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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Desemprego sobe a 8,8% no primeiro trimestre de 2023, diz IBGE

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Número absoluto de desocupados teve alta de 10% contra o trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 28 de abril de 2023 às 10h00m

            Post. N. =  0.628           

Carteira de trabalho — Foto: Divulgação
Carteira de trabalho — Foto: Divulgação

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,8% no trimestre móvel terminado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o menor resultado para o trimestre desde 2015, quando fechou em 8%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre outubro e dezembro, o período traz aumento de 0,9 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,1%.

Com isso, o número absoluto de desocupados teve alta de 10% contra o trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas. São 860 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado o último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 21,1%, ou 2,5 milhões de trabalhadores.

Já o total de pessoas ocupadas teve um recuo de 1,6% contra o trimestre anterior, passando para 97,8 milhões de brasileiros. Deixaram o grupo cerca de 1,5 milhão. Na comparação anual, houve crescimento de 2,7%.

Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 8,8%
  • População desocupada: 9,4 milhões de pessoas
  • População ocupada: 97,8 milhões
  • População fora da força de trabalho: 67 milhões
  • População desalentada: 3,9 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 36,7 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 12,8 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,1 milhões
  • Taxa de informalidade: 39%
Recuo entre os sem carteira assinada

De acordo com o IBGE, o número de empregados com carteira assinada no setor privado manteve estabilidade no trimestre. Então, boa parte da queda na ocupação pode ser atribuída à redução dos trabalhadores sem carteira no setor público (-7%) e privado (-3,2%).

Setores como outros serviços (-4,3%), administração pública (-2,4%), agricultura (-2,4%), construção (-2,9%) e comércio (-1,5%) tiveram quedas expressivas no total de seus trabalhadores sem carteira. Além disso, o total de trabalhadores por conta própria com CNPJ teve queda de 8,1% (o que representa menos 559 mil pessoas).

Com isso, a taxa de informalidade voltou aos 39% da população ocupada, o que equivale a 38,1 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, a taxa era de 38,8%, mas estava em 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.

Níveis de ocupação

O IBGE mostra também que o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chamado nível de ocupação, chegou a 56,1%. Trata-se de uma queda de 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (57,2%). Na comparação anual, ainda há alta de 1 p.p. (55,2%).

O contingente fora da força de trabalho foi estimado em 67 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2023. O incremento foi de 1,1 milhão de pessoas frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, subiu em mais de 1,5 milhão.

Segundo Beringuy, do IBGE, o aumento de pessoas fora da força de trabalho permaneceu nas últimas divulgações de desemprego, mas não está relacionado a um aumento da população na força de trabalho potencial ou no desalento, que mostram estabilidade no trimestre e queda no ano.

Já a taxa de subutilização — percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada — foi estimada em 18,9%. É uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (18,5%) e uma queda na comparação anual (23,2%).

Rendimento segue estável

O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior em R$ 2.880. No ano, o crescimento foi de 7,4%.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 277,2 bilhões. O resultado também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 10,8% na comparação anual.

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quarta-feira, 26 de abril de 2023

IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,57% em abril, ainda pressionada pela gasolina

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Indicador acumulado em 12 meses desacelerou para 4,16%. Resultado vem menor do esperado pelo mercado e é a primeira vez em que fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. Resultado também entra no intervalo da meta de inflação.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 26 de abril de 2023 às 11h00m

            Post. N. =  0.627           

Bomba de gasolina em posto de combustíveis de Macapá — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica
Bomba de gasolina em posto de combustíveis de Macapá — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 0,57% em abril, informou nesta quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice desacelerou na comparação com março, quando ficou em 0,69%. O acumulado do ano é de 2,59%. Em abril de 2022, o IPCA-15 foi de 1,73%.

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,16% na janela de 12 meses. É a primeira vez em que o indicador fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. Trata-se também uma redução em relação aos 5,36% anotados no mês passado.

Os números ficaram um pouco abaixo das expectativas de mercado. Em pesquisa da Reuters eram esperadas altas de 0,61% no mês e de 4,20% em 12 meses.

Em abril, o resultado anual entrou no intervalo das metas de inflação do país. A meta é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O índice é um dos parâmetros usados pelo Banco Central (BC) para definir a Selic, a taxa básica de juros do país.

