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sábado, 6 de setembro de 2025

Em meio à ofensiva dos EUA, PIX bate recorde e registra 290 milhões de operações em um dia

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Volume de operações representa R$ 164,8 bilhões, segundo a autoridade monetária. Sistema de pagamentos é alvo de investigação americana por supostas práticas desleais.
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Por g1 — Brasília

Postado em 06 de Setembro de 2.025 às 17h25m
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Tela do PIX, em imagem de arquivo — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Tela do PIX, em imagem de arquivo — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Banco Central informou neste sábado (6) que o PIX bateu um novo recorde diário de transações. Segundo a autoridade monetária, 290 milhões de operações foram realizadas apenas na última sexta-feira (5).

O volume corresponde, ainda de acordo com o BC, a transações que somam R$ 164,8 bilhões. O montante também é o maior já registrado em único dia.

O recorde anterior de transações havia sido registrado em junho deste ano, com 276,7 milhões operações. À época, segundo o BC, as transações somaram R$ 135,6 bilhões.

Em uma nota à imprensa, o BC afirmou que o resultado é "mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para o funcionamento da economia nacional".

A nova marca foi alcançada em meio à ofensiva do governo dos Estados Unidos contra o sistema de pagamentos, lançado pelo Banco Central em novembro de 2020.

Junto do tarifaço aos produtos brasileiros, o governo dos Estados Unidos abriu uma investigação comercial contra o Brasil por supostos ataques e práticas desleais. Entre os alvos da apuração, está o Pix.

Na justificativa da investigação, os EUA afirmam que o Brasil parece estar "envolvido em uma série de práticas desleais com relação aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando ao favorecimento de serviços desenvolvidos pelo governo"

  • Empresas americanas de tecnologia, como Google, Apple e Meta, oferecem serviços digitais de pagamento que competem com o PIX.

Em resposta à investigação americana, o Brasil negou que haja qualquer discriminação contra fornecedores de serviços de pagamento digital americanos. No documento, o governo também afirmou que o sistema de pagamentos ampliou a concorrência.

O governo brasileiro destacou que o sistema ampliou a participação dos brasileiros no sistema bancário e foi elogiado por entidades como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Medidas de segurança

BC anuncia limites para transferências via PIX para instituições não autorizadas
BC anuncia limites para transferências via PIX para instituições não autorizadas

No mesmo dia em que o volume de transações do PIX bateu recorde, o Banco Central anunciou uma série de medidas para aumentar a segurança do sistema financeiro nacional.

O PIX é alvo de uma das ações. Segundo a autoridade monetária, transferências pelo sistema de pagamento serão limitadas quando forem feitas por meio de instituições não autorizadas ou de Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs).

Segundo o BC, haverá um teto para operações via PIX por meio dessas instituições: R$ 15 mil. O limite também vai valer para TED.

A autoridade monetária afirma que a regra impactará apenas 0,03% do total de contas do sistema financeiro brasileiro.

A limitação poderá ser removida quando o participante e seu respectivo PSTI atenderem aos novos processos de controle de segurança.

Além disso, o BC também anunciou:

  • obrigatoriedade de aprovação prévia, pelo BC, para entrada de novas instituições no sistema financeiro, com regras mais rígidas para autorização; e
  • confirmação de "certificação técnica" para operar no sistema.
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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Dólar opera em baixa com atenção voltada ao payroll nos EUA 

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Na véspera, a moeda norte-americana registrou uma queda de 0,09%, cotada em R$ 5,4473. Já o principal índice da bolsa encerrou com um avanço de 0,81%, aos 140.993 pontos.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 05 de Setembro de 2.025 às 10h00m
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Balança comercial brasileira tem resultado positivo, apesar do tarifaço de Trump
Balança comercial brasileira tem resultado positivo, apesar do tarifaço de Trump

O dólar iniciou o pregão desta sexta-feira (5) em queda de 0,17%, cotado a R$ 5,438. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.

Investidores de diferentes partes do mundo reagem aos dados do relatório de empregos dos Estados Unidos, conhecido como payroll, que é um dos principais termômetros da atividade no mercado de trabalho americano.

