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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Desemprego cai para 8,3% em outubro, menor nível desde 2015, aponta IBGE

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População ocupada no mercado de trabalho bateu recorde histórico, enquanto o número de desempregados recuou, também, ao menor patamar desde 2015.
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Por Daniel Silveira, g1 — Rio de Janeiro

Postado em 30 de novembro de 2022 às 10h15m

#         Post. N. =  0.553        #

Carteira de Trabalho e Previdência Social — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Carteira de Trabalho e Previdência Social — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,3% em outubro, atingindo o menor nível desde 2015, apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Considerando apenas os trimestres terminados em outubro, trata-se da menor taxa desde 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

De acordo com o IBGE, o país chegou ao final de outubro com cerca de 9 milhões de desempregados, o que corresponde ao menor contingente já registrado desde julho de 2015.

Já a população ocupada no mercado de trabalho foi estimada em 99,7 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

"Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Na comparação com igual trimestre do ano passado, a taxa de desemprego recuou 3,8 pontos percentuais (p.p.), enquanto o número de desempregados foi reduzido em 3,9 milhões de pessoas, o que corresponde a uma queda de 30,1%.

O nível da ocupação – ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - chegou a 57,4%, 2,8 p.p. acima do registrado em outubro do ano passado.

Já a taxa composta de subutilização caiu para 19,5%, 6,7 p.p. abaixo da registrada no mesmo trimestre do ano passado. A população subutilizada somou 22,7 milhões de pessoas, 7,2 milhões a menos que em outubro de 2021, o que corresponde a uma queda de 24,2% no período.

Principais destaques da pesquisa

  • Desemprego caiu para 8,3%, o nível mais baixo desde 2015;
  • Número de desempregados recuou para 9 milhões, o menor contingente desde 2015;
  • População subocupada (por insuficiência de horas trabalhadas) caiu para 6,2 milhões de pessoas;
  • População subutilizada (desempregados, subocupados, desalentados e pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo) caiu para 22,7 milhões de pessoas;
  • População fora da força de trabalho ficou em 64,9 milhões de pessoas;
  • Número de desalentados (que desistiu de procurar trabalho) caiu para em 4,2 milhões de pessoas;
  • Taxa de informalidade caiu para 39,1% da população ocupada
  • Número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões;
  • Número de empregados sem carteira assinada bateu recorde histórico, atingindo 13,4 milhões de pessoas, com aumento de 1,4 milhão em um ano;
  • Número de empregados com carteira de trabalho assinada aumentou em 2,7 milhões em um ano, chegando a 36,6 milhões;
  • Trabalhadores por conta própria atingiram 25,4 milhões de pessoas
  • Número de trabalhadores domésticos ficou em 5,9 milhões de pessoas
  • Número de empregadores foi de 4,4 milhões de pessoas
  • Nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 57,4%, nível mais alto desde abriu de 2015
  • Rendimento real habitual ficou em R$ 2.737, com aumento de 4,7% na comparação com outubro do ano passado.
Carteira assinada segue em alta, mas sem carteira bate recorde

De acordo com o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho assinada manteve trajetória de crescimento. Todavia, o maior aumento da ocupação se deu entre trabalhadores sem carteira assinada, cujo contingente atingiu recorde histórico.

Na comparação com o trimestre terminado em outubro do ano passado, o total de trabalhadores com carteira assinada (nos setores privado e público, incluindo os trabalhadores domésticos) passou de 36,4 milhões para 39,4 milhões, um aumento de 8,3%, o que corresponde a 3 milhões de pessoas a mais empregadas formalmente.

"Esse índice segue em alta há mais de um ano, o que mostra não apenas que o mercado de trabalho está em expansão numérica de ocupados, mas também apresentando algum crescimento na formalização da população ocupada", destacou Adriana Beringuy.

Já o contingente de trabalhadores sem carteira assinada (nos setores privado e público, incluindo os trabalhadores domésticos) passou de 18,5 milhões para 21 milhões no mesmo período, 2,4 milhões a mais nessa condição, o que corresponde a uma alta de 13,2%.

