A melhora do humor em Nova York veio mesmo após o tom conservador de Michelle Bowman, diretora do Federal Reserve (Fed), em discurso divulgado à tarde. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Valor Online
Postado em 17 de maio de 2024 às 18h50m Post. N. = 0.820
Corretores são vistos na bolsa de Nova York — Foto: Brendan McDermid/Reuters
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta sexta-feira
(17), mas com viés mais positivo em comparação à maior parte do pregão.
Os índices acionários ganharam força na última hora de negócios, o que
levou o Dow Jonesa fechar acima de 40 mil pontos pela primeira vez na história.
O Dow Jones encerrou o dia em alta de 0,34%, a 40.003,59 pontos; o S&P 500 subiu 0,12%, a 5.303,27 pontos; e o Nasdaqanotou
leve baixa de 0,07%, a 16.685,97 pontos. Na semana, os índices
acumularam ganhos de 1,24%, 1,54% e 2,11%, respectivamente.
A melhora do humor em Nova York veio mesmo após o tom conservador de Michelle Bowman, diretora do Federal Reserve (Fed), em discurso divulgado à tarde. Segundo ela, novas altas de jurosnão podem ser descartadas, já que há riscos no cenário que podem fazer o progresso de desinflaçãonos Estados Unidosestagnar ou se inverter.
Com exceção dos comentários de Bowman, o dia não trouxe direcionadores
para os mercados, o que diminuiu a liquidez no mercado nova-iorquino. No
setor corporativo, destacou-se a queda de 2% da Nvidia, às vésperas do balanço de primeiro trimestre da companhia, que será divulgado na próxima quinta-feira (22).
Sua concorrente Advanced Micro Devices (AMD), por outro lado, subiu 1,13%, após a Reuters informar que a Microsoftpretende utilizar um chipfabricado pela empresa para adicionar recursos de inteligência artificialao serviço de computação em nuvem da big tech.
Fed mantém juros entre 5,25% e 5,5% ao ano; Bruno Carazza comenta
Mercado não gostou da notícia de que o presidente Lula demitiu Jean Paul Prates do comando da companhia e as ações despencam mais de 6%. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 15/05/2024 12h21 Atualizado há 37 minutos Postado em 15 de maio de 2024 às 13h00m Post. N. = 0.819
Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1
O desligamento de Prates, feito pessoalmente pelo presidente Luiz
Inácio Lula a Silva (PT) na noite de terça-feira (14), acontece pouco
tempo depois das polêmicas sobre a distribuição de dividendos da
companhia (entenda mais abaixo).
Esse montante equivale ao valor total das ações da Equatorial Energia,
por exemplo, segundo levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da
Elos Ayta Consultoria.
As ações ordinárias da Petrobras, que são as que dão direito a voto nas
decisões da companhia, despencavam 6,73% às 12h25. Já as ações
preferenciais, que são preferência no recebimento de dividendos, caíam
5,77%.
O grande destaque deste pregão fica com a Petrobras, após a companhia
informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência na noite desta
terça-feira.
Segundo fontes confirmaram ao blog da Natuza Nery,
o presidente Lula decidiu pela demissão de Prates já há algum tempo
após uma sequência de desentendimentos com o governo, principalmente por
conta da polêmica da distribuição de dividendos extras pela petroleira.
Entenda o caso na matéria abaixo:
O agora ex-presidente da Petrobras não se entendia com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia muito tempo.
De acordo com o blog da Andréia Sadi, Prates citou "intrigas palacianas" após ser demitido.
O argumento usado é o de que Jean Paul não estaria entregando
resultados da Petrobras na velocidade em que o governo esperava. Ao
blog, Jean disse que respeita a decisão, mas afirmou que não pode deixar
de dizer que presidente foi levado a adotar a medida por uma intriga
palaciana.
Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, comentou
que o mercado foi pego de surpresa com a notícia, já que os conflitos de
Prates com o governo pareciam ter ficado no passado.
Para o analista, a notícia é negativa, principalmente porque a possível
substituta, Magda Chambriard, é uma executiva com um "viés ideológico
mais próximo do desenvolvimentismo".
"Eu
avalio como bastante negativa primeiro porque traz uma falta de
credibilidade, insegurança. Eu acho que é desnecessário porque o Jean
Paul Prates estava fazendo um trabalho bem razoável, era um cara bem
ponderado que vem do setor, que conhece o setor, que conhece a empresa. É
um cara que fazia uma gestão bem tranquila e tinha um diálogo com o
mercado e também com representantes do governo", pontuou.
O chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, tem um ponto de
vista diferente. Para ele, a indicação de Magda não é negativa, tendo em
vista que ela é uma profissional com uma "parte técnica muito boa" e de
uma "carreira bem sucedida", sendo a indicação "bastante adequada".
