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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Dólar sobe e fecha em R$ 5,50, após Trump falar em nova tarifa ao Brasil; Ibovespa tem forte queda

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A moeda americana avançou 1,06%, cotada a R$ 5,5032. Já o Ibovespa recuou 1,31%, aos 137.481 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 09 de Julho de 2.035 às 11h00m

$.#  Postagem  Nº     1.049  #.$

Dólar — Foto: Freepik
Dólar — Foto: Freepik

O dólar fechou em alta de 1,06% nesta quarta-feira (9), cotado a R$ 5,5032. Na máxima do dia, foi a R$ 5,5047. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou 1,31%, aos 137.481 pontos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta que irá revelar entre hoje e amanhã a nova tarifa sobre importação de produtos brasileiros, que passará a valer em 1º de agosto. A notícia, que aumenta o cenário de incerteza, intensificou as perdas do Ibovespa e ampliou os ganhos do dólar em relação ao real.

▶️ O tarifaço de Trump ficou novamente no centro das atenções, principalmente após o republicano cumprir com sua promessa e anunciar o envio de mais cartas para seus parceiros comerciais, estabelecendo novas tarifas mínimas para a negociação comercial.

Na última segunda-feira (7), o presidente dos EUA já havia notificado os líderes de 14 nações sobre a cobrança de tarifas de 25% a 40% a partir do próximo mês. Nesta quarta, sete países foram notificados. O Brasil deverá estar na próxima leva.

▶️ No início da semana, Trump também prorrogou para 1º de agosto a volta das suas tarifas sobre importações, ampliando a janela de negociação com parceiros comerciais. A previsão era que as chamadas "tarifas recíprocas", que atingiram mais de 180 países, voltassem a valer hoje.

A decisão, no entanto, não trouxe alívio aos mercados. Isso porque a possível volta das tarifas ainda preocupa investidores, devido à avaliação de que essas taxas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a manter os juros do país altos por mais tempo.

A mesma lógica impactou o Ibovespa nesta quarta, após o Brasil entrar oficialmente na mira do republicano. O cenário de incerteza costuma diminuir a disposição de investidores a correr riscos.

▶️ O mercado também avaliou a publicação da ata da última reunião do Fed, em junho. Segundo o documento, apenas "alguns" integrantes do BC consideram que a taxa básica de juros dos EUA poderia cair já neste mês. A maioria segue preocupada com a possível pressão inflacionária das tarifas.

▶️ No Brasil, o mercado acompanha os desdobramentos da reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros membros do governo com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. O encontro aconteceu ontem para tratar sobre medidas alternativas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: +1,46%;
  • Acumulado do mês: +1,28%;
  • Acumulado do ano: -10,95%.
📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -2,68%;
  • Acumulado do mês: -0,99%;
  • Acumulado do ano: +14,30%.
O novo capítulo das tarifas de Trump

Desde o início da semana, Trump tem enviado cartas a líderes de diferentes nações, definindo tarifas mínimas para as negociações comerciais desses países com os EUA.

Na segunda-feira, por exemplo, uma série de notificações foi enviada, com alíquotas mínimas sobre produtos importados que variavam de 25% a 40% e têm vigência a partir de 1º de agosto. Já na terça-feira, o republicano prometeu que novas cartas deviam ser expedidas hoje e ao longo dos próximos dias.

As cartas já enviadas seguem um padrão semelhante: Trump afirma que o gesto representa uma demonstração da força e do compromisso dos EUA com seus parceiros e destaca o interesse em manter as negociações, apesar do déficit comercial significativo.

  • 🔎 A volta das atenções de Trump para as tarifas reacende preocupações sobre eventuais efeitos dessas taxas na inflação dos EUA e do mundo. Isso porque a leitura dos investidores é que as taxas impostas por Trump podem acabar aumentando os custos de produção baseados em produtos importados e, consequentemente, elevar os preços ao consumidor.

Caso se concretize, esse cenário tende a pressionar a inflação norte-americana e pode forçar o Fed a manter os juros do país altos por mais tempo — o que, por sua vez, também poderia fortalecer o dólar e afetar as taxas de juros de outros países pelo mundo.