Também bateu recorde histórico o número de trabalhadores ocupados no setor público, somando 12,3 milhões de pessoas, 1,2 milhão a mais no confronto anual, o que corresponde a um aumento de 10,4%.

O número de empregadores somou 4,4 milhões de pessoas, 13,3% a mais que em outubro do ano passado, o que equivale a um incremento de 514 mil pessoas ocupadas nesta condição.

Já o contingente de trabalhadores por conta própria foi estimado em 25,4 milhões de pessoas, estável na comparação com igual período do ano passado.

Informalidade segue em alta

Diante do recorde de trabalhadores sem carteira assinada, a informalidade se manteve em patamar alto. A taxa de formalidade ficou em 39,1%, o que representa cerca de 39 milhões de trabalhadores informais dentro do contingente de 99,7 milhões de ocupados no país.

O IBGE considera como trabalhador informal aquele empregado no setor privado sem carteira assinada, o doméstico sem carteira assinada e o que atua por conta própria ou como empregador sem CNPJ, além daquele que ajuda parentes em determinada atividade profissional.

Aumento do rendimento real

O IBGE destacou que o rendimento real habitual dos trabalhadores cresceu, em média, 4,7% na comparação com outubro do ano passado, chegando a R$ 2.754.

Por tipo de ocupação, os trabalhadores com maior aumento do rendimento real foram os empregados no setor público, seguido pelos trabalhadores por contra própria e pelos empregados com carteira de trabalho assinada.

Já entre as atividades econômicas, as que registraram maior crescimento do rendimento médio habitual foram as de transporte, armazenagem e correio, seguidas pela agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e pela construção.


A PNAD aponta para o recorde da série histórica na massa de rendimento real habitual, que chegou a R$ 269,5 bilhões, um crescimento de 4% no trimestre e 11,5% na comparação anual.

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terça-feira, 22 de novembro de 2022

Dólar volta a fechar em alta após dois dias de trégua

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Moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,3762, em alta de 1,24%.
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Por g1

Postado em 22 de novembro de 2022 às 11h05m

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Dólar opera em alta nesta quinta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels
Dólar opera em alta nesta quinta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels

O dólar voltou a fechar em alta nesta terça-feira (22), após dois dias de trégua na subida da moeda, com os investidores aguardando a possível formalização da PEC da Transição nesta semana.

A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,3762, em alta de 1,24%. Veja mais cotações.

Com o resultado, o dólar acumula alta de 0,05% frente ao real na semana, e de 4,08% no mês. No ano, tem queda de 3,56%.

Maílson da Nóbrega: É equívoco excluir Bolsa Família do teto de gastosMaílson da Nóbrega: É equívoco excluir Bolsa Família do teto de gastos

O que está mexendo com os mercados?

No cenário internacional, a atenção se volta para a divulgação da ata da reunião de novembro do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) nesta quarta-feira (23), depois que algumas autoridades do banco central reiteraram o compromisso de continuar com o aperto da política monetária até que a inflação esteja sob controle.

A maior preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países desenvolvidos. James Bullard, dirigente do Fed de St. Louis, afirmou na semana passada acreditar que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo menos, a um nível entre 5% e 5,25% ao ano para conter o avanço dos preços.

Enquanto isso, os surtos de Covid-19 na China aumentavam as preocupações sobre uma possível desaceleração de seu crescimento.

Pequim fechou parques, shoppings e museus nesta terça-feira, enquanto mais cidades chinesas retomaram os testes em massa para Covid-19, em meio a um aumento de casos que aprofundou a preocupação com a economia e diminuiu as esperanças de uma reabertura rápida.

No cenário local, investidores se mantêm atentos aos próximos passos em relação à PEC da Transição, em meio à incerteza sobre a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo.

