O receio com a disseminação do vírus no bloco suplantou o otimismo com a aprovação da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford na região. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Valor Online 30/12/2020 15h00 Atualizado há 3 horas Postado em 30 de dezembro de 2020 às 18h00m
.*Post. N. =0.175*.
Operadores trabalham na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha — Foto: Reuters
As bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira (30), com os temores sobre o agravamento da pandemia de Covid-19 suplantando o otimismo com a aprovação da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, na região.
O Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,34%, a 400,25 pontos.
O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, recuou 0,71%, a 6.555,82 pontos.
O DAX, de Frankfurt, caiu 0,31%, a 13.718,78 pontos.
O CAC 40, de Paris, cedeu 0,22%, a 5.599,41 pontos.
O FTSE MIB fechou em queda de 0,12%, a 22.232,90 pontos.
O Ibex 35, de Madri, recuou 0,25%, a 8.154,40 pontos.
Além dos estímulos fiscais, o otimismo entre os investidores é alimentado também pela notícia de que o Reino Unidoaprovou, hoje, o uso da vacina contra o novo coronavírus produzida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.
Esta é a terceira vacina desenvolvida no Ocidente a receber aprovação
para uso em emergência neste mês, e ocorre à medida que os casos
aumentam drasticamente nos EUA e na Europa.
"A vacina da AstraZeneca, em especial, é muito importante, muito mais
do que qualquer outra vacina em nível global", disse Hani Redha, gerente
de portfólio multimercados da PineBridge Investments. "Só o número de
doses disponíveis e o fato de que a sua distribuição é mais fácil,
especialmente em países em desenvolvimento, faz com que ela seja muito
importante", explica.
Ao contrário da vacina desenvolvida pela Pfizer, que precisa ser
armazenada a -70°C, a da AstraZeneca pode ser transportada em uma
geladeira convencional, facilitando a distribuição. A vacina britânica
também é mais barata do que a sua contraparte americana.
Os índices acionários, porém, fecharam em terreno negativo, com as
notícias de que a Alemanha pretende estender o fechamento da sua
economia e de que partes do Reino Unido elevaram o "lockdown" a nível
quatro (o mais elevado) mais do que compensando o bom humor com a
aprovação da vacina.
Nesta terça-feira, o principal índice da bolsa de valores avançou 0,24%, a 119.409 pontos. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 30/12/2020 09h51 Atualizado há 27 minuto Postado em 30 de dezembro de 2020 às 12h00m
.*Post. N. =0.174*.
Painel eletrônico na Bovespa, em São Paulo — Foto: Paulo Whitaker/Reuters
O principal índice bolsa de valores brasileira, a B3,
passou a cair nesta quarta-feira (30), após atingir mais cedo os 120
mil pontos pela primeira vez, com os investidores analisando o
noticiário benigno sobre vacinas contra a Covid-19 na última sessão do
ano.
Às 17h35, o Ibovespa recuava 0,03%, a 119.353 pontos. Na máxima até o momento, o índice chegou a 120.150 pontos. Veja mais cotações.
Na terça-feira (29), o fechou em alta de 0,24%, aos 119.409 pontos. No acumulado do mês, o índice é positivo, com alta de 9,75%. No ano, o saldo é de 3,35%.
Reino Unido aprova vacina de Oxford para uso emergencial
Em outra frente, uma filiada à farmacêutica estatal chinesa Sinopharm
disse que sua vacina contra Covid-19 mostrou 79,34% de eficácia e que
solicitou uma aprovação regulatória para o medicamento.
visão da Guide Investimentos, investidores já estão calibrando
perspectivas com a entrada em 2021, avaliando os impactos econômicos de
estímulos nas economias centrais e a velocidade e eficácia da vacinação
ao redor do mundo.
O sinal positivo também prevalecia nos futuros acionários
norte-americanos e nos contratos do petróleo, enquanto o dólar recuava
ante uma cesta de moedas, referendando o cenário de apetite a risco
nesta sessão.