"A
gente acredita que a notícia (da demissão) é ruim, mas não muito ruim.
Então o papel deve cair, mas sem tanto pessimismo", afirmou Soares.
Em relatório a clientes, os analistas do BTG Pactual afirmaram que
apesar de a notícia ter sido especulada no início deste ano, a mudança
repentina foi considerada "surpreendente" e negativa. A estimativa é que
os investidores comecem, mais uma vez, a "precificar riscos maiores de
interferência política na empresa".
"Neste momento, podemos apenas especular sobre as razões que podem ter
motivado a decisão de substituir Jean Paul Prates. Mas é possível que
isso decorra de alguma insatisfação do acionista controlador sobre o
ritmo de investimentos da empresa", disseram os analistas do BTG no
documento.
Conselho da empresa aprovou nesta segunda-feira (13) o pagamento de R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por g1 13/05/2024 21h08 Atualizado há 14 minutos Postado em 13 de maio de 2024 às 09h30m Post. N. = 0.818
Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões
no primeiro trimestre, queda de 37,9% em relação ao mesmo período do
ano anterior, informou a companhia nesta segunda-feira (13).
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda)
ajustado totalizou R$ 60,04 bilhões entre janeiro e março, um recuo de
17,2% frente ao mesmo período de 2023.
Segundo a petroleira, a queda no lucro líquido foi influenciada, entre
outros pontos, pela desvalorização cambial e pelo volume menor de vendas
de óleo e derivados.
“Quando
ocorre a desvalorização cambial, há flutuação no demonstrativo
financeiro pela variação do câmbio que reconhecemos por regra contábil.
Contudo, isso não afeta o caixa da companhia”, afirmou o diretor
financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Leite.
Dividendos
Com o resultado do primeiro trimestre, a empresa também informou que seu Conselho Administrativo aprovou o pagamento de R$ 13,45 bilhões
em dividendos e juros sobre capital próprio. O valor é equivalente a R$
1,04161205 por ação ordinária e preferencial em circulação.
Segundo a petroleira, o pagamento é uma antecipação da remuneração aos
acionistas relativa ao exercício de 2024. Os recursos serão pagos em
duas parcelas, divididas da seguinte forma:
a
primeira, no valor de R$ 0,52080603 por ação ordinária e preferencial
em circulação, em 20 de agosto de 2024, sob a forma de juros sobre
capital próprio;
a segunda, no valor de R$ 0,52080602 por ação
ordinária e preferencial em circulação, em 20 de setembro de 2024, sendo
R$ 0,44736651 sob a forma de dividendos e R$ 0,07343951 sob a forma de
juros sobre capital próprio.
Acionistas da Petrobras aprovam distribuição de 50% dos dividendos extraordinários
447 municípios foram atingidos pelo desastre climático que causa chuvas intensas e alagamentos no Rio Grande do Sul. Tragédia causou 147 mortes e deixou 127 feridos até a manhã desta segunda-feira. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Emily Santos, g1 13/05/2024 10h19 Atualizado há 3 horas Postado em 13 de maio de 2024 às 13h50m Post. N. = 0.817
Depósito de cilindros de gás alagado em Porto Alegre neste domingo, 12 de maio — Foto: Adriano Machado/Reuters
O relevo de Porto Alegre é um ponto-chave para entender o acúmulo de
água que causa enchentes na região metropolitana da capital do Rio
Grande do Sul. Em um cenário de chuvas intensas e constantes há cerca de duassemanas, o lago Guaíba bateu a máxima histórica de 5,33 metros, no último dia 4.
Após o nível do Guaíba e as inundações por Porto Alegre diminuírem, a
previsão é que as águas voltem a subir devido às chuvas que caíram no
Vale do Taquari no fim de semana. De lá, do rio Taquari, as águas
escorrem para o Guaíba, que deverá sofrer com os impactos dos últimos
temporais e atingir novo nível recorde até terça-feira (14). Projeções
da UFRGS esperam que o nível suba para 5,5 m.
Em todo o estado, 447 de 497 municípios foram atingidos pelo desastre
climático. A tragédia causou 147 mortos e deixou 127 desaparecidos até a
manhã desta segunda-feira (13).
Juntamente com o relevo da capital, também contribuíram para a
gravidade do cenário da Grande Porto Alegre causado pelas chuvas
extremas:
a formação topográfica das regiões no entorno da região metropolitana;
Características geográficas dificultam escoamento da água no RS; entenda
Arte mostra rios que desembocam no Guaíba — Foto: Reprodução
1 - Topografia e relevo
Porto Alegre está localizada em uma planície, ou seja, em um território plano. Esse tipo de relevo é comum em áreas que ficam a poucos metros do nível do mar, que é exatamente o que acontece ali, já que a cidade tem uma altitude média de 10 metros.