Os temores com as tarifas também acabaram mascarando o efeito positivo vindo pelo adiamento da retomada do tarifaço, anunciado por Trump na última segunda-feira. A nova data ficou para 1º de agosto.

A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano estava prestes a expirar nesta quarta-feira (9), e o baixo número de acordos firmados até o momento continuava a gerar preocupação. A maioria dos países ainda tenta evitar as novas taxas, que podem variar de 10% a 50%.

Do lado dos EUA, apesar da promessa de Trump de firmar "90 acordos em 90 dias", Washington fechou apenas pactos limitados com o Reino Unido e o Vietnã. A União Europeia, um importante parceiro comercial do país, negocia para evitar sobretaxas em setores como agricultura, tecnologia e aviação, mas ainda enfrenta impasses.

Nova ofensiva contra o Brics

Além disso, na terça-feira (8), Trump também afirmou que os países do Brics vão receber uma tarifa de 10% "muito em breve". Isso porque, segundo o republicano, o bloco estaria tentando prejudicar os UEA e substituir o dólar como moeda padrão global.

"Se eles quiserem jogar esse jogo, tudo bem, mas eu também sei jogar", afirmou Trump a jornalistas durante uma coletiva na Casa Branca. Qualquer país que fizer parte do Brics receberá uma tarifa de 10%, apenas por esse motivo, disse, acrescentando que isso deve ocorrer muito em breve.

Em resposta, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que os países do Brics são soberanos. "Não aceitamos intromissão de quem quer que seja", disse Lula. "Nós defendemos o multilateralismo".

O republicano já havia antecipado a medida no domingo (6), indicando que aplicaria uma tarifa adicional de 10% a países que, segundo ele, se alinharem às políticas antiamericanas do Brics.

Trump não esclareceu o que considera políticas antiamericanasem sua publicação. Autoridades do governo americano dizem que não há um decreto sendo escrito e tudo depende dos próximos passos do bloco.

A ameaça gerou reações imediatas. A China criticou o uso de tarifas como instrumento de coerção, enquanto a Rússia destacou que o Brics nunca atuou contra terceiros. A África do Sul, por sua vez, afirmou que o bloco busca apenas reformar a ordem multilateral global, sem intenções de confronto.

A sinalização de Trump aumenta o risco de retaliações cruzadas e gera preocupações nos mercados sobre um possível novo ciclo de tensões comerciais globais, com impactos potenciais sobre a inflação e o crescimento econômico.

O que esperar para os juros?

Diante dos temores com eventuais efeitos das tarifas na inflação norte-americana, investidores também aguardam a divulgação da ata da última reunião do Fed. A expectativa é que o documento dê novas pistas sobre o que o banco central dos EUA deve fazer com os juros do país.

"Considerando que a atividade econômica permanece relativamente aquecida, acreditamos que o Fed aguardará pelo menos até setembro para avaliar se o aumento das tarifas de importação sobre produtos chineses terá algum impacto significativo na inflação dos preços ao consumidor", afirmaram analistas da XP em relatório.

Na semana passada, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a afirmar que a instituição pretende esperar e obter mais informações sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros, ignorando mais uma vez as pressões de Trump por cortes imediatos.

O presidente norte-americano tem criticado Powell publicamente sobre a condução da política monetária dos Estados Unidos, e chegou a chamá-lo de "burro" e "teimoso" recentemente.

Já nesta quarta-feira (9), Trump pediu que o Fed reduza as taxas de juros em pelo menos 3 pontos percentuais.

"Nossa taxa do Fed está pelo menos 3 pontos percentuais alta demais. 'Tarde demais' está custando aos EUA US$ 360 bilhões por ano em custos de refinanciamento. Sem inflação, as empresas estão entrando na América. 'O país mais quente do mundo!' Reduza a taxa!", escreveu o republicano em seu perfil no Truth Social.
Os desdobramentos do IOF

No Brasil, as atenções continuam voltadas para os desdobramentos do IOF. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, junto a outros membros do governo, se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para discutir uma possível solução para o impasse em torno do decreto que elevou as alíquotas do imposto.