Maciel Vicente, consultor de câmbio da iHUB Investimentos, disse à Reuters que as negociações do mercado de câmbio doméstico devem permanecer voláteis enquanto durarem as negociações da PEC da Transição e o processo de escolha das equipes ministeriais oficiais de Lula.

Ainda assim, ele avaliou que, salvo um acontecimento "extraordinário" que assuste os mercados durante o processo de transição, o real deve eventualmente retomar a tendência de enfraquecimento que apresentou durante boa parte de 2022, em meio a fundamentos econômicos mais atraentes do que o de vários de seus pares emergentes.

Vicente espera que o dólar oscile numa faixa entre R$ 5,10 e R$ 5,30 ao longo dos próximos dois a três meses, mas recue num longo prazo – em cerca de 12 meses – para intervalo de R$ 4,90 a R$ 5,10.

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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Fechamento de MEIs cresce no pós-pandemia com retomada do emprego CLT

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Segundo dados do Sebrae, em 2021, comércio de roupas e acessórios foi a categoria que mais teve fechamento de MEIs, cerca de 71.640, alta de 32% em relação ao ano anterior.
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Por Aline Macedo, g1

Postado em 17 de novembro de 2022 às 09h50m

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Waléria e Lucas empreendedores que voltaram para a categoria de CLT — Foto: Divulgação
Waléria e Lucas empreendedores que voltaram para a categoria de CLT — Foto: Divulgação

Seja pelo aquecimento do mercado de trabalho, pela segurança dos benefícios trabalhistas ou pelo negócio não ter dado certo, muitos empreendedores vêm encerrando o registro de Microempreendedor Individual.

Segundo dados do Sebrae, em 2021 os comércios de roupas e acessórios formaram a categoria que mais fechou registros de MEI – cerca de 71,6 mil, uma alta de 32% em relação ao ano anterior, quando foram 48.457.

Lucas Vaz, de 23 anos, foi um dos empreendedores que encerrou o negócio próprio e voltou para o emprego com carteira assinada, no chamado regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Na pandemia, ele perdeu o emprego como administrador de vendas e abriu com a mãe a loja Hot Dog da Galega em Brasília.

Mas, segundo Lucas, com a alta dos preços dos alimentos: (pão, carne e tomate), seus principais produtos, já não compensava financeiramente continuar com o negócio – que foi fechado em dezembro de 2021.

"Com o faturamento em média de R$ 4 mil a R$ 5 mil por mês, já não era o bastante para pagar fornecedores, ter dinheiro para o capital de giro e ainda ter lucro", diz Lucas.

Rubens Massa, professor de empreendedorismo e novos negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explica que a situação de Lucas é o chamado empreendedorismo por necessidade, que veio acompanhando a alta do desemprego. E, com a retomada do pós-pandemia, foi natural a criação de vagas CLT, diminuindo, assim, a demanda dos trabalhos autônomos.

Sócia da empresa e mãe de Lucas, Waléria diz que abriu o registro de MEI como forma de completar a renda da família já que, com a crise, teve sua jornada de trabalho e o salário reduzidos em 50%.

"Para não demitir as pessoas, eles diminuíram o salário e o tempo de trabalho para seis horas. Foi então que resolvi trabalhar na loja", conta.
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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

'Prévia' do PIB do BC indica alta de 1,36% no 3º trimestre, melhor resultado desde o fim de 2020

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No acumulado de janeiro a setembro de 2022, IBC-Br aponta que economia brasileira cresceu 2,93%, segundo o Banco Central. Em 12 meses, alta é de 2,34%.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 14 de novembro de 2022 às 10h05m

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O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um aumento de 1,36% no terceiro trimestre deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (14). Foi a maior expansão desde o fim de 2020.

EVOLUÇÃO DO IBC-BR (EM %)
CONTRA O TRIMESTRE ANTERIOR, COM AJUSTE SAZONAL
3,823,820,780,78-0,77-0,77-0,1-0,11,041,041,091,090,690,691,361,364º trimestre de 20201º trimestre de 20212º trimestre de 20213º trimestre de 20214º trimestre de 20211º trimestre de 20222º trimestre de 20223º trimestre de 2022-1012345
Fonte: BANCO CENTRAL

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado no início de dezembro.

