro Nacional (o caixa central do
governo).
O resultado total do ano ainda não foi fechado, mas o rombo até novembro indica que esse será o pior resultado contábil das estatais na série histórica.
A comparação começa em 2009, há 15 anos, quando o cálculo mudou para
desconsiderar grandes empresas federais como Petrobras e Eletrobras.
Elas saíram do indicador porque têm regras diferenciadas e se assemelham
a empresas privadas de capital aberto.
O governo deve comentar os dados ainda nesta segunda.
Em nota divulgada sobre o tema no fim de outubro, o Ministério da Gestão e Inovação ressalvou que:
a estatística calculada pelo BC inclui, além das estatais federais, empresas públicas de estados e municípios;
algumas estatais federais lucrativas, como a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa não entram nesse cálculo;
parte
desse resultado negativo tem a ver com investimentos que foram
capitalizados em anos anteriores – ou seja, com a execução de obras e
serviços usando dinheiro poupado anteriormente –, e por isso não seria
necessariamente um "prejuízo";
o superávit (resultado positivo)
em anos anteriores foi resultado, em grande parte, de aportes do Tesouro
para investimento, ou seja, também veio do caixa central do governo.
"No ano em que há o recebimento desses recursos, o resultado primário
tende a melhorar substancialmente. No entanto, como os projetos de
investimentos são normalmente de longo prazo, eles se distribuem ao
longo dos anos subsequentes, gerando déficits sucessivos até a conclusão
do projeto em questão", afirmou o ministério na nota de outubro.
Segundo tabelas do Ministério da Gestão e Inovação, os maiores déficits no somatório do ano devem ser de:
Emgepron, ligada a projetos navais: - R$ 2,49 bilhões
Correios: - R$ 2,19 bilhões
Serpro, que atua no processamento de dados do governo: - R$ 590,43 milhões
Infraero, que gerencia aeroportos federais: - R$ 541,75 milhões
🔎 As
empresas estatais federais são aquelas que pertencem ao governo
federal. São mais de 100 e atuam em diversos setores, como
infraestrutura, telecomunicações e agropecuária.
Contas das estatais federais brasileiras devem fechar 2024 com o maior déficit em 15 anos
Especialistas apontam riscos fiscais
Especialistas ouvidos pelo g1nas
últimas semanas afirmam que, mesmo que sejam resultados de
investimentos, os déficits podem complicar a situação fiscal do país,
que já é difícil.
O economista da Inter.B Consultoria Cláudio Frischtak, por exemplo,
destacou que o déficit nas contas das estatais é pago por todos os
brasileiros.
"Basicamente,
esse déficit alguém tem que pagar. E quem vai pagar somos nós,
evidentemente, porque o governo não produz dinheiro. Isso fragiliza
ainda mais o arcabouço fiscal do governo, resultando em juros mais
elevados e câmbio mais estressado."
Gabriel Leal Barros, economista-chefe da Ryo Asset, também alertou para
a necessidade de uma política mais rigorosa na gestão das contas
estatais para evitar uma deterioração fiscal ainda maior.
"As projeções futuras reforçam a urgência de revisar gastos e adotar
uma política de controle mais eficiente para assegurar a
sustentabilidade financeira das estatais e, por consequência, da
economia brasileira".
Cepea-USP, em Piracicaba (SP), e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais apontam que setor recuperou preços com a demanda aquecida e deverá atingir R$ 598,4 bilhões. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 Piracicaba e Região 29/12/2024 08h04 Atualizado há 4 horas Postado em 29 de dezembro de 2024 às 12h05m $.# Postagem - Nº 0.941#.$
Colheita da soja, o carro-chefe das culturas de verão nos Campos Gerais — Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN
A cadeia da soja e do biodiesel desbancou a estimativa de queda,
recuperou os preços com a demanda nos mercados doméstico e externo e
poderá atingir R$ 598,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O
desempenho equivale representando a 23,2% do Produto Interno Bruto (PIB)
do agronegócio.
Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira
das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o setor apresentou de melhora
na renda e superou o nível pré-pandemia. A marca também equivale 5,1%
do PIB nacional em 2024.
“Apesar da estimativa de queda de 11,48% na renda real, a retração foi
amenizada graças à recuperação nos preços ao longo do período. A
recuperação de preços foi impulsionada por uma demanda aquecida, tanto
no mercado interno quanto no externo”, aponta o Cepea.
O comportamento da cadeia é de resilência, segundo o Cepea, porque
queda no PIB da cadeia da soja e do biodiesel, projetada em 6,00% em
2024, permanece, impactado pela quebra de safra, mas a indústria
conseguiu amortecer esses reflexos negativos com desempenhos positivos.
“Esse
resultado é reflexo da quebra da safra da soja, que levou a um recuo de
13,53% no PIB do segmento primário em comparação a 2023. Por outro
lado, o desempenho robusto da indústria de insumos, com aumento de
3,98%, e do segmento pós-porteira (+1,07%), com destaque para o
biodiesel [com alta de 23,23%, contribuiu para mitigar os impactos
negativos]. Segundo pesquisadores do Cepea e da Abiove, embora com PIB em
queda, a cadeia da soja e do biodiesel ainda irá agregar o segundo
maior volume de sua história”, observou os pesquisadores do setor.
