Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, nos últimos 30 anos, o mundo perdeu US$ 3,8 trilhões em produção agrícola e pecuária em consequência das catástrofes climáticas. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Jornal Nacional Postado em 30 de agosto de 2024 às 09h00m
$.# Postagem - Nº 0.882#.$Eventos climáticos extremos dificultam produção agrícola
Eventos climáticos extremos - como ondas de calor e secas - estão dificultando a produção agrícola no mundo todo.
O problema do preço do azeite da sua salada, que está caríssimo, começa no clima dos países do Mediterrâneo: Grécia, Espanha, Portugal. Na Puglia, principal região produtora da Itália,
a seca e o calor intenso castigaram as oliveiras. Ivano Gioffreda diz
que a produção deve cair 50% e que o futuro ali é incerto.
A falta de chuva também prejudica os agricultores, os pecuaristas e até os apicultores no México.
Adan Rescon é produtor de mel em Chihuahua, no norte do país. As
abelhas dele não encontram mais vegetação nos campos; vão procurar pólen
nas plantações e morrem com os pesticidas.
As temperaturas mais altas na Hungria estão deixando regiões que plantam uvas com clima tropical. E isso não é bom para a produção de vinhos. No Japão, o calor extremo ameaça as colheitas de arroz e até a saúde dos agricultores.
No Brasil,
as enchentes no Rio Grande do Sul carregaram toneladas de terra fértil,
e o solo vai ter que ser recuperado para uma nova safra de soja.
O mundo inteiro sente os efeitos das mudanças climáticas, e a agropecuária, que é uma grande indústria a céu aberto, é fortemente afetada. Uma estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura calculou o impacto das catástrofes climáticas. Nos últimos 30 anos, o mundo perdeu US$ 3,8 trilhões em produção agrícola e pecuária - mais de R$ 21 trilhões.
Eventos climáticos extremos dificultam produção agrícola em várias partes do mundo — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Suely Araújo, do Observatório do Clima, diz que todos os países,
inclusive o Brasil, devem reduzir as emissões de gases de efeito estufa -
que vêm das indústrias, do transporte e, também, do agronegócio.
"O
Brasil sabe trabalhar com agropecuária voltada ao baixo carbono. Então,
nós sabemos o caminho: plantio direto, rotação de pastagens, abate do
gado mais cedo, integração lavoura-pecuária-floresta. Tem caminhos para
isso”, afirma Suely Araújo, coordenadora de Políticas Públicas do
Observatório do Clima.
O pesquisador da Fundação Getúlio Vargas Felippe Serigati diz que as
mudanças no clima não têm causado queda na produção mundial, mas já
afetam a vocação agrícola de algumas regiões. Elas vão ter que cultivar
outros alimentos. Segundo ele, é preciso garantir a viabilidade das
culturas e o abastecimento de todas as populações com tecnologias que
ajudem o agronegócio a se adaptar às mudanças.
"Essas
tecnologias já estão disponíveis aqui no Brasil. O nosso desafio, em
geral, não é desenvolvê-las, mas sim disseminá-las. Seca, excesso de
chuva, geada, não escolhe o tamanho da propriedade, não escolhe se é
pequeno grande ou médio produtor. O que vai diferenciar, por exemplo, é o
tipo de tecnologia que aquele é produtor consegue adotar", diz Felippe
Serigati, pesquisador do FGV Agro.
No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,99%, cotada a R$ 5,5564, e o Ibovespa subiu 0,42%, aos 137.344 pontos, renovando seu recorde histórico. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 29/08/2024 09h01 Atualizado há 2 minutos Postado em 29 de agosto de 2024 às 09h30m
$.# Postagem - Nº 0.881#.$
— Foto: Pixabay
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (29), com investidores repercutindo novos dados da economia dos Estados Unidos divulgados hoje.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,0% no segundo trimestre, acima das projeções, de 2,8% e da primeira prévia, que mostrava uma alta de 1,4% da atividade econômica.