Se o PIB cresce, isso sinaliza que a economia vai bem e produz mais. Mesmo assim, dados do IBGE mostram aumento no número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica no país. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor.

De acordo com o Banco Central, na comparação com o terceiro trimestre de 2021, o IBC-Br registrou um crescimento de 4,32% (sem ajuste sazonal).

Atividade acelera

O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra aceleração da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano.

O crescimento de 1,36% no terceiro trimestre deste ano foi o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando foi registrado um crescimento de 3,82%.

O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.

Outras comparações

Somente em setembro, ainda de acordo com informações do BC, a prévia do PIB registrou uma alta de 0,05%, contra o mês anterior. O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal.

Com isso, o indicador mensal retomou expansão, ainda que pequena, pois em agosto houve uma queda de 1,13% no nível de atividade.

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segundo o Banco Central, o nível de atividade da economia brasileira registrou aumento de 2,93% (sem ajuste sazonal).

De acordo com o Banco Central, o indicador apresentou elevação de 2,34% em 12 meses até setembro. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.

PIB X IBC-Br

O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Em outubro, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos, para tentar conter a alta de preços. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa permanecerá estável até meados de 2023, quando pode começar a recuar.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Dólar fecha em queda, mas tem maior alta semanal desde junho de 2020

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Moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 1,10%, vendida a R$ 5,3347; na semana, acumulou alta de 5,45%.
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Por g1

Postado em 22 de novembro de 2022 às 13h05m

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Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters
Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (11), na contramão do movimento da semana, impactado por incertezas em relação ao controle das contas públicas no futuro governo Lula.

A moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 1,10%, vendida a R$ 5,3347. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,2494. Veja mais cotações.

Com o resultado, o dólar fechou a semana com alta de 5,45% – o maior ganho semanal desde junho de 2020, quando subiu 5,48%. No mês, a moeda passou a acumular alta de 3,28% frente ao real. No entanto, no ano, o dólar ainda apresenta queda de 4,31%.


O que está mexendo com os mercados?

"O mercado está preocupado com a dinâmica dos gastos públicos. Tem que ser uma dinâmica sustentável", afirmou Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria, em entrevista a GloboNews.

Além disso, Alessandra pontua que ainda não há definição sobre quem estará na equipe econômica de Lula a partir do próximo ano, o que adiciona incertezas e volatilidade ao mercado. Investidores esperam a nomeação de uma pessoa mais alinhada ao centro do que a esquerda para as pastas da economia.

Para cumprir com as principais promessas de campanha de Lula – com destaque para a continuidade do Auxílio Brasil de R$ 600, um auxílio extra de R$ 150 para crianças pequenas e reajuste do salário mínimo –, o governo de transição planeja criar a PEC da Transição, que liberaria cerca de R$ 175 bilhões no Orçamento de 2023 além do teto de gastos.

Mercado financeiro está bem cauteloso em relação ao aumento do gasto público e pelo teto de gastos, diz economistaMercado financeiro está bem cauteloso em relação ao aumento do gasto público e pelo teto de gastos, diz economista

Para o assessor de investimentos na Phi Investimentos Gabriel Cordeiro, o discurso adotado pelo presidente eleito vai na contramão dos desejos do mercado e impactou diretamente a desvalorização do real frente ao dólar nesta semana.

"Caso essas ideias que apoiam o furo do teto de gastos e criticam a estabilidade fiscal sejam colocadas em prática, esse cenário afetará negativamente qualquer investidor que tenha o 'risco Brasil' em seu patrimônio. Isso porque o país tende a se endividar com esse tipo de política, trazendo uma inflação maior, forçando o Banco Central a manter as taxas de juros elevadas e desvalorizando os ativos brasileiros", disse o assessor.

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