Gramado, por exemplo, fica 850 metros acima metros do nível do mar, e
São José dos Ausentes, município mais alto do RS, está a quase 1,2 mil
metros de altitude.
Segundo Rualdo Menegat, coordenador-geral do Atlas Ambiental de Porto
Alegre e professor titular do Instituto de Geociências da UFRGS, alguns pontos da cidade são ainda mais baixos e ficam no nível do Delta do Jacuí(entenda mais abaixo).
Além de ter um território baixo, a capital do estado é circundada de um
lado por 40 morros, e limitada de outro lado pela orla fluvial do lago
Guaíba.
O lago Guaíba, na altura da capital, é local de confluência de cinco
rios principais — Taquari-Antas, Gravataí, Sinos, Caí e Jacuí — que
descem de pontos mais altos do estado. As águas dos rios chegam ao lago
Guaíba, vão para a Lagoa dos Patos e de lá para o Oceano Atlântico
— Rualdo Menegat, professor titular do Instituto de Geociências da UFRGS.
Em resumo, o lago que passa por Porto Alegre recebe a água dos rios e
da chuva que cai na região central do estado antes de desaguar no
oceano.
O especialista explica que os rios que formam o Delta do Jacuí e
originam o Guaíba fluem em alta velocidade por causa da altitude de seus
cursos.Normalmente, isso ajuda o Guaíba a desaguar na lagoa e seguir fluxo para o mar.
No entanto, com as fortes chuvas e as cheias dos rios da região, o lago
está recebendo mais água do que o normal. Isso fez com que ele
ultrapassasse sua cota de inundação — que é de 3 metros — e atingisse um
nível de 5,26 metros na segunda (6).
Os ventos fortes formam marés de tempestade. Isso faz o mar 'crescer',
subindo o nível em até 2 metros a depender da configuração da praia. No
caso do que acontece aqui no Rio Grande do Sul, o mar fica mais alto do
que o nível de escoamento da Lagoa dos Patos, impedindo que o excesso de
água seja despejado no mar.
— Rualdo Menegat, professor titular do Instituto de Geociências da UFRGS.
Como resultado, a água do lago Guaíba e dos rios que o alimentam
continua empossada em Porto Alegre e nas cidades vizinhas de baixa
altitude. Com as chuvas constantes e a velocidade do fluxo da água, o
nível sobe em minutos e deixa cidades submersas em questão de horas.
Temporais no RS: três fatores explicam colapso em Porto Alegre
Comitê anunciou corte de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros nesta quarta-feira, para 10,50% ao ano. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Isabela Bolzani, g1 08/05/2024 18h35 Atualizado há 41 segundos Postado em 08 de maio de 2024 às 19h45 Post. N. = 0.816
Na última reunião do colegiado, em março, o comitê havia reduzido a Selic em 0,50 p.p. e indicado no comunicado a possibilidade de uma redução da “mesma magnitude” no encontro deste mês. O padrão vinha desde agosto, quando o Banco Central (BC) começou a reduzir os juros do país.
Essa previsão sobre a política monetária é chamada pelo mercado financeiro de “forward guidance”. É uma maneira de dar previsibilidade da condução dos trabalhos e mais conforto aos investidores internos e externos.
Entram na conta a alteração das metas fiscais brasileiras para os próximos anos e a provável manutenção dos juros básicos norte-americanos em patamares elevados por mais tempo.
Para entender o que fez o BC mudar os rumos, você vai ver nesta reportagem:
Por que o BC descumpriu o forward guidance?
Quais as sinalizações do Copom para a taxa de juros à frente?
Copom reduz Selic para 10,50% ao ano, corte de 0,25 p.p.; veja a análise
Por que o Banco Central descumpriu o forward guidance?
O descumprimento de uma projeção por parte do BC não costuma ser muito bem-visto por investidores. E uma possível redução no ritmo de cortes já vinha sendo precificada pelo mercado há algumas semanas.
“Houve um conjunto de indicações de que o ritmo seria reduzido, até porque o mundo mudou com o efeito de uma economia ainda forte nos Estados Unidos, com o Fed assumindo que o nível de inflação tinha mudado. Em cima disso, ainda tivemos a mudança da meta fiscal”, explicou o economista-chefe da Ágora Investimentos, Dalton Gardiman.
A medida foi anunciada em 15 de abril, por meio do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025. De acordo com o documento, o governo repetiria o déficit zero no ano que vem e só conseguiria alcançar o superávit (arrecadar mais do que gasta) em 2026.