Índice FTSEurofirst 300 subiu 0,75%, a 1.547 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,76%, a 402 pontos, subindo pela quinta sessão consecutiva. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Reuters 29/12/2020 15h00 Atualizado há 3 horas Postado em 29 de 2020 às 18h00m
.*Post. N. =0.173*.
Quase um ano após a saída do Reino Unido da UE, o chamado Brexit, os
dois lados fecharam um acordo — Foto: Getty Images via BBC
As ações europeias fecharam em uma máxima em dez meses nesta
terça-feira (29), depois que um acordo comercial do Brexit, esperanças
de um pacote de estímulo aprimorado nos Estados Unidos e a maratona da campanha de vacinação contra a Covid-19 no continente pintaram um cenário mais otimista para 2021.
O
índice FTSEurofirst 300 subiu 0,75%, a 1.547 pontos, enquanto o índice
pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,76%, a 402 pontos, subindo pela quinta
sessão consecutiva.
As ações britânicas tiveram desempenho superior ao de seus pares
regionais depois da conclusão de um acordo comercial do Brexit na semana
passada.
Reino Unido publica regras do Brexit
Embora o acordo, assinado na semana passada, esclareça as dúvidas sobre
o comércio entre o Reino Unido e a UE no curto prazo, os dois lados
ainda precisam acertar os detalhes do pacto-- um processo que deve levar
anos.
A pandemia de coronavírus também permanece como uma fonte de incerteza,
visto que as rupturas econômicas geradas pelo vírus persistirão nesse
meio tempo até que haja uma vacinação generalizada.
As ações europeias caminhavam para terminar o ano em baixa, apesar da
forte recuperação diante de mínimas em vários anos atingidas mais cedo
no ano.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,55%, a 6.602,65 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,21%, a 13.761,38 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,42%, a 5.611,79 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,13%, a 22.259,35 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,24%, a 8.174,80 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,05%, a 4.931,62 pontos.
Na segunda-feira, o principal índice da bolsa de valores avançou 1,12%, a 119.123 pontos. Esse foi o maior patamar de fechamento desde 23 de janeiro. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 29/12/2020 10h08 Atualizado há 2 horas Postado em 29 de dezembro de 2020 às 12h05m
.*Post. N. =0.172*.
Painel da B3 - Bovespa — Foto: Nelson Almeida/ AFP
Abolsa de valores brasileira, a B3,
opera com instabilidade nesta terça-feira (29), depois de alcançar novo
recorde intradiário no início do dia, em meio ao clima ainda favorável a
ativos de risco no exterior, dada a perspectiva de mais estímulos nos
Estados Unidos.
Às 14h40, o Ibovespa recuava 0,24%, a 118.842 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 119.861 pontos, maior patamar intradiário já alcançado pelo índice. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, a bolsa fechou em alta de 1,12%, a 119.123 pontos,
maior patamar de fechamento desde 23 de janeiro (119.527 pontos). No
acumulado do mês, o índice é positivo, com alta de 9,39%. No ano, o
saldo é de 3,01%.
Cenário global e local
No exterior, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou na
segunda-feira proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, para
o pagamento de US$ 2 mil dólares de auxílio para pessoas afetadas pela
pandemia de Covid-19, enviando a medida para um futuro incerto no
Senado.
A equipe da XP Investimentos ressaltou, contudo, que o destino do
pacote no Senado ainda é incerto por causa da oposição de muitos
Senadores republicanos.
Por aqui, os mercados avaliam os dados da confiança do setor de
serviços de dezembro, divulgados mais cedo pela Fundação Getulio Vargas
(FGV) - que mostraram leve alta em dezembro - e os números do desemprego de outubro: a taxa ficou em 14,3% no trimestre até outubro, abaixo dos 14,6% até setembro, na primeira queda do ano.