▶️ A taxa de desemprego nos EUA subiu para 4,3%, sinalizando uma desaceleração no ritmo de contratações e aumentando as chances de que o banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, reduza os juros ainda este mês.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: +0,47%;
  • Acumulado do mês: +0,47%;
  • Acumulado do ano: -11,85%.
📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -0,31%;
  • Acumulado do mês: -0,31%;
  • Acumulado do ano: +17,21%.
Payroll

O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou fortemente em agosto, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,3%, confirmando que o mercado de trabalho está perdendo força e reforçando a possibilidade de um corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este mês.

Segundo o relatório de emprego divulgado nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho, foram criadas apenas 22 mil vagas fora do setor agrícola em agosto, após uma revisão para cima do número de julho, que passou para 79 mil.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 75 mil postos, após os 73 mil inicialmente divulgados para julho.

Historicamente, os dados preliminares de agosto costumam ser mais fracos, com revisões posteriores mostrando melhora. As estimativas variavam entre nenhum emprego criado e até 144 mil novas vagas.

O relatório veio após dados divulgados nesta semana mostrarem que, em julho, pela primeira vez desde a pandemia de COVID-19, havia mais pessoas desempregadas do que vagas disponíveis.

O ritmo de criação de empregos desacelerou, e economistas atribuem isso às tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump e à repressão à imigração, que reduziu a oferta de mão de obra. A fraqueza no mercado de trabalho está concentrada principalmente na redução das contratações.

Estamos em um mercado de trabalho com pouca movimentação, com poucas contratações e demissões. Isso significa que o crescimento do emprego que vemos é principalmente impulsionado pela criação líquida de novas empresas, disse Ernie Tedeschi, diretor de economia do Budget Lab da Universidade Yale. 
Bolsas globais

Na quinta-feira, os principais índices de Wall Street fecharam em alta, após os dados mais fracos do que o esperado de criação de vagas de trabalho no setor privado dos Estados Unidos. O número reforça a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central do paíscorte as taxas básicas de juros neste mês.

O índice Dow Jones subiu 0,76%, encerrando o dia aos 45.616,37 pontos. O S&P 500 teve avanço de 0,83%, chegando a 6.502,08 pontos. Já o Nasdaq registrou a maior alta entre os três, com ganho de 0,98%, fechando aos 21.707,69 pontos.

Hoje, os mercados europeus operam em alta, impulsionados pela expectativa em torno de um relatório de empregos dos EUA, que pode influenciar decisões futuras sobre os juros por lá.

No Reino Unido, os dados econômicos vieram acima do esperado: as vendas no varejo cresceram mais do que o previsto e os preços dos imóveis também subiram. Já a empresa de energia Orsted teve queda nas ações após revisar para baixo suas projeções de lucro.

Com os mercados ainda abertos, os principais índices europeus registram leves altas: o STOXX 600 sobe 0,25%, o DAX da Alemanha avança 0,14%, o FTSE 100 do Reino Unido tem alta de 0,26%, o CAC 40 da França sobe 0,08% e o FTSE MIB da Itália registra ganho de 0,09%.

Na Ásia, os mercados encerram o pregão com ganhos. Apesar do avanço no dia, os índices da China ainda acumulam queda na semana, refletindo o fim de uma sequência de fortes altas.

Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei de Tóquio subiu 1,03%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong avançou 1,43%. Em Xangai, o SSEC teve alta de 1,24% e o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, cresceu 2,18%.

Outros mercados também fecharam em alta: Seul (+0,13%), Taiwan (+1,30%), Cingapura (+0,31%) e Sydney (+0,51%).

Notas de dólar. — Foto: Reuters
Notas de dólar. — Foto: Reuters

Com informações da agência de notícias Reuters

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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Ações do BRB despencam após BC barrar a compra do Banco Master

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Em comunicado, BRB confirmou a rejeição da operação e disse ter solicitado a íntegra da decisão do BC. Banco destacou que manterá acionistas e o mercado atualizados sobre possíveis desdobramentos da rescisão.
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Por André Catto, g1 — São Paulo

Postado em 04 de Setembro de 2.025 às 12h50m
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Representação pede suspensão da compra do Banco Master pelo BRB
Representação pede suspensão da compra do Banco Master pelo BRB

As ações do Banco de Brasília (BRB) despencam 10% nesta quinta-feira (4), depois que o Banco Central do Brasil (BC) rejeitou a operação de compra do Banco Master.