Segundo Motta, a reunião foi "boa" e "serviu para retomar o diálogo". "Agora, vamos seguir conversando para encontrar um caminho. Sem definição ainda", afirmou o presidente da Câmara ao blog do Gerson Camarotti.

A reunião acontece para retomar o diálogo entre as duas partes antes da audiência de conciliação marcada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes suspendeu, simultaneamente, três decretos presidenciais que elevavam as alíquotas do IOF e um decreto do Congresso que anulava os aumentos.

Questionado pelo blog se o governo vai insistir em manter o decreto do IOF, Motta disse que ainda não há uma solução, e sinalizou que novos encontros serão agendados.

"Não ficou resolvido, penso que as próximas conversas devem ir ajudando a desenhar um caminho", disse Motta.

* Com informações da agência de notícias Reuters.

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segunda-feira, 7 de julho de 2025

É quase impossível tirar uma foto ruim com o celular em 2025?

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Graças a sensores potentes e inteligência artificial, smartphones mais novos corrigem sozinhos luz, foco e movimento. Até quem não entende nada de fotografia consegue tirar boas fotos.
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Por Henrique Martin, g1

Postado em 07 de Julho de 2.025 às 07h00m

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Selfie com a câmera principal de um celular dobrável — Foto: Henrique Martin/g1
Selfie com a câmera principal de um celular dobrável — Foto: Henrique Martin/g1

Errar o foco ou o ajuste de luz ao fotografar com o celular? Isso é raro.
Até aquela foto noturna, com pouca iluminação, sai nítida.


Para fazer uma foto borrada, precisa se esforçar bastante (ou não limpar a lente) em smartphones intermediários e topo de linha.

🧞 Agradeça ao trabalho quase mágico que ocorre graças à interação entre os sensores da câmera, o processador do celular e um pouco de inteligência artificial. Tudo isso acontece tão rápido que o fotógrafo nem percebe.


Ver fotos mais antigas, feitas em celulares dos primórdios da integração entre câmera e telefone, impressiona pela baixa qualidade. As imagens saíam borradas com facilidade, mesmo durante o dia.

À noite, então, era ainda mais difícil. Veja esta foto feita com um Nokia N95, um grande exemplo de câmera "boa" em 2007, com 5 megapixels de resolução. 


Cena noturna capturada em 2007 com um celular Nokia N95 — Foto: Henrique Martin/arquivo pessoal
Cena noturna capturada em 2007 com um celular Nokia N95 — Foto: Henrique Martin/arquivo pessoal

O grande salto de qualidade nos celulares modernos, sejam aparelhos com sistema Android ou iOS, ocorreu principalmente nos últimos cinco ou seis anos.

Veja a seguir uma foto feita em 2023 com um Galaxy S10+ (um aparelho lançado em 2019 com 12 megapixels) também à noite.


Cena noturna capturada em 2022 com um celular Galaxy S10+ — Foto: Henrique Martin/arquivo pessoal
Cena noturna capturada em 2022 com um celular Galaxy S10+ — Foto: Henrique Martin/arquivo pessoal

Uma foto como a mostrada acima foi possível por conta das múltiplas exposições para capturar mais luz, cor e detalhes.


Tudo isso é resultado das inovações dos fabricantes de smartphones. O Guia de Compras explica quatro delas a seguir:

Integração da câmera e do celular

A fotografia computacional, também chamada de otimização de cena, é o que ajuda a tornar as fotos muito boas, principalmente nos celulares mais caros.

Lembra dos filtros de beleza que faziam parte de muitos celulares Android há alguns anos? É quase a mesma coisa, só que melhorada.


Ah, sim, nos últimos dois anos, os fabricantes passaram a chamar essas funcionalidades de “inteligência artificial”.
Mas elas já estavam lá antes.

Dentro do celular, ocorre uma rápida interação entre o sensor da câmera e o processador do telefone, que aprimora as imagens em aspectos como contraste, nitidez, cores e brilho, por exemplo.