Mas a expectativa de economistas é de uma retomada da inflação no segundo semestre. Segundo o boletim Focus desta semana, a estimativa de inflação em 2023 está em 6,04%, acima do teto da meta.

Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês, com maior variação vinda do grupo de Transportes (1,44%). O resultado ainda é consequência do aumento nos preços da gasolina (3,47%), depois da reoneração dos impostos federais em cima do combustível que vem desde março.

Veja abaixo a variação dos grupos em abril

  • Alimentação e bebidas: 0,04%
  • Habitação: 0,48%
  • Artigos de residência: 0,07%
  • Vestuário: 0,39%
  • Transportes: 1,44%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,04%
  • Despesas pessoais: 0,28%
  • Educação: 0,11%
  • Comunicação: 0,06%

Reoneração de combustíveis

A gasolina continua em destaque nos resultados de inflação em função da reoneração dos combustíveis determinada pelo governo federal no fim de fevereiro. Os impostos federais haviam sido retirados da cobrança pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para derrubar a inflação em ano eleitoral.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a renovar a desoneração por dois meses no início do mandato, mas reinseriu parcialmente os impostos a partir do dia 1º de março. Desde então, a gasolina passou a ter incidência de R$ 0,47 por litro. O etanol foi reonerado em R$ 0,02 por litro.

Em abril, a alta da gasolina foi de 3,47%. Houve, portanto, desaceleração na comparação com março, em que o aumento do combustível foi de 5,76%. Ainda assim, foi o subitem com o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.).

O etanol também colheu alta com a reoneração e subiu 1,10% no mês, em cima de uma outra alta de 1,96% em março. O grupo combustíveis subiu 2,84% em abril porque contou com quedas do diesel (-2,73%), que continua com a desoneração federal vigente, e do gás veicular (-2,17%).

Houve surpresa entre as passagens aéreas: alta de 11,96%, vinda de queda em março de 5,32%.

Presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirma que desequilíbrio fiscal pressiona juros da economiaPresidente do BC, Roberto Campos Neto, afirma que desequilíbrio fiscal pressiona juros da economia

Desaceleração em curso

Segundo o IBGE, a desaceleração do índice neste mês está ligada à redução de preços em três grupos: Alimentação e bebidas (que sai de 0,20% em março para 0,04% em abril), Comunicação (de 0,75% para 0,06%) e Habitação (de 0,81% para 0,48%).

Em Alimentação e bebidas, o destaque foi a alimentação em domicílio, que teve queda de 0,15%, junto com alguns grupos de alimentos. O principal foi a batata inglesa, que recuou 7,31% no mês. A alimentação fora de casa também desacelerou de 0,68% em março para 0,55% em abril.

Entre os choques que evitaram um resultado ainda melhor, o grupo de Saúde e cuidados pessoais (1,04%) teve pressão dos produtos farmacêuticos (1,86%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.

"Os itens de higiene pessoal tiveram desaceleração de 2,36% em março para 0,35% no IPCA-15 de abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,99%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023", diz o IBGE.

Por fim, o grupo Habitação (0,48%) ainda sofre pressões da energia elétrica residencial, que teve alta de 0,84% em abril, e também do aluguel residencial (0,53%), que havia registrado alta de 0,15% em março.

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segunda-feira, 24 de abril de 2023

A fuga bilionária de recursos que quase quebrou o Credit Suisse revelada pelo último balanço do banco

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O anúncio dá uma ideia da dimensão da fuga de ativos de clientes que desencadeou o resgate do banco suíço
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TOPO
Por BBC

Postado em 24 de abril de 2023 às 16h10m

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A fuga bilionária de recursos que quase quebrou o Credit Suisse revelada pelo último balanço do banco. — Foto: Reuters via BBC
A fuga bilionária de recursos que quase quebrou o Credit Suisse revelada pelo último balanço do banco. — Foto: Reuters via BBC

O Credit Suisse revelou a dimensão da fuga de ativos de clientes que levou ao resgate do banco com o apoio do governo suíço em março.

A instituição financeira reportou que foram retirados 61,2 bilhões de francos suíços (aproximadamente R$ 345 bilhões) do banco nos primeiros três meses do ano.

O montante foi divulgado no que pode vir a ser o último balanço financeiro da instituição. Sua venda forçada para o UBS, banco suíço concorrente, deve ser concluída em breve.