Em comunicado ao mercado divulgado ontem, o BRB estatal informou ter solicitado ao BC a íntegra da decisão para "avaliar seus fundamentos e analisar as alternativas cabíveis". Também defendeu a aquisição como estratégica.

"O BRB reitera seu posicionamento de que a transação representa uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional", diz o texto.

O BRB destacou que manterá acionistas e o mercado atualizados sobre possíveis desdobramentos da rescisão.

Em nota, o Banco Master também informou que aguarda ter acesso à íntegra do documento "para avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis".

"O banco continua confiante na sua estratégia e na sua operação, que fizeram com que se destacasse num mercado altamente concentrado", diz a instituição.

Até a última atualização desta reportagem, o Banco Central não havia se manifestado publicamente sobre a decisão.

A reprovação pelo BC foi anunciada após mais de cinco meses de análise, embora a autoridade monetária ainda tivesse quase um ano de prazo para concluir a avaliação da operação.

O acordo entre as partes, anunciado em março, previa que o BRB adquirisse 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master — banco que preocupou o mercado por sua estratégia de captação arriscada. (leia mais abaixo)

O BRB é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal (71,92%). A instituição atua em todo o DF e também está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba.

A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia dado o aval à operação em junho.

A negociação vem sendo acompanhada pelo Ministério Público do DF. Após questionamentos do MP, a Justiça determinou que a compra fosse aprovada pela Câmara Legislativa do DF. No mês passado, o governador do DF, Ibaneis Rocha, sancionou o aval da Casa à aquisição do Banco Master pelo BRB.

Pressão sobre o BC

A decisão do BC ocorreu um dia após líderes do Centrão na Câmara dos Deputados apresentarem um pedido de urgência para um projeto de lei que permitiria ao Legislativo demitir diretores da autoridade monetária. O requerimento foi feito pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA).

A medida foi interpretada como uma forma de pressão de parlamentares para aprovar o negócio. O dono do banco Master, interessado na operação, é bem relacionado com os líderes do Centrão, analisou Miriam Leitão, e o aspecto político também estaria influenciando o caso.

Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupação com o projeto.

"[Vejo] com preocupação, porque não foi conversado conosco, com o governo de uma maneira geral. E eu imagino que nem com o Banco Central [...] Eu realmente não vejo nenhuma razão para esse projeto, não vejo nenhum motivo para ele caminhar", disse.

Haddad defendeu que o Banco Central passe a ter autonomia administrativa, mas que não passe a ser uma pessoa jurídica de direito privado, conforme consta na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65, de 2023.

"Penso que o BC tem de ter orçamento próprio para fazer frente a despesas que hoje ele não tem orçamento para fazer, dentre as quais o fortalecimento da parte regulatória", acrescentou.

A estratégia arriscada do Banco Master

O Banco Master cresceu nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado.

O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

  • 🔎 O FGC, que protege até R$ 250 mil por investidor, oferece garantia em caso de falência de um banco associado. O fundo é formado pelas próprias instituições financeiras — ou seja, trata-se de um fundo privado que assegura os recursos dos investidores.

Portanto, o FGC torna o investimento mais seguro para quem aplica dinheiro em uma instituição associada, enquanto a própria instituição consegue atrair mais recursos graças a esse mecanismo.

A prática, considerada de alto risco, levou o BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) a aprovar, no mês passado, novas regras sobre o FGC. (leia mais aqui)

Na ocasião, o Banco Central informou à TV Globo que o objetivo das novas regras é reduzir risco moral ocasionado por instituições que adotam estratégias de captação excessivamente alavancadas e baseadas em captações asseguradas.

A norma entra em vigor em 1º de junho de 2026, com um período de adaptação.