Se as condições de luz estiverem boas, como na imagem abaixo, fica tudo perfeito.

Em dias iluminados, as fotos de celulares modernos ficam com uma grande nitidez — Foto: Henrique Martin/g1
Em dias iluminados, as fotos de celulares modernos ficam com uma grande nitidez — Foto: Henrique Martin/g1

O resultado final é o que o fabricante do smartphone entende como ideal, e nem sempre corresponde fielmente à realidade.


Por isso, uma foto feita ao mesmo tempo com um iPhone, um Motorola ou um Samsung vai sair diferente – cada marca tem seu ajuste próprio.

Dá para ver a otimização de cena funcionando na prática: basta fotografar e clicar para ver a imagem na galeria em seguida.

Muitas vezes, a foto aparece escura e, em uma fração de segundo, fica mais clara e nítida. O celular processou os dados nesse curto espaço de tempo.


Esses ajustes automáticos controlam ainda:

  • O contraste da imagem, combinando múltiplas fotos em uma, no recurso HDR (alto alcance dinâmico).
  • O ruído na imagem final. Ruído é como se fosse uma “sujeira digital”, que aparece como granulação, mudanças de cores ou pontos na foto.
  • A iluminação na foto, permitindo capturar ótimas cenas à noite, com pouca luz.
  • O foco no objeto fotografado, seguindo automaticamente o que ou quem está na frente da câmera.
Em imagens com HDR, o celular tira várias fotos com múltiplas exposições e combina em uma imagem final — Foto: Sony/Divulgação
Em imagens com HDR, o celular tira várias fotos com múltiplas exposições e combina em uma imagem final — Foto: Sony/Divulgação

Um teste do Guia de Compras em 2022 com três celulares topo de linha mostrou na prática o conceito da fotografia computacional.


A foto foi feita em frente a uma janela de hotel com um iPhone 14 Pro.

O sensor da câmera e o processador entenderam que o foco principal era a pessoa no centro da imagem, removendo ao máximo a sujeira no vidro e fazendo uma limpeza no entorno.

Os demais aparelhos não "entenderam" isso.

Modo retrato


O lançamento do iPhone 7 Plus, em 2016, trouxe uma câmera dupla na traseira do celular.


O aparelho não foi o primeiro da história com duas lentes na traseira, mas ajudou a popularizar um conceito que era possível encontrar somente em câmeras profissionais: as fotos com o fundo desfocado.

Esse efeito é chamado de “bokeh”.


Até então, era preciso ter uma câmera profissional, daquelas que trocam lentes, para conseguir obter resultados como o mostrado abaixo.

Objeto fotografado com desfoque ao fundo, em imagem feita com câmera profissional — Foto: Henrique Martin/g1
Objeto fotografado com desfoque ao fundo, em imagem feita com câmera profissional — Foto: Henrique Martin/g1

As duas lentes – somadas ao processamento de imagem do celular – conseguem tirar fotos muito interessantes com destaque para o objeto à frente.


Gnomo fotografado em modo retrato, com o fundo desfocado — Foto: Henrique Martin/g1
Gnomo fotografado em modo retrato, com o fundo desfocado — Foto: Henrique Martin/g1

O mais interessante é que é possível editar a foto depois, caso o usuário queira remover o efeito.

Em celulares como o iPhone 16, é possível editar fotos em modo retrato, ajustando o foco ao fundo — Foto: Henrique Martin/g1

Lentes especializadas

A lente principal do celular foi feita para as fotos cotidianas, com um campo de visão amplo. Ela tem a maior resolução entre as câmeras de um smartphone.

Mas, em algum momento, é preciso ampliar o ângulo de visualização – para fotografar uma paisagem, por exemplo – ou chegar muito perto, utilizando um zoom óptico.

É um trabalho em conjunto (processador, sensor, lentes) para alternar entre diferentes perspectivas.

Os tipos mais comuns de lentes são:

Grande angular: Captura cenas mais amplas, paisagens ou grupos grandes com um campo de visão de até 120° ou mais. É é quase sempre mostrada como 0,5x na câmera do celular.

