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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Desemprego recua para 13,7% em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões, aponta IBGE

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Apesar da leve melhora na taxa de desemprego, o rendimento real habitual do trabalhador vem em queda.
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Por G1

Postado em 30 de setembro de 2021 às 09h10m

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Desemprego recua para 13,7% em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões, aponta IBGE
Desemprego recua para 13,7% em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões, aponta IBGE

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões de brasileiros, informou nesta quinta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa uma redução de 1 ponto percentual em relação à taxa de desemprego dos três meses anteriores (14,7%) e a menor taxa de desemprego no ano. O dado também representa estabilidade em relação à taxa de desemprego em julho de 2020, que era de 13,8%.

Já entre os desocupados, a queda foi de 4,6% (menos 676 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em abril, quando o IBGE estimou o número em 14,8 milhões de pessoas.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, atingindo 14,4 milhões de pessoas.

Desemprego - julho/21 — Foto: Economia g1
Desemprego - julho/21 — Foto: Economia g1

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desemprego caiu para 13,7% (era de 14,7% nos três meses anteriores)
  • População desocupada recuou 4,6%, para 14,1 milhões de pessoas
  • População ocupada passou de 50% pela primeira vez no ano, atingindo 89 milhões
  • Taxa de subutilização recuou para 28%
  • Subocupados são recorde da série histórica: 7,7 milhões de pessoas, indicando recuperação do trabalho com baixa qualidade
  • País tem 5,4 milhões de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego), taxa 10% menor que no trimestre anterior
  • Empregados com carteira assinada no setor privado somaram 30,6 milhões, alta de 3,5%
  • Alta foi maior entre os sem carteira, de 6%, para 10,3 milhões
  • Número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) é recorde da série histórica
  • Número de empregadores com CNPJ foi menor da série
  • Taxa de informalidade ficou em 40,8%, ou 36,3 milhões de pessoas
  • Rendimento real habitual caiu 2,9%, para R$ 2.508
Evolução do número de desempregados - julho/21 — Foto: Economia g1
Evolução do número de desempregados - julho/21 — Foto: Economia g1

Ocupação passa de 50% pela primeira vez no ano

Segundo o IBGE, o recuo na taxa de desemprego foi influenciado, principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que cresceu em 3,1 milhões em relação ao trimestre encerrado em abril, para 89 milhões.

Com isso, o nível de ocupação subiu 1,7 ponto percentual para 50,2%.

Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país, destaca a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

A pesquisadora ressalta, no entanto, que antes da pandemia a população ocupada somava 94 milhões de pessoas – ou seja, ainda há no país 5 milhões de ocupados a menos que no período pré-pandemia.

Na comparação julho de 2020, o contingente de pessoas ocupadas no mercado de trabalho aumentou em 8,6%, o que corresponde a cerca de 7 milhões a mais de trabalhadores.

Esse número é tão destoante porque estamos partindo de uma base de comparação muito baixa, referente ao auge da pandemia, quando houve uma dispensa muito grande de trabalhadores, enfatiza a pesquisadora.

Miriam Leitão: 'Mercado de trabalho continua com dificuldades’
Miriam Leitão: 'Mercado de trabalho continua com dificuldades’

Informalidade puxou alta da ocupação

Segundo o IBGE, o trabalho informal foi o principal responsável pelo aumento da população ocupada.

Esse grupo – que inclui aqueles sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração – chegou a 36,3 milhões de pessoas e uma taxa de 40,8%.

Trabalho por conta própria puxa alta da ocupação — Foto: Economia g1
Trabalho por conta própria puxa alta da ocupação — Foto: Economia g1

No trimestre anterior, a taxa foi de 39,8%, com 34,2 milhões de pessoas. Há um ano esse contingente era menor, 30,7 milhões e uma taxa de 37,4%, o menor patamar da série.

Em um ano, o número de informais cresceu 5,6 milhões. O avanço da informalidade tem proporcionado a recuperação da ocupação da PNAD Contínua, explica Adriana Beringuy.

A pesquisadora ressaltou que "esse é o maior crescimento da informalidade dos últimos tempos". Todavia, o contingente de trabalhadores informais no país já foi maior - o recorde foi registrado no trimestre terminado em outubro de 2019, quando chegou a 38,7 milhões.

Dentre as categorias de trabalho que representam a informalidade, a de conta própria foi a que mais cresceu.

