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sábado, 31 de julho de 2021

Com inflação em alta, renda das famílias para consumo é a menor desde 2005

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De cada R$ 10 do orçamento das famílias brasileiras, sobram apenas R$ 41,22 para consumir, pagar dívidas e investir, aponta levantamento da consultoria Tendências. Renda tem sido pressionada pela alta dos preços de alimentos, energia elétrica e combustíveis.
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Por Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, GloboNews e G1
31/07/2021 07h00 
Postado em 31 de julho de 2021 às 10h25m

 .*  Post. N. = 0.305 *. 

Nos últimos meses, a família do Manoel Rodrigues Campelo Junior, de 45 anos, reorganizou o orçamento doméstico por causa da alta dos preços. A carne nobre foi substituída por uma opção mais em conta e o gás de cozinha passou a ser menos utilizado.

"O quilo do contrafilé é um absurdo hoje em dia. Num primeiro passo, a gente corta a quantidade, mas, num determinado momento, a gente não consegue consumir mais", diz Manoel. "Não tem como deixar de falar também do preço do gás. A minha esposa tenta ser racional até no preparo do alimento."

Preço dos alimentos em alta pressiona o orçamento das famílias — Foto: Amanda Rocha/A Cidade ON/Araraquara
Preço dos alimentos em alta pressiona o orçamento das famílias — Foto: Amanda Rocha/A Cidade ON/Araraquara

Pelo país, não faltam exemplos de brasileiros que estão com dificuldade para fechar a conta todo mês. Neste ano, de cada R$ 100 do orçamento das famílias brasileiras, sobram apenas R$ 41,22 para consumir, pagar dívidas e investir, mostra um levantamento da consultoria Tendências.

Isso significa que a maior parte da renda vai para itens considerados essenciais – como combustível, energia elétrica, transporte, entre outros. As famílias não tinham uma situação financeira tão apertada desde 2005, quando a renda disponível era de apenas R$ 40,98.
Orçamento apertado — Foto: Economia G1
Orçamento apertado — Foto: Economia G1

"Você come hoje pensando no que vai comer amanhã", diz Lorraine Alves, de 32 anos. "A gente compra o básico: arroz e feijão. Quando sobra algum dinheiro, eu compro um suco de pacote, um leite, mas é muito difícil."

Lorraine sobrevive com o Auxílio Emergencial de R$ 375. Com três filhos e grávida do quarto, ela perdeu o emprego num restaurante no início da pandemia. O marido tem feito bicos como gesseiro, mas a renda família só chega a R$ 800.

"O auxílio de R$ 1,2 mil me ajudava bastante. Quando mudou para R$ 375, piorou muito. O meu aluguel é de R$ 600. Tem mês que eu pago, mas depois fico devendo dois, três meses."

Orçamento pressionado

O orçamento dos brasileiros tem sido pressionado por uma combinação bastante perversa: uma alta dos preços dos alimentos, que se arrasta desde o ano passado, e um aumento do valor dos combustíveis e da energia elétrica.

"No meio do ano passado, itens como alimentação em domicílio passaram a pressionar o orçamento", afirma Isabela Tavares, economista da consultoria Tendências e responsável pelo levantamento. "Neste ano, a gente vê bastante pressão por parte de combustíveis e, agora, tem a energia elétrica."

Em detalhe, os números da Tendências mostram que a situação é ainda mais dramática para os brasileiros das classes D e E, que ganham até R$ 2,6 mil por mês e sofrem mais com o aumento dos preços. Para esse grupo, sobram apenas R$ 21,63 por mês.
Renda disponível por classe — Foto: Economia G1
Renda disponível por classe — Foto: Economia G1

"Não tem escapatória. As classes mais baixas não têm como se defender muito nesse momento. A gente está com um nível de desemprego recorde no Brasil", diz Marco Maciel, sócio e economista da Kairós. "O desemprego afetando milhões de brasileiros tende a fazer com que a capacidade de reagir ao aumento da inflação seja muito limitada."

Inflação em alta

Em 12 meses encerrados em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já acumula alta de 8,3%. Só a inflação de itens considerados essenciais chegou a 10,5%, segundo a Tendências.

Diante de todo esse quadro, os analistas têm piorado as projeções para a inflação de 2021.

No relatório Focus, do Banco Central, os analistas consultados já projetam que o IPCA vai encerrar o ano em 6,56%, acima, portanto, do teto da meta do governo, que é de 5,25%.

IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta
IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta

"No momento, a minha projeção para o IPCA no fim do ano é de 6,5%, mas, em função das pressões de tarifas de energia elétrica, combustíveis e alimentação no domicílio, essa inflação pode pular para 7,2% com facilidade", diz Maciel.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copomse reúne para decidir o rumo da taxa básica de juros (Selic). Os analistas esperam um aumento 1 ponto percentual, levando a Selic para 5,25% ao ano.

Juros mais altos encarecem o custo do crédito, afetando a tomada de recursos para o investimento das empresas e para o consumo das famílias.

"Ao elevar os juros, o Banco Central acaba encarecendo o custo para todos, não só para pessoa física, mas para a jurídica também", diz o economista da Kairós. "Infelizmente, a política monetária, num momento como esse, não tem como ser vertical, acaba sendo horizontal, atinge a todos do mesmo jeito. Quem se defende melhor é quem tem o bolso mais cheio." 
Impacto no varejo

A alta da inflação e dos juros e a limitação do orçamento das famílias podem mitigar a velocidade de recuperação esperada para o varejo e, consequentemente, da atividade econômica.

Com a melhora da crise sanitária, os analistas seguem esperando uma retomada do setor neste ano, mas esse crescimento poderia ser melhor se as famílias tivessem algum fôlego no orçamento - até maio, as vendas do varejo acumulavam alta de 6,8% no ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

IBGE: Vendas no varejo cresceram 1,4% em maio na comparação com abril
IBGE: Vendas no varejo cresceram 1,4% em maio na comparação com abril

"Há ainda fatores positivos para o crescimento do consumo das famílias", afirma Isabela. "Tem a recuperação do mercado de trabalho, principalmente do emprego formal, as políticas anticíclicas, como BEM (Benefício Emergencial de Proteção ao Empregoe Pronampe. E a própria dissipação das incertezas com a crise sanitária."

"O que entra como risco para a maior velocidade do consumo é a inflação, que pressiona a renda disponível das famílias", afirmam.

O BEM permitiu que as empresas reduzissem a jornada e o salário de trabalhadores em troca de estabilidade, enquanto o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) garantiu empréstimos com juros menores e prazo maior de financiamento.

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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Brasil gerou 1,5 milhão empregos formais no primeiro semestre, diz governo

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Ao todo, segundo Caged, foram 9,5 milhões de contratações e 8,05 milhões de demissões no período. No mesmo período do ano passado, país havia fechado 1,19 milhão de vagas formais.
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Por Jéssica Sant'Ana, G1 — Brasília

Postado em 29 de julho de 2021 às 12h40m

 .*  Post. N. = 0.304 *. 

O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta quinta-feira (29) que a economia brasileira gerou 1,5 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano.

Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ao todo, o Brasil registrou no primeiro semestre:

  • 9.588.085 contratações;
  • 8.051.368 demissões;
  • saldo positivo de 1.536.717 empregos criados.

No mesmo período do ano passado, o país havia fechado 1,19 milhão de vagas formais de trabalho.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia do Caged no início do ano passado.

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Bianco, o Brasil criou sete novos empregos por minuto nos seis primeiros meses do ano, considerando o saldo líquido (admissões menos demissões).

"Se pegarmos só as admissões, geramos 37 empregos formais por minuto. Isso mostra a força da nossa economia. No ano de 2021, ano marcado pela pandemia, geramos por minuto, no saldo [admissões menos demissões], 7 novos empregos", ressaltou Bianco.

Bianco era o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. A manutenção dele como "número 2" do novo ministério foi um pedido de Paulo Guedes, ministro da Economia.

Bianco disse, ainda, que a palavra de ordem do novo ministério será "geração de oportunidade". "Empregados formais na CLT e empregados informais em novas formas de contratação, mais simples, menos burocráticas e com segurança jurídica, para que possamos aproximar o mundo do formal do informal, e com menor custo de contratação", resumiu.

Saldo mensal de empregos criados no Brasil
Dados referentes aos meses de janeiro a junho de 2021

Em milhares

261,2261,2397,7397,7176,4176,4116,1116,1276276309,1309,1janeirofevereiromarçoabrilmaiojunho0100200300400500
Fonte: Ministério do Trabalho

Junho

Em junho, ainda segundo dados do Caged, o Brasil criou 309.114 mil empregos formais, resultado da diferença entre as contratações, que somaram 1.601.001, e as demissões, que totalizaram 1.291.887 no mês passado.

Os dados do Caged mostram também que os cinco setores da economia analisados criaram vagas em junho deste ano:

  • Serviços (125.713 postos);
  • Comércio (72.877 postos);
  • Indústria geral (50.145 postos);
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (38.005 postos);
  • Construção (22.460 postos).