O presidente Donald Trump assinou no domingo (27) o projeto de lei que libera quase US$ 1 bilhão em estímulos fiscais e afasta os temores de uma nova paralisação do governo americano. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por Valor Online 28/12/2020 14h36 Atualizado há 2 horas Postado em 28 de dezembro de 2020 às 16h40m
.*Post. N. =0.171*.
Donald Trump assinou projeto de lei que libera quase US$ 1 bilhão em estímulos fiscais — Foto: Cheriss May/Arquivo/Reuters
O índice pan-europeu Stoxx Europe 600fechou em alta de 0,66%, a 398,58 pontos.
O DAX, índice de referência da bolsa de Frankfurt, avançou 1,49%, a 13.790,29 pontos.
O CAC 40, de Paris, subiu 1,20%, a 5.588,38 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,72%, a 22.288,52 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, subiu 0,54%, a 8.155,60 pontos.
A bolsa de Londres não operou hoje, devido ao feriado do "Boxing Day", no Reino Unido.
O projeto assinado ontem por Trump libera US$ 900 bilhões em estímulos
fiscais, evitando o corte de auxílios aos americanos mais pobres na
virada do ano, mas reduz os estímulos de US$ 600 semanais para US$ 300.
Além dos estímulos fiscais, o projeto de lei libera US$ 1,4 trilhão em
gastos para manter o governo em funcionamento até setembro do ano que
vem, afastando os temores de uma paralisação do governo americano por
falta de recursos.
Sob pressão, Trump assina plano de alívio econômico de US$ 900 bilhões
"Podemos finalmente dar um grande suspiro de alívio e dizer que o caos
sobre o pacote de estímulos acabou", disse Hussein Sayed,
estrategista-chefe de mercados da FXTM, à Dow Jones Newswires. "Isso
pode dar um último impulso aos ativos de risco nas últimas quatro
sessões do ano", mas ele deve ser limitado, pois a notícia
"provavelmente já estava amplamente precificada", completa.
As ações também receberam o impulso do otimismo com o início da
campanha de imunização europeia no domingo. Autoridades do bloco esperam
imunizar 450 milhões de pessoas, com a campanha dando prioridade a
idosos em um primeiro momento.
Brexit
Além disso, os papéis também receberam algum impulso do acordo do Brexit, firmado na última quinta-feira (24).
O acordo mantém o livre comércio de mercadorias entre a União Europeia e
o Reino Unido sem tarifas, mas cria vários empecilhos burocráticos ao
comércio.
O Reino Unido, em contrapartida, se comprometeu a manter os padrões
europeus em questões ambientais e trabalhistas, assim como em questões
como o subsídio a empresas.
O setor de serviços, porém, não recebeu as mesmas proteções do comércio
de mercadorias, reduzindo o acesso do vasto setor financeiro londrino
aos mercados europeus. O acordo deve entrar em vigor no dia 1º de
janeiro.
Na quarta-feira, o principal índice da bolsa de valores subiu 1%, a 117.806 pontos. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por G1 28/12/2020 10h05 Atualizado há 35 minutos Postado em 28 de dezembro de 2020 às 11h40m
.*Post. N. =0.170*.
A bolsa de valores brasileira, a B3,
opera em alta nesta segunda-feira (28), beneficiada pelo viés positivo
para ativos de risco globalmente, após o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, assinar o pacote de ajuda fiscal.
Na quarta-feira, o Ibovespa avançou 1%, a 117.806 pontos. No acumulado do mês, o índice continua positivo, com alta de 8,19%. No ano, o saldo é de 1,88%.
Saiba qual a expectativa do mercado sobre a chegada da vacina
Cenário global e local
Trump sancionou no domingo um pacote de ajuda pela pandemia e de gastos, restaurando o auxílio-desemprego a milhões de norte-americanos e evitando a paralisação do governo federal.
Na visão do estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, o pacote deve
dar suporte para que a economia dos EUA atravesse um período mais
turbulento até que a vacinação atinja uma escala maior e permita uma
recuperação mais estrutural do país.
Ele também destacou em comentários a clientes mais cedo que o processo
de vacinação vem ganhando escala ao redor do mundo e trazendo
expectativas de uma normalização econômica e social ainda no primeiro
semestre de 2021.
Ainda no radar, o Reino Unido publicou no sábado o texto do acordo comercial com a União Europeia
apenas cinco dias antes de sair de um dos maiores blocos comerciais do
mundo, em sua mudança global mais importante desde a queda do império.
No curto-prazo, Kawa avaliou que os ativos brasileiros serão ajudados
pelo fluxo global para ativos ciclos, que se beneficiam da recuperação
mundial, como as commodities.
"Contudo, sem um processo de vacinação em massa, corremos o risco de
'ficarmos para trás' no processo de recuperação e pagarmos um preço
elevado em momentos de menor liquidez global."
Embora os efeitos do coronavírus sejam sentidos em todos os países da região, os níveis de deterioração das condições econômicas variam significativamente. Confira quem teve os piores resultados. --------+++-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+++--------- Por BBC 25/12/2020 11h23 Atualizado há 2 dias Postado em 27 de dezembro de 2020 às 13h45m
.*Post. N. =0.169*.
Venezuela completa sete anos consecutivos de contração econômica em 2020 — Foto: Getty Images/BBC
Este ano registrará a maior contração na economia mundial desde 1946, como resultado do impacto da pandemia do coronavírus.
Para a América Latina, a situação foi ainda pior.
A região sofreu a maior queda no Produto Interno Bruto (PIB) em mais de um século, segundo informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) na semana passada.
"Nesse contexto, se compararmos diferentes indicadores de saúde,
econômicos, sociais e de desigualdade, a América Latina e Caribe formam a
região mais atingida no mundo emergente", disse a entidade em
relatório.
Os países latino-americanos como um todo já apresentavam baixas taxas
de crescimento econômico — em média, 0,3% entre 2014 e 2019, antes mesmo
de a pandemia de covid-19 eclodir.
Neste sentido, "com a chegada da pandemia, os choques externos
negativos e a necessidade de implementação de políticas de confinamento,
distanciamento físico e fechamento das atividades produtivas se somaram
a esse baixo crescimento econômico, que fez com que a emergência
sanitária se materializasse na pior crise econômica, social e produtiva
que a região viveu nos últimos 120 anos", explicou a Cepal.
Embora a redução da atividade econômica global tenha afetado toda a
região e todos países registraram contração do PIB, nem todos foram
afetados da mesma forma.
Confira abaixo quais são as 6 economias latino-americanas que mais
caíram em 2020 e os fatores específicos que influenciaram esses
resultados ruins.
1) Venezuela: -30%
A Venezuela
lidera com ampla vantagem a lista das economias latino-americanas que
mais caíram no final do ano, com -30%, segundo estimativas da Cepal.
Funcionário municipal espalha desinfetante em fachadas de lojas em
Caracas, na Venezuela, em foto de 8 de agosto — Foto: AP Photo/Matias
Delacroix
Esse enorme revés, no entanto, não é apenas atribuível à pandemia do
coronavírus. Está relacionado a outros problemas que levaram a economia
venezuelana a registrar seu 7º ano consecutivo de contração econômica em
2020.
"Desde 2014, a dinâmica apresentada pelo PIB dos setores petrolífero e
não petrolífero da economia venezuelana tem se caracterizado por uma
contração prolongada e severa. Essa situação se agravou em 2020 devido
aos efeitos da pandemia do coronavírus, uma grave escassez de
combustível e o endurecimento das sanções impostas pelos Estados Unidos
ao setor público venezuelano", disse a Cepal em documento sobre a
economia venezuelana publicado em anexo a seu relatório.
Crise leva à falta de combustível na Venezuela
A Torino Economics, divisão do Torino Capital LLC Investment Bank, com
sede em Nova York, calcula que a queda do PIB venezuelano em 2020 foi
menor do que a estimada pela Cepal: 24,7%.