Na divisão de gestão patrimonial do Credit Suisse, o valor dos ativos administrados caiu para 502,5 bilhões de francos suíços no fim de março, montante quase 29% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, informou o Credit Suisse em comunicado.

"Essas saídas moderaram, mas ainda não foram revertidas em 24 de abril de 2023", acrescentou.

Os clientes do Credit Suisse começaram a tirar dinheiro do banco depois que o mesmo foi atingido pela turbulência do mercado que se seguiu ao colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank nos EUA em março.

Na Suíça, as autoridades prepararam um plano de resgate para o Credit Suisse. Incluía mais de 200 bilhões de francos em garantias financeiras e previa que o UBS concordasse em assumir o controle do Credit Suisse.

O Credit Suisse vinha registrando prejuízo e enfrentado uma série de problemas nos últimos anos, incluindo acusações de lavagem de dinheiro.

O banco registrou uma perda de 7,3 bilhões de francos suíços em 2022 — seu pior ano desde a crise financeira de 2008 — e havia alertado que não esperava lucro até 2024.

Ao comentar sobre o último balanço financeiro da instituição, Frances Coppola, analista bancária independente, disse ao programa Today da BBC que bilhões também haviam sido retirados do Credit Suisse nos últimos três meses de 2022.

"Então é claro que as [retiradas] deste trimestre se somaram a isso. E os bancos não sobrevivem a saídas de capital como essa, eles realmente não sobrevivem, por maior que sejam."

Shanti Kelemen, diretora de investimentos da M&G Wealth Investments, disse que, devido ao tamanho do banco, as saídas "seriam um número grande". "Se confirmamos algo hoje, foi o que o UBS comprou."

As falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank nos EUA aconteceram depois que o valor dos ativos que eles detinham caiu drasticamente como resultado do aumento das taxas de juros.

As ações de bancos em todo o mundo caíram acentuadamente em meio a preocupações de que outros credores poderiam enfrentar problemas semelhantes, e os investidores correram para retirar seu dinheiro do já em apuros Credit Suisse.

Desde então, as preocupações em relação a outros bancos diminuíram, mas Coppola diz que eles ainda podem enfrentar dificuldades.

"Acho que vamos ver mais turbulência bancária. Se vão afetar grandes bancos como este, eu não sei."

O Ministério Público da Suíça abriu uma investigação sobre a aquisição repentina do Credit Suisse, que era o segundo maior banco do país, pela UBS.

O acordo irritou os contribuintes e acionistas de ambos os bancos, que foram privados de votar sobre a aquisição. Alguns também argumentaram que prejudicava a reputação global da Suíça como centro financeiro

Quando o acordo foi anunciado, o Credit Suisse foi avaliado em US$ 3,15 bilhões, enquanto na sexta-feira anterior ao acordo ser fechado, ele havia sido avaliado em cerca de US$ 8 bilhões.

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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Dólar sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,08, perto da máxima do dia

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A moeda norte-americana avançou 2,21%, cotada a R$ 5,0860, na 3ª alta consecutiva e na maior variação positiva desde novembro.
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Por g1

Postado em 19 de abril de 2023 às 11h10m

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Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

O dólar fechou a sessão desta quarta-feira (19) em forte alta e voltou a superar os R$ 5. Investidores passaram o dia repercutindo os detalhes e desafios do arcabouço fiscal, que na véspera foi enviado pelo Ministério da Fazenda ao Congresso Nacional brasileiro.

Além disso, a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos e na Europa também influenciou nas cotações do dólar por aqui.

Ao final do pregão, a moeda norte-americana avançou 2,21%, cotada a R$ 5,0860. Foi a maior variação positiva desde novembro. Na máxima do dia, foi a R$ 5,0865. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,81%, cotado a R$ 4,9760. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:

O que está mexendo com os mercados?

No Brasil, o grande destaque do dia ficou com a avaliação dos detalhes do novo arcabouço fiscal, entregue nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional.

O projeto de lei do governo elenca uma série de despesas que não serão enquadradas nos limites das novas regras. Também traz mais detalhes sobre as metas de resultado e explica o que acontece caso essas metas não sejam cumpridas. O g1 preparou uma reportagem com todos os pontos.