Também, o Departamento do Trabalho divulgou que os pedidos iniciais por seguro-desemprego da última semana foram 231 mil, menor que os 232 mil esperados e que os 233 mil da semana anterior.
Além disso, o mercado repercute novas falas de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Raphael Bostic, diretor do Fed de Atlanta (os Estados Unidos têm unidades regionais do seu BC), disse ontem que a inflação em queda e a taxa de desemprego acima do esperado indicam que pode ser "hora de agir" e cortar as taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.
O dirigente, porém, reforçou que quer ter mais clareza antes de tomar uma decisão que dê início ao ciclo de cortes, o que trouxe mais volatilidade ao mercado, apesar do presidente do Fed, Jerome Powell , afirmar na semana passada que "chegou a hora" de cortar os juros.
No Brasil, investidores seguem repercutindo a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central do Brasil(BC), ao comando da instituição.
Os novos dados da economia americana, além da declaração de Raphael Bostic, reascendem as dúvidas sobre o que vai acontecer na próxima reunião do Fed, que acontece em setembro.
O PIB maior que o esperado mostra uma economia ainda resiliente, na contramão dos temores mais recentes do mercado, que acreditavam que os Estados Unidos poderiam estar perto de uma recessão. Na mesma linha, o número de pedidos de seguro-desemprego abaixo do esperado também reforça uma persistência da atividade econômica.
Investidores ponderam que números melhores na economia podem levar o Fed a ter uma postura menos estimulante. A percepção geral do mercado é que, na próxima reunião, a instituição deve iniciar um ciclo de corte nos juros, mas há dúvidas sobre a magnitude desses cortes e quanto tempo vão durar.
Especialistas se dividem entre os que esperam um corte mais moderado, de 0,25 ponto percentual, e outros que projetam 0,50 ponto percentual.
Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, afirmou que "chegou a hora" de cortar os juros dos Estados Unidos, o que melhora as perspectivas para investimentos de risco no mundo todo. Ele não indicou qual será a magnitude de corte, mas disse que há um "amplo espaço" para isso.
"Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte, ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços", disse Powell, que também garantiu que a instituição "não busca e nem recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho".
Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre 5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.
Juros menores tendem a impulsionar a atividade econômica por baratear a tomada de crédito para pessoas e empresas. Além disso, a queda das taxas também diminui a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), considerados os mais seguros do mundo, o que beneficia ativos de risco, como mercados de ações e moedas de outros países.
Mas se os juros caírem menos que o esperado ou num ritmo mais lento, os mercados não ganham tanto impulso.
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, comenta que os dados de hoje não serão suficientes para diminuir as incertezas sobre o tamanho do corte na taxa de juros que iniciarão o ciclo de afrouxamento monetário em setembro.
"No momento, o mercado está atribuindo 67,5% de probabilidade para um corte de 0,25 ponto percentual e 32,5% para um corte de 0,50. Os números de inflação medida pelo PCE a serem divulgados amanhã certamente terão mais peso na eventual recalibragem das expectativas", diz Igliori.
Já na agenda econômica nacional, o destaque é a indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central (BC) na véspera. Galípolo atualmente faz parte da diretoria do BC.
A indicação foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.
"O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui de que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal o indicado dele para a Presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa a Diretoria de Política Monetária do Banco", declarou Haddad.
Haddad também explicou que, a partir do anúncio, o governo vai "começar a trabalhar para definir os três nomes que irão compor a diretoria até o final do ano".
Escolhido pelo presidente da República, Galípolo ainda precisa receber o aval do Senado Federal antes de assumir o cargo.
A indicação de Galípolo foi bem recebida por agentes do mercado financeiro. Desde sua nomeação para a diretoria, em maio do ano passado, especulava-se que ele poderia ser o futuro indicado de Lula à presidência da instituição.
O mercado, inclusive, desconfiou que a proximidade entre eles pudesse gerar interferência política nas decisões de taxa de juros do país. Mas a atuação e declarações de Galípolo em mais de um ano de BC deram algum conforto de que ele comandaria o BC com um olhar técnico.
Companhia revelou nesta quarta-feira (28) que teve ganhos de US$ 16,6 bilhões no período. Previsões para o 3º trimestre, no entanto, não empolgaram investidores. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 28/08/2024 19h28 Atualizado há 9 minutos Postado em 28 de agosto de 2024 às 19h45
Postagem - Nº 0.880
Escritores processam Nvidia por violar direitos autorais de obras para
treinar inteligência artificial — Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters
A fabricante de chips e semicondutores Nvidia estimou nesta quarta-feira (28) que suas receitas no terceiro trimestre devem chegar a US$ 32,5 bilhões.
A informação não impressionou investidores, que apostavam em números
mais altos — de olho no futuro da inteligência artificial (IA)
generativa. Como consequência, as ações da empresa caíram.
Os dados previstos para o terceiro trimestre foram divulgados junto com
o resultado financeiro da companhia entre maio e julho deste ano. No
período, a empresa teve ganhos de US$ 16,6 bilhões — uma alta de 168%em comparação com os mesmos meses do ano passado.
O resultado, no entanto, é muito menos expressivo do que o calculado no primeiro trimestre deste ano, quando o lucro da companhia subiu 628%em relação ao mesmo período de 2023.
Diante das novas divulgações, as ações da empresa tiveram um recuo de quase 3%nesta quarta. Por outro lado, os papéis ainda acumulam alta superior a 150% no ano.
Quem são os cinco novos bilionários brasileiros
De olho na fabricação de chips
Investidores têm grandes expectativas em relação à fabricante de chips,
após um aumento de mais de sete vezes no preço das ações da Nvidia
nos últimos dois anos. O movimento tornou a empresa uma das maiores
beneficiárias do rali de papeis vinculados à inteligência artificial.
A capacidade da companhia de superar estimativas, contudo, enfrenta
desafios cada vez maiores. Isso porque cada sucesso leva Wall Street, um
dos maiores centros financeiros do mundo, a elevar ainda mais suas
metas.
As vendas no segmento de data center da Nvidia cresceram 154%, para US$ 26,3 bilhões no segundo trimestre, acima das estimativas de US$ 25,15 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre, houve alta de 16%.
A empresa disse que espera vários bilhões de dólares em receita com
seus mais recentes chips Blackwell no quarto trimestre, enquanto
manifestou preocupações generalizadas sobre atrasos na produção.
O principal índice acionário da bolsa de valores fechou em queda de 0,08%, aos 136.776 pontos. O dólar fechou em alta de 0,18%, cotado a R$ 5,5021. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 27/08/2024 09h04 Atualizado há 02 horas Postado em 27 de agosto de 2024 às 11h05m
Postagem - Nº 0.879
O Ibovespa,
principal índice acionário da bolsa de valores, escorregou no fim do
pregão e fechou em baixa nesta terça-feira (27), mesmo com alta
considerável nas ações da Vale.
A empresa é uma das que tem o maior peso na composição do Ibovespa, e
suas ações subiram 3,01% após o anúncio do novo presidente da companhia.
Gustavo Pimenta, atual vice-presidente de Finanças e Relações com
Investidores, foi eleito por unanimidade para o comando da mineradora pelos conselheiros na noite de segunda-feira.
Na máxima do dia, o Ibovespa atingiu seu maior patamar durante o
pregão, com 137.213 pontos. Já o dólar fechou em alta, de volta à casa
dos R$ 5,50. (veja mais abaixo)
O mercado ainda repercute a expectativa de queda de juros nos Estados Unidos, somada à cautela por conta das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Também, nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15),
considerado a prévia oficial da inflação, subiu 0,19% em agosto, puxado pela alta nos preços da gasolina. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado.
Principal notícia corporativa do dia foi a eleição do novo presidente da Vale,
que vai assumir o comando em 2025. Gustavo Pimenta, atual
vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, foi eleito por
unanimidade pelos conselheiros.
Ele assumirá a vaga de Eduardo Bartolomeo, que está no comando da
mineradora desde março de 2019. Conforme o cronograma no processo de
sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de
dezembro de 2024.
Segundo a companhia, o novo presidente passará a comandar a Vale até 28
de fevereiro de 2025, assim que for cumprida a transição. Antes da
eleição, a companhia havia informado que o atual presidente seguiria no
comando até o fim de 2025.
A mineradora enfrentava há meses um processo turbulento de escolha do próximo presidente.O mandato de Bartolomeo venceu em maio deste ano,
mas foi estendido até dezembro, após o conselho ter ficado dividido
entre manter o presidente por mais um período ou abrir um processo para a
escolha de uma nova liderança.
O impasse no conselho sobre a sucessão da Vale ocorreu em meio a
notícias de que o governo federal estaria tentando emplacar um nome como
CEO da mineradora — o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi um dos
cogitados.
Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo foi colocado de "sobreaviso", caso Lula decida oficializar a sua indicação — que ainda terá de ser aprovada pelo Senado Federal.
Apesar de próximo de Lula e Haddad, Galípolo é um nome bem recebido
pelo mercado por já ter se mostrado técnico e comprometido com o combate
à inflação alta no país.
Na semana passada, em um discurso duro, ele afirmou que suas falas
recentes não colocaram o BC em um "corner" em relação ao que será feito
com a Selic em setembro, mas repetiu que a autarquia subirá a taxa básica se necessário.
Nos últimos dias têm ganhado força entre instituições financeiras a
avaliação de que o BC terá que subir a Selic em pelo menos 0,25 ponto
percentual em setembro mesmo em meio à relativa melhora do cenário
externo.
"A
atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil (...) Tem
mostrado bastante dinamismo", afirmou ele, durante participação em
evento de comemoração dos 125 anos do Tribunal de Contas do Estado do
Piauí, em Teresina (PI).
Taxas maiores aumentam a rentabilidade dos títulos públicos
brasileiros, o que atrai investidores estrangeiros e pode valorizar o
real em relação ao dólar.
Os juros também são um tema central na agenda dos investidores internacionais, sobretudo após o discurso do presidente do Fed,
Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole na sexta-feira. Ele afirmou
que "chegou a hora" de cortar os juros dos Estados Unidos, o que melhora
as perspectivas para investimentos de risco no mundo todo.
"Faremos tudo o que pudermos para apoiar um mercado de trabalho forte,
ao passo em que progredimos mais em direção à estabilidade de preços",
disse Powell, que também garantiu que a instituição "não busca e nem
recebeu bem uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho".
Os juros americanos estão no maior patamar em mais de 20 anos, entre
5,25% e 5,50% ao ano. E havia expectativa desde o início do ano para o
momento em que o Fed fosse iniciar o ciclo de redução das taxas.
Depois de vários adiamentos por conta dos dados mais fortes de inflação
e atividade da economia americana, o mercado de trabalho dos EUA
começou a mostrar um desaquecimento no início deste mês e os resultados
de inflação voltaram a mostrar que os preços estão mais comportados.
Com isso, Powell afirmou na sexta-feira que o atual nível das taxas de
juros dá "amplo espaço" para que o Fed responda aos riscos, inclusive os
números baixos de emprego. Essa afirmação joga ainda mais luz a uma
dúvida que tomou os mercados nas últimas semanas: qual será a magnitude
do corte promovido pelo Fed em sua próxima reunião.
Por fim, as tensões no Oriente Médio também continuam no radar do
mercado. No domingo (25), Israel declarou emergência e lançou ataques ao
sul do Líbano após identificar uma ofensiva do grupo terrorista
Hezbollah. Como a região é a mais importante produtora de petróleo do
mundo, a commodity começou a semana com altas de quase 3%.
Apesar da troca de ataques intensos, como mostra o blog da Sandra Cohen, os dois lados calibram suas reações para evitar uma escalada maior do conflito.