O trabalho por conta própria tem sido a forma em que mais pessoas estão encontrando de ingressar no mercado de trabalho. Em outros momentos de crise a gente já havia observado que essa categoria é a primeira a ser afetada, mas também a primeira a começar a reagir, enfatizou a pesquisadora. 
Ocupação cresce na maioria das atividades

O crescimento da ocupação na comparação com o trimestre terminado em abril foi observado em seis das dez atividades econômicas, segundo o IBGE.

A construção foi a que mais se destacou, com avanço de 10,3% no período. Também se destacaram os segmentos de alojamento e alimentação, com alta de 9%, e serviços domésticos, com alta de 7,7%.

Evolução da população ocupada por segmento de atividade — Foto: Economia g1
Evolução da população ocupada por segmento de atividade — Foto: Economia g1

Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento da ocupação foi ainda mais disseminado entre as atividades, atingindo oito delas.

O destaque também ficou com a construção, que registrou aumento de 23,8% do número de trabalhadores em um ano. Alojamento e alimentação e serviços domésticos também aparecem na sequência, com alta, respectivamente, de 16,8% e 16,5%.

Essas duas últimas atividades tiveram perdas muito acentuadas na pandemia. São atividades que ainda estão recompondo o seu contingente, observa Adriana Beringuy. 
Trabalho por conta própria e doméstico têm recordes

O trabalho por conta própria seguiu crescendo em julho, e atingiu o patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas, um aumento de 4,7%, com mais 1,1 milhão de pessoas.

Distribuição dos ocupados por posição na ocupação — Foto: Economia g1
Distribuição dos ocupados por posição na ocupação — Foto: Economia g1

Essa é a forma de inserção na ocupação que mais vem crescendo nos últimos trimestres na PNAD Contínua, embora o trabalho com carteira assinada comece a ter resultados mais favoráveis, disse Adriana Beringuy.

Já o trabalho doméstico aumentou 7,7% (frente ao trimestre encerrado em abril), somando 5,3 milhões pessoas. Frente ao mesmo período do ano anterior, cresceu 16,1%, um adicional de 739 mil pessoas. As expansões trimestral e anual foram as maiores em toda em toda a série histórica da ocupação dos trabalhadores domésticos, ressaltou o IBGE.

Não foram observadas variações significativas entre os empregadores (3,7 milhões) e os empregados do setor público (11,8 milhões).

Rendimento em queda

O IBGE nota que, apesar da leve melhora na taxa de desemprego, o rendimento real habitual do trabalhador vem em queda: no trimestre encerrado em julho, ficou em R$ 2.508 – 2,9% abaixo do registrado nos três meses imediatamente anteriores, de R$ 2.583.

Na comparação com julho de 2020, a queda é ainda mais acentuada, de 8,8%: há um ano, o rendimento real habitual foi de R$ 2.750.

A queda indica que os novos empregos que têm contribuído para a retomada do mercado de trabalho são de baixa remuneração: assim, apesar da alta nos postos, a massa de rendimento real habitual (o conjunto das remunerações pagas), ficou estável tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior quanto frente ao mesmo período de 2020, segundo o IBGE.

"A despeito de um crescimento tão importante da população ocupada, a massa de crescimento não acompanha a expansão, devido ao fato de a população ocupada estar sendo remunerada com rendimentos menores, tanto na comparação trimestral quanto na anual, diz a pesquisadora.

"Parte significativa da expansão da ocupação vem da informalidade, baseado em trabalhadores com menor remuneração. Além disso, a gente não pode esquecer que o crescimento da inflação que vem ocorrendo nos últimos meses também contribui para essa queda do rendimento real", observa Adriana. 
Novo recorde entre os subocupados

O contingente de pessoas subutilizadas (aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial), foi de 31,7 milhões, uma redução de 4,7% em relação ao trimestre anterior (33,3 milhões). Com isso, a taxa composta de subutilização recuou 1,6 ponto percentual para 28,0%.

Dentro desse grupo, no entanto, os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (aqueles que trabalham menos horas do que poderiam), chegou a um número recorde de 7,7 milhões de pessoas – um aumento de 7,2%, com mais 520 mil pessoas.

Número de trabalhadores subocupados bateu recorde em julho — Foto: Economia/G1
Número de trabalhadores subocupados bateu recorde em julho — Foto: Economia/G1

Esse dado indica que parte da recuperação do emprego vem se dando em vagas de baixa qualidade, com poucas horas de trabalho.

Em relação ao ano anterior, o indicador subiu 34,0%, quando havia no país 5,8 milhões de pessoas subocupadas.

