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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Renda domiciliar per capita caiu em 2020, para R$ 1.380, diz IBGE

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Valor é 4,1% menor que o rendimento médio nacional nominal registrado em 2019, sem considerar os efeitos da inflação.  
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Por Daniel Silveira e Darlan Alvarenga, G1 — Rio de Janeiro e São Paulo  
26/02/2021 10h00 Atualizado há 2 horas
Postado em 26 de fevereiro de 2021 às 12h00m

 .*  Post. N. = 0.219  *. 

O rendimento domiciliar per capita do Brasil ficou em R$ 1.380 em 2020, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua).

O valor é 4,1% menor que o rendimento médio nacional nominal registrado em 2019, de R$ 1.439 , sem considerar os efeitos da inflação.

De acordo com o levantamento, o maior rendimento per capita foi observado no Distrito Federal (R$ 2.475) – quase o dobro da média nacional. Já o menor foi registrado no Maranhão, onde foi de apenas R$ 676, menos da metade que a média nacional. Em São Paulo e no Rio de Janeiro foi de R$ 1.814 e R$ 1.723, respectivamente.

Em 2020, 13 estados brasileiros registaram média da renda domiciliar per capita menor que o salário mínimo nacional vigente no ano, que foi de R$ 1.045.

Segundo o IBGE, o rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. O cálculo inclui pensionistas, domésticos e seus familiares.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua). Essas estimativas servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.

Rendimento médio domiciliar per capita 2020 — Foto: Economia G1
Rendimento médio domiciliar per capita 2020 — Foto: Economia G1

Veja o rendimento nominal mensal domiciliar per capita em 2020, por estado:

  • Rondônia: R$ 1.169
  • Acre: R$ 917
  • Amazonas: R$ 852
  • Roraima: R$ 983
  • Pará: R$ 883
  • Amapá: R$ 893
  • Tocantins: R$ 1.060
  • Maranhão: R$ 676
  • Piauí: R$ 859
  • Ceará: R$ 1.028
  • Rio Grande do Norte: R$ 1.077
  • Paraíba: R$ 892
  • Pernambuco: R$ 897
  • Alagoas: R$ 796
  • Sergipe: R$ 1.028
  • Bahia: R$ 965
  • Minas Gerais: R$ 1.314
  • Espírito Santo: R$ 1.347
  • Rio de Janeiro: R$ 1.723
  • São Paulo: R$ 1.814
  • Paraná: R$ 1.508
  • Santa Catarina: R$ 1.632
  • Rio Grande do Sul: R$ 1.759
  • Mato Grosso do Sul: R$ 1.488
  • Mato Grosso: R$ 1.401
  • Goiás: R$ 1.258
  • Distrito Federal: R$ 2.475

Dados divulgados mais pelo cedo IBGE mostraram que o rendimento médio real habitual caiu 4,2% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2020, em R$ 2.507. Já a média anual ficou em R$ 2.543, com crescimento de (4,7%) em relação a 2019.

Taxa de desemprego fica em 13,9% no quarto trimestre de 2020, diz IBGE
Taxa de desemprego fica em 13,9% no quarto trimestre de 2020, diz IBGE

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Dólar: por que a moeda americana não cai no Brasil, na contramão do mundo

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Moeda brasileira trilhou caminho contrário às divisas de muitos países, inclusive emergentes, registrando forte desvalorização frente ao dólar no ano passado, apesar de recuperar-se um pouco nos últimos meses.
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TOPO
Por BBC
25/02/2021 09h01 Atualizado há 2 horas
Postado em 25 de fevereiro de 2021 às 11h05m

 .*  Post. N. = 0.218  *. 

Real registrou forte desvalorização frente do dólar no ano passado — Foto: Getty Images via BBC
Real registrou forte desvalorização frente do dólar no ano passado — Foto: Getty Images via BBC

Nunca antes na história dos Estados Unidos tantos dólares foram emitidos. A decisão do Fed (banco central dos EUA) de imprimir dinheiro foi tomada para combater os efeitos da recessão econômica causada pela pandemia de covid-19.

Paralelamente, a taxa de juros foi reduzida e hoje está próxima de zero. Quando isso acontece, o país tende a ficar "menos atraente" aos olhos dos investidores estrangeiros, que tendem a buscar outros mercados com retornos maiores sobre seu capital.

Como resultado, o dólar perdeu valor ante as principais moedas globais. Mas não frente ao real.

Na verdade, a moeda brasileira se provou uma exceção, trilhando um caminho contrário às divisas de outros muitos países, inclusive emergentes: registrou forte desvalorização frente ao dólar no ano passado e recuperou-se um pouco nos últimos meses.

A série de gráficos a seguir, elaborados por Henrique Castro e Claudia Yoshinaga, professores da Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido da BBC News Brasil, mostra o comportamento do real frente ao dólar em três períodos diferentes, de 31 de janeiro de 2020 a 29 de janeiro de 2021, de 31 de julho de 2020 a 29 de janeiro de 2021 e, por fim, de 30 de outubro de 2020 a 29 de janeiro de 2021.

Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC
Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC


Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC
Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC


Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC
Variação cambial frente ao dólar — Foto: Henrique Castro/Claudia Yoshinaga/BBC

Como se pode observar, no primeiro período, de 31 de janeiro de 2020 a 29 de janeiro de 2021, ou seja, desde o início da pandemia do coronavírus, o real perdeu quase 22% de seu valor frente à moeda americana, deixando para trás o limite "psicológico" de R$ 4 por dólar. Foi o pior desempenho entre as 30 moedas mais negociadas do mundo mais o peso argentino.

A partir de agosto, a sangria foi estancada, mas a moeda brasileira seguiu apresentando desvalorização em relação à americana, porém, menor, de cerca de 5%. Ainda assim, permaneceu como a de pior desempenho. E, por fim, nos últimos três meses, desde novembro, o real reverteu parcialmente a queda, valorizando-se em 5,6% ante a moeda americana. Ainda assim, sobre uma base anteriormente baixa.

Apesar disso, nos último dias, o dólar voltou a se apreciar em relação ao real. Na segunda-feira (21/02), a moeda americana abriu em forte alta depois após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interferir no comando da Petrobras e indicar o general Joaquim Silva e Luna para comandar a estatal. Além disso, Bolsonaro disse um dia antes que vai "meter o dedo na energia elétrica", e que, "se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, na semana que vem teremos mais".

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse 'descolamento' do real das moedas de outros países, inclusive emergentes, se deveu principalmente a questões internas, como risco fiscal e as incertezas sobre a trajetória da dívida pública brasileira - ao passo que as reformas prometidas pelo governo, principalmente aquelas que melhoram as contas do governo, não foram aprovadas.

"Não há dúvida de que o fator doméstico preponderou no direcionamento da taxa de câmbio. Se não fossem esses problemas locais bastantes significativos, por causa da questão fiscal, era para a nossa taxa de câmbio estar bem abaixo de R$ 5 por dólar", diz à BBC News Brasil Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendência Consultoria, em São Paulo.

Claudia Yoshinaga, da FGV-SP, concorda. Ela acrescenta que as reformas prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro, com exceção da da Previdência, não saíram do papel.

"A situação fiscal do Brasil é preocupante. Existia uma perspectiva de melhoria com a eleição de Bolsonaro, mas reformas aguardadas não se concretizaram, com exceção da da Previdência, que não cumpriu exatamente o que se esperava dela", assinala.

"No passado recente, tivemos a renúncia do presidente da Eletrobras, as privatizações que não saíram do papel… A discussão agora é sobre a prorrogação do auxílio emergencial, pois existe a preocupação de que esse benefício crie um rombo que o governo não vai conseguir tapar", acrescenta.

No início de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que o governo federal e o Congresso estão buscando formas de prorrogar o auxílio emergencial. As negociações apontam que ele voltará em quatro parcelas a serem pagas a partir de março ou abril deste ano. O benefício, lançado para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia, acabou no final de 2020. Por meio dele, 67,9 milhões de beneficiários receberam parcelas de R$ 600 e depois R$ 300, ao custo de R$ 293 bilhões para os cofres públicos.

Além disso, por causa da pandemia, o governo teve que expandir gastos. O rombo nas contas do Tesouro foi de R$ 743 bilhões. Esse déficit ajudou a aumentar a dívida pública, que foi de 74,3% para 89,3% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma dos bens e serviços produzidos por um país) em um ano.

E o governo precisará pagar 57% dessa fatura, de R$ 1,4 trilhão, até o 1º semestre deste ano. Não é uma tarefa fácil. Segundo análise da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado, o teto dos gastos públicos, aprovado em 2016 durante o governo de Michel Temer, corre riscos elevados de ser descumprido neste ano.

Tudo isso preocupa os investidores — e impacta evidentemente o comportamento do real frente ao dólar, assinalam os especialistas.

Segundo economistas, risco fiscal no Brasil teve impacto negativo na taxa de câmbio — Foto: Getty Images via BBC
Segundo economistas, risco fiscal no Brasil teve impacto negativo na taxa de câmbio — Foto: Getty Images via BBC

Futuro

Mas qual será o comportamento do dólar daqui em diante?

"O colapso do dólar apenas começou", disse Stephen Roach, professor da Universidade Yale, nos EUA, e ex-presidente do banco de investimentos Morgan Stanley na Ásia, à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

Roach prevê que a moeda poderá cair mais de 35% até o final deste ano com base em três grandes motivos.

O primeiro é que há um aumento acentuado do déficit em conta corrente dos EUA, ou seja, o país paga mais no exterior pela troca de bens, serviços e transferências do que recebe. Sua projeção é de que esse déficit continue a impulsionar a queda da moeda.

A segunda é a valorização do euro, depois que os governos da Alemanha e da França concordaram com um pacote de estímulo fiscal, além da emissão de títulos. E a terceira é que Roach prevê que o Banco Central americano pouco faria para impedir a queda do dólar.

Com os EUA cada vez mais dependentes de capital estrangeiro para compensar seu crescente déficit de poupança interna, explica ele, e com as políticas adotadas pelo Fed que criam um grande excesso de liquidez, "o argumento para um forte enfraquecimento do dólar parece mais convincente do que nunca", argumenta.

Em relação aos efeitos que uma desvalorização do dólar tem sobre os mercados emergentes (como Brasil, México, Argentina, Colômbia, Peru ou Chile na América Latina), o especialista sugere que podem ocorrer aumentos em algumas bolsas desses países.

Enquanto o Federal Reserve não aumentar as taxas de juros, que é o que Roach presume que acontecerá, "a fraqueza do dólar deve causar aumentos nos mercados acionários estrangeiros em geral e nas ações dos mercados emergentes em particular."

"Sem exageros"

No entanto, outros economistas argumentam que, embora a moeda esteja um pouco fraca este ano, em nenhum caso um "crash" deve ser esperado.

"A queda do dólar não deve ser exagerada", escreveu Mark Sobel, presidente para os EUA do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF), no início de janeiro no site do centro de estudos.

Em sua visão, há uma perspectiva "desalentadora" para o dólar.

"O dólar pode cair neste ano, mas uma perspectiva muito negativa não se justifica", disse Sobel.

Um dos argumentos é que o dólar já caiu bastante (13% em 2020 em relação ao pico em março). Outra é que em meio às incertezas globais, não é tão certo que os investidores prefiram arriscar e apostar em outras moedas que não o dólar.

Paralelamente, Sobel também diz acreditar que pode haver condições monetárias relativamente mais favoráveis nos EUA e que o atual ciclo de dólar forte está simplesmente chegando ao fim. Ou seja, se as medidas de estímulo para a retomada da economia no país forem bem-sucedidas, muito provavelmente, o dólar pode voltar a se valorizar.

De fato, os juros de longo prazo nos EUA tiveram o maior aumento em um ano, indicando a possibilidade de que esse cenário se concretize.

Em linha com a visão de Sobel, Campos Neto, da Tendências Consultoria, diz não acreditar em uma forte queda do dólar. Falando sobre o Brasil, ele nota que "apesar das dificuldades que temos, a percepção é que vai se fazer o mínimo para solucionar esse problema (fiscal). Com isso, nossa taxa de câmbio pode se aproximar do que o fator externo sugere, uma taxa bem mais baixa", diz o economista, ressalvando "que todo esse risco fiscal gera muita volatilidade".

Sua previsão é ligeiramente melhor do que a do mercado, que calcula que o dólar fechará 2021 cotado a R$ 5,05.

Yoshinaga, da FGV-SP, lembra que o comportamento do real frente do dólar deve depender da taxa de vacinação do Brasil.

"Se a população é vacinada mais rapidamente, a atividade econômica tende a se recuperar também com mais rapidez e a situação do país melhora", diz. 
Quem ganha e quem perde

O real desvalorizado tem impacto não apenas no bolso de quem quer ou precisa comprar dólares ou de quem adquire produtos importados.

A indústria nacional consome uma série de insumos importados, como é o caso do segmento eletrônico. E há uma série de itens cuja formação de preços acaba sendo influenciada pelas cotações internacionais, como é o caso dos combustíveis e das commodities em geral.

O "dilema do arroz" é ilustrativa nesse sentido. A desvalorização — além da maior demanda internacional, que tende a elevar os preços — tende a aumentar a receita em reais de quem vende para fora. Assim, o produtor às vezes prefere exportar do que vender no mercado interno. A menor disponibilidade no mercado interno, por sua vez, empurra o preço para cima no mercado doméstico.

A mesma lógica vale para o milho, para a soja, para o açúcar… Essa dinâmica ajuda a explicar porque os alimentos subiram tanto de preço nos últimos meses.

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Ataques hacker a hospitais e farmacêuticas aumentam com a pandemia, aponta IBM

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Organizações e empresas ligadas ao combate à Covid-19 foram duas vezes mais atacadas pelos cibercriminosos em 2020 na comparação com o ano anterior.
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Por G1

Postado em 24 de fevereiro de 2021 às 20h50m

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Em dezembro de 2020, IBM alertou que hackers tentaram obter informações sobre processo de logística da vacina contra Covid-19.  — Foto: REUTERS/Dado Ruvic
Em dezembro de 2020, IBM alertou que hackers tentaram obter informações sobre processo de logística da vacina contra Covid-19. — Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Organizações e empresas ligadas ao combate à Covid-19 foram grandes alvos para os hackers durante o ano de 2020, segundo um relatório divulgado pela IBM nesta quarta-feira (24).

Hospitais, fabricantes de produtos farmacêuticos e empresas de energia que alimentam a cadeia de suprimentos relacionadas com a pandemia foram duas vezes mais atacados do que em 2019, segundo o estudo.

Esse grupo de organizações representou 6,6% das ameaças digitais detectadas em 2020, comparado com 3% do ano anterior. A análise foi feita a partir de dados de 130 países, incluindo o Brasil.

O relatório indica que os criminosos estão de olho em infraestrutura crítica, mesmo que não estejam ligadas ao combate à pandemia.

No início de fevereiro, um hacker conseguiu invadir a rede de computadores de uma usina de água no estado da Flórida, nos Estados Unidos, e tentou contaminá-la com um aditivo químico, mas não teve sucesso.

Mensagens com iscas

Em dezembro passado, a própria IBM alertou que o processo de transporte de vacinas contra Covid-19 era alvo de hackers. Na ocasião, cibercriminosos enviaram e-mails falsos para tentar obter informações.

Esse tipo de golpe de mensagens falsificadas que tentam enganar as pessoas ao se passar por alguém confiável é conhecido como "phishing" e costuma figurar como a modalidade de ataque mais popular.

Empresas e marcas que se popularizaram diante da pandemia e da necessidade de trabalhar remotamente foram utilizadas como iscas pelos criminosos, segundo a IBM.

Google, Dropbox, YouTube, Facebook e Amazon foram as marcas mais "falsificadas" nesses tipos de golpes. Em muitas ocasiões, o hacker envia um e-mail pedindo para a pessoa recuperar a sua senha ou fornecer dados sensíveis.

Método preferido

Embora o "phishing" tenha figurado como método preferido de ataque por anos, isso mudou em 2020. A maneira mais bem-sucedida de ataques foi verificando e explorando vulnerabilidades (35%) de sistemas digitais.

A proteção mais recomendada para esses casos é manter sempre os dispositivos e aplicativos atualizados.

Vírus de resgate

Os cibercriminosos também privilegiaram ataques por vírus de resgate (ransomware), em que o hacker consegue bloquear os arquivos da vítima e cobra um valor para liberar o conteúdo.

Esses ataques foram responsáveis por 23% do total dos incidentes de segurança detectados no relatório da IBM – uma alta de 20% em relação a 2019.

O crescimento dessa modalidade está relacionado com os possíveis lucros: a companhia estima que o vírus de resgate Sodinokibi rendeu US$ 120 milhões (R$ 650 milhões) aos cibercriminosos. Entretanto, a recomendação de especialistas é nunca pagar o resgate.

Metade das campanhas de vírus de resgate usaram a extorsão dupla, quando o criminoso pede dinheiro para restaurar o acesso aos arquivos e outra quantia para não vazar os dados que ele roubou.

É possível recuperar arquivos sequestrados por vírus de resgate?
É possível recuperar arquivos sequestrados por vírus de resgate?

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Bovespa cai quase 5% com intervenção na Petrobras; ações da estatal recuam em 20%

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Papéis da estatal tiveram forte queda com troca no comando da petroleira e temores de intervenção do governo na política de preços de combustíveis. Banco do Brasil também desaba.  
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Por Darlan Alvarenga e Raphael Martins, G1  
22/02/2021 09h45 Atualizado há uma hora
Postado em 22 de fevereiro de 2021 às 11h00m

 .*  Post. N. = 0.216  *. 

Bovespa cai mais de 5%; Petrobras despenca 20%
Bovespa cai mais de 5%; Petrobras despenca 20%

A bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira (22), após o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado na noite de sexta-feira a indicação de um novo presidente-executivo para a Petrobras e com agentes financeiros enxergando aumento relevante de risco de ingerência governamental nas demais estatais.

O Ibovespa caiu 4,87%, a 112.667 pontos. Na mínima do dia, o índice foi a 111.650 pontos. Veja mais cotações.

A principal pressão no índice vem do tombo nos papéis da Petrobras. As ações ordinárias (PETR3) derretiam 20,48%, a R$ 21,55, e as preferenciais (PETR4) tinham baixa de 21,51%, a R$ 21,45. A empresa tem peso de 10,27% no Ibovespa.

Na bolsa de Nova York, a Nyse, o tombo era semelhante. As ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras recuavam 20,25%.

Segundo levantamento da Economatica, com o tombo nas cotações, a Petrobras perdeu em poucas horas nesta segunda-feira quase R$ 75 bilhões em valor de mercado. Foi a segunda maior queda diária em valor da mercado da Petrobras desde o início do plano Real. Na sexta-feira, a petroleira já tinha encolhido R$ 28 bilhões.

Os temores se estendem à intervenção do governo federal na política de preços do setor de energia e na gestão de estatais. Além da petroleira, o Banco do Brasil acumulou perda expressiva. A Eletrobras começou o dia em queda, mas se recuperou.

  • Banco do Brasil (BBAS3): -11,65%
  • Eletrobras (ELET3): -0,69%
  • Eletrobras (ELET6): -0,17%
  • Petrobras (PETR3): -20,48%
  • Petrobras (PETR4): -21,51%

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,64%, a 118.420 pontos, acumulando baixa de 0,84% na semana. Na parcial do mês, o índice acumulou queda de 2,01%. No ano, a queda está em 5,26%.

O dólar também teve dia turbulento. A moeda norte-americana teve alta de 1,26%, a R$ 5,4554.

Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: G1 Economia
Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: G1 Economia


Juliana Rosa: ‘Clima de incerteza vai além da Petrobras’
Juliana Rosa: ‘Clima de incerteza vai além da Petrobras’

Cenário

Na noite de sexta-feira, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, gerando muitas críticas. Para que a troca na presidência da Petrobras seja concretizada, a indicação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da Petrobras, que tem reunião prevista para esta terça-feira (23).

No sábado, Bolsonaro disse que precisa "trocar as peças que porventura não estejam funcionando". E que, "na semana que vem, teremos mais", sem dar mais detalhes. Bolsonaro também disse no sábado que vai "meter o dedo na energia elétrica", e que, se a imprensa está preocupada com a troca, "na semana que vem teremos mais".

A decisão e Bolsonaro de trocar o comando da Petrobras repercutiu negativamente entre investidores, com vários analistas cortando a recomendação dos papéis, bem como reduzindo preços-alvo. A XP Investimentos, por exemplo, cortou a recomendação para os papéis da Petrobras de "neutro" para "venda" no domingo, em relatório sob o título "Não há mais como defender".

"As declarações recentes do presidente acendem um enorme sinal amarelo – senão vermelho ao cenário político local", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, em comunicado a clientes.

Na cena doméstica, os investidores continuam de olho também nas discussões em torno de mais gastos com Auxílio Emergencial para a população vulnerável, em meio às preocupações com a saúde das contas públicas e rompimento do teto de gastos – considerado a âncora fiscal do país neste momento.

O relator da proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial, senador Márcio Bittar (MDB-AC), divulgou o parecer sobre o assunto nesta segunda.

O texto propôs que os gastos com o auxílio neste ano fiquem fora da regra do teto de gastos, criada para controlar o aumento das despesas públicas e ajudar a reverter a trajetória de alta da dívida. De acordo com o texto divulgado pelo senador, o dinheiro para pagamento das novas parcelas do auxílio deve vir de crédito extraordinário, o que permite que essa despesa fique fora do teto de gastos.

Além disso, a proposta acaba com os pisos para gastos em saúde e educação dos estados e municípios. Com isso, caso a proposta passe pelo Legislativo, os governantes ficam desobrigados de efetuar gastos mínimos nessas áreas.

Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda mostrou que os analistas do mercado elevaram a estimativa de inflação em 2021 para 3,82%, acima da meta central, que é de 3,75%. A expectativa para a taxa Selic no fim de 2020 subiu de 3,75% para 4% ao ano. Já a projeção para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021 foi reduzida de 3,43% para 3,29%.

'Medida de caráter altamente populista', diz ex-secretário sobre mudanças na Petrobras
'Medida de caráter altamente populista', diz ex-secretário sobre mudanças na Petrobras

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