Em alguns aparelhos, também serve para fotos macro.

Foto com lente grande angular — Foto: Henrique Martin/g1
Foto com lente grande angular — Foto: Henrique Martin/g1

Macro: É a lente que captura detalhes minúsculos a poucos centímetros do objeto. Saiba como usar.


Detalhe de cabo de carregamento de notebook visto em foto macro — Foto: Henrique Martin/g1
Detalhe de cabo de carregamento de notebook visto em foto macro — Foto: Henrique Martin/g1

Zoom óptico: Permite fotografar objetos distantes, sem perder qualidade. Modelos mais avançados (e caros) podem ter uma lente periscópio (que usa um espelho móvel) para aproximar até 10x do objeto.

Montagem mostrando o zoom óptico em um celular — Foto: Henrique Martin/g1
Montagem mostrando o zoom óptico em um celular — Foto: Henrique Martin/g1

Sensores grandes e pixels colados

Na época das câmeras analógicas, o padrão era o filme de 35 mm, a medida da largura do retângulo usado para capturar a imagem.


Nos celulares, o sensor faz o papel do filme e converte a luz em sinais elétricos, que são processados para formar a fotografia digital.


Existe, porém, a limitação de espaço físico no smartphone.

A solução é aumentar o máximo possível o tamanho do sensor, sem interferir muito na estrutura do celular. Quanto maior o sensor, mais luz entra pelas lentes; melhor a qualidade da foto.


Imagem mostra estrutura da câmera de um celular com sensor Sony Lytia ao fundo — Foto: Sony/Divulgação
Imagem mostra estrutura da câmera de um celular com sensor Sony Lytia ao fundo — Foto: Sony/Divulgação

O que os fabricantes de sensores — como Sony e Samsung — fazem? Tentam inserir o máximo de megapixels em um sensor que fique na faixa desses 13,2 mm (o tamanho equivalente a 1 polegada nos sensores para celular e que não tem a ver com o tamanho real da polegada, de 2,5 cm).

Sensores Samsung Isocell: modelo JN5, de 50 megapixels (à esquerda) ao lado do HP9, de 200 MP — Foto: Samsung/Reprodução
Sensores Samsung Isocell: modelo JN5, de 50 megapixels (à esquerda) ao lado do HP9, de 200 MP — Foto: Samsung/Reprodução

Por exemplo, o iPhone 3GS, lançado em 2009, tinha sensor com cerca de 3,6 mm de largura, ou 1/4 de polegada.

O iPhone 16 Pro, o mais avançado da marca em 2025, tem um sensor de aproximadamente 14 mm de largura (ou 1/1.28")

Quando você vê um celular com múltiplas câmeras, os sensores estão posicionados sob cada lente.


Além do sensor grande, os fabricantes criam estratégias para melhorar a qualidade da foto unindo vários pontos (pixels), em uma técnica chamada “pixel binning”.


Um exemplo é a câmera de 200 megapixels do Galaxy S25 Ultra ou a de 48 MP do iPhone 16.

As fotos geradas por esses aparelhos ficam, geralmente, entre 12 e 12,5 megapixels, dependendo do modo de captura.

O sensor combina vários pixels adjacentes (que podem ser 2, 3 ou 4, dependendo da marca) formando um “pixelzão”.

Dessa forma, cada ponto captura mais informação, resultando em uma imagem melhor e mais leve para compartilhar no WhatsApp e redes sociais.

Veja a seguir uma lista de celulares voltados à fotografia. No início de julho, eles custavam entre R$ 5.000 e R$ 9.000 nas lojas on-line pesquisadas.

iPhone 16 Pro Max
Apple iPhone 16 Pro
Jovi V50
Jovi V50
Motorola Edge 60 Pro
Motorola Edge 60 Pro
Samsung Galaxy S25 Ultra
Samsung Galaxy S25 Ultra
Xiaomi Mi 14T
Xiaomi Mi 14T

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Inteligência artificial no celular
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