Já os desalentados – pessoas que poderiam trabalhar mas desistiram de procurar – ficaram em 5,4 milhões, uma queda de 10% em relação ao trimestre anterior.

IBGE X Ministério do Trabalho

Os dados do IBGE, embora mostrem leve melhora na situação do desemprego no país, contrastam com os divulgados na véspera pelo Ministério do Trabalho.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou a criação de 372.265 empregos com carteira assinada em agosto. Em julho – mesmo mês da pesquisa atual do IBGE – foram 303,3 mil vagas.

Analistas sugerem que a mudança de metodologia do Caged, no início de 2020, seria a responsável pela discrepância dos dados. Segundo o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a nova metodologia gerou um "descolamento" dos dados do emprego formal com o nível de atividade.

"Na nova metodologia, há dificuldade de reportar as demissões e, mais complicado, quando se comparara com atividade, a gente vê uma discrepância muito grande. Antes, havia proximidade grande do Caged com IBC-Br (a 'préviado PIB divulgada pelo Banco Central), as duas curvas andavam com muita proximidade. [Essas curvas] descolaram: PIB caindo e Caged apontando para uma recuperação em V super forte", disse.

Para ele, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) parecem ser mais confiáveis, embora o IBGE tenha mudado a forma de coletar os dados, por conta da pandemia.

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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Criação de empregos formais em agosto é a maior desde fevereiro, aponta Caged

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No mês passado, foram gerados 373.265 empregos com carteira assinada, apontam dados divulgados nesta quarta (29). De janeiro a agosto, foram criadas 2,2 milhões de vagas.
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

Postado em 29 de setembrode 2021 às 10h40m

  .*  Post. N. =  0.339   *.  

A economia brasileira gerou 372.265 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Ao todo, segundo o ministério, o país registrou em agosto:

  • 1.810.434 contratações;
  • 1.438.169 demissões.

A geração de empregos formais em agosto deste ano é o melhor resultado desde fevereiro deste ano, quando foram abertas 397.537 vagas formais. Em agosto do ano passado, foram criados 242.543 empregos com carteira assinada.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.

Geração de empregos no Brasil
Resultado mês a mês em 2021

Em milhares

261,114261,114397,357397,357175,62175,62116,22116,22275,77275,77302,365302,365303,276303,276372,265372,265jan/21fev/21mar/21abr/21mai/21jun/21jul/21ago/210100200300400500
Fonte: Caged - Ministério do Trabalho

Setores

Os números do Caged de agosto de 2021 mostram que foram criados empregos formais em todos setores da economia.

Abertura de vagas por setor da economia
agosto de 2021
180.660180.66072.69472.69432.00532.00577.76977.7699.2329.232ServiçosIndústriaConstruçãoComércioAgropecuária050k100k150k200k
Fonte: Caged

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas as regiões do país no mês passado.

Emprego em agosto por região

Número de vagas

185.930185.93082.87882.87854.07954.07929.69029.69019.77819.778SudesteNordesteSulCentro-OesteNorte0100k200k25k50k75k125k150k175k
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia

Parcial do ano

Ainda de acordo com o Ministério da Economia, nos oito primeiros foram criadas 2,203 milhões de vagas. De janeiro a agosto do ano passado, foram fechados 849,38 mil empregos com carteira assinada.

Ao final de agosto de 2021, o Brasil tinha saldo de 41,566 milhões empregos com carteira assinada. Isso representa um aumento na comparação com janeiro deste ano (39,624 milhões de empregos) e, também, com agosto de 2020, quando o saldo estava em 38,365 milhões.

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.792,07 em agosto deste ano, o que representa uma queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 25,78 em relação a julho de 2021 (R$ 1.817,85) e, também, na comparação com agosto do ano passado, quando somavam R$ 1.905.46.

Programa de manutenção do emprego

De acordo com o Ministério da Economia, o comportamento do emprego formal, neste ano, ainda sofre influência do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, iniciado no ano passado e reeditado em 2021.

Isso porque os empregadores, para obterem os benefícios do programa, têm de manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo da suspensão do contrato, ou redução da jornada.

De abril a agosto deste ano, segundo o Ministério do Trabalho, 2,593 milhões de trabalhadores foram beneficiados pelo programa. Foram pagos R$ 6,97 bilhões no período.

Caged X Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quarta-feira (29), consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.

Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia.

No fim de agosto, o IBGE informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,1% no 2º trimestre de 2021, mas ainda atinge 14,4 milhões de brasileiros.