Mercado de trabalho
A estimativa para o terceiro trimestre aponta uma redução de 2,64% no
número de trabalhadores da cadeia, totalizando 2,23 milhões de ocupados.
"Apesar disso, a cadeia manteve sua relevância no mercado de trabalho,
empregando 9,41% dos trabalhadores do agronegócio e 2,17% da força de
trabalho da economia brasileira. O segmento de agrosserviços apresentou
uma queda de 5,24% na ocupação, enquanto os segmentos de insumos
(+3,48%), primário (+1,67%) e a agroindústria (18,13%) mostraram
crescimento”, apontou.
Exportações
O valor das exportações da cadeia da soja e do biodiesel no terceiro
trimestre de 2024 foi de US$ 13,91 bilhões, uma queda de 12,57% em
relação ao mesmo período de 2023.
"O volume exportado cresceu 1,36%, enquanto os preços médios de
exportação recuaram 13,74%, pressionados pela maior oferta global de
soja e condições climáticas favoráveis em grandes produtores como EUA e
Rússia", aponta o relatório do Cepea.
China
A China se manteve como o principal destino, absorvendo 75,21% das
exportações de soja, 22,97% das exportações de óleo e 46,24% do total
exportado de biodiesel, glicerol e proteína de soja. A União Europeia e o
Sudeste Asiático também se destacaram.
Clima atrapalha e derruba produtividade da soja — Foto: Reprodução/TV TEM
Afinal, o que é o PIB do Agronegócio?
A professora da Esalq e pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada, Nicole Rennó Castro, explica, em publicação no site
do Cepea, que para calcular o PIB do Agro, são usadas informações
secundárias e oficiais do IBGE.
"O PIB do Agro é um conceito mais amplo e abrangente que o de
agropecuária, que engloba também atividades econômicas de outros setores
de atividade, indústria e serviços. Especificamente, o agronegócio é
definido como um setor econômico com ligações com a agropecuária",
explica.
O setor envolve a produção de insumos para a agropecuária, a própria
agropecuária, as agroindústrias de processamento dessas matérias-primas e
a distribuição e demais serviços necessários para que os produtos
agropecuários e agroindustriais cheguem ao consumidor final.
"O
setor “agronegócio” não é definido nas classificações de atividades
econômicas oficiais adotadas pelos órgãos responsáveis pelas contas
nacionais dos países (como o IBGE no Brasil), e, por isso, não há
estatísticas oficiais sobre o PIB (ou outros agregados, como o emprego)
desse setor", acrescenta a pesquisadora em artigo publicado no site do
Cepea.
"É importante enfatizar que o Cepea apenas aplica aos dados nacionais
um conceito que foi definido e é entendido, naturalmente com certas
diferenças, internacionalmente", conclui.
Nesta sexta, a moeda norte-americana subiu 0,26%, cotada a R$ 6,1932. O principal índice de ações da bolsa de valores fechou em queda de 0,67%, aos 120.269 pontos. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Redação g1— São Paulo 27/12/2024 09h00 Atualizado há 18 minutos Postado em 27 de dezembro de 2024 às 10h00m $.# Postagem - Nº 0.940#.$
Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters
O dólar subiu nesta sexta-feira (27) e fechou a semana com alta acumulada de 2%, cotado a R$ 6,19.
Além do persistente impacto dos cenários político e, sobretudo, fiscal,
o mercado repercutiu hoje os novos dados de inflação e emprego no
Brasil.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia oficial da inflação, registrou alta de 0,34% em dezembro,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As
projeções do mercado financeiro eram de uma alta superior, de 0,45%.
O IBGE também divulgou números do mercado de trabalho.O desemprego caiu a 6,1% no trimestre entre setembro e novembro,
de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
Contínua, atingindo o menor patamar da série histórica pelo segundo mês
consecutivo. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado.
Na última segunda-feira (23), Dino voltou a suspender o pagamento
dessas emendas por entender que as indicações não estavam obedecendo os
novos critérios de transparência definidos em decisões anteriores.
As emendas parlamentares são verbas previstas no Orçamento da União
pagas pelo governo para deputados e senadores, que repassam o dinheiro
para obras em seus estados. O STF vem restringindo, desde agosto, o
pagamento das emendas exigindo maior transparência para o uso das
verbas.
Diante do mesmo cenário, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda.
'Temos que corrigir essa escorregada que o dólar deu aqui', diz Haddad
Dólar
O dólar subiu 0,26%, cotado a R$ 6,1932. Na máxima do dia, chegou aos R$ 6,2147.Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
ganhos de 2% na semana;
alta de 3,21% no mês;
avanço de 27,63% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,38%, cotado a R$ 6,1773.
Ibovespa
O Ibovespa caiu 0,67%, aos 120.269 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,50% na semana;
perda de 4,30% no mês;
recuo de 10,37% no ano.