Trata-se também de uma mudança de projeção. Antes, a previsão era conseguir o superávit ainda em 2025 e resultados mais expressivos nos anos seguintes. Veja abaixo.
Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, afirma que a alteração das metas aumentou o nível das incertezas sobre o quadro fiscal do país e piorou o balanço de riscos do Banco Central. Com a decisão, o governo dá a entender que há um “menor compromisso fiscal” e “posterga a estabilização da dívida pública, além de diminuir a credibilidade do novo arcabouço”.
A situação das contas públicas vem sendo monitorada pelo BC desde o início do ciclo de cortes da taxa básica de juros. Já em setembro, por exemplo, na segunda redução da Selic, a instituição já havia salientado a “importância da execução das metas fiscais” para a ancoragem das expectativas de inflação e para a condução da política monetária.
Nessa reunião, não foi diferente. Em comunicado divulgado após a decisão desta quarta-feira, o colegiado afirmou que "acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária".
"O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", informou o colegiado no documento.
Para o economista e sócio-fundador da Oriz Partners, Carlos Kawall, há um “antagonismo entre Brasil e Brasília” que precisa ser observado pelos investidores.
“Enquanto o Brasil tem fundamentos econômicos mais sólidos, vemos que o que vem de Brasília muitas vezes não ajuda. [...] E o fato é que, hoje, na minha visão, estamos sem uma autêntica âncora fiscal”, afirmou o executivo em live promovida pela Warren Investimentos na última terça-feira (7).
“Substituímos a âncora por uma regra excessivamente flexível, que traz uma inquietação do ponto de vista da trajetória da dívida pública. [...] Ainda há muita incerteza sobre a implementação e a real eficácia da regra fiscal e, portanto, da trajetória da dívida [em relação ao] PIB”, complementou.
Perspectiva sobre juros dos EUA
Outro ponto importante para a decisão do Copom desta quarta-feira foram as sinalizações dadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No fim do ano passado, uma onda de euforia se instalou nos mercados com a perspectiva de que o Fed também iniciasse uma redução dos juros a partir de março.
Conforme surgiram dados fortes da economia norte-americana, que indicaram um mercado de trabalho aquecido e uma persistência da inflação no país, o ânimo dos investidores foi minguando. De março, as projeções mudaram para maio e agora estão em setembro.
Juros mais altos nos EUA tornam os países emergentes menos atrativos e acabam gerando uma migração dos investimentos para dentro da maior economia do mundo, retirando dinheiro de outros mercados. No caso do Brasil, o desgosto com o Fed veio junto com a mudança da meta fiscal, agravando a situação para os juros domésticos.
Apesar de o presidente do Fed, Jerome Powell, ter indicado que acha “improvável” que haja um novo aumento na taxa básica do país, a sinalização é que os preços continuam em patamares elevados demais – o que continua a empurrar para frente o início de cortes de juros por lá.
Quanto mais a situação se arrasta, mais afoito o BC do Brasil fica de reduzir demais os juros por aqui. Na prática, significa que os juros devem demorar mais tempo a cair ou ficar mais altos ao final do ciclo de cortes.
Antes mesmo do Copom desta quarta, o mercado já se manifestava: no boletim Focus (relatório que reúne as projeções de economistas), as estimativas para a taxa Selic já saíram de 9% para 9,63% em 2024.
Quais as sinalizações do Copom para a taxa de juros?
Além da decisão de descumprir o forward guidance e reduzir o ritmo de cortes da Selic, o Banco Central também deixou uma porta aberta para a possibilidade de novos cortes à frente.
De acordo com comunicado divulgado após a decisão, o comitê informou que, de forma unânime, "avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela".
O colegiado ainda ressaltou que a "política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas" e reforçou que a "extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".
Segundo os especialistas ouvidos pelo g1, apesar de um tom mais cauteloso por parte do BC ser esperado pelo mercado, dado o cenário macroeconômico atual.
Ainda assim, o fato de não ter sido uma decisão unânimetende a pesar no mercado, que segue incerto sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, se encerra no fim de 2024.
Para o sócio-fundador da Armor Capital Alfredo Menezes, o dissenso na decisão é uma das “piores coisas” que poderiam ter acontecido nesta reunião.
“O dissenso diz que esse Banco Central novo, que vai entrar, é mais dovish [menos agressivo na condução da política monetária], que vamos ter uma inflação média mais alta e juros menores na economia”, comentou durante live da Warren Investimentos.
Veja como foi a votação nesta reunião:
Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros do Comitê:
Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente);
Carolina de Assis Barros;
Diogo Abry Guillen;
Otávio Ribeiro Damaso;
e Renato Dias de Brito Gomes.
Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: