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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Taxa média de desemprego cai para 7,8% em 2023, menor patamar desde 2014, diz IBGE

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População desocupada média foi de 8,5 milhões de pessoas em 2023, uma redução de 17,6% em relação ao ano anterior. No último trimestre do ano, a taxa de desocupação ficou em 7,4%.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 31 de janeiro de 2024 às 11h00m

            Post. N. =  0.772           

Carteira de Trabalho e Previdência Social — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Carteira de Trabalho e Previdência Social — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

taxa de média de desemprego no Brasil foi de 7,8% em 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em dezembro, a taxa foi de 7,4%. (saiba mais abaixo)

Esse é o menor patamar desde 2014, quando a taxa foi de 7%. O resultado também representa uma desaceleração em relação aos números registrados em 2022, quando a taxa média de desemprego foi de 9,3%.

"O resultado anual é o menor desde 2014, confirmando a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da Covid-19", afirmou o IBGE, em nota.

A população desocupada média em 2023 foi de 8,5 milhões de pessoasTrata-se de uma redução de 17,6% em relação ao ano anterior (10,2 milhões).

Já a população ocupada média chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, também um recorde da série histórica do IBGE. O resultado representa uma alta de 3,8% em relação a 2022 (96,9 milhões).

O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,6% em 2023, uma alta de 1,6% em relação ao ano anterior.

Em relação ao tipo de emprego, os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram alta de 5,8% no ano, mais um recorde histórico com uma média de 37,7 milhões de pessoasOs registrados representaram 73,8% dentre os empregados do setor privado, estabilidade contra 2022.

Os empregados sem carteira assinada no setor privado foram 13,4 milhões de pessoas em média, também recorde e com um aumento de 5,9%.

O número de trabalhadores domésticos foram 6,1 milhões de pessoas em média (alta de 6,2%).

Os informais chegaram a uma média de 39,4 milhões de trabalhadores, com taxa de informalidade de 39,2%. Já a população desalentada teve média de 3,7 milhões de pessoas (redução de 12,4%).

Rendimento médio em alta

Depois de dois anos de queda, o rendimento médio real habitual teve alta de 7,2% em 2023, e passou a R$ 2.979.

É o maior valor desde 2020, quando as estatísticas de renda foram distorcidas pela pandemia de Covid-19. Naquele ano, trabalhadores de salários menores foram excluídos do mercado de trabalho, com a destruição de vagas de trabalho presenciais, em virtude do isolamento social.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 295,6 bilhões, recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 11,7% frente ao ano anterior.

Estamos vendo uma recuperação do mercado de trabalho, diz Ana Flor sobre recuo do desemprego

Desemprego no último trimestre

No último trimestre do ano passado, encerrado em dezembro, a taxa de desocupação foi de 7,4%, um recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre julho e setembro.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre julho e setembro, o período traz redução de 0,3 ponto percentual (7,7%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 7,9%. É a menor taxa trimestral desde janeiro de 2015. Já para um trimestre encerrado em dezembro, desde 2014.

Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados teve queda de 2,8% contra o trimestre anterior, atingindo 8,1 milhões de pessoas. O país chegou ao menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em março de 2015.

No trimestre, houve crescimento de 1,1% na população ocupada, que chegou ao recorde de 101 milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 1,6%, com mais 1,6 milhão de pessoas ocupadas.

Assim, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,6%, alta de 0,5 p.p. no trimestre. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a alta é de 0,4 p.p.

O número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 0,8% no trimestre, estimado em 109,1 milhões. A população fora da força totalizou 66,3 milhões, uma redução de 0,8% no período.

Veja os destaques de dezembro

  • Taxa de desocupação: 7,4%
  • População desocupada: 8,1 milhões de pessoas
  • População ocupada: 101 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,3 milhões
  • População desalentada: 3,5 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,9 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,6 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 6 milhões
  • Trabalhadores informais: 39,5 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,1%

Com 37,9 milhões de trabalhadores no setor privado com carteira assinada, o contingente foi recorde da série histórica, desde 2012. Houve alta de 1,6% no trimestre e de 3% na comparação anual.

Empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões), trabalhadores por conta própria (25,6 milhões), o de empregadores (4,2 milhõese o de empregados no setor público (12,2 milhões) ficaram estáveis na medição de dezembro.

Já o número de trabalhadores domésticos (6 milhões) teve alta de 3,8% contra o trimestre anterior e de 3,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior, e passou a R$ 3.032. No ano, o crescimento foi de 3,1%. "Houve aumento no grupamento Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2%). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa", destaca o IBGE.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 301,6 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 2,1% frente ao trimestre anterior, e cresceu 5% na comparação anual.

* Colaborou Bruna Miato

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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Criação de empregos formais desacelera pelo segundo ano seguido e soma 1,48 milhão em 2023

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Números do Caged foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, nesta terça-feira (30). Na comparação com 2022, houve queda de 26,3% na criação de postos de trabalho com carteira assinada.
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Por Alexandro MartelloLais Carregosa, g1 — Brasília

Postado em 30 de janeiro de 2024 às 14h55m

            Post. N. =  0.771           

A economia brasileira gerou 1,48 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, informou nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho.

Ao todo, segundo o governo federal, no ano passado foram registradas:

  • 23,257 milhões de contratações;
  • 21,774 milhões de demissões.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os números representam uma queda de 26,3% em relação ao ano de 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de postos de trabalho.

Criação de empregos formais
-191.943-191.9432.780.1552.780.1552.013.2612.013.2611.483.5981.483.5982020202120222023-500k0500k1.000k1.500k2.000k2.500k3.000k
Fonte: Ministério do Trabalho

Segundo o ministro, a meta não se concretizou por um saldo menor que o esperado nos meses de setembro, outubro e novembro.

"Relutei muito ano passado em projetar quanto que seria o número de empregos e, do jeito que vinha, os juros e tal, temia que que a gente não chegasse no patamar que chegamos. Acabamos falando na ordem de 2 milhões um pouco para mostrar: 'vamos vender boas notícias para estimular o conjunto da população, o empresariado enfim'", declarou.

O ministro, contudo, disse considerar o resultado de 2023 como "razoável". De acordo com Marinho, o nível da taxa básica de juros na economia, a taxa Selic, e o endividamento são fatores que afetaram a criação de empregos no ano.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.

Os números oficiais mostram que, somente em dezembro do ano passado, as demissões superaram as contratações em 430.159 vagas formais.

Normalmente, há demissões no último mês de cada ano por causa da sazonalidade do comércio. O governo também tem observado demissões no setor público, principalmente nas áreas de educação e saúde, com o encerramento de contratos temporários.

  • Ao final de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 43,92 milhões de empregos com carteira assinada.
  • O resultado representa alta na comparação com dezembro do ano anterior (42,44 milhões).
Empregos por setor

Os números do Caged de 2023 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia.

Empregos por setor
Abertura de vagas em em 2023
Total

886.223886.223127.145127.145158.940158.940276.528276.52834.76234.762ServiçosIndústriaConstruçãoComércioAgropecuária0200k400k600k800k1.000k
Fonte: Ministério do Trabalho

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no ano passado.

Empregos por região
Vagas criadas em 2023
Em milhares

726.327726.327298.188298.188197.659197.659155.956155.956106.375106.375SudesteNordesteSulCentro-OesteNorte0200k400k600k800k
Fonte: Ministério do Trabalho

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.026,33 em dezembro do ano passado, o que representa redução em relação a novembro (R$ 2.032,85).

Na comparação com dezembro de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.986,15.

Caged x Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, e não incluem os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre móvel terminado em novembro. Foi a menor desde fevereiro de 2015.

Desemprego cai para 7,5% no trimestre encerrado em novembro

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domingo, 28 de janeiro de 2024

Dança das cadeiras: bilionários trocam de posição e Arnault volta a ser o mais rico do mundo

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Fortuna do presidente da Louis Vuitton subiu US$ 23,6 bilhões em um dia, de acordo com levantamento da revista Forbes.
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Por g1

Postado em 28 de janeiro de 2024 às 06h35m

            Post. N. =  0.770           

Bernard Arnault, presidente da Louis Vuitton, durante apresentação dos resultados da empresa, em Paris. — Foto: Reuters/Stephanie Lecocq
Bernard Arnault, presidente da Louis Vuitton, durante apresentação dos resultados da empresa, em Paris. — Foto: Reuters/Stephanie Lecocq

Bernard Arnault, presidente da empresa de artigos de luxo LVMH, desbancou Elon Musk e voltou a ser o homem mais rico do mundo, de acordo com levantamento da revista Forbes.

A fortuna do empresário saltou US$ 23,6 bilhões só nesta sexta-feira (26), chegando US$ 207,8 bilhões.

O aumento no patrimônio de Arnault foi impulsionado pela valorização de 13% nas ações da empresa, que é responsável por marcas como Louis Vuitton e Sephora.

Os ganhos vêm na esteira dos bons resultados de vendas da companhia no último trimestre de 2023, anunciados na quinta-feira (25), em Paris.

Com a fortuna, Arnault superou o patrimônio de US$ 204,5 bilhões do dono da Tesla, Elon Musk.

Segundo a Forbes, a notícia vem em um momento em que a Tesla enfrenta dificuldades no mercado de ações, registrando queda de 26,5% no mês — o que fez Musk perder US$ 18 bilhões.

Ainda de acordo com a publicação, a capitalização de mercado da LVMH atingiu US$ 388,8 bilhões nesta sexta. Já a Tesla chegou a US$ 586,14 bilhões em valor de mercado.

Veja quem são os 10 mais ricos do mundo, segundo o ranking da Forbes:

1. Bernard Arnault e família
Patrimônio líquido: US$ 207,8 bilhões
Fonte da riqueza: LVMH
Idade: 74
Cidadania: França

2. Elon Musk
Patrimônio líquido: US$ 204,5 bilhões
Fonte da Riqueza: Tesla, SpaceX e X (antigo Twitter)
Idade: 52
Cidadania: EUA

3. Jeff Bezos
Patrimônio líquido: US$ 181,5 bilhões
Fonte da Riqueza: Amazon
Idade: 59
Cidadania: EUA

4. Larry Ellison
Patrimônio líquido: US$ 142,4 bilhões
Fonte da Riqueza: Oracle
Idade: 79
Cidadania: EUA

5. Mark Zuckerberg
Patrimônio líquido: US$ 139,4 bilhões
Fonte da Riqueza: Facebook
Idade: 39
Cidadania: EUA

6. Larry Page
Patrimônio líquido: US$ 126,6 bilhões
Fonte da Riqueza: Google
Idade: 50
Cidadania: EUA

7. Warren Buffett
Patrimônio líquido: US$ 126,4 bilhões
Fonte da Riqueza: Berkshire Hathaway
Idade: 93
Cidadania: EUA

8. Bill Gates
Patrimônio líquido: US$ 122,8 bilhões
Fonte da Riqueza: Microsoft
Idade: 68
Cidadania: EUA

9. Sergey Brin
Patrimônio líquido: US$ 121,2 bilhões
Fonte da Riqueza: Google
Idade: 50
Cidadania: EUA

10. Steve Ballmer
Patrimônio líquido: US$ 118,6 bilhões
Fonte da Riqueza: Microsoft
Idade: 67
Cidadania: EUA

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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

IPCA-15: preços sobem 0,31% em janeiro, puxados pelos alimentos

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Com os resultados, a 'prévia da inflação' acumulou 4,47% na janela de 12 meses. Destaque absoluto foi o grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 1,53% no mês.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 26 de janeiro de 2024 às 10h00m

            Post. N. =  0.769           

Batata-inglesa teve alta de 25,95% em janeiro, mostra o IPCA-15 — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Batata-inglesa teve alta de 25,95% em janeiro, mostra o IPCA-15 — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,31% nos preços em janeiro, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice teve uma leve desaceleração de 0,09 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,40% para dezembro. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,47% na janela de 12 meses.

O índice de janeiro ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro, que esperava alta de 0,47% no mês. Mas números dos núcleos de inflação chamaram atenção dos especialistas. (veja mais abaixo)

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em janeiro. O destaque absoluto foi o grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 1,53% no mês. Houve uma forte aceleração contra o mês anterior (0,54%), o que trouxe impacto no índice geral de 0,32 ponto percentual (p.p.).

A Alimentação no domicílio, subgrupo que mede os preços de alimentos in natura, teve uma alta expressiva no mês, de 2,04%, contra 0,55% em dezembro. Batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%) foram os destaques de alta.

Já a Alimentação fora do domicílio teve uma desaceleração, de 0,53% em dezembro para 0,24% neste mês. A refeição subiu 0,32%, enquanto o lanche teve alta de 0,16%.

Veja abaixo a variação dos grupos em janeiro

  • Alimentação e bebidas: 1,53%;
  • Habitação: 0,33%;
  • Artigos de residência: 0,26%;
  • Vestuário: 0,22%;
  • Transportes: -1,13%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,56%;
  • Despesas pessoais: 0,56%;
  • Educação: 0,39%;
  • Comunicação: -0,03%.

Transportes com a maior deflação

O grupo Transportes registrou deflação em janeiro, com alívio no preço das passagens aéreas e combustíveis. O grupo registrou queda de 1,13% no mês, e teve contribuição negativa no índice geral, de -0,24 p.p.

As passagens aéreas, que haviam sido o destaque positivo do mês anterior, registraram o maior impacto deflacionário no IPCA-15. Com recuo de 15,24% no mês, tiveram impacto negativo de -0,16 p.p. no índice.

Os combustíveis, subgrupo que ajudou a elevação de preços nos últimos meses, também teve um recuo importante, de 0,63%. Caíram os preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%). Apenas o gás veicular registrou alta, de 2,34%.

Nos demais grupos, há destaque em Saúde e cuidados pessoais (0,56%), que teve alta novamente influenciada pelo plano de saúde (0,77%). Itens de higiene pessoal (0,58%) também subiram, com influência do desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).

Já em Habitação (0,33%), houve baixa da energia elétrica residencial (-0,14%). Segundo o IBGE, foram incorporadas alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), desde 1º de janeiro, além de apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), vigente desde novembro.

Abaixo das expectativas

O resultado cheio do IPCA-15 veio bem abaixo do que o mercado esperava, mas dentro das aberturas há sinais de alerta.

Laiz Carvalho, economista para Brasil do banco BNP Paribas, reforça que a alta na alimentação já era esperada, mas houve surpresa positiva no grupo de Transportes. Acontece que, nos núcleos de inflação usados pelo Banco Central para balizar a taxa básica de juros, há "resultados mistos".

"A média dos cinco núcleos do BC veio em 0,33%, um pouco mais baixo do que a expectativa, mas os Serviços Subjacentes vieram bem mais altos, com alta de 0,68%. É muito cedo para falar de uma reversão de tendência [do ciclo de quedas de juros], mas é um ponto de atenção para o IPCA de janeiro", diz.

"É um sinal de alerta, pois estamos com um mercado de trabalho resiliente, atividade econômica via demanda ainda positiva. É um resultado geral baixo, mas com esse risco no setor de serviços", prossegue.

Laiz não acredita que os resultados possam alterar o racional do BC para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem. O banco espera um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, levando a taxa básica de juros a 11,25% ao ano.

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