Apesar de a Cepal esperar que em 2021 haja uma retomada nas economias
latino-americanas, o que pode levar a um crescimento médio regional de
3,7%, a entidade estima que a Venezuela será o único país da região que
não crescerá, embora deva registrar uma desaceleração no ritmo de queda
de seu PIB, de 7%.
2) Peru: - 12,9%
Ao contrário da Venezuela, o Perucomeçou 2020 com um histórico de dar inveja: uma década ininterrupta de crescimento econômico.
Apesar disso, fechará este ano com uma contração em seu PIB de 12,9%, o
que o torna "um dos mais atingidos (países) do mundo" por causa do
coronavírus , segundo a Cepal.
"A queda do PIB dos parceiros comerciais impactou fortemente a demanda
externa, e a demanda interna entrou em colapso devido à redução dos
gastos das famílias e à interrupção dos projetos de investimento",
afirma a Cepal em documento publicado sobre a economia peruana como um
anexo ao seu relatório.
O presidente interino do Peru, Francisco Sagasti, em entrevista à
agência de notícias Reuters em Lima no dia 19 de novembro de 2020 —
Foto: Sebastian Castaneda/Reuters
Segundo a organização, outro fator que influenciou a queda do PIB
peruano foi o choque produzido pela "forte paralisação da produção"
causada pelo confinamento estrito que durou vários meses.
A Torino Economics destaca que, em meio à pandemia, o Peru executou um
dos maiores programas de estímulo fiscal de toda a América Latina, mas
"sua eficácia foi limitada em decorrência das rígidas medidas de
contenção implementadas e uma interrupção abrupta de investimentos e
exportações, aliada à queda dos preços das matérias-primas nos mercados
internacionais. "
3) Panamá: -11%
Entre 2010 e 2019, o Panamáregistrou um crescimento econômico médio constante de 6,2% ao ano.
Em 2020, porém, a Cepal o classificou como o terceiro país da América Latina com a maior contração do PIB: 11%.
"Essa queda se deve principalmente às medidas implementadas no país e
no mundo para enfrentar a pandemia do covid-19", afirmou a Cepal.
Um membro do Centro de Operações de Emergência em Saúde (CODES) mostra
um mapa do Panamá com os locais dos centros de atendimento em todo o
país para pacientes com o coronavírus Covid-19, na Cidade do Panamá em
30 de março — Foto: Luis Acosta/AFP
A entidade destacou que entre janeiro e agosto de 2020, o valor das
exportações do país caiu 23,7% em relação ao mesmo período de 2019,
principalmente devido à queda nas exportações da Zona Franca de Cólon,
que representam mais de 90% das exportações de mercadorias do Panamá.
As receitas relacionadas ao turismo e serviços financeiros também foram
afetadas, assim como a construção, hotelaria e cassino, setores
importantes da economia panamenha.
De acordo com a Cepal, a expectativa é de que em 2021 o Panamá cresça
5,5%, impulsionado pela retomada gradual da atividade econômica.
4) Argentina: -10,5%
A Argentina é, como a Venezuela, uma das economias da região que vinha registrando uma contração econômica antes da pandemia.
O país vai registrar em 2020 o 3º ano consecutivo de contração do PIB. A
Cepal estimou essa queda em 10,5%, muito superior aos 2,1% sofridos em
2019.
Argentina mantém fronteiras do país fechadas a estrangeiros — Foto: Getty Images/Via BBC
"Esse desempenho se deve ao impacto da crise da pandemia do coronavírus
(covid-19), que afetou negativamente o consumo privado, os
investimentos e as exportações", afirmou a entidade.
"A atividade econômica contraiu 12,6% ano-a-ano no primeiro semestre de
2020, devido à queda do investimento (28,7%ano-a-ano), consumo privado
(14,5%), exportações (8,7%) e o consumo público (5,5%), no quadro da
pandemia de covid-19, que trouxe consigo um elevado grau de incerteza e a
partir da qual se estabeleceram restrições à circulação, com impacto
negativo em ambos oferta e demanda", disse a Cepal.
A Torino Economics, por sua vez, relaciona a contração econômica na
Argentina à "queda de setores como hotelaria e turismo, outras
atividades de serviços comunitários, construção, transporte, além de
comunicações e pesca, dada a paralisação das atividades desde março para
prevenir a propagação do vírus."
Além disso, assinala que o impacto da pandemia exacerbou os
desequilíbrios macroeconômicos estruturais que a Argentina sofre,
especialmente nas áreas fiscal, monetária e cambial.
Apesar disso, a Cepal estimou que, em 2021, o país vai registrar um
crescimento de 4,9%, graças à retomada gradual das atividades
produtivas, em função da evolução da pandemia e da disponibilidade de
vacinas.
Neste ano, porém, sua queda será bem mais acentuada, 9%, a maior contração do PIB desde 1932, segundo a Cepal.
Entre os fatores que influenciaram essa contração, a entidade destaca
uma queda nas receitas do petróleo de 42,9% entre janeiro e outubro.
A enfermeira Maria Irene Ramirez recebe a primeira vacina contra a
Covid-19 no Hospital Geral, na Cidade do México — Foto: Edgard
Garrido/Reuters
No mesmo período, houve queda de 11,2% nas exportações não petrolíferas com destino aos Estados Unidos e de 12% nas destinadas ao resto do mundo.
A Cepal destacou também a queda de 18,3% nos fluxos de Investimento
Estrangeiro Direto (IED), o que atribui não só à pandemia, mas "também à
incerteza gerada pelas recentes decisões de política pública", que
afetaram diretamente projetos de produção de energia, aeroportos e
bebidas.
Quanto às perspectivas de recuperação para 2021, a Cepal estimou que o
PIB mexicano crescerá 3,8% devido a uma recuperação gradual da atividade
econômica.
A Torino Economics, porém, é mais conservadora e espera um crescimento de 2%.
6) Equador: -9%
No caso do Equador, a Cepal considerou que o coronavírus agravou uma tendência negativa anterior.
"O impacto da crise atual em decorrência da pandemia aprofundou a
complexa situação econômica que já surgia desde o terceiro trimestre de
2019", afirmou a entidade, em documento anexo a seu relatório sobre a
região.
A Cepal estimou que o PIB equatoriano cairá 9% este ano.
E acrescentou que o efeito da pandemia resultou em "uma queda drástica em todos os componentes da demanda agregada".
O Equador foi gravemente afetado pelo vírus e sua economia sofrerá por causa disso — Foto: Reuters
Assim, por exemplo, apontou que no segundo trimestre deste ano houve
queda no consumo das famílias (12%) e do governo (10,5%) em relação ao
mesmo período de 2019.
Já as exportações de petróleo registraram, entre janeiro e setembro de
2020, um decréscimo de 44% na comparação com o ano anterior.
A Torino Economics, por sua vez, considera que esta "queda histórica"
da economia equatoriana é resultado tanto da queda do investimento real
como da redução do consumo, bem como das medidas de contenção.
Olhando para 2021, a Cepal estimou que o PIB equatoriano crescerá 1%,
sujeito a uma "recuperação fundamental da demanda interna".
"Dependerá do impacto dos diversos programas implementados pelo governo
para fazer frente à pandemia e seu controle, bem como sustentar a
retomada da atividade econômica e amortecer as repercussões sociais",
afirmou a Cepal.
A entidade, no entanto, destacou que são inúmeras as incertezas sobre
esse panorama, principalmente relacionadas às condições externas como a
evolução da pandemia e uma possível nova queda nos preços do petróleo.
E o Brasil?
Apesar de não estar entre as economias na América Latina que mais vão
cair em 2020, o Brasil deve apresentar contração de 5,3% em seu PIB
neste ano, de acordo com a Cepal.
"Em 2020, a pandemia da doença coronavírus (COVID-19) marcou
negativamente a evolução da economia brasileira e um elevado número de
vidas", disse a entidade.