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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Com preferência chinesa à soja do Brasil do que a dos EUA, vendas batem recorde anual já em outubro, diz setor

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China deixou de comprar a oleaginosa dos Estados Unidos desde maio. A exportação do grão do Brasil deverá somar 102,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 08 de Outubro de 2.025 às 16h05m
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A exportação de soja do Brasil deverá somar 102,2 milhões de toneladas de janeiro a outubro, superando os volumes registrados em todo o ano de 2023, quando o país marcou seu recorde anual, apontou nesta quarta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

O marco acontece em meio o crescimento das compras da China, que deixou de comprar a oleaginosa dos Estados Unidos desde maio. Em abril, a China impôs uma tarifa de 20% sobre o produto, em retaliação às medidas comerciais adotadas pelo então presidente Donald Trump.

Os EUA são rivais dos brasileiros no mercado da oleaginosa.

Em todo o ano passado, quando a safra de soja quebrou por problemas climáticos, as exportações brasileiras atingiram 97,3 milhões de toneladas.

O recorde anterior de embarques da oleaginosa do Brasil, maior produtor e exportador global, havia sido registrado em 2023, com 101,3 milhões de toneladas, segundo a Anec.

Este ano, o Brasil também colheu uma safra recorde de, acima de 170 milhões de toneladas.

"A China continua sendo o principal destino e impulsiona os embarques brasileiros: em setembro, importou 6,5 milhões de toneladas, o que representa 93% do total, mantendo uma participação historicamente elevada", disse a Anec.

Fiando-se principalmente no Brasil para garantir a oferta, na média de 2025 a China registrou uma participação de 79,9% nas exportações totais de soja do Brasil, ante uma média de 2021 a 2024 de 74%, segundo dados da Anec. Em 2024, a fatia chinesa foi de 76%.

No acumulado do ano, contudo, a fatia da China nas exportações do Brasil ainda está ligeiramente abaixo dos 80,55% registrados no mesmo período de 2018, no auge da primeira guerra comercial do primeiro mandato de Donald Trump, segundo números oficiais do governo brasileiro.

Os agricultores de soja dos Estados Unidos enxergam o Brasil como a principal ameaça à exportação do país para a China, disse a Federação de Fazendeiros dos Estados Unidos (American Farm Bureau Federation), na terça-feira (7).

Segundo a associação, entre junho e agosto, os EUA quase não venderam grãos para a China, enquanto o Brasil bateu recordes de exportação no mesmo período.

“É um sinal de como a América do Sul passou a dominar o mercado e a substituir os produtores norte-americanos”, afirma a federação, que também destaca a Argentina como concorrente importante.

China libera 183 empresas do Brasil para exportar café após tarifaço dos EUA
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Recorde de vendas

As projeções para o ano foram divulgadas no primeiro relatório mensal de embarques para outubro. Neste mês, a Anec projeta embarques de 7,12 milhões de toneladas, quase 2,7 milhões de toneladas acima do registrado em igual mês do ano passado.

Para o ano, a Anec projeta 110 milhões de toneladas exportadas de soja, segundo relatório.

"Entre novembro e dezembro, outras 8 milhões de toneladas devem ser exportadas, confirmando a estimativa anual de 110 milhões de toneladas", disse a associação.

Já os embarques de milho foram vistos em 6,0 milhões de toneladas neste mês, cerca de 380 mil toneladas superior ao volume registrado um ano antes. No ano até outubro, as exportações estão estimadas em 30 milhões de toneladas --o Brasil tem figurado como o segundo exportador global do cereal, atrás dos EUA.

Para o farelo de soja, as exportações brasileiras foram estimadas pela Anec em 1,92 milhão de toneladas, abaixo das 2,46 milhões de toneladas de outubro do ano passado. No ano, os embarques até o final deste mês deverão superar 19 milhões de toneladas, segundo a Anec.