As cinco regiões do país também tiveram saldo positivo em junho deste ano:

  • Sudeste (160.377 postos);
  • Nordeste (48.994 postos);
  • Sul (42.270 postos);
  • Centro-Oeste (35.378 postos);
  • Norte (22.064 postos).

Por fim, os 27 estados criaram mais vagas do que fecharam em junho, com destaque para São Paulo São Paulo (105.547 postos), Minas Gerais (32.818 postos) e Rio de Janeiro (16.002 postos).

Salário

Segundo os dados do Caged, o salário médio de admissão em junho foi de R$1.806,29. Comparado ao mês anterior, houve redução real (descontada a inflação) de R$ 1,59 no salário médio de admissão, uma variação em torno de -0,09%.

Já o estoque - a quantidade total de vínculos celetistas ativos - contabilizou 40.899.685 registros no mês passado.

Caged X Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados nesta quinta-feira (29) consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais.

Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia.

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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Magazine Luiza compra plataforma de entregas ultrarrápidas Sode

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Plataforma tem operações em oito Estados e possui mais de mil entregadores ativos.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 26 de julho de 2021 às 22h00m

 .*  Post. N. = 0.303 *. 

Magazine Luiza: centro de distribuição — Foto: Divulgação/Magazine Luiza
Magazine Luiza: centro de distribuição — Foto: Divulgação/Magazine Luiza

O Magazine Luiza anunciou nesta segunda-feira (26) que concluiu a compra da plataforma de entregas por meio de motocicletas Sode.

Criada em 2015, a Sode tem operações em oito Estados e possui mais de mil entregadores ativos. A plataforma já prestava serviços para o Magazine Luiza, fazendo entregas em até uma hora a partir de lojas da varejista.

Segundo a companhia, a taxa de conversão é 62% maior para os pedidos entregues em até uma hora, quando comparada com o prazo de 48 horas.

"Com a aquisição, o Magalu irá acelerar a expansão da entrega ultrarrápida para a maioria de suas lojas", afirmou a varejista em comunicado.

Em breve a Sode fará entregas também para os vendededores do marketplace do Magazine Luiza e para restaurantes da aplicativo de entrega de refeições AiQFome.

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sábado, 24 de julho de 2021

Em um ano de pandemia, 377 brasileiros perderam o emprego por hora

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Em abril deste ano, no último dado disponível, o Brasil tinha 85,9 milhões de ocupados, 3,3 milhões a menos do que no mesmo mês de 2020. No pior momento da crise, quase 1,4 mil brasileiros eram demitidos por hora, diz levantamento do IDados.
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Por Anna Carolina Papp, Luiz Guilherme Gerbelli e Aline Midlej, GloboNews e G1

Postado em 24 de julho de 2021 às 10h00m

 .*  Post. N. = 0.302 *. 

Brasil: 377 trabalhadores perderam o emprego por hora em um ano
Brasil: 377 trabalhadores perderam o emprego por hora em um ano

A crise provocada pela pandemia de coronavírus deixou marcas profundas no mercado de trabalho. Em média, 377 brasileiros perderam o emprego por hora em um ano.

Os números são de um levantamento realizado pela consultoria IDados com base nos indicadores de abril – os últimos disponíveis – da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Em abril, o Brasil tinha 85,9 milhões de ocupados, 3,3 milhões a menos do que no mesmo mês de 2020. Calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Contínua leva em conta tanto o mercado de trabalho forma como o informal.

"Na pandemia, a queda do emprego foi recorde na comparação ano contra a ano", afirma Bruno Ottoni, analista da consultoria IDados e responsável pelo levantamento. "A partir de abril, maio e junho (de 2020), houve uma retração muito grande do emprego, o que mostra que a pandemia afetou fortemente o mercado de trabalho."

Trabalhadores contratados ou demitidos por hora — Foto: Economia G1
Trabalhadores contratados ou demitidos por hora — Foto: Economia G1

Nessa base de comparação anual (mês contra igual mês do ano anterior), o estudo do IDados mostra que, se o efeito da pandemia ainda se arrasta no mercado de trabalho, o estrago já foi muito pior. Em agosto do ano passado, no período mais agudo da crise, quase 1,4 mil brasileiros perdiam o emprego por hora. Naquele momento, o país tinha 81,6 milhões de ocupados, quase 12 milhões a menos na comparação anual.

"A partir de agora, o que a gente vai ver provavelmente é esse número ficando cada vez menos negativo e, em algum momento, ele deve passar para o terreno positivo", diz Ottoni.

O pesquisador destaca, no entanto, que essa melhora vai ocorrer por causa de uma base de comparação bastante fraca. Em dezembro de 2019, por exemplo, o Brasil chegou a ter 94,5 milhões de pessoas com algum trabalho.

A fragilidade do mercado de trabalho fica evidente na taxa de desemprego. No trimestre encerrado em abril, a desocupação manteve o patamar recorde de 14,7% e atingiu a 14,8 milhões de brasileiros.

Desemprego mantém recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril
Desemprego mantém recorde de 14,7% no trimestre encerrado em abril 

Os país atingiu o recorde histórico da taxa de desemprego no início deste ano. A melhora esperada vai se dar com uma queda desse patamar elevado, mas ainda vamos terminar o ano com um desemprego muito alto", afirma Ottoni. 
Sem emprego na pandemia
Terezinha de Jesus dos Santos, de 35 anos, não consegue trabalho desde o início da pandemia — Foto: Acervo pessoal
Terezinha de Jesus dos Santos, de 35 anos, não consegue trabalho desde o início da pandemia — Foto: Acervo pessoal

Desde que começou a pandemia, Terezinha de Jesus dos Santos, de 35 anos, nunca mais conseguiu um emprego. Moradora de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, ela tem uma filha de 13 anos e sobrevive apenas com o Auxílio Emergencial.

"Antes da pandemia, eu estava trabalhando como diarista, ganhando bem, mas, depois, com o coronavírus, o pessoal foi ficando preocupado, com medo de falir, e fui dispensada", afirma Terezinha.

O auxílio tem sido insuficiente para que ela consiga pagar todas as suas contas. O aluguel de R$ 550 está atrasado há dois meses.

"Quando sai o auxílio, eu compro básico, essas coisas mais em conta. Coloco no congelador e vou tirando aos pouquinhos", diz Terezinha. "Quando falta alguma coisa, o pessoal (da comunidade de Paraisópolis) sempre me dá uma cesta básica."

Para tentar voltar ao mercado de trabalho, Terezinha diz que sai todos os dias de casa em busca de um emprego. "Estou sempre procurando. Não fico dentro de casa porque é pior. Sempre saio procurando nas empresas, preenchendo fichas. Estou indo em busca."

Medo do despejo

A crise provocada pela pandemia também tirou a renda de André Pacheco, de 42 anos. Ele tem uma barraca de yakissoba na Lapa, centro do Rio, que ficou fechada no ano passado.

André mora numa ocupação e já recebeu ordem de despejo. Ao todo, são nove pessoas da família na mesma casa.

"Pensei em procurar alguma coisa com carteira assinada. Mandei e-mails, tentei alguns contatos, mas ninguém me chamou para nada", diz André.

Com a barraca fechada, a renda da família vinha do Auxílio Emergencial recebido pela esposa de André e de doações.

O sonho da gente sempre foi ter uma loja de yakissoba para empregar a família e ter uma qualidade de vida melhor, diz André. Eu moro em uma ocupação. A gente está com medo de perder a casa porque não temos condição de pagar um aluguel. Não tenho renda. Você vai tentar alugar uma casa, e eles pedem várias garantias. Então, a gente vai vivendo dessa forma.

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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Dívida pública deve se aproximar de 82% do PIB em 2021, diz secretário do Tesouro

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Última projeção da equipe econômica, divulgada em junho, previa dívida equivalente a 84,7% do PIB em dezembro. Nova estimativa oficial sai em relatório de outubro.
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Por Jamile Racanicci, TV Globo — Brasília

Postado em 23 de julho de 2021 às 20h45m

 .*  Post. N. = 0.301 *. 

O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, afirmou nesta sexta-feira (23) que a dívida pública federal deve se aproximar de 82% do PIB brasileiro até o final de 2021.

"A tendência, por enquanto, é termos a dívida mais próxima de 82% [do PIB], talvez até um pouco abaixo disso", afirmou Bittencourt em transmissão ao vivo do site Jota. "Estamos migrando para o entorno de 82%, é isso que deve mostrar o próximo relatório", complementou.

A projeção é menor que a última estimativa oficial divulgada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no mês passado. Em apresentação à comissão do Congresso que acompanha o combate à Covid, Guedes falou em um patamar maior, de 84,7%.

O próximo relatório de projeções da dívida pública, divulgado semestralmente pelo Tesouro Nacional, deve ser publicado em 27 de outubro.

Com a pandemia, a dívida pública federal ultrapassou a casa dos R$ 5 trilhões pela primeira vez na história no fim de 2020. Veja abaixo:

Dívida pública ultrapassa R$ 5 tri pela primeira vez na história
Dívida pública ultrapassa R$ 5 tri pela primeira vez na história

Bolsa família em dezembro

Ainda durante a transmissão ao vivo, o secretário do Tesouro Nacional avaliou que é possível reformular o Bolsa Família para pagar cerca de R$ 300 mensais ainda esse ano, como quer o presidente Jair Bolsonaro.

Haveria espaço para isso no teto de gastos, segundo Bittencourt, porque parte dos beneficiários do Bolsa Família receberá o auxílio emergencial de agosto a outubro.

Como o Congresso permitiu que as despesas relacionadas diretamente ao combate à pandemia fiquem fora do teto de gastos, o dinheiro recebido por esses beneficiários vem de créditos extraordinários – e não do orçamento do Bolsa Família.

Assim, o Ministério da Economia estimou que foi aberto um espaço de R$ 9,5 bilhões no orçamento do programa de redistribuição de renda.

A estimativa foi divulgada na última quinta-feira (22) pela equipe econômica, ao anunciar a liberação de R$ 4,5 bilhões do Orçamento, que estavam bloqueados desde abril.

Governo desbloqueia R$ 4,5 bilhões do orçamento; folga no teto permitirá aumento no valor do Bolsa Família
Governo desbloqueia R$ 4,5 bilhões do orçamento; folga no teto permitirá aumento no valor do Bolsa Família 

O nosso nível de despesas abaixo do teto é maior que os R$ 4,5 bilhões de desbloqueio que apresentamos. Ele é na casa de R$ 12 bilhões. O desbloqueio foi menor porque temos R$ 9 bilhões que decorrem de economia com o Bolsa Família em 2021, afirmou.

Se conseguirmos alocar despesas do Orçamento desse ano de modo a abrir o espaço pra pagar os primeiros benefícios em novembro e dezembro, sim, seria possível criar o programa a partir de dezembro e usar compensações de outras naturezas a partir de janeiro de 2022, concluiu, sem detalhar quais seriam essas compensações.

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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Dólar sobe forte e fecha a R$ 5,25 com aumento de casos globais de Covid-19

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Nesta segunda-feira (19), a moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 2,63%, cotada a R$ 5,2501.
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Por G1

Postado em 19 de julho de 2021 às 10h00m

 .*  Post. N. = 0.300 *. 

Notas de dólar — Foto: Reuters
Notas de dólar — Foto: Reuters

O dólar fechou em forte alta nesta segunda-feira (19), em meio à aversão ao risco no exterior diante do aumento nos casos globais de Covid-19, o que levanta novas preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico.

A moeda norte-americana subiu 2,63%, vendida a R$ 5,2501. Veja mais cotações. Na máxima da sessão, foi cotada a R$ 5,2581. É o maior patamar de fechamento desde 8 de julho (R$ 5,2561).

A bolsa de valores também sofreu com o mau humor do mercado e recuou 1,24%.

Na sexta-feira, o dólar fechou em estabilidade, cotado a R$ 5,1154. No mês, a divisa tem avanço de 5,58%. No ano, passou a acumular alta de 1,21%.




Cenário

A aversão ao risco é provocada por novas notícias de aumentos preocupantes no número de casos de Covid-19 ao redor do mundo por causa da variante Delta, ainda mais infecciosa que as anteriores. Investidores temem que o ressurgimento das contaminações prejudique o ritmo da recuperação econômica global.

Vários países europeus, incluindo França e Espanha, além de Holanda e Grécia, anunciaram novas restrições sociais para combater a variante delta na semana passada.

Os investidores têm monitorado ainda a trajetória de inflação dos Estados Unidos e os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Caso o Fed decida adotar uma postura mais dura para conter a inflação, reduzindo seu estímulo e elevando os juros mais cedo do que o esperado, os mercados financeiros de economias emergentes tendem a ser impactados com o redirecionamento de recursos para os Estados Unidos, com efeitos diretos no mercado de câmbio de países como o Brasil.

No cenário local, analistas do mercado financeiro elevaram para 6,31% a estimativa de inflação em 2021, ao mesmo tempo em que passaram a ver um crescimento de 5,27% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Já para a Selic, a taxa básica de juros da economia, o mercado elevou a previsão pela segunda semana seguida. A expectativa é de a taxa chegar a 6,75% ao fim deste ano.

Para a taxa de câmbio, a estimativa para o fim de 2021 se manteve em R$ 5,05. Para 2022, é de R$ 5,20.
Variação do dólar em 2021 — Foto: Economia G1
Variação do dólar em 2021 — Foto: Economia G1

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