Governo entrega projeto da nova regra fiscal ao CongressoGoverno entrega projeto da nova regra fiscal ao Congresso

O mercado tem recalculado as rotas sobre o arcabouço ao perceber que a regra tem alta dependência de aumento de receitas e ao notar dificuldades que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pode enfrentar para elevar a arrecadação.

Segundo a chefe de economia da Rico, Rachel de Sá, parte do que ilustra essa dificuldade para aumentar as receitas por parte do governo foi a volta atrás sobre a mudança na taxação de importados.

"Em resumo, apesar de não trazer mudanças muito significativas quando comparada a proposta inicial, a peça legislativa de regra fiscal ainda segue com lacunas e preocupações que alimentam incertezas entre investidores", afirmou.

A expectativa, agora, fica pela tramitação do texto no Congresso. A expectativa é que a proposta avance rapidamente.

Para a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, outro ponto que ficou no radar dos mercados foi o vídeo que mostrou a presença do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o ministro Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro.

"Isso também trouxe uma insegurança institucional, uma incerteza de como é que isso vai repercutir, principalmente se isso vai ser combustível para a abertura de uma CPMI. Isso tudo acabou trazendo uma certa insegurança no dia de hoje", disse.

E no exterior?

Já no mercado internacional, as atenções continuaram voltadas para a probabilidade de altas nos juros de economias desenvolvidas depois de resultados de inflação na Europa e expectativa por dados econômicos nos Estados Unidos.

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) divulgou nesta quarta-feira o Livro Bege, relatório com a visão da entidade sobre as condições econômicas correntes. A conclusão foi de que a atividade econômica dos EUA mudou pouco nas últimas semanas, com moderação leve no crescimento do emprego e aparente desaceleração dos aumentos de preços.

As autoridades também sinalizaram que estão próximas do fim do que foi o período mais agressivo de aumentos da taxa de juros nos EUA em 40 anos, com a maioria das autoridades planejando um último incremento de 0,25 ponto percentual antes do que se espera ser um prolongado período em que a taxa básica ficará inalterada.

A leitura do Fed, de abril, fornece também um retrato após a crise nas instituições financeiras após a falência de dois grandes bancos regionais dos EUA. Embora o estresse bancário inicial pareça ter diminuído, os formuladores de política monetária do Fed dizem observar atentamente os sinais de que bancos estão reduzindo os empréstimos e restringindo o crédito.

A retração poderia desacelerar a economia e a inflação ainda mais do que o impacto ainda acumulado de suas elevações de juros, o que aumentaria a chance de reversão dos juros.

Apesar das perspectivas do Livro Bege, o mercado reage a declarações de agentes do Fed feitas na véspera. O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, disse nesta terça que Banco Central dos EUA provavelmente terá mais um aumento na taxa de juros pela frente, uma vez que continua trabalhando para reduzir a inflação alta.

"Mais um movimento deve ser suficiente para darmos um passo atrás e ver como nossa política está fluindo na economia, para entender até que ponto a inflação está voltando à nossa meta", disse Bostic em entrevista à CNBC.

Já o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse também na terça que o Fed deveria continuar elevando a taxa de juros com base em dados recentes mostrando que a inflação continua persistente, enquanto a economia em geral deve continuar crescendo, mesmo que lentamente.

"Wall Street está muito engajado na ideia de que haverá uma recessão em seis meses ou algo assim, mas não é assim que você leria uma expansão como esta", disse, em entrevista à Reuters.

"O mercado de trabalho parece muito, muito forte. E a sabedoria convencional é que se você tem um mercado de trabalho forte que alimenta um consumo forte... e isso é uma grande parte da economia... não parece ser o momento de prever que haverá uma recessão no segundo semestre de 2023", disse ele.

Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos, disse à Reuters que declarações de membros do Fed apontaram um cenário de política monetária mais restritiva durante mais tempo. "As falas foram uníssonas na visualização de uma 'fed fund rating' mais forte por um tempo maior".

Já a inflação na zona do euro diminuiu no mês passado, mas as leituras subjacentes permaneceram altas, disse a Eurostat. A taxa caiu de 8,5% para 6,9% na janela anual, principalmente devido a uma rápida queda nos custos de energia, já que os preços do gás natural continuam caindo após o salto de um ano atrás com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Mas autoridades do Banco Central Europeu (BCE) agora estão preocupadas com o fato de que os altos custos da energia tenham se infiltrado na economia em geral. As leituras do núcleo persistentemente altas são o motivo pelo qual a maioria das autoridades do BCE já disse que as taxas de juros precisarão continuar subindo, apesar do recorde de 350 pontos-base de alta desde julho passado.