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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Mesmo com tarifaço, exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde em setembro

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Volume exportado em setembro chegou a 314,7 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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Por Reuters

Postado em 07 de Outubro de 2.025 às 11h10m
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Como o tarifaço de Trump impacta nas exportações de carne bovina do Brasil?
Como o tarifaço de Trump impacta nas exportações de carne bovina do Brasil?

As exportações de carne bovina do Brasil bateram recorde para um único mês em setembro, superando a melhor marca anterior, registrada em julho deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira (6).

O Brasil exportou 314,7 mil toneladas, um aumento de 25,1% em relação a setembro de 2024, segundo a Secex. O país, vale lembrar, é o maior exportador mundial de carne bovina.

O resultado veio mesmo após os Estados Unidos aplicarem tarifas contra o Brasil em agosto. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o aumento ocorreu porque os embarques se diversificaram, incluindo destinos como o México.

Além disso, os frigoríficos brasileiros ampliaram as vendas para a China, maior compradora da carne nacional.

A demanda global por carne continua forte. Especialistas afirmam que o comércio internacional está se reorganizando por causa das tarifas dos EUA, que também enfrentam limitações na produção devido à baixa oferta de animais.

Em julho, antes do aumento das tarifas pelos EUA, o Brasil exportou 276,9 mil toneladas, recorde até então. Em agosto, o volume caiu para 268,6 mil toneladas.

Mesmo com tarifaço, exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde em setembro — Foto: Kleiber Arantes/ Governo do Tocantins
Mesmo com tarifaço, exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde em setembro — Foto: Kleiber Arantes/ Governo do Tocantins

Na época, o presidente da Abiec, Roberto Perosa, disse que os embarques aos Estados Unidos deveriam cair para cerca de 7 mil toneladas devido às tarifas.

No caso da carne bovina, a tarifa dos EUA ao Brasil é de 76,4%, somando a sobretaxa de 50% e 26,4% já existentes. Apesar da medida, o Brasil continua exportando a proteína para os norte-americanos, aproveitando a competitividade do produto.

As exportações incluem cortes de maior valor agregado e compromissos assumidos anteriormente por empresas brasileiras, segundo a Abiec.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

'Fábrica de super-ricos' anuncia investimento bilionário em SC e previsão de 1 mil novos empregos

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Multinacional catarinense vai investir em novo parque fabril e na expansão de unidade existente.
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Por Caroline Borges, g1 SC

Postado em 0-6 de Outubro de 2.025 às 17h05m
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WEG anuncia investimento bilionário com nova fábrica e ampliação de negócios — Foto: WEG/Divulgação
WEG anuncia investimento bilionário com nova fábrica e ampliação de negócios — Foto: WEG/Divulgação

A WEG planeja investir cerca de R$ 1 bilhão até 2028 na expansão dos negócios em Santa Catarina. Conhecida pelos herdeiros super-ricos e ainda muito jovens, a multinacional catarinense anunciou neste mês um plano para construir um novo parque industrial e ampliar a unidade que já existe em Jaraguá do Sul, no Norte do estado, cidade onde foi fundada.

💰 Valores do investimento bilionário:

  • ➡️ Construção de novo parque fabril: R$ 900 milhões;
  • ➡️ Ampliação das operações em Jaraguá do Sul: R$ 160 milhões;

🚀💸 A WEG é conhecida por manter um perfil acionário familiar que beneficia herdeiros diretos. Dos quatro maiores herdeiros da empresa, todos são netos de um dos três fundadores.

A localização da nova fábrica não foi divulgada, mas a empresa afirmou que levará em consideração a proximidade com Jaraguá do Sul, a disponibilidade de mão de obra e a infraestrutura logística. A prioridade é que o local tenha acesso às BRs 101 e 280, além de acesso aos portos.

A previsão é que sejam criados mil empregos diretos na região. A nova unidade vai produzir equipamentos de grande porte, como compensadores, turbogeradores e motores de indução de alta rotação. O empreendimento também vai permitir que novos produtos sejam ofertados para o mercado, como motores, geradores e turbinas hidráulicas.

WEG anuncia investimento bilionário com nova fábrica e ampliação de negócios — Foto: WEG/Divulgação
WEG anuncia investimento bilionário com nova fábrica e ampliação de negócios — Foto: WEG/Divulgação

Em Jaraguá do Sul, a WEG quer aumentar a fábrica da Unidade Energia, com a construção de 11 mil metros quadrados de área produtiva. A expansão vai atender ao crescimento da demanda pelos produtos já fabricados na unidade.

Atuação internacional e futuro

Uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, a WEG foi fundada em 1961 e tem filiais em 41 países.

No início da fundação, a "fábrica de bilionários" produzia apenas motores elétricos, mas ampliou as atividades nos anos 1980 e agora fornece sistemas elétricos industriais completos.

Lista de bilionários da Forbes 2025: saiba quem são as pessoas mais ricas do mundo
Lista de bilionários da Forbes 2025: saiba quem são as pessoas mais ricas do mundo

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sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Embraer entrega 62 aviões no 3º trimestre, 5% a mais do que no mesmo período de 2024

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Jatos executivos puxaram alta no período. No acumulado do ano, número de aviões entregues pela fabricante brasileira chega a 153.
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Por g1 Vale do Paraíba e Região

Postado em 03 de Outubro de 2.025 às 18h45m
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Embraer entrega 62 aviões no 3º trimestre de 2025
Embraer entrega 62 aviões no 3º trimestre de 2025

Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), informou nesta quinta-feira (2) que entregou 62 aviões no terceiro trimestre de 2025, o que representa 5% a mais em relação ao período em 2024, quando 59 aeronaves foram entregues. A alta foi puxada por jatos executivos.

No acumulado do ano, são 153 entregas - alta de 18,6% em comparação aos 129 aviões entregues no mesmo período do ano passado.

Confira o balanço de entregas feitas pela Embraer no 3° trimestre deste ano:

  • Na aviação comercial, foram 20 aviões, quatro a mais do que no 3° trimestre do ano passado;
  • 41 jatos executivos foram entregues - valor igual ao do mesmo período do ano passado;
  • Na divisão de defesa, a companhia entregou um modelo KC-390 Millennium, aeronave de transporte militar de última geração, completando o total de 62 aviões entregues pela companhia no trimestre.

Na aviação comercial, dos 20 aviões entregues, 11 são do modelo E195-E2, o maior avião do segmento em produção pela Embraer.

Já na aviação executiva, o destaque do trimestre ficou com o jato leve Phenom 300, com 20 unidades entregues.

Em 2025, a Embraer projeta crescimentos de 10% e 15% em relação a 2024 nos segmentos de aviação comercial e executiva, respectivamente. As projeções para área de Defesa não foram detalhadas.

E-190 da Embraer. — Foto: Divulgação/Embraer
E-190 da Embraer. — Foto: Divulgação/Embraer

R$ 20 bilhões até 2030

No início do ano, a Embraer anunciou que pretende investir R$ 20 bilhões até 2030 para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos. A previsão de investimento está alinhada com o plano de crescimento da companhia pelos próximos cinco anos.

Segundo a companhia, o plano inclui "aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica".

Embraer fecha venda de 24 aviões para Latam por R$ 11,2 bilhões
Embraer fecha venda de 24 aviões para Latam por R$ 11,2 bilhões


E-190 da Embraer — Foto: Divulgação/Embraer
E-190 da Embraer — Foto: Divulgação/Embraer

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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Brasil compra mais vinho do Chile e compensa impacto do tarifaço para exportadores do país vizinho

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Compras brasileiras cresceram quase 10% em 2025, compensando queda de importação dos EUA após tarifa de 10% de Donald Trump aos chilenos.
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TOPO
Por Reuters

Postado em 02 de Outubro de 2.025 às 12h30m
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Garrafas de vinho — Foto: Júlia Reis/g1
Garrafas de vinho — Foto: Júlia Reis/g1

As exportações de vinho do Chile para o Brasil, seu principal mercado, aumentaram em 2025 e estão ajudando a compensar a queda nas vendas do país para os Estados Unidos, na esteira do tarifaço de Donald Trump.

Os produtos chilenos estão taxados em 10% desde abril, quando Trump anunciou as chamadas "tarifas recíprocas" para a maior parte dos países. Diferentemente do Brasil, tarifado em 50% desde agosto, o Chile não foi alvo de sobretaxas.

Dados da Wines of Chile, associação de produtores, mostram que os EUA, segundo maior mercado chileno, reduziram em 13% as compras nos primeiros sete meses do ano.

Passamos de tarifa zero para 10%, disse Angelica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile. Sempre que há uma tarifa ou obstáculo, ocorre congelamento ou desaceleração [nas vendas].

Ela explicou que, no início, produtores e importadores absorveram o custo das tarifas. Com a manutenção do tarifaço, o valor começou a ser repassado ao consumidor americano. O que vemos agora é um mercado americano menos dinâmico e em declínio, acrescentou.

Em compensação, o Brasil aumentou as compras e se consolidou como principal destino das exportações chilenas, com crescimento de quase 10% no período.

O Chile representa quase metade do mercado de importação de vinhos do Brasil, disse Valenzuela, acrescentando que há um enorme potencial de expansão.”

De onde vem o vinho
De onde vem o vinho

O número de consumidores regulares de vinho no Brasil está crescendo, especialmente entre mulheres e pessoas com maior renda disponível, segundo a diretora do Wines of Chile.

Já as exportações chilenas para a China caíram quase 23% no mesmo período. Segundo Valenzuela, no entanto, isso ocorreu devido à redução do consumo local, que afetou vários exportadores.

No geral, as exportações de vinho do Chile se mantiveram estáveis em 2025. Canadá, Japão, Irlanda e Coreia do Sul registraram crescimento, enquanto México, Holanda e Reino Unido apresentaram queda.

Valenzuela afirmou que a estratégia de marketing do Chile agora se concentra em reforçar a imagem do país como fornecedor de vinhos premium e sustentáveis.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Após aumento, arrecadação do IOF bate recorde e atinge maior valor da história em um mês

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Arrecadação recorde acontece na contramão do geral dos impostos, que tiveram retração em agosto com a desaceleração da economia, fruto da maior taxa de juros em quase 20 anos.
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Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 01 de Outubro de 2.025 às 15h50m
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— Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
— Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

A arrecadação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) bateu recorde e atingiu o maior valor da história para o período de um mês em agosto. O aumento ocorre após a batalha judicial que terminou com o aumento do imposto em diversas operações.

O valor é recorde para todos os meses, segundo números da Secretaria da Receita Federal. A série histórica do órgão começa em 1995.

🔎O IOF é um imposto que o governo cobra sobre algumas transações financeiras que as pessoas e empresas fazem no dia a dia, como pegar um empréstimo, comprar moeda estrangeira ou fazer certos tipos de investimentos em seguros. O valor da alíquota varia de acordo com a operação.

👉🏽 Segundo a Receita, a arrecadação do IOF somou R$ 8,45 bilhões no mês retrasado, com impressionante crescimento de 42,5% na comparação com agosto de 2024. Com os valores corrigidos pela inflação, a alta também foi expressiva: de 35,6%. 

A equipe econômica anunciou o aumento do IOF no fim de maio como estratégia para tentar atingir as metas fiscais deste ano e, também, de 2026 - diante da necessidade de atingir os objetivos fixados em lei (déficit zero em 2025 e superávit no próximo ano, com intervalo de tolerância). Entre idas e vindas, a alta foi confirmada em julho (veja mais abaixo nessa reportagem).

Questionada pelo g1, a Receita Federal não soube dimensionar quanto do aumento da arrecadação do IOF, em agosto, está relacionada com a alta de tributos e quanto está vinculado ao comportamento da economia.

"Não é possível fazer esta segregação", informou o órgão.

Aumentos do IOF confirmados

  • Compras internacionais com cartão de crédito e débito: alíquota do IOF sobe de 3,38% para 3,5%.
  • Compra de moeda em espécie e remessas ao exterior: passa de 1,1% para 3,5%.
  • Empréstimos a empresas: alíquota diária de IOF dobra, de 0,0041% para 0,0082%.
  • Seguros VGBL (voltados às pessoas de alta renda): de 0% para 5% de IOF.
  • Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs): passam a ter cobrança de 0,38%.
Mercado financeiro criticou aumento

➡️O anúncio de aumento do IOF, em maio deste ano, gerou repercussão negativa nos agentes do mercado financeiro, que criticaram o foco do governo em novos aumentos de tributos — deixando em segundo plano cortes de gastos.

Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, avaliou, naquele momento, que governo busca arrecadar recursos com o aumento do IOF sem mexer nos fundamentos da economia.

"Aumentar o IOF significa elevar custos operacionais, especialmente para empresas que dependem de crédito rotativo e financiamento. Em vez disso, deveríamos estar discutindo como reduzir custos estruturais do Estado, incentivar eficiência na gestão pública e promover compliance fiscal como mecanismo de equilíbrio entre arrecadação e competitividade empresarial", disse.

Theo Braga, CEO da SME The New Economy, por sua vez, apontou que o aumento de imposto é um desincentivo direto à inovação e ao crescimento empresarial.

"O empreendedor brasileiro já lida com uma carga tributária pesada e uma série de incertezas. O IOF mais alto desestimula operações de crédito e investimento, justamente em um momento em que o país precisa impulsionar a nova economia. O foco deveria estar em simplificar, digitalizar e desburocratizar, não em criar novos custos", afirmou.

Veja no JG: Mercado financeiro reage mal ao aumento do IOF
Veja no JG: Mercado financeiro reage mal ao aumento do IOF

Briga com o Congresso Nacional

➡️A proposta também enfrentou forte rejeição no Legislativo, mesmo com o governo tendo recuado parcialmente em alguns pontos.

Parlamentares apontaram descontentamento com aumentos de tributos e com a demora na liberação de emendas parlamentares, além de terem feito críticas à condução da política econômica pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Diante das discordâncias, o Congresso Nacional derrubou o aumento do tributo no fim de junho. A última vez que o Legislativo tinha rejeitado um decreto presidencial havia sido em 1992, na gestão Fernando Collor.

Congresso derruba alta do IOF
Congresso derruba alta do IOF

O governo não aceitou a derrota e, no início de julho, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer o aumento do IOF. O argumento foi de que a Constituição Federal conferiu ao presidente da República a prerrogativa de alterar o tributo.

➡️Mesmo com o retorno parcial da alta do IOF, as medidas de aumento de arrecadação foram mantidas e estão nas previsões do orçamento para tentar fechar as contas em 2026. Elas sofrem, porém, forte resistência do setor produtivo. O governo anunciou que negocia ajustes com o Legislativo, e a votação está prevista para ter início nesta semana.

Mercado depois da alta do IOF

Além de contribuir para frear mais o crédito bancário, com impacto na economia real, analistas apontam que o aumento do IOF também mudou a dinâmica do mercado ao passar a tributar os FIDCs.

Para Walter Fritzke, Head de Mercado de Capitais no Martinelli Advogados, a arrecadação recorde do IOF em agosto é um dado fiscal, mas também um sinal regulatório que expõe a necessidade de empresas e investidores repensarem o uso de instrumentos de crédito e de mercado de capitais.

"Diante deste cenário de crescimento do IOF, a tendência é que fundos e estruturas de securitização se tornem ainda mais relevantes como alternativa ao crédito bancário tradicional, já que não sofrem incidência do imposto por não se enquadrarem em operação de crédito, mas como cessão de recebíveis", avaliou Walter Fritzke, do Martinelli Advogados.

De acordo com ele, a agenda de empresas e investidores passou a incluir não apenas custo financeiro, mas também uma arquitetura jurídica e tributária conjunta, para que a busca por liquidez não resulte em carga fiscal desproporcional.

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