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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

'Tudo o que excede R$ 2 não é nossa responsabilidade', diz Petrobras sobre alta da gasolina

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Segundo o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, o papel de zelar pelos preços dos combustíveis é do governo, do Ministério de Minas e Energia, do Ministério da Economia e da Casa Civil.
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Por Patrícia Basilio, g1

Postado em 27 de setembro de 2021 às 19h05m

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Presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, em coletiva nesta segunda-feira (27) — Foto: Reprodução
Presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, em coletiva nesta segunda-feira (27) — Foto: Reprodução

A Petrobras informou nesta segunda-feira (27) que é responsável por apenas R$ 2 na composição de preços da gasolina. Em coletiva organizada às pressas, após o presidente Jair Bolsonaro comentar mais cedo sobre o preço do combustível, a estatal enfatizou, por meio de um vídeo, que "tudo o que excede R$ 2 não é responsabilidade da Petrobras".

"Temos presença e acompanhamento em diversos órgãos. Isso nos dá um conforto para saber que a Petrobras tem uma governança muito robusta", disse Joaquim Silva e Luna, presidente da estatal.

Na coletiva, Silva e Luna afirmou que a Petrobras é responsável pela produção e refino do combustível. Depois disso, "ela não se manifesta mais". Na avaliação dele, a estatal é forte e competitiva e contribui ao país com o pagamento de tributos e dividendos.

"Entendemos que isso [aumento de preços] está com o governo, Ministério de Minas e Energia, [Ministério da] Economia e com a Casa Civil", reforçou.

Na apresentação, o presidente da estatal exemplificou a composição de preços para a gasolina a R$ 6,10 por litro: R$ 2 por litro vão para a Petrobras, R$ 1,03 por litro vão para custo da mistura do etanol anidro, R$ 0,66 por litro à distribuição e revenda, R$ 0,69 por litro para tributos federais e R$ 1,67 para impostos estaduais (confira abaixo).

Composição de preços da gasolina, segundo a Petrobras — Foto: Reprodução
Composição de preços da gasolina, segundo a Petrobras — Foto: Reprodução

Questionado sobre a variação no valor dos combustíveis, Silva e Luna afirmou que segue monitorando o valor do petróleo Brent e disse que essa questão é mais geopolítica do que de mercado.

"Não há nenhuma mudança na política de preços da Petrobras. Continuamos trabalhando da mesma forma como sempre trabalhamos", garantiu.

De acordo com Claudio Mastella, diretor de comercialização e logística da estatal, no entanto, o mercado internacional vive uma alta procura por combustíveis, enquanto a oferta está reduzida. Ele afirmou também que a estatal segue observando o mercado para um eventual reajuste.

Temos tomado muito cuidado para não repassar essa volatilidade para o mercado interno. Temos a perspectiva para o aumento na demanda e, em função disso, estamos olhando com mais cuidado para a possibilidade de reajuste, sim, disse.

Sobre o aumento do GLP, Silva e Luna fez uma simulação com um botijão de 13kg a R$ 98,30 e detalhou: R$ 46,90 vão a Petrobras, R$ 36,80 para envase, distribuição e revenda e R$ 14,60 para impostos estaduais (confira abaixo).

Composição do preço do GLP, segundo a Petrobras — Foto: Reprodução
Composição do preço do GLP, segundo a Petrobras — Foto: Reprodução

Fala de Bolsonaro

A coletiva da Petrobras foi realizada após o presidente Bolsonaro comentar mais cedo sobre o aumento nos preços de combustíveis nesta segunda-feira (27). "Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4? Ou menos?" , em discurso durante solenidade no Palácio do Planalto.

Bolsonaro fez a declaração na cerimônia de comemoração dos mil dias do governo, à qual estavam presentes ministros e parlamentares da base do governo.

Cada centavo conta para economizar combustível
Cada centavo conta para economizar combustível

Gasolina tem alta na 8ª semana consecutiva

O preço médio da gasolina subiu pela 8ª semana nos postos de combustíveis do Brasil e permanece acima da marca de R$ 6 por litro, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A cotação média da gasolina comum nas bombas atingiu R$ 6,092 por litro nesta semana, ante R$ 6,076 na semana anterior.

A pesquisa também mostrou alta nos valores do etanol, que chegou a R$ 4,715 por litro, versus R$ 4,704 na última semana.

Já o preço médio do botijão de gás aos consumidores subiu quase 30%, segundo dados ANP, passando de R$ 75,29 no final de 2020 a R$ 96,89 na semana passada. A alta é mais de 5 vezes a inflação acumulada no período, de 5,67%.

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