No Reino Unido, a inflação registrou desaceleração menor do que o esperado, fazendo o país ser o único da Europa Ocidental com inflação de dois dígitos em março. A taxa caiu para uma taxa anual de 10,1%, disse o Escritório Nacional de Estatísticas, abaixo dos 10,4% em fevereiro, mas bem acima dos 9,8% previstos por economistas consultados pela Reuters.

A inflação, que atingiu um pico em 41 anos de 11,1% em outubro, continua a corroer o poder de compra dos trabalhadores, cujos salários estão subindo menos. O resultado reforça as apostas de que o Banco da Inglaterra aumentará a taxa de juros novamente em maio.

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terça-feira, 18 de abril de 2023

PIB da China cresce acima do esperado após fim das restrições por Covid-19

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Dados mostram alta de 4,5% na comparação anual, no 1º trimestre, superando a expectativa do mercado.
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TOPO
Por Kevin Yao e Joe Cash, Reuters

Postado em 18 de abril de 2023 às 07h00m

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Homem na Bolsa de Valores de Xangai, distrito financeiro de Pudong, na China, em 28 de fevereiro de 2020 — Foto: Aly Song/Reuters
Homem na Bolsa de Valores de Xangai, distrito financeiro de Pudong, na China, em 28 de fevereiro de 2020 — Foto: Aly Song/Reuters

A recuperação econômica da China acelerou no primeiro trimestre, já que o fim das rígidas restrições da Covid-19 tirou a segunda maior economia do mundo de uma crise pandêmica paralisante, embora alguns ventos contrários persistam.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,5% na comparação anual, nos primeiros três meses do ano, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas nesta terça-feira (17).

O crescimento é maior que os 2,9% do trimestre anterior e supera as previsões dos analistas de uma expansão de 4,0%.

Os investidores têm observado atentamente os dados do primeiro trimestre em busca de pistas sobre a força da recuperação chinesa depois que Pequim suspendeu as restrições da Covid-19.

A recuperação da China até agora permaneceu desigual, com consumo, serviços e gastos com infraestrutura se recuperando, enquanto há desaceleração nos preços e aumento nas poupanças bancárias, levantando dúvidas sobre a demanda.

Na comparação trimestral, o PIB cresceu 2,2% de janeiro a março, em linha com as expectativas dos analistas e acima da alta revisada de 0,6% no trimestre anterior.

Pequim prometeu intensificar o apoio à economia à medida que emerge de um de seus piores desempenhos em quase meio século, no ano passado, devido às restrições da pandemia.

O Banco Central da China disse na semana passada que manterá ampla liquidez, estabilizará o crescimento e os empregos e se concentrará na expansão da demanda.

Na segunda-feira, o Banco Central estendeu o suporte de liquidez aos bancos por meio de sua linha de crédito de médio prazo, mas manteve a taxa desses empréstimos inalterada, uma indicação de que as autoridades não estão muito preocupadas com as perspectivas de crescimento imediato.

Recuperação desigual

Analistas consultados pela Reuters esperam que o crescimento da China em 2023 acelere para 5,4%, ante 3,0% no ano passado.

O governo estabeleceu uma meta modesta de crescimento econômico de cerca de 5% para este ano, depois de não cumprir a meta de 2022.

O Banco Central cortou os requisitos de reserva dos credores pela primeira vez este ano, em março, e o governo deu mais estímulos fiscais.

Dados separados sobre a atividade de março, também divulgados na terça-feira, mostraram que o crescimento das vendas no varejo acelerou para 10,6%, superando as expectativas e atingindo uma alta de quase dois anos, enquanto o crescimento da produção industrial também acelerou, mas ficou um pouco abaixo das expectativas.

"As atuais preocupações do mercado com a deflação refletem amplamente as preocupações sobre a força e a sustentabilidade da recuperação econômica", disse Wen Bin, economista-chefe do China Minsheng Bank, em uma nota.

Após a otimização da prevenção e controle da epidemia, o lado da produção basicamente voltou ao nível pré-epidêmico, mas o momento do lado da demanda ainda é fraco.

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