Na véspera, o índice encerrou em alta de 0,26%, aos 121.078 pontos.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Em um dia de menor movimento nos mercados pelo fim de ano, investidores repercutiram os mais recentes dados econômicos.
O resultado do IPCA-15 veio abaixo do esperado, mas mostrou que a prévia da inflação encerrou 2024 acima da meta doBanco Central do Brasil(BC). A meta é de 3%, mas é considerada formalmente cumprida se a
inflação oficial fechar o ano entre o intervalo de 1,50% e 4,50%.
Em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 0,62%, o IPCA-15 de
dezembro mostra uma desaceleração. O número também foi menor do que o
resultado de dezembro de 2023, quando teve alta e 0,40%.
Em geral, a alta no mês foi puxada pelos grupos de Alimentação e
Bebidas e Despesas Pessoais, principalmente, enquanto Habitação teve um
alívio com a energia elétrica residencial.
Enquanto isso, os números da PNAD Contínua mostram que o o país atingiu a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da pesquisa.
A queda da taxa em novembro foi de 0,5 ponto percentual (p.p.) em
relação ao trimestre anterior, terminado em agosto, quando era de 6,6%.
No mesmo período do ano passado, a desocupação atingia 7,5% da população
em idade de trabalhar (14 anos ou mais).
Ao todo, 6,8 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. Foi um recuo de 7% em relação ao trimestre anterior, e de 17,5% na comparação com 2023.
No Brasil, as preocupações com o quadro fiscal brasileiro e o
noticiário político também continuaram na mira dos mercados. Nesta
sexta, a Câmara enviou argumentos ao STF afirmando cumprir as regras
atuais ao destinar emendas parlamentares. O ministro Flávio Dino, porém,
ainda não se manifestou.
Mais cedo, o ministro deu um prazo de 10 dias para o governo federal
explicar por que o Ministério da Saúde, estados e municípios ainda não
estão adotando as regras adicionais de transparência para as emendas
parlamentares na área de saúde.
Na quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira,
convocou os líderes da Casa para uma reunião por videoconferência para
tratar da sucessão na mesa. A eleição deve acontecer em 3 de fevereiro.
Apesar de ser claro o incômodo dos líderes a respeito da decisão do
ministro do Supremo, Flávio Dino, de suspender o pagamento de R$ 4,2
bilhões em emendas parlamentares, Lira informou ao blog da Ana Florque "não há possibilidade de a Câmara fazer nada neste momento para reverter" a decisão.
Outra notícia que também ficou na mira dos investidores foi a
entrevista do ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha, à
"CNN Brasil". O ministro fez um balanço do governo em 2024 e indicou as
principais expectativas para 2025.
Segundo Padilha, a expectativa é que o Orçamento seja votado entre fevereiro e março.
"Estava
tudo pronto para ser votado, mas o relator usou como argumento o fato
de que as medidas que consolidam o marco fiscal têm de fato um impacto
sobre o detalhamento do Orçamento e a consultoria técnica da Comissão
precisava receber medidas primeiro e ver a sanção dela para, com esse
detalhamento, poder recalcular o que for necessário", disse o ministro
em entrevista.
Se confirmado o valor, o aumento será de R$ 106, o equivalente a uma
alta de 7,5%. A correção vale a partir de janeiro, com pagamento em
fevereiro do ano que vem.
Na semana passada, o Congresso concluiu a tramitação do pacote de cortes de gastos proposto pelo governo federal.
A ideia inicial era economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, e
um total de R$ 375 bilhões até 2030. Segundo cálculos do Ministério da
Fazenda, no entanto, as mudanças feitas pelo Congressodevem ter um impacto de R$ 2,1 bilhões, reduzindo a economia para R$ 69,8 bilhões.
Em café da manhã com jornalistas, na última sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as mudanças feitas pelos parlamentares não comprometem a conta final feita pelo governo.
"Fala-se
em 'desidratação', mas havia expectativa de parte dos analistas que
poderia haver 'hidratação'[aumento da potência dos cortes de gastos].
Os ajustes feitos na redação não afetam o resultado final. Mantém na
mesma ordem de grandeza os valores encaminhados pelo Executivo", afirmou
Haddad.
O mercado, mais uma vez, contesta os números. Para a XP Investimentos, o
potencial de economia fiscal recuou de R$ 52 bilhões para R$ 44
bilhões.
"Apesar
da direção correta, vemos o pacote como insuficiente para garantir o
atingimento das metas de resultado primário e, principalmente, a
manutenção do limite de despesas do arcabouço fiscal nos próximos anos",
diz um relatório da empresa.
O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o
déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto
que arrecada em 2024 e 2025. O arcabouço também estipula que o governo
deve começar a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, para
controlar o endividamento público.
O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos
estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência,
benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em
saúde e educação. Mas isso não aconteceu.
Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade
acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco
tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com
políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.
Segundo o blog do Valdo Cruz,
interlocutores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliam que o
governo precisa dar uma sinalização mais forte na área fiscal, incluindo
o anúncio de medidas adicionais às já anunciadas, para reverter de vez o
cenário negativo que reina no mercado neste fim de ano.