O modelo de negócio do Master, que inclui ainda investimentos em ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas, gerou dúvidas no mercado sobre a saúde financeira do banco.

Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. — Foto: Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. — Foto: Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Fiscalização de fintechs: Receita Federal quer dados retroativos desde janeiro para ‘separar o joio do trigo’

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Na semana passada, a Receita publicou uma instrução normativa que dá às fintechs o mesmo tratamento tributário dos bancos tradicionais e das instituições do sistema de pagamentos brasileiro.
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Por Marcela Cunha, g1 — Brasília

Postado em 03 de Setembro de 2.025 às14h15m
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O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta quarta-feira (3) que as fintechs vão ter que prestar as informações sobre movimentações financeiras no mesmo nível dos bancos de forma retroativa, desde janeiro deste ano.

🔎 Fintechs são empresas que usam a tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma mais simples e rápida que bancos tradicionais.

Vamos pedir os dados desde janeiro, porque se integrantes do crime organizado estavam aliviados de que ficariam fora, nós conseguimos agora com o apoio do Legislativo e da população, da opinião pública, republicar a instrução normativa e vamos pedir todas as informações desde janeiro, afirmou o secretário.

Em Brasília, medidas aumentam controle sobre fintechs
Em Brasília, medidas aumentam controle sobre fintechs

Na semana passada, a Receita publicou uma instrução normativa que dá às fintechs o mesmo tratamento tributário dos bancos tradicionais e das instituições do sistema de pagamentos brasileiro.

A norma foi publicada um dia após a megaoperação contra o crime organizado, realizada por uma força-tarefa dos Ministérios Públicos federal e estaduais, das Polícias Federal, Civil e Militar, com apoio da própria Receita.

A partir dessas informações, eu tenho certeza que mais coisas serão contadas relacionadas a esse tipo de problema.

Comissão de Finanças e Tributação da Câmara ouve secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. — Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Comissão de Finanças e Tributação da Câmara ouve secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. — Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Comissão de Finanças da Câmara

➡️Barreirinhas participou de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados nesta quarta. O secretário foi convidado para falar sobre as ações da Receita e o impacto dessas operações no sistema financeiro.

Segundo o secretário, as instituições financeiras sérias apoiam a medida da Receita e que para elas interessa separar o joio do trigo, para que todo o ecossistema de fintech não seja contaminado por essas empresas que se prestaram a serem instrumentalizadas pelo crime organizado.

A proposta para ampliar as regras de fiscalização das instituições financeiras já havia sido apresentada no ano passado. No entanto, a medida foi alvo de desinformação e gerou confusão entre os contribuintes.

Na ocasião, a Receita buscou ampliar o controle sobre os dados fornecidos pelas instituições financeiras, com o objetivo de identificar irregularidades e garantir o cumprimento das leis tributárias.

Durante a audiência, Barreirinhas afirmou que o efeito da campanha contra a medida foi "letal" para a Receita e reforçou que a norma não busca tributar as transações realizadas por Pix.

"Todos sabemos o que aconteceu em janeiro desse ano. Um ataque fortíssimo de fake news, de mentiras, dizendo que essa instrução, na verdade, é para tributar o PIX. Não tem nada a ver com essa história. Realmente é uma instrução para estender essas obrigações de transparência de informação para as fintechs".

Operação contra o crime organizado

A operação realizada na semana passada mirou um esquema bilionário no setor de combustíveis, liderado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e identificou pelo menos 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, sob gestão do grupo.

Segundo a Receita, as operações eram realizadas no mercado financeiro de São Paulo, por integrantes infiltrados na região da Avenida Faria Lima, polo financeiro de São Paulo.

Um dos alvos é a empresa BK Bank, fintech financeira utilizada para movimentar dinheiro por meio de contas-bolsão não rastreáveis.

"Fintechs têm sido utilizadas para lavagem de dinheiro nas principais operações contra o crime organizado, porque há um vácuo regulamentar, já que elas não têm as mesmas obrigações de transparência e de fornecimento de informações a que se submetem todas as instituições financeiras do Brasil há mais de 20 anos", escreveu a Receita em nota enviada nesta quinta (28).

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